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Ed. Antônio Ernesto de Salvo - 1º andar
Brasília-DF - CEP: 70830-903
Fone: + 55 61 2109.1300 - Fax: + 55 61 2109.1325
canaldoprodutor@cna.org.br / www.senar.org.br
www.canaldoprodutor.com.br
Acesse também o portal de educação à distância do SENAR:
www.canaldoprodutor.com.br/eadsenar
Coleção SENAR 134
LEITE
Ordenha manual
de bovinos
Coleção SENAR
TRABALHADOR NA bovinocultura de leite
134
LEITE
ordenha manual
de bovinos
IMPRESSO NO BRASIL
© 2009, SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
Coleção SENAR - 134
Leite
Ordenha manual de bovinos
FOTOGRAFIA
Hermínio Oliveira
Rodrigo Farhat
ILUSTRAÇÃO
André Tunes
AGRADECIMENTOS
Janete Lacerda de Almeida pela produção fotográfica
Lauro Lucio Viana e Rodrigo Tillmann Viana (Estância Tropical); Walter Jose
da Cunha (Fazenda Sta. Edwiges); Paulo Roberto Lucas Viana Filho (Fazenda
Serrinha); Honório Sales da Cunha (Estância Cristiane) por terem disponibilizado
suas propriedades, como cenário para parte da produção fotográfica.
SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
	 Leite: ordenha manual de Bovinos / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
2. ed. -- Brasília : SENAR, 2010.
	 68 p. il. ; 21 cm -- (Coleção SENAR; 134)
	ISBN 978-85-7664-043-1
	 1. Gado Leiteiro.		 2. Ordenha Manual. 	I. Título.	 II. Série.
CDU 637.124
Sumário
Apresentação   5
Introdução 7
Ordenha manual de bovinos  8
I - Conhecer a glândula mamária  9
1 - Conheça a estrutura da glândula mamária  9
2 - Conheça o funcionamento da glândula mamária  11
II - Observar a qualidade do leite  13
1 - Cuide da saúde do animal  13
2 - Cuide da saúde do ordenhador  14
3 - Conheça os aspectos gerais do leite e a Instrução Normativa 51 (IN51)  14
III - Conhecer a mastite  17
1 - Identifique a mastite clínica  18
2 - Identifique a mastite subclínica  20
IV - Ordenhar manualmente  33
1 - Reúna o material  34
2 - Sanitize balde e coador  35
3 - Prepare a solução desinfetante para pré e pós-dipping 37
4 - Conduza os animais à sala de ordenha  37
5 - Separe a vaca a ser ordenhada  38
6 - Contenha a vaca  38
7 - Contenha o bezerro junto à vaca  39
8 - Lave as mãos  39
9 - Faça o teste da caneca telada ou de fundo preto  40
10 - Faça a imersão dos tetos na solução desinfetante (pré-dipping) 41
11 - Seque os tetos com papel toalha  41
12 - Ordenhe a vaca  42
13 - Solte o bezerro  42
14 - Solte a vaca  43
15 - Despeje o leite no tanque de refrigeração  43
16 - Higienize os utensílios  44
17 - Faça a limpeza geral da sala de ordenha  47
V - Conhecer o tanque de refrigeração  48
1 - Verifique o volume de leite no tanque  49
2 - Colete amostra de leite para análise de contagem bacteriana total (cbt) e
contagem de células somáticas (ccs) 51
3 - Faça a higienização do tanque de refrigeração  56
Referências 66
Coleção|SENAR
5
Apresentação
Os produtores rurais brasileiros já mostraram sua competência na produção
de alimentos. Atingimos altos índices de produtividade e o setor, hoje, repre-
senta um terço do Produto Interno Bruto (PIB), emprega um terço da força de
trabalho e gera um terço das receitas das nossas exportações.
Certamente, os cursos de capacitação do SENAR (Serviço Nacional de Apren-
dizagem Rural) contribuíram para que chegássemos a resultados tão satisfatórios.
Milhares de produtores e trabalhadores rurais se valeram dos treinamentos pro-
movidos pelo SENAR para obter melhor desempenho em suas atividades.
