(1) A reabilitação cardíaca é dividida em 4 fases que visam melhorar a condição física e qualidade de vida de pacientes cardíacos, começando na fase hospitalar e progredindo para programas supervisionados e não supervisionados. (2) As fases 1 e 2 ocorrem na fase aguda e de pós-alta hospitalar, respectivamente, com exercícios leves supervisionados para prevenir complicações e melhorar a capacidade funcional. (3) O programa de exercícios da fase 2 inclui aquecimento, condicionamento e relax
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Reabilitação Cardíaca Fases 1 e 2
1. DIRCE BENITO BORBUREMA
RAFAELA GONÇALVES DE GRANDE
TIAGO TRINDADE RIBEIRO
“Fases 1 e 2”Fases 1 e 2”
DOCENTE: Dra. Eliane Regina Ferreira Sernache de Freitas
Estágio Santa Casa – 9º Semestre Fisioterapia UNOPAR
2. DEFINIÇÃO
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),
“reabilitação cardíaca é a soma de atividades necessárias para
influenciar, favoravelmente, tanto a causa subjacente da
doença, quanto as melhores condições físicas, mentais e
sociais, de maneira que os pacientes possam, através de seus
próprios esforços, preservar ou reassumir quando perdido, um
papel normal quanto possível dentro da comunidade”.
3. FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS
CARDIOVASCULAR
Existem diversos fatores de risco para doenças
cardiovasculares como:
Tabagismo;
Diabetes Mellitus;
Colesterol elevado;
Hipertensão arterial;
Sedentarismo;
Obesidade;
Idade (geralmente acima dos 65 anos).
4. PACIENTES ELEGÍVEIS PARA
REABILITAÇÃO
Infarto agudo do miocárdio (IAM) / Síndrome coronariana aguda (SCA)
Cirurgia de revascularização miocárdica
Angioplastia coronária
Angina estável
Reparação ou troca valvular
Transplante cardíaco ou cardiopulmonar
Insuficiência Cardíaca Crônica
Doença vascular periférica
Doença coronária assintomática
Pacientes com alto risco de doença cardiovascular
5. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM PACIENTES
INDICADOS PARA REABILITAÇÃO
CARDIOVASCULAR
Para conhecer o risco de possíveis complicações durante o exercício, os
pacientes devem ser estratificados mediante a classificação proposta
pela “Associação Americana de Reabilitação Cardiopulmonar”.
I. BAIXO RISCO: (IAM; cirurgia de revascularização miocárdica, angioplastia coronária
transluminal percutânea, não complicados)
Os pacientes podem ser monitorados, durante as primeiras 6 a
18 sessões, através do uso do eletrocardiograma ou por
frequencímetros;
Preferencialmente, com supervisão clínica.
6. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM PACIENTES
INDICADOS PARA REABILITAÇÃO
CARDIOVASCULAR
II. MÉDIO RISCO
Monitorados durante as primeiras 12 a 24 sessões;
Preferencialmente com monitoramento eletrocardiográfico
contínuo e supervisão clínica permanente.
III. ALTO RISCO (Sobreviventes de parada cardíaca ou Morte súbita, Cirurgia cardíaca complicada...).
O monitoramento também pode ser uma ferramenta útil para
avaliar a resposta, especialmente quando se aumenta a
intensidade do exercício aeróbico.
7. TRATAMENTO MÉDICO
CIRURGIA CARDÍACA: É um tipo de tratamento que pode ser feito para reparar
danos no próprio coração, nas artérias ligadas à ele, ou para substituição
do órgão.
CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA CARDÍACA: Revascularização do Miocárdio
(Pontes de Safena e Mamária); Correção de Doenças Valvares ou troca de
válvulas; Correção de Doenças da Artéria Aorta; Correção de Cardiopatias
Congênitas; Transplante Cardíaco.
TIPOS DE CIRURGIA CARDÍACA: Reconstrutoras (revascularização do
miocárdio, plastia de valva aórtica, mitral ou tricúspide); Corretiva
(fechamento de canal arterial, de defeito de septo atrial e ventricular);
Substitutivas (trocas valvares e transplantes).
8. FASES DE UM PROGRAMA DE
REABILITAÇÃO CARDÍACA
A reabilitação cardíaca é dividida em 4 fases:
FASE 1: pacientepaciente hospitalizadohospitalizado (UTI(UTI // quartos)quartos);;
FASE 2: reabilitaçãoreabilitação cardiovascularcardiovascular apósapós aa alta,alta, realizarealiza--sese emem
centrocentro dede reabilitaçãoreabilitação;;
FASE 3: supervisão selecionada a pacientes de moderado a
elevado risco;
FASE 4: não supervisionada.
FASES 1 e 2
9. AVALIAÇÃO INICIAL DO
PACIENTE
Anamnese
AP: História clínica, cirurgias e
comorbidades, tais como: doenças
cardiovasculares, pulmonares e
outras;
Identificação de fatores de risco
cardiovasculares: tabagismo,
hábitos alimentares, PA, DM,
obesidade, sedentarismo e
estresse;
Uso de medicamentos.
Exame Físico
Sinais Vitais: PA, FC, Spo₂;
Ausculta cardíaca e pulmonar;
Palpação de pulsos periféricos,
mudanças da coloração da pele;
Alterações musculoesqueléticas
(restrições à execução de alguns
exercícios);
FM, ADM.
