5. A vida de Morin 5
Nascimento: 8 de julho de 1921, Paris
Formado em Direito, História e Geografia na Sorbonne
Filiação com o Partido Comunista – 1941
Refugiado em Nanterre – II Guerra Mundial – apelido Morin
Oposição ao stalinismo – afastamento do Partido Comunista
1965 – repreensão científica
Um dos mais importantes pensadores vivos
7. O Método 7
6 volumes
• 1977: La Nature de la nature (A Natureza da Natureza)
• 1980: La vie de la vie (A vida da Vida)
• 1986: La Connaissance de la connaissance (O conhecimento do
conhecimento)
• 1991: Les Idées. Leur habitat, leur vie, leur moeurs, leur organisation (As
ideias: habitat, vida, costumes, organização)
• 2001: L‟Humanité de l‟humanité: L‟indentité humaine (A humanidade da
humanidade: a identidade humana)
• 2004: L‟Éthique complexe (A ética)
8. Ciência com consciência 8
Publicado em 1982
É, pois, necessário que toda a ciência se interrogue sobre as suas estruturas
ideológicas e o seu enraizamento sociocultural. Aqui, damo-nos conta de que
nos falta uma ciência capital, a ciência das coisas do espírito ou noologia,
capaz de conceber como e em que condições culturais as idéias se agrupam,
se encadeiam, se ajustam umas às outras, constituem sistemas que se auto-
regulam, se autodefendem, se automultiplicam, se autoprogramam. Falta-
nos uma sociologia do conhecimento científico que seja não só poderosa
mas também mais complexa que a ciência que examina. (p. 21)
9. Ciência com consciência 9
O primeiro mal-entendido consiste em conceber a complexidade como
receita, como resposta, em vez de a considerar como desafio e como
incitamento para pensar; acredita-se ... que a complexidade deve ser um
substituto eficaz da simplificação, ... que vai permitir programar e esclarecer.
Ou ... concebe-se a complexidade como inimiga da ordem e da clareza. (p.
137)
O segundo mal-entendido consiste em confundir a complexidade e a
completidão. ... O problema da complexidade não é o de estar completo,
mas sim do incompleto do conhecimento. ... o pensamento complexo tenta
ter em linha de conta aquilo de que se desembaraçam, excluindo-o, os tipos
mutiladores de pensamento a que chamo simplificadores e, portanto, ela
luta não contra o incompleto mas sim contra a mutilação. (p. 138)
10. Introdução ao pensamento complexo 10
Publicado em 1990
Questionamentos dos paradigmas reducionistas da ciência clássica
Reflexões sobre diversas áreas do conhecimento (Biologia, Física
Clássica, Física
Quântica, Psicologia, Linguística, Literatura, Sociologia, Metafísica, Informá
tica) – processo dialógico transdisciplinar
Abordagem inclusiva, pluralizante e não-reducionista sobre a organização
do conhecimento
11. Os sete saberes necessários à educação 11
do futuro
Publicado em 2000
A pedido da UNESCO em 1999
Conjunto de reflexões que servissem como ponto de partida para se repensar a educação
no século XXI
Temas fundamentais para a educação contemporânea
Os sete eixos:
• as cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão;
• os princípios do conhecimento pertinente;
• ensinar a condição humana;
• ensinar a identidade terrena;
• enfrentar as incertezas;
• ensinar a compreensão;
• a ética do gênero humano
13. Reorganizações genéticas 13
Articulação entre a sua vida e as ideias que professou
Sintetiza suas reorganizações em três:
• 1941 - ideias avançam sempre no antagonismo – Engels e Marx – homem
genérico
• Aprofundamento nas ideias de Marx – dialética/dialógica
• 1960 em diante – EUA – Teoria da Informação, Teoria dos
Sistemas, Cibernética – complexidade
14. Pensamento complexo 14
Complexus – aquilo que é tecido em conjunto
“É preciso substituir um pensamento que isola e separa por um pensamento
que distingue e une. E preciso substituir um pensamento disjuntivo e redutor
por um pensamento complexo, no sentido originário do termo „complexus‟: o
que é tecido junto”. (Morin, p.18, 2004)