Precisamos nos habilitar a aproveitar as necessidades do mercado e alcançar
maior rentabilidade para o nosso negócio. Um dos instrumentos que utilizamos
nestas ações de capacitação são cartilhas como essa, que compõe a coleção SE-
NAR. Trata-se de um recurso instrucional de grande importância para a fixação de
aprendizagem, que poderá se tornar fonte permanente de consulta e referência.
Desde que foi criado, o SENAR vem reunindo experiências, mobilizando es-
forços e agregando novos valores que se fundem aos conteúdos disseminados
nos cursos e treinamentos. Nossas cartilhas consolidam esse aprendizado e re-
presentam o compromisso da Instituição com a qualidade do serviço educacional
oferecido aos cidadãos do campo.
Levamos muito a sério a nossa missão de capacitar os produtores e traba-
lhadores rurais a serem cada vez mais eficientes. Queremos que o campo se
modernize, seja capaz de produzir mais e melhor, usando tecnologia adequada
e gerenciando com competência suas atividades. Participe desse esforço e apro-
veite, com habilidade e disposição, todos os conteúdos que o SENAR oferece,
nesta produtiva cartilha.
Bom trabalho!
Senadora Kátia Abreu
Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA
e do Conselho Deliberativo do SENAR
Coleção|SENAR
7
Introdução
Esta cartilha de ordenha manual abrange as operações necessárias
para a obtenção de um leite de qualidade discutindo desde o conheci-
mento da glândula mamária, as novas exigências propostas pela Instrução
Normativa 51, os problemas relacionados à mastite até a conservação
adequada do leite na propriedade.
A cartilha aborda ainda, de maneira simples, as principais tarefas a
serem realizadas em uma propriedade leiteira, relacionando o cuidado
com a higiene pessoal, a segurança alimentar, a saúde e a segurança do
trabalhador, além de sua interação com o meio ambiente e bem-estar dos
animais.
Coleção|SENAR
8
Ordenha manual de bovinos
A cadeia produtiva do leite no Brasil vem enfrentando um período de
grandes modificações. Nota-se que os consumidores estão tornando-se
mais exigentes com os produtos que consomem e o interesse em aumen-
tar as exportações de lácteos vem requerendo investimentos nas diversas
áreas e setores com o objetivo de melhorar a produção e a qualidade dos
produtos.
A responsabilidade de aprimorar a qualidade do leite brasileiro é de
toda a cadeia produtiva, englobando desde os produtores rurais, associa-
ções, cooperativas, fornecedores de insumos, indústrias, agroindústrias,
distribuidores até os exportadores dos produtos.
Diante dessa nova realidade, a Instrução Normativa 51 do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) regulamenta a produ-
ção, identidade, qualidade, coleta e transporte do leite.
Conhecer a glândula mamária
A glândula mamária é uma estrutura capaz de produzir e armazenar
grandes volumes de leite. Para que essa produção ocorra, a glândula
mamária utiliza nutrientes consumidos pelo animal ou de suas reservas
corporais.
1 - Conheça a estrutura da glândula mamária
O úbere da vaca é uma glândula secretora composta por quatro quar-
tos mamários funcionalmente separados, já que não ocorre a comunicação
entre eles.
Para a sustentação do úbere existe um sistema de suporte composto
pela pele e por um conjunto de ligamentos. Torna-se importante observar
se os ligamentos o sustentam adequadamente, pois se estiverem fracos
podem favorecer a ocorrência de úbere pendular, dificultar a ordenha,
aumentar o risco de ocorrência de infecções intramamárias, além de aci-
dentes com o úbere e teto.
i
Coleção|SENAR
10
Coleção|SENAR
11
Os tetos devem ser avaliados quanto à forma e posição para facilitar
a ordenha.
Ligamentos relaxados		 Ligamentos firmes
2 - Conheça o funcionamento da glândula
mamária
A glândula mamária é composta por tecidos que sintetizam e armaze-
nam o leite. Ao receber estímulos externos, como mamada ou presença
do bezerro, estímulo manual do teto, ruído da ordenhadeira e outros, é
realizado o processo de expulsão do leite para fora do alvéolo que poderá
ser extraído pelo bezerro ou pela ordenha manual ou mecânica. Esse pro-
cesso, também conhecido como “descida do leite”, se dá pela liberação do
hormônio ocitocina na corrente sanguínea.
Como a ocitocina permanece na circulação por pouco tempo é impor-
tante iniciar a ordenha em aproximadamente um minuto após o início da
estimulação dos tetos.
