A civilização romana surgiu na península itálica em 753 a.C. com a fundação de Roma por Rômulo. Ao longo de sua história, Roma evoluiu de uma monarquia para uma república e finalmente para um império que dominou o Mediterrâneo. Após séculos de expansão e crise econômica, o Império Romano do Ocidente ruiu em 476 d.C. devido às invasões bárbaras.
3. • Roma está localizada na região do
Lácio, na península itálica, a 25
quilômetros da foz do rio Tibre, em sua
margem esquerda.
• A data convencional aceita atualmente
pelos historiadores para a origem da
cidade antiga é 753 a.C.; data
determinada pelo romano Varrão, que
se baseou para seus cálculos nas
tradicionais lendas de fundação.
5. • Numitor, rei de Alba Longa, cidade fundada pelos sobreviventes de
Tróia, foi deposto e aprisionado por Amúlio, seu irmão. Amúlio
matou um sobrinho e colocou sua sobrinha, Rhea Silvia, num
colégio de Vestais, transformando-a em Vestal (sacerdotisa virgem,
consagrada à deusa Vesta).
• Um dia a jovem vestal teria ido buscar água para um sacrifício em
um bosque sagrado quando foi seduzida Marte, deus romano da
guerra, que a engravidou, tendo nascido desta união proibida dois
gêmeos: Rômulo e Remo.
• Quando nasceram, foram escondidos em uma floresta para nçao
serem mortos pelo tio. Rômulo e Remo foram salvos por uma loba.
A loba os criou e amamentou juntamente com as suas crias, na sua
gruta, no Lupercal. Depois, um casal de pastores, Fáustulo e
Larência, encontrou-os e os criou
• Mais tarde os irmãos decobriram sua origem, confrontaram o tio e
libertara, o avô. Como recompensa ganharam o território onde foi
fundada a cidade de Roma. Como só poderia haver um rei, eles
duelaram e Rômulo matou o irmão e tornou-se o primeiro rei de
Roma.
6. Dividindo a história de Roma
• Dividimos a história da civilização romana
em 3 períodos:
1 – A monarquia
2 – A República
3 – O Império
8. A Monarquia
• Sete reis governaram Roma.
• Os quatro primeiros monarcas foram Rômulo, Numa Pompílio, Tulo
Hostílio e Anco Márcio. Os três últimos soberanos foram os
etruscos Tarquínio o Velho, Sérvio Túlio e Tarquínio o Soberbo,
cujos governos se estenderam pela maior parte do século VI.
• A monarquia etrusca coincidiu com uma época de notável
progresso econômico e cultural.
• Tanto os etruscos do norte quanto os gregos do sul tiveram
influência significativa na formação da cultura especificamente
latina.
• Roma, que não passava de um aglomerado de aldeias, converteu-
se numa verdadeira cidade, na qual os reis etruscos executaram
grandes obras públicas: saneamento, construções de templos e de
locais públicos de reunião.
• O último rei, Tarquínio o Soberbo, foi deposto pelos cidadãos de
Roma, que instauraram então o regime republicano.
9. A divisão social
• Patrícios: descendentes
dos fundadores de Roma.
Donos de grandes
propriedades e de
escravos. Ocupam os
cargos mais importantes.
• Clientes: dependentes
dos patrícios
• Plebeus: pessoas livres
pobres sem direitos
políticos.
• Escravos: prisioneiros de
guerra, filhos de escravos
e plebeus endividados.
10. A República
• Durante o período republicano, Roma
transformou-se de simples cidade-estado num
grande império, voltando-se inicialmente para a
conquista da Itália e mais tarde para todo o
mundo da orla do Mar Mediterrâneo.
• O senado Romano ganhou grande poder
político.
• Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das
finanças públicas, da administração e da política
externa.
• As atividades executivas eram exercidas pelos
cônsules e pelos tribunos da plebe.
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12. Plebeus exigem direitos
• A República foi um período de lutas sociais e
política que resultaram, entre outras coisas:
• Na criação dos tribunos da plebe, que garantiu a
participação política e melhores condições de
vida.
• Na Lei das Doze Tábuas, foi a base dos
sistemas jurídicos modernos.
• Na Lei Licínia, que garantia a participação dos
plebeus no Consulado (dois cônsules eram
eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei
também acabou com a escravidão por dívidas
(válida somente para cidadãos romanos).
13. A expansão e o fim da República
• Após dominar toda a península itálica os
romanos partiram para a expansão do seu
território.
• Venceram os cartagineses nas Guerras Púnicas
(século III a.C) e garantiram a supremacia
romana no Mar Mediterrâneo, que passaram a
chamar de Mare Nostrum.
• Roma ampliou suas conquistas, dominando a
Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a
Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
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15. • Roma torna-se mercantil,
urbana e luxuosa.
• O Exército vira uma instituição
poderosa e o escravismo
passa a ser o modo de
produção dominante.
