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O ESTADO PODE SER
    ENTENDIDO COMO O
 CONJUNTO DAS RELAÇÕES E
CONTRADIÇÕES ECONÔMICAS
   QUE TRAZEM IMPACTOS
DIRETOS E INDIRETOS SOBRE
    A SOCIEDADE A ESTE
       PERTENCENTE.
A FORMA DO ESTADO

 Os Estado pode ter as seguintes
 formas:

 Unitário: (França, Uruguai) –
 Todo Poder centralizado em
 uma única sede.

 Federação: (Brasil) - Poder
 dividido entre os entes
 federativos (União, Estados e os
 municípios)
A FORMA DO GOVERNO


    A Forma de Governo do Estado
 brasileiro é a REPÚBLICA, que
 significa COISA DO POVO.



     A maneira pela qual o governo
 intervém na economia caracteriza as
 chamadas Funções Econômicas do
 Governo.
Evolução das Funções
     Econômicas do Governo

    A visão clássica, advinda do século
    XIX, defendia o que poderíamos
    chamar de Estado mínimo, ou seja, a
    atividade estatal deve ser voltada
    apenas para o atendimento de
    demandas onde a atividade privada não
    possa se auto equilibrar, tal como a
    definição de oferta e demanda de bens e
    serviços.

      A presença do Estado seria
    representada apenas pelo controle da
    segurança nacional do país, a segurança
    pública, bem como serviços de natureza
    social não atendidas pelo setor privado.
Com o crescimento da atividade
privada, geradora de lucros, passam a
existir na Economia questionamentos
referentes à distribuição da riqueza nas
mãos de poucos. Tratava-se do que
chamamos pensamento marxista,
fundamentado na idéia de que o Estado
deveria     atuar     diretamente     na
redistribuição igualitária da renda entre
a população.
No início do século XX, mais
especificamente com a chamada
Grande Depressão, uma nova defesa na
dimensão da atuação do Estado passa a
existir. Com o nível de oferta agregada
superior ao da demanda agregada,
gerando por conseqüência uma
diminuição no nível de riqueza dos
países, e conseqüentemente de suas
sociedades,    o    economista     John
Maynard Keynes propôs que o Estado
interviesse na economia, com o
objetivo de estimular a demanda
agregada. Para isso, este deveria
aumentar os seus gastos, de forma a
estimular o emprego e a renda.
A INTERVENÇÃO DO
ESTADO NA ECONOMIA




  AS FALHAS DE
   MERCADO
As falhas de mercado


   Para atingir uma situação ótima
   (máxima eficiência) não é
   necessário um planejador central,
   bastando um mercado em livre
   concorrência, desde que haja:
(i) condições ideais para o
   funcionamento do modelo de
   concorrência perfeita (mercado
   atomizado e informação perfeita),
(ii) inexistência de externalidades,
   bens públicos, monopólios
   naturais, mercados incompletos,
   desemprego e inflação.
As falhas de mercado


Portanto, sob certas condições, os
mercados competitivos geram
uma alocação de recursos “ótima”
no sentido de Pareto.
Um ponto (ou situação) de ótimo
de Pareto se caracteriza pelo fato
de que ninguém pode melhorar
sua situação sem causar prejuízo a
outros.
No mundo real, ocorrem, em
diversas circunstâncias, as “falhas
de mercado”, que impedem que
ocorra uma situação de ótimo de
Pareto.
As falhas de mercado:
A existência de bens públicos

Os bens públicos são aqueles cujo
consumo / uso é indivisível ou
“não rival”.
O seu consumo por parte de um
indivíduo ou de um grupo social
não prejudica o seu consumo do
mesmo bem pelos demais
integrantes da sociedade.