O manejo durante a ordenha deve ser calmo, silencioso e sem agres-
sividade para não ocorrer inibição na descida do leite, evitando, ainda, o
leite residual.
Coleção|SENAR
12
Algumas raças de origem européia, como Holandesa, Jersey e Pardo-
-Suíço, em conseqüência de seleção genética, apresentam facilidade de or-
denha e de “descida do leite”. Entretanto, vacas leiteiras de raças zebuínas
podem apresentar dificuldades de ordenha manual e mecânica, em função
do reflexo da expulsão do leite incompleto, na maioria das vezes necessi-
tam da presença ou estímulo da mamada do bezerro antes da ordenha.
Observar a qualidade do leite
O leite é o produto derivado da ordenha completa, ininterrupta e em
condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas.
Para se obter um produto de qualidade, devem ser observados alguns
requisitos, como condições de saúde do animal e do ordenhador, e exi-
gências legais.
Os critérios devem seguir a Instrução Normativa 51 do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que regulamenta a produ-
ção, identidade, qualidade, coleta e transporte do leite.
1 - Cuide da saúde do animal
Espera-se que os animais tenham alimentação adequada, estejam em
ambiente confortável com instalações apropriadas e recebam um controle
sanitário preventivo com foco na saúde animal e humana (controle de
zoonoses), respeitando as exigências dos órgãos legais.
iI
Coleção|SENAR
14
2 - Cuide da saúde do ordenhador
O ordenhador deve adotar hábitos higiênicos, como não fumar, cuspir,
comer ou assoar o nariz durante a ordenha, além de manter as unhas
cortadas e limpas e usar roupas adequadas para a atividade.
Recomenda-se que o ordenhador realize periodicamente exames médi-
cos e esteja qualificado para a execução da tarefa.
3 - Conheça os aspectos gerais do leite e a
Instrução Normativa 51 (IN 51)
O leite fresco deve ser um
líquido branco, isento de sabo-
res e odores estranhos, apre-
sentar uma composição química
adequada, ausência de micror-
ganismos patogênicos (causa-
dores de doença), pesticidas
ou antibióticos, além de estar
livre de agentes inibidores do
crescimento microbiano.
Entre os principais aspectos
a serem observados pela IN 51
estão a contagem bacteriana
total (CBT), a contagem de cé-
lulas somáticas (CCS) e a com-
posição do leite.
Coleção|SENAR
15
Tabela 1: Contagem bacteriana total (CBT) e contagem de células
somáticas (CCS) máximas admitidas no leite cru refrigerado, conforme IN
51, nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
* UFC/ml – Unidade Formadora de Colônias por mililitros
** CS/ml – Células Somáticas por mililitros
Tabela 2: Contagem bacteriana total (CBT) e contagem de células
somáticas (CCS) máximas admitidas no leite cru refrigerado, conforme IN
51, nas regiões Norte e Nordeste.
* UFC/ml – Unidade Formadora de Colônias por mililitros
** CS/ml – Células Somáticas por mililitros
A partir de
01/07/2005
A partir de
01/07/2008
A partir de
01/07/2011
CBT 1.000.000 UFC/ml* 750.000 UFC/ml* 100.000 UFC/ml*
CCS 1.000.000 CS/ml** 750.000 CS/ml** 400.000 CS/ml**
A partir de
01/07/2007
A partir de
01/07/2010
A partir de
01/07/2012
CBT 1.000.000 UFC/ml* 750.000 UFC/ml* 100.000 UFC/ml*
CCS 1.000.000 CS/ml** 750.000 CS/ml** 400.000 CS/ml**
Coleção|SENAR
16
Tabela 3: Composição mínima exigida no leite cru refrigerado, para
gordura e proteína, conforme IN 51.
Atenção:
O leite deverá ser refrigerado na propriedade rural imediatamente
após a ordenha.
Componentes do leite %
Gordura 3,0
Proteína 2,9
Conhecer a mastite
Mastite ou mamite é a inflamação da glândula mamária causada princi-
palmente por microrganismos como bactérias, fungos, leveduras e algas.
