1. Zika Virus
•O que é Zika Virus?
O Zika é um vírus que foi descoberto pela primeira vez em 1947,
na floresta de Zika, em Uganda, África. Daí vem o seu nome. A
primeira epidemia causada por este vírus no mundo foi em 2013 e
ele entrou no Brasil, acredita-se, em 2015.
O grande problema é que o mosquito transmissor do Zika é
o Aedes aegypti. O mesmo que transmite a dengue, a febre
chicungunya e a febre amarela. E como todos sabemos, este
mosquito está espalhado em todo o território brasileiro.
Resultado: o vírus encontrou aqui, em nosso país tropical, um
ambiente ideal para se proliferar. O mosquito pica uma pessoa com
vírus. O vírus entra dentro do mosquito que o leva “voando” para
outra pessoa. Quando pica, injeta o vírus. Mais um contaminado. E
assim, nós, brasileiros, adquirimos esse vírus. Inclusive as nossas
gestantes. Portanto, todos podem pegar. Homens e mulheres de
todas as idades.
2. Qual o vetor do Zika Vírus?
O vírus é transmitido principalmente pelo Aedes,
que atua como vetor, isto é, o vírus é inoculado no
inseto. O mosquito carrega o vírus sem ser afetado,
transmitindo-o através de suas picadas. Assim como
em outras doenças similares, apenas a fêmea do
mosquito pica humanos e transmite doenças.
3. Quais são os sintomas da doença
causada pelo Zika Vírus?
Embora a doença ainda seja em parte desconhecida, os sintomas de uma
infecção por zika mais comumente observados são febre baixa, erupções
cutâneas, dores articulares e/ou musculares e conjuntivite. Geralmente,
um caso é considerado suspeito no momento da apresentação dos dois
primeiros sintomas acima mencionados e pelo menos dois outros sinais.
Apesar destas indicações, cerca de 80% dos casos de infecção pelo vírus
zika são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas. Como em
muitas ocasiões, o paciente não sofre complicações, a doença passa
despercebida e o indivíduo sequer sabe que esteve infectado.
Complicações neurológicas podem ocorrer e exigem vigilância máxima. De
maneira já comprovada estão a síndrome de Guillain-Barré, em adultos, e
a ocorrência de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso
central em bebês que foram infectados por gestantes com a doença. Além
disso, outros problemas, como a mielite também podem estar associados
ao vírus zika.
4. Como evitar?
Para evitar a proliferação do Aedes e transmissão da doença, é
aconselhável eliminar as larvas do mosquito regularmente, esvaziando
potes com água parada , cobrindo tanques e protegendo da chuva
equipamentos de jardinagem ou outros materiais que possam acumular
água. O uso de mosquiteiros e roupas longas ajudam a prevenir picadas. O
uso de repelentes de pele também é aconselhável, depois de procurar
aconselhamento médico.
Cuidados de gestantes
O surto de microcefalia no Brasil deve fazer com que grávidas tomem
ainda mais cuidado com o vírus zika. Para isso, é recomendado que as
gestantes utilizem repelente mesmo quando permanecerem em casa,
reforçando o produto a cada 90 minutos. O uso de mosquiteiros e roupas
longas é ainda mais aconselhável nesse grupo. Para aquelas que não
vivem em regiões afetadas pelo surto de zika, a recomendação da
Organização Mundial da Saúde é de não viajar para áreas com circulação e
transmissão autóctone do vírus.
5. O que se sabe sobre a relação da
microcefalia e o Zika Vírus?
O recente surto da de microcefalia no Brasil, concentrada principalmente
nos estados da Região Nordeste, também acendeu o sinal de alerta de
autoridades de saúde em todo o mundo sobre um outro efeito bastante
perigoso do vírus zika. Ao infectar mulheres grávidas, especialmente no
primeiro trimestre de gestação, o vírus favorece o desenvolvimento de
microcefalia entre os bebês. A malformação corresponde a um diâmetro
do crânio do recém-nascido menor do que a média, o que dificulta o
desenvolvimento cognitivo da criança.
Pouco estudado por cientistas por, até então, não comprometer em
grande medida a saúde de seus portadores, o vírus zika tende a ser alvo
nos próximos anos de muitas pesquisas para que se determine melhor
como se dá a relação entre uma infecção e a ocorrência da microcefalia e
outras malformações em bebês. Atualmente, já há mais de 30
universidades e centros de pesquisa trabalhando na tentativa de se criar
uma vacina contra o vírus, alguns deles no Brasil.
6. Como evitar o Zika Virus?
• Elimine todos os focos de água parada
•Use repelente
•Use roupas compridas
•Casa "à prova de mosquito"
•Lixo
•Fumacê
•Estratégias de controle do mosquito
•Evitar viagens
•Impedir a propagação
7. Como evitar a microcefalia?
Se a causa da microcefalia for genética é possível preveni-la. Por isso é
importante fazer o aconselhamento genético antes de engravidar.
Além disso, a melhor forma de se prevenir não só a microcefalia, mas
diversas outras condições de saúde, é a realização do pré-natal durante a
gravidez.
Dentre as recomendações médicas para prevenir a microcefalia também
estão:
Não ingerir álcool durante a gravidez: o consumo de álcool predispõe o bebê a
diversas doenças, como Síndrome do Alcoolismo Fetal e microcefalia.
Não utilizar medicamentos sem a orientação médica: alguns medicamentos
podem interferir na formação fetal, inclusive causando uma má formação do
cérebro como a microcefalia. É importante que a gestante não tome nenhum
tipo de medicamento sem orientação médica.
Evitar contato com pessoas com febre ou infecções: qualquer infecção pode
dar alguma alteração no desenvolvimento do feto, desde uma rubéola e
citomegalovírus, até a dengue, febre zika e febre chikungunya. Por isso é
importante evitar a exposição geral a doenças.