Todos se beneficiam da produção
de bens públicos.
Exemplos: defesa nacional,
segurança pública, justiça, ruas,
iluminação pública.
Monopólios naturais
Existem setores nos quais o
processo produtivo se caracteriza
por retornos crescentes de escala.
Isto significa que os custos de
produção unitários declinam à
medida que aumenta a quantidade
produzida.
Pode ser mais eficiente
uma empresa produtora
de energia elétrica do
que duas ou mais.
O governo neste caso pode:
regular empresas ou
intervir diretamente
  produzindo o bem/serviço.
Externalidades
São comuns os casos em que a
ação de um indivíduo ou empresa
afeta direta ou indiretamente
outros agentes econômicos.
Há externalidades positivas e
negativas.
Exemplos das positivas
(benefícios): infra-estrutura.
Exemplos das negativas:
poluição, tabagismo,
ações criminosas.
Diante de externalidades,
o governo pode : produzir
diretamente, subsidiar ou tributar,
proibir, multar ou regulamentar.
Mercados incompletos e
ocorrência de desemprego e
         inflação
Mesmo em atividades típicas de
mercado, nem sempre o setor
privado está disposto a assumir
riscos.
No Brasil, a intervenção do governo
é importante para a concessão de
crédito de longo prazo.
O livre funcionamento de mercado
não soluciona problemas como a
existência de altos níveis de
desemprego
e inflação.
PERGUNTAS


1ª Questão:
Conceitue e exemplifique:
a) Bens públicos;
b) Externalidades
c) Externalidades positivas
d) Externalidades negativas
c) Monopólio natural

2ª Questão
A estabilidade pode ser considerada um bem
público?

3ª Questão
Quais são as principais razões pelas quais o
governo intervém numa economia?
4ª Questão
O mercado sempre aloca bem os recursos de
uma economia? Em que situações o sistema de
preços não produz uma alocação ótima (isto é,
quando a “mão invisível” não funciona
satisfatoriamente em termos de alocação)? Dê
exemplos de falhas de mercado.

5ª Questão
Os governos têm ampliado sua ação em favor da
redução das desigualdades sociais. É justo que
os governos interfiram na distribuição de renda?
Que intervenções governamentais mais
contribuem para reduzir as desigualdades?
São diversas as razões para a
existência do governo:
A operação do sistema de mercado
necessita de uma série de contratos
que dependem da proteção e da
estrutura legal implementada pelo
governo.
Ocorrência de falhas de mercado em
função de bens públicos,
externalidades, monopólios
naturais, falta de informação, etc.
Promoção de crescimento e
estabilidade econômica - elevado
nível de emprego, estabilidade de
preços, certo equilíbrio nas
transações com o exterior.
Redistribuição de renda, riqueza e
oportunidades.
Os objetivos da política fiscal e
as funções do governo




  A ação do governo através da
  política fiscal abrange três
  funções básicas:
   – função alocativa
   – função distributiva
   – função estabilizadora
Os bens públicos não podem ser
fornecidos de forma compatível com
as necessidades da sociedade através
do sistema de mercado.



Os bens que produzam
externalidades também não são
adequadamente ofertados /
demandados.
Função alocativa


O governo corrige a
alocação de recursos quando
oferece (ou estimula a oferta) de
bens públicos e bens que produzem
externalidades positivas
     ou
desestimula ou inviabiliza a
produção de bens que produzem
externalidades negativas.
Função alocativa
O fato de os benefícios gerados
pelos bens públicos ficarem
disponíveis para todos os
consumidores faz com que não
haja pagamentos voluntários aos
fornecedores desses bens. Há um
espaço claro para o carona
(free rider).
Para evitar má alocação
de recursos, o governo deve:
– determinar o tipo e a quantidade
  de bens públicos a serem
  ofertados;
– calcular o nível de contribuição de
  cada consumidor.
A distribuição de renda resultante,
em determinado momento, das
dotações dos fatores de produção -
capital, trabalho e terra - e da venda
dos serviços desses fatores no
mercado pode não ser a desejada pela
sociedade.
            (Giambiagi & Além)
Função distributiva


  Para redistribuir a renda,
  o governo se utiliza,
  principalmente, das
  transferências, dos impostos, dos
  subsídios e dos gastos na área
  social (assistênca social, saúde,
  saneamento, habitação, educação
  etc.).
O livre funcionamento do
mercado não é capaz de
assegurar elevados níveis de
emprego, estabilidade dos
preços, elevadas taxas de
desenvolvimento econômico e
estabilidade nas transações com
o exterior.
Função estabilizadora


O mercado de trabalho, em
particular, apresenta
peculiaridades.
Há uma certa rigidez e
desequilíbrios freqüentes pela
forma como os contratos se
estabelecem e pela existência de
entidades corporativas
(sindicatos, associações de
produtores etc.).
Função estabilizadora