Ocorre quando microrganismos invadem a glândula mamária, atravessan-
do o canal do teto e multiplicando-se no interior dos tecidos. A contami-
nação, na maioria das vezes, vem do meio externo através das mãos do
ordenhador e do ambiente contaminado. Para combater os microrganis-
mos causadores da infecção, neutralizar toxinas e regenerar os tecidos
danificados, a glândula mamária apresenta uma resposta inflamatória,
aumentando o número de células de defesa e resultando em aumento da
contagem de células somáticas.
A mastite é considerada a doença que mais afeta os rebanhos leiteiros.
Os principais prejuízos são causados pela redução da produção e des-
carte de leite, aumento de gastos com medicamentos para tratamento da
doença, descarte involuntário de animais e baixo rendimento industrial.
A mastite pode ser classificada como mastite clínica e subclínica.
IiI
Coleção|SENAR
18
1 - Identifique a mastite clínica
A mastite clínica apresenta sinais visíveis como aparecimento de gru-
mos, pus ou qualquer alteração das características do leite e pode ser
identificada através da avaliação do úbere juntamente com o teste da
caneca telada ou de fundo preto.
1.1 - Faça a avaliação do úbere
A avaliação do úbere é realizada pela observação e identificação de
edema, aumento de temperatura, endurecimento e dor na glândula ma-
mária.
1.2 - Faça o teste da caneca telada ou de fundo
preto
Atenção:
O momento adequado para realizar esse procedimento é após a
ordenha com o úbere vazio.
Atenção:
O teste deve ser realizado antes da ordenha.
Coleção|SENAR
19
1.2.1 - Retire os três primeiros jatos de leite de cada teto
na caneca telada ou de fundo preto
1.2.2 - Observe se há presença de grumos, pus ou
alteração do leite
Teste da caneca telada - leite com mastite clínica
Coleção|SENAR
20
1.3 - Faça o tratamento da mastite clínica
Os casos clínicos que ocorrerem durante a lactação devem ser trata-
dos. A escolha do tratamento deverá ser feita juntamente com o médico
veterinário responsável, considerando-se tanto o histórico do rebanho
quanto as informações sobre os agentes causadores.
2 - Identifique a mastite subclínica
A mastite subclínica não apresenta sinais visíveis no leite e no úbere,
sendo identificada por testes auxiliares, como o california mastitis test
(CMT) e contagem de células somáticas (CCS).
2.1 - Faça o teste CMT
O teste CMT é um método prático que pode ser realizado no local de
ordenha e fornece resultado imediato.
Atenção:
1 - A vaca com mastite clínica deve ser separada e ordenhada por
último.
2 - Deve-se identificar a vaca e realizar o tratamento imediato da
mastite clínica registrando o procedimento.
Coleção|SENAR
21
2.1.1 - Posicione a
bandeja de acordo
com os tetos
2.1.2 - Ordenhe cerca
de 2 mililitros de
leite de cada quarto
2.1.3 - Elimine o excesso
de leite utilizando a
marca da bandeja
Coleção|SENAR
22
2.1.4 - Adicione 2 mililitros de reagente CMT orientando-
se pela segunda marca da bandeja
2.1.5 - Misture o leite e reagente com movimentos
circulares
Coleção|SENAR
23
2.1.6 - Avalie o resultado pela viscosidade
A leitura do resultado da viscosidade é obtida conforme instruções que
acompanham o teste CMT.
Mastite subclínica positiva nos quatro tetos
2.1.7 - Anote os resultados
do teste CMT
2.2 - Faça a ccs
Células somáticas são células de origem sanguínea (células de defesa)
e células de descamação do epitélio da glândula mamária. Apesar de as
células somáticas serem importantes para a defesa da glândula mamária,
suas presenças em alta quantidade no leite são indicativo de processo in-
flamatório.
Coleção|SENAR
24
A contagem de células somáticas é um teste realizado em laboratórios
de referência, sendo usado como parâmetro de qualidade. Para realizar a
CCS é necessário coletar o leite adequadamente, enviando-o ao laboratório.
2.2.1 - Ordenhe a vaca individualmente
2.2.2 - Pegue o frasco com conservante
Coleção|SENAR
25
2.2.3 - Colete a amostra de leite
2.2.4 - Agite o frasco
Atenção:
1 - Não colete a amostra diretamente do úbere do animal.
2 - Ao coletar a amostra, não encha completamente o frasco.
