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ATIVIDADE FÍSICA APLICADA 
A PORTADORES DE 
NECESSIDADES ESPECIAIS
ASPECTOS FILOSÓFICOS, 
HISTÓRICOS E SOCIOLÓGICOS 
DAS DEFICIÊNCIAS 
 PRIMÓRDIOS – 
 tipos de comportamentos em relação 
as PPD, idosos e doentes: 
 eliminação, destruição e menosprezo 
 atitude de tolerância, apoio, 
assimilação
IDADE DA PEDRA – TRIBOS 
PRIMITIVAS: 
 Necessidade de sobrevivência e 
superstições: 
 bons e maus espíritos; 
 vida nômade 
 dependência que causaria o doente; 
 eram abandonados em lugares agrestes 
 morriam de inanição ou por ataques de 
animais;
Tribo Xangga/África 
 não prejudicavam ou matavam 
 espíritos que se deliciavam e 
arquitetavam 
 colocando aos demais a 
possibilidade da normalidade;
Tribo Azande/Sudão e Congo 
 acreditavam em feitiçaria 
 não relacionavam os defeitos 
físicos com intervenções 
sobrenaturais 
 Não abandonavam crianças 
anormais 
 Comum dedos adicionais nas mãos 
e pés – motivo de orgulho.
GRÉCIA – ROMA 
(500 a.C. e 400 d.C.) – 
 Imagens de corpos fortes para o 
combate em proteção ao Estado. 
 Amputações originadas da guerra eram 
consideradas, honras de herói. 
 Bons e maus espíritos 
 crianças imperfeitas fisicamente eram 
assassinadas 
 outras ignoradas e abandonadas.
CRISTRIANISMO 
(400 a 1500 d.C.) 
 Aspectos religiosos – 
 pessoas “guardadas” casa, vales, 
porões, sobre a proteção dos 
monastérios. 
 Idéia de possessão demoníaca – 
sessões de exorcismo.
RENASCENTISMO – fim do século 
XIV até fim de XVI/Itália e outros 
países europeus: 
 Grande marco no campo dos direitos e 
deveres dos deficientes; 
 Característica humanista, 
reconhecimento do valor do homem e da 
humanidade, avanços no campo da 
reabilitação física; 
 Inglaterra – “Lei dos Pobres” /Henrique 
VIII: taxa de caridade destinada ao 
auxílio de pobres, velhos e deficientes;
1554/França 
 burgueses importantes doavam 
contribuições destinadas à manutenção 
de hospitais 
 pobres doentes, 
 paralíticos, 
 amputados, cegos e portadores de 
outras deformações.
FATOR INDICADOR DE MELHORIA NAS 
RELAÇÕES COM OS PD 
GRANDES PERSONALIDADES 
PORTADORAS DE ALGUMA ANOMALIA 
CONGÊNITA OU ADQUIRIDA:
 Luis de Camões – cavaleiro fidalgo 
português, cego de um olho; 
 Galileu Galilei – astrônomo, cego nos 
últimos quatro anos de vida; 
 Ludwig Von Beethoven – compositor, 
surdo no final da vida; 
 Antonio Francisco Lisboa “Aleijadinho” 
– escultor brasileiro, sofria de 
ulcerações nas mãos, causadas por 
uma Tromboangite Obliterante.
SÉCULOS XVII E XVIII 
 Tribo de esquimós, hoje região 
canadense, 
 deixavam velhos e deficientes em áreas 
ocupadas por ursos brancos, 
considerados sagrados, 
 devorados, 
 suas peles, serviam para agasalhar a 
tribo, portanto deveriam ser bem 
tratados;
Tribo Ajores/Bolívia – 
 nômades, 
 eliminavam recém-nascidos com 
deficiências 
 pessoas não desejadas. 
 Velhos e outros que se tornavam 
deficientes, eram enterrados vivos, 
 a seu pedido ou não; 
 a terra os protegeria contra todo mal;
HEBREUS – 
 toda doença crônica ou deficiência física 
simbolizavam impureza, pecado; 
 Decálogo de Moisés – livro “Levítico”, 
conjunto de normas e orientação para 
sacerdotes: 
 “... o homem de qualquer família de tua 
linhagem que tiver deformidade corporal, 
não oferecerá pães ao seu Deus, nem se 
aproximará de seu Ministério; se for cego, 
se coxo, se tiver nariz pequeno ou grande, 
ou torcido; se tiver pé quebrado ou mão; 
se for corcunda...”
Código de Hamurabi – 
 coleção mais antiga de leis, 
 coluna de 2,25 metros de altura, 
 Museu do Louvre/ Paris, 
 indica como punição às amputações: 
 “Olho por olho, dente por dente” 
 objetivavam informar a todos que o 
portador era escravo, criminoso ou 
ladrão.
SÉCULO XVIII – 
 Transição das formas de pensar: 
da superstição e hostilidade para 
compaixão e pena. 
 Interesse em educar e reabilitar, 
surgem os primeiros hospitais e 
escolas para cegos e surdos. 
 Início dos estudos sobre 
deficiência mental.
SÉCULO XIX– 
 Período de reformas e guerras 
 interesses governamentais em assuntos 
referentes as PPD 
 campo da educação, psicologia e medicina. 
 Pesquisas fornecem bases para estudos 
sobre desenvolvimento 
 individualização e educação especial que 
permanecem através do séc. XX. 
 Resultado da II Guerra Mundial: 
 positivo sobre atitudes em relação a PPD, 
início de programas dirigidos para esses 
indivíduos.
1980 
 Reabilitação Internacional apresentou à 
Junta Executiva da UNICEF – relatório 
baseado em estudos de 60 anos sobre a 
situação da deficiência infantil no mundo 
 1983 – As Nações Unidas decretam a 
“Década das Pessoas Portadoras de 
Deficiência” que em seu parágrafo 27 
diz:
Parágrafo 27: 
•Das pessoas com Deficiências deve-se 
esperar que desempenhem seu papel na 
sociedade e cumpram suas obrigações como 
adultos. 
•A imagem das pessoas com deficiência 
depende de atitudes sociais baseadas em 
fatores diferentes, que podem constituir a 
maior barreira à participação e à igualdade.
• Deveríamos ver a deficiência pela 
bengala, as muletas, os aparelhos 
auditivos e as cadeiras de roda, mas 
não pela pessoa. É necessário 
centrar-se sobre a capacidade das 
pessoas com deficiência e não em 
suas limitações.
 Apesar de algumas mudanças, 
pessoas de condições mais baixas 
continuaram a ser marginalizadas 
e discriminadas, contudo, as 
tentativas de recuperação e 
aproveitamento das habilidades e 
capacidades das PPD se tornou 
irreversível.