O governo pode afetar o nível de
atividade econômica atuando sobre a
demanda agregada através dos
instrumentos de política
macroeconômica.
Pode-se reduzir ou aumentar
impostos, ampliar ou cortar gastos,
elevando ou restringindo a demanda
agregada e, assim, gerando mais ou
menos atividade econômica.
Função estabilizadora




Caso se queira combater a
inflação, políticas que restrinjam a
demanda podem ser
recomendáveis (cortes nos gastos
ou aumento de impostos).
Caso se queira ampliar o nível de
emprego pode-se optar por
políticas que ampliem a demanda
(aumento de gastos e redução de
tributos).
Função
   estabilizadora
O governo pode também
atuar através dos instrumentos
de política monetária.
 Pode alterar o depósito compulsório
dos bancos comerciais no Banco
Central, modificar a taxa de
redesconto ou atuar no open market,
vendendo ou comprando títulos
junto ao público através do Banco
Central.
Também é comum a utilização do
instrumento cambial.
Nesse caso, o governo atua
sobre o valor da moeda em
relação às demais, vendendo
e comprando divisas.
Para poder desempenhar suas
funções, o governo precisa
     de recursos.
Os tributos são a principal
fonte de geração de receitas
do governo.
O tributo é gênero cujas
espécies são
 – impostos
 – taxas
 – contribuições
Imposto

“Imposto é o tributo cuja obrigação
 tem por fato gerador uma situação
 independente de qualquer atividade
 estatal específica, relativa ao
 contribuinte”
    (Código Tributário Nacional)
Taxa

“As taxas são a compensação de um
  serviço obtido do Estado ou dos
  poderes locais paga por serviço
  particular, de natureza divisível”
                                  (Nitti)
“Taxa é o tributo instituído para
  remunerar um determinado serviço (ou
  uma determinada atividade) especial do
  Estado, e que seja cobrado somente dos
  contribuintes que de fato se utilizam
  desse serviço ou atividade ou que os
  tenham à sua disposição”
                (Rubens Gomes de Souza)
Contribuições

“Compete exclusivamente à
  União instituir contribuições
  sociais, de intervenção no
  domínio econômico e de
  interesse das categorias
  profissionais ou econômicas...”
                       Constituição
Para tornar o sistema
tributário adequado à
sociedade, alguns conceitos
devem ser considerados:
 – o conceito da eqüidade;
 – o conceito da
   progressividade;
 – o conceito da neutralidade;
 – o conceito da simplicidade.
Pelo conceito da eqüidade, cada
contribuinte deve contribuir com uma
parcela “justa” para cobrir os custos do
governo.
Para se atender à justiça, deve-se levar
em consideração os princípios do
benefício e da
capacidade de pagamento.
Segundo o princípio do benefício, cada
indivíduo deveria contribuir com uma
quantia proporcional aos benefícios
gerados pelo consumo do bem público.
Esse princípio é de difícil
implementação porque os benefícios
gerados não são mensuráveis. Apenas
o processo político pode, de alguma
forma, revelá-los.
Outra forma de se aferir o quanto
cada indivíduo deve contribuir segue
o princípio da capacidade de
pagamento (ou capacidade
contributiva).




Segundo esse princípio, o ônus
tributário deve ser tal que garanta as
eqüidades horizontal
     e vertical.
Para que se respeite a
eqüidade horizontal, os
contribuintes com a
mesma capacidade de
pagamento devem pagar
o mesmo nível de
impostos.
Para que se respeite a
eqüidade vertical, as
contribuições dos
indivíduos devem ser
diferenciadas segundo as
suas respectivas
capacidades de
pagamento.
Um imposto pode ser progressivo ou
regressivo.
Um imposto é progressivo quando a
alíquota de tributação se eleva
quando aumenta o nível de renda.
A idéia que justifica uma tributação
progressiva é de que quem recebe
mais renda deve pagar uma
proporção maior de impostos
relativamente às pessoas de baixa
renda.
Um imposto progressivo pode ser
utilizado para obtenção de maior
eqüidade.
O sistema tributário não deve
provocar distorção na alocação de
recursos.
Nesse sentido, o sistema tributário
deve, em linhas gerais, visar a
neutralidade. Um sistema tributário
deve ser voltado, em geral, para a
neutralidade.
Entretanto, em algumas
circunstâncias, pode-se melhorar a
alocação de recursos com a
imposição de impostos seletivos.
Nesses casos, uma tributação neutra
apenas manteria
distorções existentes.
O conceito de simplicidade se
 relaciona com a facilidade da
operacionalização da cobrança
          do tributo.
Simplicidade



 Para que haja simplicidade
  o imposto deve ser de fácil
 entendimento para quem tiver de
 pagá-lo, não acarretando custos
 elevados para o contribuinte;
 a cobrança, a arrecadação do
 imposto e o processo de
 fiscalização não devem
 representar custos administrativos
 elevados para o governo.

