O documento descreve as etapas da análise de conteúdo: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. Na pré-análise, faz-se uma leitura inicial do material para ter uma visão geral e escolher categorias iniciais. Na exploração, os trechos são distribuídos pelas categorias. Na última etapa, realiza-se a interpretação e inferência dos resultados.
1. Apresentam as seguintes etapas:
Pré-análise
Exploração do material
Tratamento dos
resultados/Inferência/Interpretação
Fazer uma leitura compreensiva de
algum material que nos auxiliem, para atingir
níveis mais profundos. Através dela buscamos
ter:
2. • Uma visão de conjunto;
• Apreender as particularidades do
conjunto do material a ser analisado
• Elaborar pressupostos iniciais que servirão
de baliza para a análise e a interpretação
do material
• Escolher formas de classificação inicial
• Determinar os conceitos teóricos que
orientarão a análise
3. Na segunda etapa, realizamos uma
exploração do material, distribuindo trechos,
frases ou fragmentos de cada texto de análise
pelo esquema de classificação inicial
(escolhido na primeira etapa) e fazer uma
leitura dialogando com as partes dos textos da
análise, em cada classe (parte do esquema).
4. • A mais usual técnica de análise
– isolar os temas de um texto, de acordo
com o problema pesquisado e comparar
com outros textos escolhidos da mesma
maneira.
• Nos temas evidenciam-se convergências e
divergências.
• Tipos de tema:
principais e secundários.
5. • Pré-análise: Fase de organização que
abrange a escolha do material, a formulação de
suposições e objetivos e a elaboração de
indicadores para a interpretação dos
resultados.
• Atividades:
– leitura superficial do material (contato
inicial, primeiras orientações e impressões);
– escolha dos documentos (recolha dos
documentos que podem fornecer informações
que relativas ao problema formulado e aos
objetivos da pesquisa).
6.
7. • A amostra do material utilizado deve seguir
os seguintes princípios:
– exaustividade (não deixar fora nenhum
documento);
– representatividade (possibilidade de
generalizar os resultados da análise);
– homogeneidade (evitar particularidades);
– adequação (os documentos selecionados
devem proporcionar a informação adequada
para cumprir os objetivos da pesquisa).
• Análise do material: codificação,
categorização e quantificação da informação.
8. • Modelo Aberto: as categorias não são fixas
no início, mas tomam forma no curso da própria
análise (abordagem indutiva).
• Modelo Fechado: categorias definidas a
priori, a partir de um referencial teórico
(abordagem dedutiva). Crítica ao modelo: não
está aberto à evidência de novos elementos.
• Modelo Misto: categorias definidas a priori,
mas podem ser revistas (modificadas,
suprimidas ou inseridas), em função do que a
análise apontar.
9. Tema Principal:
Indisciplina
Temas Secundários:
Relação entre família e indisciplina.
Modo como gestores professores e
funcionários lida com a indisciplina.
Reflexos da indisciplina no processo de
ensino- aprendizagem.
Nos temas evidenciam-se convergências e
divergências.
10.
11. Dois movimentos possíveis:
– Das unidades de significado para as
categoriais.
– Do tema principal para as
especificidades da realidade concreta.
12. Um método envolve quatro polos:
Epistemológico: a dimensão crítica que
avalia se uma produção é ou não científica, a
partir de um modelo de ciência, promovendo
ruptura entre objetos científicos e o senso
comum;
Teórico: conceitos e princípios que orientam
a interpretação
13. Morfológico: regras de estruturação do
objeto de investigação;
Técnico: controle da coleta de dados e a
confrontação entre os dados com a teoria
que os suscitou.
14. Leitura compreensiva do material
selecionado.
Com essa etapa buscamos ter uma visão de
conjunto e, de outro, apreender as
particularidades do material.
Exploração do material
Nessa etapa é fundamental sermos capazes de ir
além das falas e dos fatos, caminharmos na
direção do que esta explícita para o que é
implícito.
Elaboração de síntese interpretativa
Esta etapa é o ponto de chegada da interpretação
propriamente dita. Procuramos no entanto
caminhar na direção de uma síntese.
15. • Emparelhamento: associar os dados
recolhidos (comparação, levantamento de
convergências e divergências,
categorização...).
• Análise histórica: investigação sobre o
percurso do fenômeno em estudo (mudanças e
permanências).
• Construção iterativa de uma explicação:
suspensão da ancoragem teórica. Na análise e
interpretação, a explicação do fenômeno a
partir das unidades de sentido.
16. UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
DISCIPLINA: Pesquisa e Prática em Educação II
PROFESSORA: Arlete Ribeiro
UNIVERSITÁRIOS: Alessandra Andrade Camelo
Anderson Silva Oliveira
Dandara Alves Magalhães
Francisco Elionardo Oliveira Soares
Thaís Sant’Ana Sousa