NOTAS HISTÓRICAS SOBRE 
OS DEFICIENTES NO BRASIL 
BRASIL COLONIAL E IMPERIAL 
 Raro encontrar deficientes entre os 
indígenas, 
 crianças sacrificadas ao nascer; 
 adultos com anomalias fruto de 
guerras ou acidentes.
Doenças responsáveis por 
anomalias na época: 
 cegueira noturna, 
 raquitismo, 
 beribéri e outras resultantes 
da carência alimentar.
 Grande contingente de escravos 
inválidos vítimas de maus tratos, 
 castigos físicos 
 acidentes de trabalho nos 
engenhos e lavouras de cana.
1854- D. Pedro II ordenou a 
construção: 
 Imperial Instituto dos Meninos Cegos 
 Instituto dos Meninos Surdos-Mudos 
(1887) 
 Asilo dos Inválidos da Pátria 
 Não houve uma “medicina brasileira” 
nos quatro primeiros séculos 
 PPD e população geral era carente até 
por volta do séc. XVIII.
SÉCULO XX 
 Não houve mudança significativa 
 situação social da maioria da 
população, 
 assistências médico-hospitalar, 
 odontológica, 
 educacional, 
 habitacional, entre outras.
ESTIMATIVAS DA ONU 
 10% da população é deficiente 
 15% a 20% nos países de 3º 
Mundo 
 1983 – ONU decreta “Década das 
PPD”
REFLETINDO SOBRE A 
ESTRUTURA SOCIAL 
 Somos todos iguais? 
 Teoria - Lei - iguais 
 Prática – Diferentes – etnia, crença, 
poder, bens materiais, habilidades, 
capacidades, etc. 
 Sociedade Brasileira – estruturada na 
desigualdade
A INTEGRAÇÃO DO 
DEFICIENTE NA SOCIEDADE 
 Como se dá? 
 Integração – estão fora? 
 Destruição ou superação dos 
processos sociais que os afastam
FORMAS DE AFASTAMENTO: 
 ESTIGMAS – marcas utilizadas pelos 
homens para distinguir, diferenciar 
alguém, para evidenciar virtude ou 
defeito ( bondade, maldade, beleza, 
feiúra) 
 História – ladrões – mãos amputadas 
 Escravos – números 
 Atributos = marcas
 Há estigmas físicos e morais que 
impedem os indivíduos de viverem 
plenamente sua cidadania. 
 RÓTULOS E ESTIGMAS = 
instrumentos de preconceito 
 PRECONCEITO = pré-conceito – 
julgamento antes de conhecer
MEU FILHO É DEFICIENTE – 
DE QUEM É A CULPA? 
 Pesquisa – Você conhece alguém que 
rejeita o filho deficiente? 
 A quem atribuem a causa?
HOMEM 
 - Eu estava muito doente durante a 
gravidez 
 - Eu não queria ter mais filhos 
 - Eu tive o filho antes do 
casamento
MULHER: 
 Deus confiou em mim por ser paciente e 
boa 
 Deus me castigou por não querer mais 
filhos 
 Deus me deu este filho como prova de 
amor 
 Deus me deu esta missão para purificar 
minha alma 
 É uma provação espiritual
DEFICIÊNCIA - TRABALHO - CIDADANIA 
O que é deficiência? 
 Deficiente – membro de uma sociedade que 
apresenta alguma forma de anormalidade ou 
diferença perante aos demais (intelectual, 
sensorial, afetivo ou motor) 
 Significações: anormal, excepcional, 
inválido, descapacitado, indivíduo de 
capacidade limitada, etc. ( colocados para 
diminuir os efeitos estigmatizantes da 
palavra “deficiência” – PPD melhor que 
inválido, excepcional)
Pessoas: 
 limitações, deficiente 
 habilidades, eficientes 
 Como estabelecer limites 
entre normal e anormal? O 
que as diferencia?
O que é ser cidadão? 
 Exercício da cidadania – cumprimento dos 
deveres e garantia dos direitos 
fundamentais: acesso e permanência à 
escola, assistência médico-odontológica, 
trabalho, habitação e lazer. 
 Para que seja exercida: condições político-sociais 
mais justas (privilégios de uns em 
detrimento de outros) 
 TRABALHO – EDUCAÇÃO – REABILITAÇÃO 
– direitos negados ao PPD 
 Resgate da Cidadania – Como? A maioria 
das pessoas não têm acesso aos benefícios 
legais.
DEFICIÊNCIA E TRABALHO 
 Trabalho – fundamental: criar riqueza, 
dar sentido de utilidade à vida 
 Patrão – salário – trabalhador (compra o 
serviço = mercadoria) 
 Deficiente – quando consegue trabalhar, 
recebe menos (mercadoria com defeito) 
 Caminhos: solidariedade, capacitação, 
introdução ao mercado de trabalho
ONDE O DEFICIENTE DEVE SER 
ESCOLARIZADO? 
 Escola Pública (Constituição Brasileira) 
 Escola Especial (Pública ou Privada) 
 Dificuldades: 
 barreiras arquitetônicas 
 falta de transporte adaptado 
 escassez na oferta de vagas 
 n° limitado de instituições de reabilitação 
 não aceitação da deficiência pelos pais 
 despreparo das instituições e professores
 Escola Especial – reconhecimento dos 
pais da deficiência do filho, não 
possuem “terminalidade”(cursos de 
capacitação, diploma ou certificado 
reconhecido legalmente) 
 Escola Comum – risco de não ser 
aceito, discriminação, classe especial
 Especial – defendem a necessidade de 
trabalho diferenciado e individual, não 
oferecem terminalidade(quando julgam 
preparados, mandam para a Comum) 
 Comum – alegam não possuir 
condições para dar continuidade, 
devolvem à Especial
AMBAS NÃO TÊM CLAREZA SOBRE AS 
DIFERENÇAS CONCRETAS EXISTENTES 
ENTRE OS HOMENS 
 Educadores: não percebem estas diferenças, 
são capazes de identificar deficiências e 
incapazes de perceber diferenças de 
limitação ( atrasos, carências alimentares e 
afetivas, problemas de comportamento 
(normais))
 Escola – critérios iguais para alunos 
diferentes: evasão, repetência e 
 Discriminação 
 Compreender o homem implica: 
Visualizá-lo dinamicamente em suas 
diferenças e igualdades e não em 
deficiências e eficiências
 Escola – cabe criar condições de 
processo de escolarização para os 
considerados “deficientes” e os que 
apresentam diferenças (“normais”), em 
escola 
 ÚNICA – cumprindo seu papel social 
 DESAFIO: governantes – dirigentes – 
educadores – sociedade
O QUE SIGNIFICA 
REABILITAÇÃO? 