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O papel do Estado na economia e as funções econômicas do governo

  • 1.
  • 2. O ESTADO PODE SER ENTENDIDO COMO O CONJUNTO DAS RELAÇÕES E CONTRADIÇÕES ECONÔMICAS QUE TRAZEM IMPACTOS DIRETOS E INDIRETOS SOBRE A SOCIEDADE A ESTE PERTENCENTE.
  • 3. A FORMA DO ESTADO Os Estado pode ter as seguintes formas:  Unitário: (França, Uruguai) – Todo Poder centralizado em uma única sede.  Federação: (Brasil) - Poder dividido entre os entes federativos (União, Estados e os municípios)
  • 4. A FORMA DO GOVERNO A Forma de Governo do Estado brasileiro é a REPÚBLICA, que significa COISA DO POVO. A maneira pela qual o governo intervém na economia caracteriza as chamadas Funções Econômicas do Governo.
  • 5. Evolução das Funções Econômicas do Governo  A visão clássica, advinda do século XIX, defendia o que poderíamos chamar de Estado mínimo, ou seja, a atividade estatal deve ser voltada apenas para o atendimento de demandas onde a atividade privada não possa se auto equilibrar, tal como a definição de oferta e demanda de bens e serviços.  A presença do Estado seria representada apenas pelo controle da segurança nacional do país, a segurança pública, bem como serviços de natureza social não atendidas pelo setor privado.
  • 6. Com o crescimento da atividade privada, geradora de lucros, passam a existir na Economia questionamentos referentes à distribuição da riqueza nas mãos de poucos. Tratava-se do que chamamos pensamento marxista, fundamentado na idéia de que o Estado deveria atuar diretamente na redistribuição igualitária da renda entre a população.
  • 7. No início do século XX, mais especificamente com a chamada Grande Depressão, uma nova defesa na dimensão da atuação do Estado passa a existir. Com o nível de oferta agregada superior ao da demanda agregada, gerando por conseqüência uma diminuição no nível de riqueza dos países, e conseqüentemente de suas sociedades, o economista John Maynard Keynes propôs que o Estado interviesse na economia, com o objetivo de estimular a demanda agregada. Para isso, este deveria aumentar os seus gastos, de forma a estimular o emprego e a renda.
  • 8. A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA AS FALHAS DE MERCADO
  • 9. As falhas de mercado Para atingir uma situação ótima (máxima eficiência) não é necessário um planejador central, bastando um mercado em livre concorrência, desde que haja: (i) condições ideais para o funcionamento do modelo de concorrência perfeita (mercado atomizado e informação perfeita), (ii) inexistência de externalidades, bens públicos, monopólios naturais, mercados incompletos, desemprego e inflação.
  • 10. As falhas de mercado Portanto, sob certas condições, os mercados competitivos geram uma alocação de recursos “ótima” no sentido de Pareto. Um ponto (ou situação) de ótimo de Pareto se caracteriza pelo fato de que ninguém pode melhorar sua situação sem causar prejuízo a outros. No mundo real, ocorrem, em diversas circunstâncias, as “falhas de mercado”, que impedem que ocorra uma situação de ótimo de Pareto.
  • 11. As falhas de mercado: A existência de bens públicos Os bens públicos são aqueles cujo consumo / uso é indivisível ou “não rival”. O seu consumo por parte de um indivíduo ou de um grupo social não prejudica o seu consumo do mesmo bem pelos demais integrantes da sociedade. Todos se beneficiam da produção de bens públicos. Exemplos: defesa nacional, segurança pública, justiça, ruas, iluminação pública.
  • 12. Monopólios naturais Existem setores nos quais o processo produtivo se caracteriza por retornos crescentes de escala. Isto significa que os custos de produção unitários declinam à medida que aumenta a quantidade produzida. Pode ser mais eficiente uma empresa produtora de energia elétrica do que duas ou mais. O governo neste caso pode: regular empresas ou intervir diretamente produzindo o bem/serviço.
  • 13. Externalidades São comuns os casos em que a ação de um indivíduo ou empresa afeta direta ou indiretamente outros agentes econômicos. Há externalidades positivas e negativas. Exemplos das positivas (benefícios): infra-estrutura. Exemplos das negativas: poluição, tabagismo, ações criminosas. Diante de externalidades, o governo pode : produzir diretamente, subsidiar ou tributar, proibir, multar ou regulamentar.