Atenção:
O frasco deve
ser agitado para
dissolver a pastilha
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2.2.5 - Identifique o frasco
2.2.6 - Envie ao laboratório
2.2.7 - Anote os
dados da coleta
Coleção|SENAR
27
2.3 - Faça o tratamento da mastite subclínica
O tratamento da mastite subclínica geralmente é feito ao se realizar
a terapia da vaca seca, que consiste na aplicação de antibiótico, por via
intramamária, em todos os quartos mamários. Esse procedimento é im-
portante por possibilitar a cura de casos de mastite existente, atuando,
ainda, na prevenção de novos casos.
A terapia da vaca seca é realizada no momento da secagem (desmama).
2.3.1 - Reúna o material
•	Medicamentos para vaca seca
•	Copo para imersão dos tetos
•	Solução para desinfecção (pós-dipping)
•	Papel toalha
•	Solução de álcool 70%
•	Luvas de procedimento
Coleção|SENAR
28
2.3.2 - Esgote completamente
os quartos mamários
2.3.3 - Faça a imersão do teto na solução desinfetante
Atenção:
Essa solução é a mesma
utilizada na desinfecção do teto
após ordenha (pós-dipping).
Atenção:
Esse procedimento é importante para evitar que fique leite residual
no úbere do animal.
Coleção|SENAR
29
2.3.4 - Seque os tetos com papel toalha
2.3.5 - Desinfete o orifício do teto com álcool 70%
Atenção:
1-Aguarde30segundos
após a imersão para
secar os tetos.
2 - Recomenda-se utilizar
uma folha de papel para
a secagem de cada teto.
Alerta ecológico:
Descarte as folhas de papel toalha em local adequado.
Coleção|SENAR
30
2.3.6 - Introduza a cânula
no orifício do teto
2.3.7 - Injete o medicamento
no canal do teto
Atenção:
1 - Introduza a cânula, o mínimo possível, no canal do teto (use
preferencialmente cânula curta) para evitar contaminação no
momento da aplicação do medicamento.
2 - No manuseio da cânula, não pegue na parte a ser introduzida
no teto.
Atenção:
Durante aplicação, o teto
deve permanecer na sua
posição normal.
Coleção|SENAR
31
2.3.8 - Retire a cânula
do teto após a aplicação
do medicamento
2.3.9 - Faça a imersão do
teto na solução desinfetante
(pós-dipping)
Precaução:
Na introdução da cânula, deve-se ter cuidado com acidentes provo-
cados por movimentos bruscos do animal.
Alerta ecológico:
As embalagens usadas devem ser depositadas em local adequado,
para evitar a contaminação do meio ambiente.
Coleção|SENAR
32
2.3.10 - Repita as operações para os outros tetos
2.3.11 - Registre o procedimento
Ordenhar manualmente
A forma mais utilizada no Brasil para ordenhar vacas leiteiras ainda
é a ordenha manual. Esse procedimento não dispensa o controle e os
cuidados necessários para a obtenção de um leite de qualidade, já que
muitos produtores e trabalhadores rurais acreditam que um leite de boa
qualidade se obtém através de equipamento de ordenha mecânica.
A qualidade do leite não está relacionada ao fato de a ordenha ser
manual ou mecânica, mas aos cuidados adotados durante a extração e o
armazenamento do leite.
É possível ordenhar manualmente as vacas com ou sem a presença do
bezerro. A decisão depende principalmente do manejo adotado na proprie-
dade, tipo de instalações e raças utilizadas. Devido aos elevados custos e às
dificuldades de manejo na fase de amamentação, bezerros oriundos de reba-
nhos leiteiros especializados têm sido eliminados ou vendidos precocemente.
IV
Coleção|SENAR
34
1 - Reúna o material
•	Baldes
•	Banco para ordenha
•	Peia
•	Copos de desinfecção para imersão dos tetos (dipping)
•	Solução desinfetante para pré e pós-dipping
•	Papel toalha
•	Caneca telada ou de fundo preto
•	Coador
•	Detergentes
•	Sanitizante
•	Escovas
•	Luvas de borracha
•	Copo dosador
Coleção|SENAR
35
2 - Sanitize balde e coador
A sanitização dos utensílios é realizada 30 minutos antes da ordenha
com objetivo de reduzir a presença de microrganismos. Os produtos mais
utilizados para esse procedimento são à base de cloro.