 Ministério da Previdência e Assistência 
Social – desenvolvimento de 
programação terapêutica específica de 
natureza médico-psicossocial 
 Meta - propiciar ao indivíduo 
independência física, que permita o 
exercício da vida diária e da vida 
escolar, de acordo com o quadro clínico 
e a idade.
 Reabilitação – processo contínuo 
início no momento do acidente para 
toda a vida. 
 Brasil – poucas instituições 
(+ reabilitação médica, - reabilitação 
continuada)
 Alteração no Quadro : ampliar e modificar as 
formas de reabilitação : 
 não somente funções biológicas, funções 
psicológicas, educacionais, de lazer e 
convívio social 
 Ex: paraplégico em cadeira (está pronto?, 
privá-lo dos benefícios sociais) 
 Cidadão e ser humano – necessita retornar 
de forma + próxima possível, às atividades 
que antes realizava
A LEGISLAÇÃO QUE AMPARA OS PNE 
 1942 – Lei nº 4418 – crédito especial para 
auxiliar o deficiente 
 1958 – Decreto nº 44236 – Campanha 
Nacional de Educação e Reabilitação dos 
Deficientes Visuais 
 1966 – Decreto nº 57654 – isentou os 
deficientes do serviço militar 
 1988 – Constituição Brasileira – vários 
artigos voltados à causa – direitos 
garantidos que precisam ser cumpridos. 
 OBS : Estados e Municípios possuem as leis 
“orgânicas”( conhecer para exigir)
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA – 
Artigos, incisos e parágrafos 
importantes: 
 Admissão em cargos e empregos públicos. 
Art.37, Inciso VIII; 
 Assistência. Art. 227, parágrafo 1º e 2º; 
 Benefício mensal; assistência social. Art. 
203, V; 
 Ensino Especializado. Art.203, IV; 
 Habilitação e reabilitação; assistência social. 
Art.203, IV; 
 Igualdade de direitos no trabalho. Art. 7º, 
XXXI; 
 Locomoção e acesso, facilidades; normas. 
Art. 227 e 224.
DESTAQUES: 
 o direito a um percentual de cargos e 
empregos públicos para as PPD; 
 a garantia de um salário mínimo de benefício 
mensal à PPD e ao idoso, que comprovem 
não possuir meios para prover a própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua 
família;
 as normas de construção dos 
logradouros e dos edifícios de uso 
público e de fabricação de veículos de 
transporte coletivo, a fim de garantir 
acesso adequado às PPD; 
 o atendimento educacional 
especializado aos PPD, 
preferencialmente na rede regular de 
ensino.
PROCURE INFORMAR-SE AO MÁXIMO 
SOBRE A LEGISLAÇÃO EXISTENTE, 
POIS SOMENTE ASSIM TERÁ 
CONDIÇÕES DE ORIENTAR OS 
“DEFICIENTES” E SEUS FAMILIARES 
ACERCA DE SEUS DIREITOS
CONCEITUAÇÃO 
 EDUCAÇÃO FÍSICA – prática que 
possibilita desenvolver o conhecimento 
do próprio corpo e sua relação com o 
mundo, a autonomia, a auto-estima, a 
criatividade, a descoberta e o prazer 
pelo movimento, permitindo, assim, que 
todas as pessoas, inclusive as P.D., 
vivenciem a corporeidade a partir de 
suas potencialidades, possibilidades e 
limitações.
 P.N.E. – são seres que 
possuem potencialidades, 
limitações e diferenças que os 
constituem como um ser 
ímpar.
 SAÚDE – OMS – completo equilíbrio do bem estar 
físico, psíquico e social. 
 capacidade que temos para superar as dificuldades 
físicas, psíquicas e sociais, ou; 
 ausência de doença 
 DOENÇA – OMS – estado de desequilíbrio físico, 
psíquico e/ou social que traz, como conseqüência, 
uma dificuldade de adaptação. 
 ausência de saúde
 DEFICIÊNCIA – OMS - representa 
qualquer perda ou alteração de uma 
estrutura ou de uma função psicológica, 
fisiológica ou anatômica. 
 deficiência é uma limitação presente na 
vida de uma pessoa, e que, dependendo 
do comprometimento que ela causar, 
essa pessoa poderá ou não se adaptar 
ao seu meio ambiente.
 DEFICIÊNCIA CONGÊNITA – de 
nascença 
 DEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – pessoa 
que sofre lesão 
( doenças, acidentes, etc.) tornando-se 
P.D.
 EDUCAÇÃO ESPECIAL – conjunto 
de recursos educativos destinados 
a alunos com necessidades 
especiais transitórias ou 
contínuas. 
 Objetivo – oferecer ao P.D. 
possibilidades de inserção social, 
educacional e profissional.
EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA 
é uma área da E.F. que tem como 
objeto de estudo a motricidade 
humana para pessoas com 
necessidades especiais, 
adequando metodologias de 
ensino para o atendimento às 
características de cada P.D., 
respeitando suas diferenças 
individuais.
Objetivo 
 oferecer atendimento especializado aos 
educandos portadores de necessidades 
especiais, respeitando-se as diferenças 
individuais. Visa a proporcionar o 
desenvolvimento global desses alunos, 
tornando possível não só o 
reconhecimento de suas 
potencialidades, como também, sua 
integração na sociedade.
PROFESSOR 
 é necessário ter conhecimentos específicos 
na área de E.F., pedagogia, psicologia, 
filosofia e história, etc. 
(Tal conhecimento interdisciplinar é 
necessário para que a prática seja um 
processo que permita ao professor ter uma 
visão crítica, ética e reflexiva do seu papel 
social como educador, comprometido com a 
transformação do atual quadro educacional, 
voltado para a PPD em nosso país)
ESPORTE ADAPTADO 
 consiste em adaptações e 
modificações nas regras, materiais 
e locais para as atividades, 
possibilitando a participação das 
PPD nas diversas modalidades 
esportivas.
Considerações: 
 tipo e grau da deficiência 
 faixa etária a que se destina 
 desenvolvimento cognitivo e motor 
da PNE 
 motivação para a atividade 
 condições sócio-econômicas e 
culturais
EXEMPLOS DE ESPORTES 
 INDIVIDUAIS – atletismo, natação, 
judô 
 COLETIVOS – futebol de salão, de 
campo, voleibol, basquetebol, 
handebol.