  • 14. Mercados incompletos e ocorrência de desemprego e inflação Mesmo em atividades típicas de mercado, nem sempre o setor privado está disposto a assumir riscos. No Brasil, a intervenção do governo é importante para a concessão de crédito de longo prazo. O livre funcionamento de mercado não soluciona problemas como a existência de altos níveis de desemprego e inflação.
  • 15. PERGUNTAS 1ª Questão: Conceitue e exemplifique: a) Bens públicos; b) Externalidades c) Externalidades positivas d) Externalidades negativas c) Monopólio natural 2ª Questão A estabilidade pode ser considerada um bem público? 3ª Questão Quais são as principais razões pelas quais o governo intervém numa economia?
  • 16. 4ª Questão O mercado sempre aloca bem os recursos de uma economia? Em que situações o sistema de preços não produz uma alocação ótima (isto é, quando a “mão invisível” não funciona satisfatoriamente em termos de alocação)? Dê exemplos de falhas de mercado. 5ª Questão Os governos têm ampliado sua ação em favor da redução das desigualdades sociais. É justo que os governos interfiram na distribuição de renda? Que intervenções governamentais mais contribuem para reduzir as desigualdades?
  • 17. São diversas as razões para a existência do governo: A operação do sistema de mercado necessita de uma série de contratos que dependem da proteção e da estrutura legal implementada pelo governo. Ocorrência de falhas de mercado em função de bens públicos, externalidades, monopólios naturais, falta de informação, etc. Promoção de crescimento e estabilidade econômica - elevado nível de emprego, estabilidade de preços, certo equilíbrio nas transações com o exterior. Redistribuição de renda, riqueza e oportunidades.
  • 18. Os objetivos da política fiscal e as funções do governo A ação do governo através da política fiscal abrange três funções básicas: – função alocativa – função distributiva – função estabilizadora
  • 19. Os bens públicos não podem ser fornecidos de forma compatível com as necessidades da sociedade através do sistema de mercado. Os bens que produzam externalidades também não são adequadamente ofertados / demandados.
  • 20. Função alocativa O governo corrige a alocação de recursos quando oferece (ou estimula a oferta) de bens públicos e bens que produzem externalidades positivas ou desestimula ou inviabiliza a produção de bens que produzem externalidades negativas.
  • 21. Função alocativa O fato de os benefícios gerados pelos bens públicos ficarem disponíveis para todos os consumidores faz com que não haja pagamentos voluntários aos fornecedores desses bens. Há um espaço claro para o carona (free rider). Para evitar má alocação de recursos, o governo deve: – determinar o tipo e a quantidade de bens públicos a serem ofertados; – calcular o nível de contribuição de cada consumidor.
  • 22. A distribuição de renda resultante, em determinado momento, das dotações dos fatores de produção - capital, trabalho e terra - e da venda dos serviços desses fatores no mercado pode não ser a desejada pela sociedade. (Giambiagi & Além)
  • 23. Função distributiva Para redistribuir a renda, o governo se utiliza, principalmente, das transferências, dos impostos, dos subsídios e dos gastos na área social (assistênca social, saúde, saneamento, habitação, educação etc.).
  • 24. O livre funcionamento do mercado não é capaz de assegurar elevados níveis de emprego, estabilidade dos preços, elevadas taxas de desenvolvimento econômico e estabilidade nas transações com o exterior.
  • 25. Função estabilizadora O mercado de trabalho, em particular, apresenta peculiaridades. Há uma certa rigidez e desequilíbrios freqüentes pela forma como os contratos se estabelecem e pela existência de entidades corporativas (sindicatos, associações de produtores etc.).
  • 26. Função estabilizadora O governo pode afetar o nível de atividade econômica atuando sobre a demanda agregada através dos instrumentos de política macroeconômica. Pode-se reduzir ou aumentar impostos, ampliar ou cortar gastos, elevando ou restringindo a demanda agregada e, assim, gerando mais ou menos atividade econômica.