• Nos séculos III a.C. e II a.C.,
as reformas defendidas pelos
irmãos Tibério e Caio Graco e
as lutas entre patrícios e
plebeus enfraquecem o
Senado.
• Surge o Triunvirato: governo
de três generais.
• I Triunvirato: Crasso, Pompeu
e Júlio César.
• Em 46 a.C., Júlio César põe
fim à República e torna-se
ditador. É assassinado dois
anos depois.
16. • II Triunvirato: Emílio Lépido,
Marco Antônio e Otávio.D
• Disputas internas levam à
divisão dos domínios de
Roma: Marco Antônio fica
com o Oriente, Lépido com
a África e Otávio com o
Ocidente.
• Otávio, através de
manobras políticas no
Senado, aumenta seu
poder e recebe o título de
Príncipe Augustus
Imperador (filho divino),
tornando-se o primeiro
Imperador de Roma.
17. O Império
• Quase todos os territórios em torno do Mediterrâneo
estavam sob domínio romano, assim como a atividade
comercial.
• As conquistas foram responsáveis por importantes
mudanças sócio-econômicas, como:
• formou-se o modo de produção escravista e
desenvolveu-se uma classe formada pelos homens
novos enriquecidos pelo comércio e pelas guerras de
conquistas.
• Ressalta-se ainda a mudança nos costumes e valores:
maior influência da cultura grega e o apego ao luxo.
18. • As novas camadas sociais,
principalmente mercadores e
militares passaram a disputar
diretamente o poder com os
patrícios, que por sua vez
buscavam conquistar o apoio
de uma parcela da plebe
através do clientelismo e
promover a alienação da outra
parcela através da política do
"Pão e Circo" .
• As revoltas de escravos, assim
como a de povos dominados
eram constantes. No século I
a.C., a crise do poder
senatorial seria representada
pelas Guerras Civis.
19. A Cultura Romana
• A cultura romana foi muito influenciada pela cultura
grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte,
pintura e arquitetura grega.
• Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes
cidades. Eram locais onde os senadores e membros da
aristocracia romana iam para discutirem política e
ampliar seus relacionamentos pessoais.
• A língua romana era o latim, que deu origem na Idade
Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
• A mitologia romana representava formas de explicação
da realidade que os romanos não conseguiam explicar
de forma científica. Trata também da origem de seu
povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os
principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e
Remo e O rapto de Proserpina.
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21. A Religião Romana
• Os romanos eram politeístas.
• A grande parte dos deuses romanos foram retirados do
panteão grego, porém os nomes originais foram
mudados.
• Muitos deuses de regiões conquistadas também foram
incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram
antropomórficos, ou seja, possuíam características
( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de
serem representados em forma humana.
• Além dos deuses principais, os romanos cultuavam
também os deuses lares e penates. Estes deuses eram
cultuados dentro das casas e protegiam a família.
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23. O Cristianismo
• O Cristianismo surgiu durante o Alto Império na Palestina.
• Os judeus acreditavam que Deus enviaria um Messias para libertá-
los da dominação e exploração romana.
• Nesse contexto nasceu Jesus. Diferente de outros mestres ia até os
necessitados e não esperava que viessem até ele.
• Sua popularidade ameaçava os sacerdotes judeus, que o
denunciaram para as autoridades romanas como um revolucionário.
• Após sua morte nasceu a Igreja Cristão Primitiva, fundada por
Pedro, primeiro Bispo de Roma.
• Os cristãos recusavam-se a em participar das cerimônias romanas
e de não reconheciam a divindade dos imperadores.
• O cristianismo contrariava os interesses do Império. Por isso, a
Igreja foi violentamente perseguida.
• Em 313, o Imperador Constantino, através do Edito de Milão,
liberou os cultos cristãos e em 391 o Imperador Teodósio, proibiu
todos as outras religiões e adotou o Cristianismo como religião
oficial.
• Alguns historiadores apontam o cristianismo como uma das causas
da queda do Império Romano.
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25. A Crise do Império
• Por volta do século III, o império romano passava por
uma enorme crise econômica e política.
• A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo
retiraram recursos para o investimento no exército
romano.
• Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número
de escravos, provocando uma queda na produção
agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de
tributos originados das províncias.
• Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras
ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos
soldados, sem receber salário, deixavam suas
obrigações militares.
26. • Os povos germânicos, tratados como
bárbaros pelos romanos, estavam
forçando a penetração pelas
fronteiras do norte do império.
• No ano de 395, o imperador Teodósio
resolve dividir o império em: Império
Romano do Ocidente, com capital em
Roma e Império Romano do Oriente
(Império Bizantino), com capital em
Constantinopla.
• Em 476, chega ao fim o Império
Romano do Ocidente, após a invasão
de diversos povos bárbaros, entre
eles, visigodos, vândalos, burgúndios,
suevos, saxões, ostrogodos, hunos
etc. Era o fim da Antiguidade e início
de uma nova época chamada de
Idade Média.