FORMAS DE PRÁTICA 
ESPORTIVA 
Recreação pelo movimento 
 refere-se às atividades esportivas que 
são praticadas sem qualquer 
regularidade, ou seja, incidentalmente. 
Ex: jogos de rua, caminhada, andar de 
bicicleta.
Recreação Esportiva 
 quando há regularidade na prática 
de uma modalidade esportiva, mas 
sem características competitivas, 
isto é, voltadas ao lazer. Ex: 
natação, tênis de mesa, futebol, 
voleibol.
Esportes Competitivos 
 prática freqüente de uma 
modalidade esportiva, com 
treinamentos específicos para 
atingir resultados cada vez 
melhores, adquirindo uma técnica 
que vise à performance. Ex: 
atletismo, voleibol, futebol, 
basquetebol.
PLANEJAMENTO DE 
ATIVIDADES PARA PPD 
ADAPTAÇÕES: 
 Modificações nas regras dos esportes 
adaptando-se a cada tipo e grau de 
deficiência. 
 Ex: voleibol especial, sem toque, 
manchete, bloqueio, etc., DM 
(coordenação motora) 
 atletismo para PPDV – guia na corrida
 Material apropriado e/ou adaptado 
a cada tipo de deficiência e 
modalidade esportiva 
 Ex: bolas com guisos no seu 
interior para PPDV ( para o 
goolbol)
 Espaço físico que facilite o acesso 
às dependências esportivas 
 Ex: rampas de acesso para PPDF 
 Instalações sanitárias adequadas
OBJETIVOS: 
 desenvolvimento da auto-estima e auto-realização; 
 aumento da capacidade de autonomia; 
 interação social; 
 melhoria das condições orgânicas e de 
saúde; 
 desenvolvimento da coordenação motora 
dinâmica geral 
 entendimento, elaboração, conhecimento e 
reflexão sobre a aplicação das regras dos 
esportes.
PROGRAMA DE ENSINO 
 é um conjunto de ações com várias 
atividades, que facilitem e 
permitam que os objetivos do 
processo pedagógico sejam 
alcançados
Considerações: 
 tipo e grau da deficiência 
 faixa etária a que se destina 
 desenvolvimento cognitivo e motor da 
PPD 
 motivação para a atividade 
 condições sócio-econômicas e culturais
CONTEÚDO : 
Objetivos – 
 são instrumentos de comunicação 
das intenções educativas do 
professor, ou seja, o que deseja 
alcançar através das atividades
Conteúdos específicos 
são os diversos componentes 
selecionados, necessários para o 
desenvolvimento das atividades 
físicas e esportivas durante o 
processo pedagógico
Atividades 
incluam a participação do aluno, 
sendo a abordagem centralizada 
nos interesses e necessidades do 
mesmo
Procedimentos 
Metodológicos 
referem-se à seqüência de 
atividades que caracterizam o 
processo instrucional: objetivos, 
estratégias da instrução e 
avaliação
Avaliação 
fornece informações qualitativas 
quanto ao alcance ou não dos 
objetivos. É uma atividade 
metodológica, parte integrante do 
processo ensino-aprendizagem, 
fornecendo feedback contínuo 
tanto ao professor quanto ao 
aluno.
TIPOS DE DEFICIÊNCIA 
 DEFICIÊNCIA SENSORIAL – compromete 
os órgãos do sentidos (visão e audição) 
 DEFICIÊNCIA FÍSICA – causada por 
problema no sistema locomotor (ossos, 
articulações e músculos), ou no sistema 
nervoso, alterando a motricidade 
 DEFICIÊNCIA MENTAL OU COGNITIVA 
– causada por alterações da inteligência, 
adaptação social, entre outros
CAUSAS PRÉ-NATAIS – 
durante a gestação 
 Traumatismos durante a gestação 
- (acidentes, quedas, trânsito, 
espancamento, etc.), com a mãe e 
que podem atingir o feto ou seu 
organismo em desenvolvimento.
Infecções - 
 passadas através do sangue via 
cordão umbilical, bactérias, vírus e 
outros microorganismos que 
causam infecções.
 Sífilis – doença transmitida pelo contato 
sexual no adulto, pode ser transmitida pela 
mãe para o feto (sangue). No feto atinge o 
sistema nervoso ou os órgãos do sentidos. 
 Rubéola – é uma doença caracterizada por 
um vírus; provoca febre, mal estar, 
vermelhidão e outros sintomas na mãe, no 
feto causa danos no sistema nervoso ou 
órgãos dos sentidos. Ocorre nos três 
primeiros meses da gestação. No 4o ou 5o 
mês, pode não ocorrer dano algum para o 
feto.
 Meningite – grave infecção do sistema 
nervoso, pode ser causada por vírus ou 
bactérias. A mãe pode transmitir ao feto que 
terá comprometido o sistema nervoso em 
formação. 
 Toxoplasmose – contraída pelo contato com 
animais (pombo, coelho, gato, e rato 
principalmente). Vermelhidão na pele, febre, 
pneumonia e outros sinais. A mãe transmite 
através do sangue; o feto poderá sofrer 
comprometimento na formação do crânio, 
lesões no SN, órgãos dos sentidos entre 
outros.
 Desnutrição – grave durante o primeiro 
trimestre de gravidez. O feto é nutrido 
através do sangue, afeta o SN em formação 
 Intoxicação – por substâncias tóxicas ou 
medicamentos, prejudicando o 
desenvolvimento do feto, lesões em qualquer 
parte do seu organismo 
 Radiações – o contato ou exposição 
constante e prolongada ao Raio X, nos 
primeiros meses, podem provocar alterações 
na formação do feto
 Má formação congênita – deformidade ou 
alteração interna ou externa que ocorre no 
processo de formação da criança durante a 
gestação, sem muitas vezes haver causa 
aparentemente conhecida 
 Alterações cromossômicas – mudanças que 
ocorrem nas células que darão origem à 
criança (ex: Síndrome de Down). Essas 
mudanças só são percebidas e detectadas 
através de exames específicos em 
laboratórios 
 Diabete – o descontrole da taxa de açúcar 
no sangue pode causar problemas de 
excesso ou falta de glicose do sangue do 
feto, prejudicando a nutrição do mesmo
CAUSAS PERI-NATAIS – 
durante o parto 
 Traumatismo durante o trabalho de parto 
 Prematuridade – criança que nasce 
antes da 36a semana de gestação, ou 
nasce com peso muito abaixo da média, 
aos 9 meses, considerada desmatura. 
Nos dois casos, podem haver distúrbios 
físicos e funcionais
 Eritroblastose fetal – incompatibilidade 
sangüínea existente entre mãe e filho. 