  • 27. Função estabilizadora Caso se queira combater a inflação, políticas que restrinjam a demanda podem ser recomendáveis (cortes nos gastos ou aumento de impostos). Caso se queira ampliar o nível de emprego pode-se optar por políticas que ampliem a demanda (aumento de gastos e redução de tributos).
  • 28. Função estabilizadora O governo pode também atuar através dos instrumentos de política monetária. Pode alterar o depósito compulsório dos bancos comerciais no Banco Central, modificar a taxa de redesconto ou atuar no open market, vendendo ou comprando títulos junto ao público através do Banco Central. Também é comum a utilização do instrumento cambial. Nesse caso, o governo atua sobre o valor da moeda em relação às demais, vendendo e comprando divisas.
  • 29. Para poder desempenhar suas funções, o governo precisa de recursos. Os tributos são a principal fonte de geração de receitas do governo. O tributo é gênero cujas espécies são – impostos – taxas – contribuições
  • 30. Imposto “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte” (Código Tributário Nacional)
  • 31. Taxa “As taxas são a compensação de um serviço obtido do Estado ou dos poderes locais paga por serviço particular, de natureza divisível” (Nitti) “Taxa é o tributo instituído para remunerar um determinado serviço (ou uma determinada atividade) especial do Estado, e que seja cobrado somente dos contribuintes que de fato se utilizam desse serviço ou atividade ou que os tenham à sua disposição” (Rubens Gomes de Souza)
  • 32. Contribuições “Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas...” Constituição
  • 33. Para tornar o sistema tributário adequado à sociedade, alguns conceitos devem ser considerados: – o conceito da eqüidade; – o conceito da progressividade; – o conceito da neutralidade; – o conceito da simplicidade.
  • 34. Pelo conceito da eqüidade, cada contribuinte deve contribuir com uma parcela “justa” para cobrir os custos do governo. Para se atender à justiça, deve-se levar em consideração os princípios do benefício e da capacidade de pagamento. Segundo o princípio do benefício, cada indivíduo deveria contribuir com uma quantia proporcional aos benefícios gerados pelo consumo do bem público. Esse princípio é de difícil implementação porque os benefícios gerados não são mensuráveis. Apenas o processo político pode, de alguma forma, revelá-los.
  • 35. Outra forma de se aferir o quanto cada indivíduo deve contribuir segue o princípio da capacidade de pagamento (ou capacidade contributiva). Segundo esse princípio, o ônus tributário deve ser tal que garanta as eqüidades horizontal e vertical.
  • 36. Para que se respeite a eqüidade horizontal, os contribuintes com a mesma capacidade de pagamento devem pagar o mesmo nível de impostos.
  • 37. Para que se respeite a eqüidade vertical, as contribuições dos indivíduos devem ser diferenciadas segundo as suas respectivas capacidades de pagamento.
  • 38. Um imposto pode ser progressivo ou regressivo. Um imposto é progressivo quando a alíquota de tributação se eleva quando aumenta o nível de renda. A idéia que justifica uma tributação progressiva é de que quem recebe mais renda deve pagar uma proporção maior de impostos relativamente às pessoas de baixa renda. Um imposto progressivo pode ser utilizado para obtenção de maior eqüidade.
  • 39. O sistema tributário não deve provocar distorção na alocação de recursos. Nesse sentido, o sistema tributário deve, em linhas gerais, visar a neutralidade. Um sistema tributário deve ser voltado, em geral, para a neutralidade. Entretanto, em algumas circunstâncias, pode-se melhorar a alocação de recursos com a imposição de impostos seletivos. Nesses casos, uma tributação neutra apenas manteria distorções existentes.
  • 40. O conceito de simplicidade se relaciona com a facilidade da operacionalização da cobrança do tributo.
  • 41. Simplicidade Para que haja simplicidade o imposto deve ser de fácil entendimento para quem tiver de pagá-lo, não acarretando custos elevados para o contribuinte; a cobrança, a arrecadação do imposto e o processo de fiscalização não devem representar custos administrativos elevados para o governo.