O documento discute a biodiversidade sob três perspectivas: conhecimento através de descrição e inventário de espécies, conservação por meio de unidades de proteção e bancos de germoplasma, e uso econômico como bioprospecção e biopirataria. Também aborda desafios como metas não cumpridas para preservação e ameaças como mudanças climáticas e espécies invasoras.
1. Biodiverdidade - múltiplos “olhares”
Conhecimento da biodiversidade
- descrição (morfológica, ecológica, genética)
- inventário, levantamento
Conservação da biodiversidade
- unidades de conservação
- corredores ecológicos
- bancos de germoplasmas
Uso econômico da biodiversidade
- bioprospecção
- biopirataria
- biorremediação/ biomineração
2. BIODIVERSIDADE- nosso contexto:
2010: Ano Internacional da
Biodiversidade - conscientização sobre a
importância da diversidade biológica para a
sobrevivência humana.
Global Biodiversity Outlook 3 (GBO3)
- nenhuma nação cumpriu metas para 2010; recifes
de corais são ecossistemas mais degradados; taxas
de extinção acima do esperado.
outubro: Convenção da Diversidade
Biológica (Nagóia, Japão) - metas de
preservação para os próximos dez anos.
3. BIODIVERSIDADE
deve ser considerada em três
diferentes níveis: genes, espécies e
ecossistemas.
a conservação da biodiversidade é
crucial para a manutenção da vida na
Terra. Mas, para que a biodiversidade
possa ser conservada, é necessário
antes que seja conhecida e descrita.
5. relação entre biodiversidade
e taxonomia
até pouco tempo, a descrição das espécies
foi feita utilizando-se caracteres
morfológicos.
problema: espécies crípticas
(morfologicamente similares, mas
geneticamente distintas).
a utilização da técnica de código de barras
de DNA vem revolucionando a descrição
das espécies.
6. conservação da biodiversidade
ex-situ: preservação da biodiversidade fora
do local de ocorrência natural
- hortos, jardins botânicos, zoológicos, aquários e
criadouros
- bancos de germoplasma: tecidos animais ou vegetais
armazenados e utilizados em estudos de melhoramento
genético das espécies com valor comercial ou medicinal.
in-situ: unidades de conservação
- Unidades de Proteção Integral: Estação Ecológica,
Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural
e Refúgio de Vida Silvestre
- Unidades de Uso Sustentável: Áreas de Proteção
Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico,
Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de
Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e
Reserva Particular de Patrimônio Nacional
8. problemas com a conservação
baseada em hotspots
grande variação das áreas classificadas como hotspots de
biodiversidade, dependendo do critério utilizado;
utilização de diferentes metodologias em diferentes estudos para
determinar as áreas;
dependendo da escala em questão, áreas classificadas como
hotspots podem não conter nenhuma espécie rara;
o endemismo é o principal critério utilizado para classificação, mas
pode ser muito fraco considerando estudos restritos a algumas
espécies, a utilização de estimativas e desatualização de dados;
a utilização de hotspots é centrada em espécies e não em habitat.
Fatores ecológicos, evolutivos e antropogênicos que fundamentam
a origem e a manutenção da biodiversidade atual são ignorados.
9. problemas ambientais
relacionados à perda de
biodiversidade
mudanças climáticas:
modificação das condições ambientais;
desequilíbrio na ciclagem de nutrientes
espécies invasoras: alterações
nas relações tróficas; aumento da
competição
fragmentação: espécies isoladas;
redução da variabilidade genética
10. biodiversidade e economia:
bioprospecção e biopirataria
bioprospecção: procura sistemática de
novos materiais extraídos ou produzidos
por seres vivos.
- substâncias com atividade farmacológica;
- produção de novos alimentos, fibras,
combustíveis etc.
biopirataria: exploração, manipulação e
comercialização de recursos biológicos
contrariando as normas da CDB de 1992.
(organismos, material genético e conhecimento
tradicional de comunidades)
11. ~ 50% dos medicamentos disponíveis na terapêutica atual
foram desenvolvidos a partir de fontes naturais: 25% de
plantas, 13% de microrganismos e 3% de animais.
jararaca
sapo
amazônico
Notas do Editor
Sobre corredores ecológicos, usar como exemplo info na matéria da Fapesp sobre fragmentação em SP: destaca a importância de haver algum fragmento em lugar de nenhum, pq são bancos naturais de sementes e embriões de plantas (“bancos naturais de germoplasmas”) que podem ajudar na recuperação de florestas a partir da introduçãod e corredores ecológicos que interliguem fragmentos. - http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4102&bd=1&pg=1&lg=
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) – regido pela Lei 9.985 (julho, 2000) e pelo Decreto 4.340 (agosto, 2000).
comparar mapa de hotspots de biodiversidade com biomas, pluviosidade e temperatura.