Hoje o risco é menor por conta de 
tratamentos e vacinas. 
 Anoxia ou asfixia – diminuição da 
concentração de oxigênio no sangue. No 
momento do nascimento, pode provocar 
lesões no SN
CAUSAS PÓS-NATAIS – 
após o nascimento 
 Infecções – no SN, órgãos dos sentidos e 
sistema locomotor, podem provocar 
alterações nessas estruturas 
 Traumatismos – ferimentos por armas, 
quedas, acidentes de trânsito, também 
podem afetar as estruturas 
 Craniosinosteose – calcificação precoce dos 
ossos do crânio, impedindo o crescimento do 
cérebro. Microcefalia (cérebro pequeno)
 Hidrocefalia – acúmulo de líquido no interior 
do cérebro. Cabeça cresce e as funções do 
SN ficam prejudicadas 
 Alterações circulatórias – problemas nas 
artérias ou veias que podem causar danos 
às partes do corpo. Ex: hemorragia no SN = 
derrame ou AVC (acidente vascular 
cerebral); trombose (obstrução de um vaso 
sangüíneo) causa interrupção da circulação 
e o aneurisma (dilatação na artéria que pode 
romper e provocar hemorragia)
 Desvios na coluna vertebral 
 Amputações 
 Doenças reumáticas – podem provocar 
calcificação nas articulações

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  • 1. ATIVIDADE FÍSICA APLICADA A PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
  • 2. ASPECTOS FILOSÓFICOS, HISTÓRICOS E SOCIOLÓGICOS DAS DEFICIÊNCIAS  PRIMÓRDIOS –  tipos de comportamentos em relação as PPD, idosos e doentes:  eliminação, destruição e menosprezo  atitude de tolerância, apoio, assimilação
  • 3. IDADE DA PEDRA – TRIBOS PRIMITIVAS:  Necessidade de sobrevivência e superstições:  bons e maus espíritos;  vida nômade  dependência que causaria o doente;  eram abandonados em lugares agrestes  morriam de inanição ou por ataques de animais;
  • 4. Tribo Xangga/África  não prejudicavam ou matavam  espíritos que se deliciavam e arquitetavam  colocando aos demais a possibilidade da normalidade;
  • 5. Tribo Azande/Sudão e Congo  acreditavam em feitiçaria  não relacionavam os defeitos físicos com intervenções sobrenaturais  Não abandonavam crianças anormais  Comum dedos adicionais nas mãos e pés – motivo de orgulho.
  • 6. GRÉCIA – ROMA (500 a.C. e 400 d.C.) –  Imagens de corpos fortes para o combate em proteção ao Estado.  Amputações originadas da guerra eram consideradas, honras de herói.  Bons e maus espíritos  crianças imperfeitas fisicamente eram assassinadas  outras ignoradas e abandonadas.
  • 7. CRISTRIANISMO (400 a 1500 d.C.)  Aspectos religiosos –  pessoas “guardadas” casa, vales, porões, sobre a proteção dos monastérios.  Idéia de possessão demoníaca – sessões de exorcismo.
  • 8. RENASCENTISMO – fim do século XIV até fim de XVI/Itália e outros países europeus:  Grande marco no campo dos direitos e deveres dos deficientes;  Característica humanista, reconhecimento do valor do homem e da humanidade, avanços no campo da reabilitação física;  Inglaterra – “Lei dos Pobres” /Henrique VIII: taxa de caridade destinada ao auxílio de pobres, velhos e deficientes;
  • 9. 1554/França  burgueses importantes doavam contribuições destinadas à manutenção de hospitais  pobres doentes,  paralíticos,  amputados, cegos e portadores de outras deformações.
  • 10. FATOR INDICADOR DE MELHORIA NAS RELAÇÕES COM OS PD GRANDES PERSONALIDADES PORTADORAS DE ALGUMA ANOMALIA CONGÊNITA OU ADQUIRIDA:
  • 11.  Luis de Camões – cavaleiro fidalgo português, cego de um olho;  Galileu Galilei – astrônomo, cego nos últimos quatro anos de vida;  Ludwig Von Beethoven – compositor, surdo no final da vida;  Antonio Francisco Lisboa “Aleijadinho” – escultor brasileiro, sofria de ulcerações nas mãos, causadas por uma Tromboangite Obliterante.
  • 12. SÉCULOS XVII E XVIII  Tribo de esquimós, hoje região canadense,  deixavam velhos e deficientes em áreas ocupadas por ursos brancos, considerados sagrados,  devorados,  suas peles, serviam para agasalhar a tribo, portanto deveriam ser bem tratados;
  • 13. Tribo Ajores/Bolívia –  nômades,  eliminavam recém-nascidos com deficiências  pessoas não desejadas.  Velhos e outros que se tornavam deficientes, eram enterrados vivos,  a seu pedido ou não;  a terra os protegeria contra todo mal;
  • 14. HEBREUS –  toda doença crônica ou deficiência física simbolizavam impureza, pecado;  Decálogo de Moisés – livro “Levítico”, conjunto de normas e orientação para sacerdotes:  “... o homem de qualquer família de tua linhagem que tiver deformidade corporal, não oferecerá pães ao seu Deus, nem se aproximará de seu Ministério; se for cego, se coxo, se tiver nariz pequeno ou grande, ou torcido; se tiver pé quebrado ou mão; se for corcunda...”
  • 15. Código de Hamurabi –  coleção mais antiga de leis,  coluna de 2,25 metros de altura,  Museu do Louvre/ Paris,  indica como punição às amputações:  “Olho por olho, dente por dente”  objetivavam informar a todos que o portador era escravo, criminoso ou ladrão.
  • 16. SÉCULO XVIII –  Transição das formas de pensar: da superstição e hostilidade para compaixão e pena.  Interesse em educar e reabilitar, surgem os primeiros hospitais e escolas para cegos e surdos.  Início dos estudos sobre deficiência mental.
  • 17. SÉCULO XIX–  Período de reformas e guerras  interesses governamentais em assuntos referentes as PPD  campo da educação, psicologia e medicina.  Pesquisas fornecem bases para estudos sobre desenvolvimento  individualização e educação especial que permanecem através do séc. XX.  Resultado da II Guerra Mundial:  positivo sobre atitudes em relação a PPD, início de programas dirigidos para esses indivíduos.
  • 18. 1980  Reabilitação Internacional apresentou à Junta Executiva da UNICEF – relatório baseado em estudos de 60 anos sobre a situação da deficiência infantil no mundo  1983 – As Nações Unidas decretam a “Década das Pessoas Portadoras de Deficiência” que em seu parágrafo 27 diz:
  • 19. Parágrafo 27: •Das pessoas com Deficiências deve-se esperar que desempenhem seu papel na sociedade e cumpram suas obrigações como adultos. •A imagem das pessoas com deficiência depende de atitudes sociais baseadas em fatores diferentes, que podem constituir a maior barreira à participação e à igualdade.