Revolução Iluminista – pensamentos e ideias conduzidas pela razão
Demens – descomedidos, loucos, descontrolados
Sujeito humano = sapientalidade + dementalidade = Homo sapiens demens
15. Operadores da complexidade 15
O operador dialógico
• Dialogia: junção do que aparente aparentemente está desconectado
O operador recursivo (da recursividade)
• Causa e efeito
O operador do holograma (hologramático)
• Impossibilidade de desassociar a parte do todo;
16. Totalidade 16
Nuca será a soma das partes
Sempre aberta
Totalidade como mais ou menos que as partes
17. Homo complexus 17
Homem – inscrito numa ordem biológica
Produtores de cultura
Ser humano = 100% natureza e 100% cultura
O conhecimento não está limitado à ciência
Rompimento da entre as ciências e as artes
18. Razão, racionalismo e racionalização 18
Razão – mecanismo mental traduzido em um conjunto de regras
Racionalismo – adequação entre meios e fins
Racionalização – fechamento da razão dentro da sua esfera
19. Tetragrama organizacional 19
Desor-
dem
Ordem: regularidade
Desordem: desavenças, emergências
Interações: elementos que ordem
Sistema Intergra
-ção
interatuam, que não estava previsto vivo
Reorganização: para onde o sistema
caminha
Não há pensamento inferior a outro
reorgani
Reforma dos educadores – reforma -zação
do pensamento – reaprender a
pensar e ligar o separado
20. Transdisciplinaridade 20
Além da colaboração entre as disciplinas
Modo de pensar organizador – atravessar as disciplinas – unidade
Interdisciplinaridade – disciplinas separas discutindo sobre o seu território
Transdisciplinaridade/transversalidade – mais profundamente integradora
Rompimento das disciplinas
Jornadas temáticas – discussões sobre os megapontos (vida, , Terra, cultura
adolescente, homem, humanidade, cosmos, etc)
22. O erro e a ilusão 22
Integração do erro para que haja um avanço do conhecimento
Traduções e reconstruções – risco de erro
Erro de pensar na ideai como realidade
23. Conhecimento pertinente 23
Rearticulação da ideia de disciplina
Ideia contrária à fragmentação
Ex.: ecologia: união entre biologia, antropologia e filosofia
24. Ensinar a condição humana 24
Reaprendizagem da condição humana – sapiens demens
Ser humano não é só cultural
Ser humano é natural, físico, psíquico, imaginário
25. Ensinar a identidade terrena 25
Ensinamento da sustentabilidade da Terra
Planeta sustentável – viável às futuras gerações
Planeta insustentável = irritabilidade
26. Enfrentar as incertezas 26
Princípio da incerteza (Werner Roisenberg) – elemento atômico = onda e
partícula
Ser humano também é onda e partícula
Partícula –ser individualizado
Onda – portador de muitas multiplicidades
Conhecimento científico não é portador absoluto de certezas
27. Ensinar a compreensão 27
Compreensão – meio e fim da comunicação humana
Comunicação humana voltada para a compreensão
Compreensão em todas as esferas possíveis de comunicação: entre
pessoas, disciplinas, escolas, instituições, etc
28. A ética do gênero humano 28
Ética – não fazer com os outros o que não
gostaríamos que fizesse conosco
sociedade
Antropoética reintroduzido nas escolas
Antropoética – religar indivíduo, sociedade
e espécie indivíduo espécie
Antropoética
29. a voz de morin
EM MINHA OPINIÃO, AS ESCOLAS
MAIS RECUADAS NO TEMPO SÃO AS
MENOS MARCADAS PELA
FRAGMENTAÇÃO DISCIPLINAR E
PELA SEPARAÇÃO DAS
DISCIPLINAS, ENTÃO, POR
EXEMPLO, EM OUTROS PAÍSES NOS
QUAIS O ENSINO É
APARENTEMENTE MAIS AVANÇADO,
HÁ UMA REFORMA DE
PENSAMENTO, UMA REFORMA DE
ESCOLARIDADE MUITO MAIS
NECESSÁRIA. MAS NÃO, EU POSSO
MEDIR O GRAU DE ATRASO DAS
ESCOLAS BRASILEIRAS EM
RELAÇÃO AS ESCOLAS FRANCESAS.
CONHEÇO, SOBRETUDO, UMA
ENORME VONTADE DE UM NÚMERO
GRANDE DE EDUCADORES
BRASILEIROS, MUITO MAIOR DO
QUE EDUCADORES NA FRANÇA.
30. Recapitulação 30
Complexidade
Traços de Marx em suas obras
Aversão à simplicidade e fragmentação
Transdisciplinaridade
Quebra de verdades e saberes absolutos