10. FASE 1
Pacientes hospitalizado após o evento cardiovascular como:
Síndrome coronária aguda ou pós-intervenção;
Cirurgia cardíaca de revascularização;
Prótese valvular ou correção de cardiopatia congênita.
Inicia desde as 48 horas posteriores ao evento agudo até a
alta hospitalar.
11. SINAIS E SINTOMAS
DURANTE O EXERCÍCIO NA FASE 1
Nessa fase a duração total dos exercícios devem ser em torno
de 20 minutos, duas vezes ao dia.
Durante o exercício, pode aparecer alguns sinais e sintomas, tais como:
Fadiga;
Dispneia;
Cianose;
Palidez;
Náuseas;
↑ 20 bpm acima da frequência cardíaca de repouso;
Pressão sistólica 200 mmhg acima dos níveis de repouso.
12. OBJETIVOS DA RC
NA FASE 1
Objetivos da reabilitação cardíaca na Fase 1:
Prevenir perda de capacidade física;
Promover o posicionamento adequado no leito;
Evitar complicações respiratórias e tromboembólicas;
Facilitar a alta precoce do paciente internado;
13. FASE 1
Titoto et al (2005), relata que o
tratamento fisioterapêutico na fase
hospitalar baseia-se em procedimentos
simples, como exercícios metabólicos
de extremidades, exercícios
respiratórios, exercícios ativos, treino
de marcha em superfície plana e com
degraus, com isso aumenta a
autoconfiança do paciente e diminui o
custo e a permanência hospitalar.
14. CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS
NA FASE 1
(1º DIA PÓS-OPERATÓRIO)
Sentar no leito com cabeceira elevada;
Padrões ventilatórios (exercícios respiratórios);
Reeducação diafragmática;
Higiene brônquica;
Estímulo da tosse (ativa, ativa assistida ou
huffing);
Exercícios ativo-assistidos ou ativo livres de MMII
(flexão-extensão de quadril e joelho); (2x15)
Exercícios ativo assistidos MMSS;
Exercícios metabólicos de MMSS e II (3 min);
15. CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS
NA FASE 1
Sentar fora do leito (cadeira); (2º DIA PO)
Deambulação pelo quarto e/ou corredor (verificar os
SSVV e Borg); (3º DIA PO)
Exercícios ativo resistidos manuais de MMII; (4º DIA PO)
Mini-agachamento; (4º DIA PO)
Descida de escadas (1 lance, aproximadamente 15
degraus); (5º DIA PO)
Subida e descida de escadas (1 lance,
aproximadamente 15 degraus) . (6º DIA PO)
16. FASE 2
A fase 2 representa um programa precoce de pós
hospitalização, supervisionada pelo fisioterapeuta;
O período de exercícios pode ser iniciado 24h após a alta
hospitalar, sempre considerando o estado clínico do paciente;
Tem duração prevista de 3 a 6 meses, podendo em algumas
situações se estender por mais tempo.
17. FASE 2
Objetivos da reabilitação cardíaca na Fase 2:
Melhorar a capacidade funcional do paciente;
Melhorar a função cardiovascular;
Conseguir modificações dos fatores de risco;
Conseguir recuperar a autoconfiança do paciente depois do evento
cardíaco.
18. FASE 2
Segundo Marques (2004), a fase 2
da reabilitação cardíaca é um
programa supervisionado para
pacientes que receberam alta
hospitalar, de exercícios prescritos
de forma individual e alternativa
de modificação do estilo de vida.
19. FASE 2
FC: medida antes do aquecimento a cada 2 minutos, durante o
condicionamento com carga, ultimo minuto do relaxamento;
PA: medida no repouso, final do condicionamento e ao final da
sessão;
ESCALA DE BORG: medida na fase de condicionamento e final .
SINTOMATOLOGIA (PRECORDIALGIA, PALPITAÇÃO, DISPNEIA, TONTURA)
20. CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS
NA FASE 2
AQUECIMENTO (5 A 15 MINUTOS)
Alongamento estático: MMSS + MMII + coluna lombossacra;
Exercícios aeróbicos de baixa intensidade;
Caminhada de 3 a 5 minutos;
Exercícios respiratórios.
21. CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS
NA FASE 2
CONDICIONAMENTO (20 A 30 MINUTOS)
Exercícios aeróbicos;
Exercícios resistidos (iniciados gradativamente com cargas leves e ir
progredido ao longo das sessões).
22. CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS
NA FASE 2
RELAXAMENTO (5 A 10 MINUTOS)
Exercicios respiratórios;
Alongamento estático;
Exercicios leves.
24. REFERENCIAS
Cruz, AVSL. A Atuação do Fisioterapeuta em Programas de Reabilitação Cardíaca,
2012.
Herdy AH, López-Jiménez F, Terzic CP, Milani M, Stein R, Carvalho T, Serra S, Araujo
CG, Zeballos PC, Anchique CV, Burdiat G, González K, González G, Fernández R,
Santibáñez C, Rodríguez-Escudero JP, Ilarraza-Lomelí H. Diretriz Sul-Americana de
Prevenção e Reabilitação Cardiovascular, Vol. 103, Nº 2, Supl. 1, Agosto 2014.
Mair V, Yoshimori DY. Perfil da fisioterapia na reabilitação cardiovascular no
Brasil. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.15, n.4, p.333-8, out./dez. 2008.
Mesquita A. Cirurgia Cardíaca, Setembro 2014.
Gardenghi G, Dias FD. Reabilitação cardiovascular em pacientes cardiopatas.
Integração. 2007 out nov dez;51:387-92.