  • 20. • Deveríamos ver a deficiência pela bengala, as muletas, os aparelhos auditivos e as cadeiras de roda, mas não pela pessoa. É necessário centrar-se sobre a capacidade das pessoas com deficiência e não em suas limitações.
  • 21.  Apesar de algumas mudanças, pessoas de condições mais baixas continuaram a ser marginalizadas e discriminadas, contudo, as tentativas de recuperação e aproveitamento das habilidades e capacidades das PPD se tornou irreversível.
  • 22. NOTAS HISTÓRICAS SOBRE OS DEFICIENTES NO BRASIL BRASIL COLONIAL E IMPERIAL  Raro encontrar deficientes entre os indígenas,  crianças sacrificadas ao nascer;  adultos com anomalias fruto de guerras ou acidentes.
  • 23. Doenças responsáveis por anomalias na época:  cegueira noturna,  raquitismo,  beribéri e outras resultantes da carência alimentar.
  • 24.  Grande contingente de escravos inválidos vítimas de maus tratos,  castigos físicos  acidentes de trabalho nos engenhos e lavouras de cana.
  • 25. 1854- D. Pedro II ordenou a construção:  Imperial Instituto dos Meninos Cegos  Instituto dos Meninos Surdos-Mudos (1887)  Asilo dos Inválidos da Pátria  Não houve uma “medicina brasileira” nos quatro primeiros séculos  PPD e população geral era carente até por volta do séc. XVIII.
  • 26. SÉCULO XX  Não houve mudança significativa  situação social da maioria da população,  assistências médico-hospitalar,  odontológica,  educacional,  habitacional, entre outras.
  • 27. ESTIMATIVAS DA ONU  10% da população é deficiente  15% a 20% nos países de 3º Mundo  1983 – ONU decreta “Década das PPD”
  • 28. REFLETINDO SOBRE A ESTRUTURA SOCIAL  Somos todos iguais?  Teoria - Lei - iguais  Prática – Diferentes – etnia, crença, poder, bens materiais, habilidades, capacidades, etc.  Sociedade Brasileira – estruturada na desigualdade
  • 29. A INTEGRAÇÃO DO DEFICIENTE NA SOCIEDADE  Como se dá?  Integração – estão fora?  Destruição ou superação dos processos sociais que os afastam
  • 30. FORMAS DE AFASTAMENTO:  ESTIGMAS – marcas utilizadas pelos homens para distinguir, diferenciar alguém, para evidenciar virtude ou defeito ( bondade, maldade, beleza, feiúra)  História – ladrões – mãos amputadas  Escravos – números  Atributos = marcas
  • 31.  Há estigmas físicos e morais que impedem os indivíduos de viverem plenamente sua cidadania.  RÓTULOS E ESTIGMAS = instrumentos de preconceito  PRECONCEITO = pré-conceito – julgamento antes de conhecer
  • 32. MEU FILHO É DEFICIENTE – DE QUEM É A CULPA?  Pesquisa – Você conhece alguém que rejeita o filho deficiente?  A quem atribuem a causa?
  • 33. HOMEM  - Eu estava muito doente durante a gravidez  - Eu não queria ter mais filhos  - Eu tive o filho antes do casamento
  • 34. MULHER:  Deus confiou em mim por ser paciente e boa  Deus me castigou por não querer mais filhos  Deus me deu este filho como prova de amor  Deus me deu esta missão para purificar minha alma  É uma provação espiritual
  • 35. DEFICIÊNCIA - TRABALHO - CIDADANIA O que é deficiência?  Deficiente – membro de uma sociedade que apresenta alguma forma de anormalidade ou diferença perante aos demais (intelectual, sensorial, afetivo ou motor)  Significações: anormal, excepcional, inválido, descapacitado, indivíduo de capacidade limitada, etc. ( colocados para diminuir os efeitos estigmatizantes da palavra “deficiência” – PPD melhor que inválido, excepcional)
  • 36. Pessoas:  limitações, deficiente  habilidades, eficientes  Como estabelecer limites entre normal e anormal? O que as diferencia?
  • 37. O que é ser cidadão?  Exercício da cidadania – cumprimento dos deveres e garantia dos direitos fundamentais: acesso e permanência à escola, assistência médico-odontológica, trabalho, habitação e lazer.  Para que seja exercida: condições político-sociais mais justas (privilégios de uns em detrimento de outros)  TRABALHO – EDUCAÇÃO – REABILITAÇÃO – direitos negados ao PPD  Resgate da Cidadania – Como? A maioria das pessoas não têm acesso aos benefícios legais.
  • 38. DEFICIÊNCIA E TRABALHO  Trabalho – fundamental: criar riqueza, dar sentido de utilidade à vida  Patrão – salário – trabalhador (compra o serviço = mercadoria)  Deficiente – quando consegue trabalhar, recebe menos (mercadoria com defeito)  Caminhos: solidariedade, capacitação, introdução ao mercado de trabalho
  • 39. ONDE O DEFICIENTE DEVE SER ESCOLARIZADO?  Escola Pública (Constituição Brasileira)  Escola Especial (Pública ou Privada)  Dificuldades:  barreiras arquitetônicas  falta de transporte adaptado  escassez na oferta de vagas  n° limitado de instituições de reabilitação  não aceitação da deficiência pelos pais  despreparo das instituições e professores
  • 40.  Escola Especial – reconhecimento dos pais da deficiência do filho, não possuem “terminalidade”(cursos de capacitação, diploma ou certificado reconhecido legalmente)  Escola Comum – risco de não ser aceito, discriminação, classe especial
  • 41.  Especial – defendem a necessidade de trabalho diferenciado e individual, não oferecem terminalidade(quando julgam preparados, mandam para a Comum)  Comum – alegam não possuir condições para dar continuidade, devolvem à Especial
  • 42. AMBAS NÃO TÊM CLAREZA SOBRE AS DIFERENÇAS CONCRETAS EXISTENTES ENTRE OS HOMENS  Educadores: não percebem estas diferenças, são capazes de identificar deficiências e incapazes de perceber diferenças de limitação ( atrasos, carências alimentares e afetivas, problemas de comportamento (normais))
  • 43.  Escola – critérios iguais para alunos diferentes: evasão, repetência e  Discriminação  Compreender o homem implica: Visualizá-lo dinamicamente em suas diferenças e igualdades e não em deficiências e eficiências
  • 44.  Escola – cabe criar condições de processo de escolarização para os considerados “deficientes” e os que apresentam diferenças (“normais”), em escola  ÚNICA – cumprindo seu papel social  DESAFIO: governantes – dirigentes – educadores – sociedade
  • 45. O QUE SIGNIFICA REABILITAÇÃO?  Ministério da Previdência e Assistência Social – desenvolvimento de programação terapêutica específica de natureza médico-psicossocial  Meta - propiciar ao indivíduo independência física, que permita o exercício da vida diária e da vida escolar, de acordo com o quadro clínico e a idade.
