Desde os dedos até aos dados, os seres humanos evoluíram nas formas de calcular e armazenar informação, de ferramentas primitivas aos computadores modernos. Computadores como o ENIAC foram desenvolvidos na década de 1940 para processar grandes quantidades de dados, enquanto os computadores pessoais surgiram na década de 1970 e popularizaram o uso de computadores. Atualmente, os computadores são onipresentes e usados em muitas aplicações, da educação aos negócios.
1. Dos Dedos aos Dados
“Uma evolução histórica”
Desde que o homem se conhece como tal, que as suas necessidades de gerir os seus bens se
manifestaram através dos mais diversos métodos de cálculo.
De início, utilizou aquilo que tinha mais à mão – naturalmente os seus próprios dedos.
Seguidamente, e porque a complexidade das operações assim o exigiu, passou a
utilizar ferramentas mais elaboradas tais como réguas de cálculo ou mesmo o ábaco,
, o antepassado dos nossos computadores modernos, inventado na China.
Já no século XIX, um inventor de nome Charles Babbage desenvolveu uma
máquina com o propósito de executar cálculos complexos num reduzido espaço de
tempo, sendo, no entanto, um equipamento bastante dispendioso, visto utilizar milhares de
pequenas peças e intricadas engrenagens movidas por rodas dentadas.
Entre 1943/1946 foi desenvolvido nos EUA, o primeiro computador de grande
porte, destinado a processar um milhão de cartões perfurados para os cálculos de
viabilidade da bomba atómica – chamava-se ENIAC - Electronic Numerical
Integrator and Computer. A sua programação envolvia a alteração de milhares de
circuitos electrónicos. Começou a funcionar em Fevereiro de 1946. O seu funcionamento baseava-se no
sistema decimal, era composto por 18000 válvulas, 100000 outros componentes electrónicos e pesava 30
toneladas.
Em 1974, surgiu o primeiro computador pessoal denominado ALTAIR , criado pela
empresa Micro Instrumentation Telemetry Systems, pertença de Ed Roberts, e baseado
no processador 8080. Sete anos depois, em 1981, a IBM lançou
aquele que foi o seu primeiro computador pessoal, seguido da APPLE que,
em 1984 colocou no mercado o Macintosh, como uma alternativa à IBM, e que se
baseava num ambiente gráfico de comunicação com o utilizador.
Após termos visto esta evolução histórica, podemos definir um computador
como uma máquina constituída por dispositivos electrónicos ligados entre si, capaz de efectuar cálculos
complexos, armazenar, analisar, processar e transferir grandes quantidades de informação
A informação, por conseguinte, diz respeito a dados, mas estes têm que estar estruturados ou
articulados entre si em conjuntos significativos, para que se possa falar em informação. A informação
2. utiliza símbolos diversos que transmitem factos, ideias e conceitos. Os símbolos utilizados podem ser
alfabéticos (Um Nome), numéricos (Uma Idade), alfanuméricos (Uma Morada), codificados (Uma
Password), iconizados (Um símbolo no Windows), ou outros.
Como algumas aplicações do computador na vida moderna, podemos salientar o seu uso na
distribuição de informação feita por quadros electrónicos espalhados pelas cidade, a gestão de redes
telefónicas, as caixas multibanco , as caixas de supermercado em que a leitura do código de barras dos
produtos vendidos permite a actualização constante da informação sobre os stocks, e os genéricos da
maior parte dos programas de televisão.
A um nível mais especializado, os computadores são utilizados para testar os programas
espaciais da NASA, emitir diagnósticos médicos e económicos, controlar linhas de montagem de
fábricas dos mais diversos produtos.
No ensino, a sua aplicação é também bastante diversificada, sendo utilizados no ensino de
línguas, no desenvolvimento da destreza motora e de raciocínio, no estudo das mais diversas disciplinas
ou como auxiliar de investigação científica.
Não menos importante do que foi referido anteriormente, o Multimedia (Multi = múltiplas áreas
abrangidas por esta tecnologia; Media = representa as diferentes maneiras de como se pode transmitir a
informação: som, vídeo, fotografia, música, internet...) pode bem ser o instrumento
educativo mais poderoso até hoje inventado e tem o potencial para se tornar na forma
última de entretenimento.
A razão para isto é dupla. Em primeiro lugar, como o nome indica, o multimedia tem a suprema
vantagem de combinar muitos tipos diferentes de media num só. Em segundo lugar, é interactivo, isto é,
o utilizador não recebe a informação passivamente, como quando está a
ler um livro ou a ver televisão, mas controla-a, decidindo quais das diversas vias
diferentes irá explorar e podendo saltar para a frente, para trás ou de uma para
outra conforme desejar.
Com tudo isto, bem que podemos dizer que o multimedia está aqui, para mudar as nossas vidas
para sempre.