  • 46.  Reabilitação – processo contínuo início no momento do acidente para toda a vida.  Brasil – poucas instituições (+ reabilitação médica, - reabilitação continuada)
  • 47.  Alteração no Quadro : ampliar e modificar as formas de reabilitação :  não somente funções biológicas, funções psicológicas, educacionais, de lazer e convívio social  Ex: paraplégico em cadeira (está pronto?, privá-lo dos benefícios sociais)  Cidadão e ser humano – necessita retornar de forma + próxima possível, às atividades que antes realizava
  • 48. A LEGISLAÇÃO QUE AMPARA OS PNE  1942 – Lei nº 4418 – crédito especial para auxiliar o deficiente  1958 – Decreto nº 44236 – Campanha Nacional de Educação e Reabilitação dos Deficientes Visuais  1966 – Decreto nº 57654 – isentou os deficientes do serviço militar  1988 – Constituição Brasileira – vários artigos voltados à causa – direitos garantidos que precisam ser cumpridos.  OBS : Estados e Municípios possuem as leis “orgânicas”( conhecer para exigir)
  • 49. CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA – Artigos, incisos e parágrafos importantes:  Admissão em cargos e empregos públicos. Art.37, Inciso VIII;  Assistência. Art. 227, parágrafo 1º e 2º;  Benefício mensal; assistência social. Art. 203, V;  Ensino Especializado. Art.203, IV;  Habilitação e reabilitação; assistência social. Art.203, IV;  Igualdade de direitos no trabalho. Art. 7º, XXXI;  Locomoção e acesso, facilidades; normas. Art. 227 e 224.
  • 50. DESTAQUES:  o direito a um percentual de cargos e empregos públicos para as PPD;  a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à PPD e ao idoso, que comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família;
  • 51.  as normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às PPD;  o atendimento educacional especializado aos PPD, preferencialmente na rede regular de ensino.
  • 52. PROCURE INFORMAR-SE AO MÁXIMO SOBRE A LEGISLAÇÃO EXISTENTE, POIS SOMENTE ASSIM TERÁ CONDIÇÕES DE ORIENTAR OS “DEFICIENTES” E SEUS FAMILIARES ACERCA DE SEUS DIREITOS
  • 53. CONCEITUAÇÃO  EDUCAÇÃO FÍSICA – prática que possibilita desenvolver o conhecimento do próprio corpo e sua relação com o mundo, a autonomia, a auto-estima, a criatividade, a descoberta e o prazer pelo movimento, permitindo, assim, que todas as pessoas, inclusive as P.D., vivenciem a corporeidade a partir de suas potencialidades, possibilidades e limitações.
  • 54.  P.N.E. – são seres que possuem potencialidades, limitações e diferenças que os constituem como um ser ímpar.
  • 55.  SAÚDE – OMS – completo equilíbrio do bem estar físico, psíquico e social.  capacidade que temos para superar as dificuldades físicas, psíquicas e sociais, ou;  ausência de doença  DOENÇA – OMS – estado de desequilíbrio físico, psíquico e/ou social que traz, como conseqüência, uma dificuldade de adaptação.  ausência de saúde
  • 56.  DEFICIÊNCIA – OMS - representa qualquer perda ou alteração de uma estrutura ou de uma função psicológica, fisiológica ou anatômica.  deficiência é uma limitação presente na vida de uma pessoa, e que, dependendo do comprometimento que ela causar, essa pessoa poderá ou não se adaptar ao seu meio ambiente.
  • 57.  DEFICIÊNCIA CONGÊNITA – de nascença  DEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – pessoa que sofre lesão ( doenças, acidentes, etc.) tornando-se P.D.
  • 58.  EDUCAÇÃO ESPECIAL – conjunto de recursos educativos destinados a alunos com necessidades especiais transitórias ou contínuas.  Objetivo – oferecer ao P.D. possibilidades de inserção social, educacional e profissional.
  • 59. EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA é uma área da E.F. que tem como objeto de estudo a motricidade humana para pessoas com necessidades especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada P.D., respeitando suas diferenças individuais.
  • 60. Objetivo  oferecer atendimento especializado aos educandos portadores de necessidades especiais, respeitando-se as diferenças individuais. Visa a proporcionar o desenvolvimento global desses alunos, tornando possível não só o reconhecimento de suas potencialidades, como também, sua integração na sociedade.
  • 61. PROFESSOR  é necessário ter conhecimentos específicos na área de E.F., pedagogia, psicologia, filosofia e história, etc. (Tal conhecimento interdisciplinar é necessário para que a prática seja um processo que permita ao professor ter uma visão crítica, ética e reflexiva do seu papel social como educador, comprometido com a transformação do atual quadro educacional, voltado para a PPD em nosso país)
  • 62. ESPORTE ADAPTADO  consiste em adaptações e modificações nas regras, materiais e locais para as atividades, possibilitando a participação das PPD nas diversas modalidades esportivas.
  • 63. Considerações:  tipo e grau da deficiência  faixa etária a que se destina  desenvolvimento cognitivo e motor da PNE  motivação para a atividade  condições sócio-econômicas e culturais
  • 64. EXEMPLOS DE ESPORTES  INDIVIDUAIS – atletismo, natação, judô  COLETIVOS – futebol de salão, de campo, voleibol, basquetebol, handebol.
  • 65. FORMAS DE PRÁTICA ESPORTIVA Recreação pelo movimento  refere-se às atividades esportivas que são praticadas sem qualquer regularidade, ou seja, incidentalmente. Ex: jogos de rua, caminhada, andar de bicicleta.
  • 66. Recreação Esportiva  quando há regularidade na prática de uma modalidade esportiva, mas sem características competitivas, isto é, voltadas ao lazer. Ex: natação, tênis de mesa, futebol, voleibol.
  • 67. Esportes Competitivos  prática freqüente de uma modalidade esportiva, com treinamentos específicos para atingir resultados cada vez melhores, adquirindo uma técnica que vise à performance. Ex: atletismo, voleibol, futebol, basquetebol.
  • 68. PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES PARA PPD ADAPTAÇÕES:  Modificações nas regras dos esportes adaptando-se a cada tipo e grau de deficiência.  Ex: voleibol especial, sem toque, manchete, bloqueio, etc., DM (coordenação motora)  atletismo para PPDV – guia na corrida
  • 69.  Material apropriado e/ou adaptado a cada tipo de deficiência e modalidade esportiva  Ex: bolas com guisos no seu interior para PPDV ( para o goolbol)
  • 70.  Espaço físico que facilite o acesso às dependências esportivas  Ex: rampas de acesso para PPDF  Instalações sanitárias adequadas
  • 71. OBJETIVOS:  desenvolvimento da auto-estima e auto-realização;  aumento da capacidade de autonomia;  interação social;  melhoria das condições orgânicas e de saúde;  desenvolvimento da coordenação motora dinâmica geral  entendimento, elaboração, conhecimento e reflexão sobre a aplicação das regras dos esportes.
  • 72. PROGRAMA DE ENSINO  é um conjunto de ações com várias atividades, que facilitem e permitam que os objetivos do processo pedagógico sejam alcançados
  • 73. Considerações:  tipo e grau da deficiência  faixa etária a que se destina  desenvolvimento cognitivo e motor da PPD  motivação para a atividade  condições sócio-econômicas e culturais
  • 74. CONTEÚDO : Objetivos –  são instrumentos de comunicação das intenções educativas do professor, ou seja, o que deseja alcançar através das atividades
  • 75. Conteúdos específicos são os diversos componentes selecionados, necessários para o desenvolvimento das atividades físicas e esportivas durante o processo pedagógico
  • 76. Atividades incluam a participação do aluno, sendo a abordagem centralizada nos interesses e necessidades do mesmo
  • 77. Procedimentos Metodológicos referem-se à seqüência de atividades que caracterizam o processo instrucional: objetivos, estratégias da instrução e avaliação
  • 78. Avaliação fornece informações qualitativas quanto ao alcance ou não dos objetivos. É uma atividade metodológica, parte integrante do processo ensino-aprendizagem, fornecendo feedback contínuo tanto ao professor quanto ao aluno.
  • 79. TIPOS DE DEFICIÊNCIA  DEFICIÊNCIA SENSORIAL – compromete os órgãos do sentidos (visão e audição)  DEFICIÊNCIA FÍSICA – causada por problema no sistema locomotor (ossos, articulações e músculos), ou no sistema nervoso, alterando a motricidade  DEFICIÊNCIA MENTAL OU COGNITIVA – causada por alterações da inteligência, adaptação social, entre outros
  • 80. CAUSAS PRÉ-NATAIS – durante a gestação  Traumatismos durante a gestação - (acidentes, quedas, trânsito, espancamento, etc.), com a mãe e que podem atingir o feto ou seu organismo em desenvolvimento.
  • 81. Infecções -  passadas através do sangue via cordão umbilical, bactérias, vírus e outros microorganismos que causam infecções.
  • 82.  Sífilis – doença transmitida pelo contato sexual no adulto, pode ser transmitida pela mãe para o feto (sangue). No feto atinge o sistema nervoso ou os órgãos do sentidos.  Rubéola – é uma doença caracterizada por um vírus; provoca febre, mal estar, vermelhidão e outros sintomas na mãe, no feto causa danos no sistema nervoso ou órgãos dos sentidos. Ocorre nos três primeiros meses da gestação. No 4o ou 5o mês, pode não ocorrer dano algum para o feto.
  • 83.  Meningite – grave infecção do sistema nervoso, pode ser causada por vírus ou bactérias. A mãe pode transmitir ao feto que terá comprometido o sistema nervoso em formação.  Toxoplasmose – contraída pelo contato com animais (pombo, coelho, gato, e rato principalmente). Vermelhidão na pele, febre, pneumonia e outros sinais. A mãe transmite através do sangue; o feto poderá sofrer comprometimento na formação do crânio, lesões no SN, órgãos dos sentidos entre outros.
  • 84.  Desnutrição – grave durante o primeiro trimestre de gravidez. O feto é nutrido através do sangue, afeta o SN em formação  Intoxicação – por substâncias tóxicas ou medicamentos, prejudicando o desenvolvimento do feto, lesões em qualquer parte do seu organismo  Radiações – o contato ou exposição constante e prolongada ao Raio X, nos primeiros meses, podem provocar alterações na formação do feto
  • 85.  Má formação congênita – deformidade ou alteração interna ou externa que ocorre no processo de formação da criança durante a gestação, sem muitas vezes haver causa aparentemente conhecida  Alterações cromossômicas – mudanças que ocorrem nas células que darão origem à criança (ex: Síndrome de Down). Essas mudanças só são percebidas e detectadas através de exames específicos em laboratórios  Diabete – o descontrole da taxa de açúcar no sangue pode causar problemas de excesso ou falta de glicose do sangue do feto, prejudicando a nutrição do mesmo
  • 86. CAUSAS PERI-NATAIS – durante o parto  Traumatismo durante o trabalho de parto  Prematuridade – criança que nasce antes da 36a semana de gestação, ou nasce com peso muito abaixo da média, aos 9 meses, considerada desmatura. Nos dois casos, podem haver distúrbios físicos e funcionais
  • 87.  Eritroblastose fetal – incompatibilidade sangüínea existente entre mãe e filho. Hoje o risco é menor por conta de tratamentos e vacinas.  Anoxia ou asfixia – diminuição da concentração de oxigênio no sangue. No momento do nascimento, pode provocar lesões no SN
  • 88. CAUSAS PÓS-NATAIS – após o nascimento  Infecções – no SN, órgãos dos sentidos e sistema locomotor, podem provocar alterações nessas estruturas  Traumatismos – ferimentos por armas, quedas, acidentes de trânsito, também podem afetar as estruturas  Craniosinosteose – calcificação precoce dos ossos do crânio, impedindo o crescimento do cérebro. Microcefalia (cérebro pequeno)
  • 89.  Hidrocefalia – acúmulo de líquido no interior do cérebro. Cabeça cresce e as funções do SN ficam prejudicadas  Alterações circulatórias – problemas nas artérias ou veias que podem causar danos às partes do corpo. Ex: hemorragia no SN = derrame ou AVC (acidente vascular cerebral); trombose (obstrução de um vaso sangüíneo) causa interrupção da circulação e o aneurisma (dilatação na artéria que pode romper e provocar hemorragia)
  • 90.  Desvios na coluna vertebral  Amputações  Doenças reumáticas – podem provocar calcificação nas articulações