2.1 - Prepare a solução sanitizante
A concentração do sanitizante deve ser adequada seguindo a reco-
mendação do fabricante. Como exemplo: Para solução clorada, usa-se 1
mililitro de hipoclorito de sódio a 12% para cada litro de água.
Precaução:
O trabalhador deve utilizar luvas e evitar o contato dos produtos com
a pele.
Coleção|SENAR
36
2.2 - Aplique a solução nos utensílios
Atenção:
1 - Realize a sanitização no latão quando este for utilizado para
depósito do leite.
2 - A sanitização também deverá ser feita quando o tanque de
refrigeração estiver sem leite.
3 - A sanitização deve ser realizada antes da utilização dos utensílios,
em tempo suficiente para total drenagem do produto, evitando
resíduos no leite.
Coleção|SENAR
37
3 - Prepare a solução desinfetante para pré e
pós-dipping
4 - Conduza os
animais à sala
de ordenha
Atenção:
As soluções utilizadas no pré e pós-dipping devem ser preparadas
a cada ordenha.
Coleção|SENAR
38
5 - Separe a vaca a ser ordenhada
Nesse momento é importante seguir uma linha de ordenha, ou seja,
uma sequência em que as vacas serão ordenhadas na propriedade, pre-
venindo a disseminação da mastite.
Isso pode ser feito da seguinte maneira:
•	Vacas primíparas (primeira cria) sadias;
•	Vacas multíparas (mais de um cria) sadias;
•	Vacas que foram tratadas e curadas contra mastite;
•	Vacas com mastite.
6 - Contenha a vaca
Atenção:
As vacas devem ser conduzidas à sala de ordenha de forma tranqüila
sem causar estresse ao animal.
Atenção:
Ao conter a
vaca prenda
a cauda para
evitar acidentes e
contaminação do
leite.
Coleção|SENAR
39
7 - Contenha o bezerro junto à vaca
8 - Lave as mãos
Precaução:
Durante a contenção, o ordenhador deve estar atento a acidentes.
Coleção|SENAR
40
9 - Faça o teste da caneca telada ou de fundo
preto
O leite oriundo de vacas com mastite deverá ser descartado em fos-
sa séptica.
Atenção:
1 - Vacas que apresentarem mastite clínica devem ser ordenhadas
por último e o leite deverá ser descartado.
2 - Os testes de CMT e CCS devem ser feitos de acordo com a
necessidade de controle, sendo realizado, normalmente, uma ou
duas vezes por mês.
Alerta ecológico:
Coleção|SENAR
41
10 - Faça a imersão dos tetos na solução
desinfetante (pré-dipping)
11 - Seque os tetos
com papel toalha
Recomenda-se utilizar uma
folha de papel toalha para a se-
cagem de cada teto.
Atenção:
1 - A lavagem dos tetos com água corrente deverá ser evitada,
sendo realizada em casos de extrema sujeira.
2 - Caso seja necessária a lavagem dos tetos com água corrente,
não molhar o úbere.
Coleção|SENAR
42
12 - Ordenhe a vaca
13 - Solte o bezerro
Atenção:
Deve-se aguardar 30 segundos após pré-dipping antes de secar os
tetos com papel toalha.
Atenção:
Aordenhadevesercontínua
e sem interrupções.
Coleção|SENAR
43
14 - Solte a
vaca
15 - Despeje o
leite no tanque
de refrigeração
Atenção:
Caso a ordenha seja feita sem a presença do bezerro, a imersão dos
tetos deve ser realizada em solução desinfetante (pós-dipping).
Atenção:
Sugere-se oferecer alimento para as vacas após a ordenha, evitando
que ela deite, visto que o esfíncter do teto (extremidade do teto)
encontra-se aberto. Esse procedimento reduzirá a invasão de
microrganismos.
Coleção|SENAR
44
16 - Higienize os utensílios
16.1 - Enxágue
os utensílios
imediatamente
após a ordenha
Atenção:
1 - Cuidado especial deve ser tomado na manutenção, limpeza
e higienização do coador, já que este pode ser um ponto de
contaminação.
2 - O leite deverá ser conduzido ao tanque de refrigeração o mais
rápido possível.
Atenção:
1 - Esse procedimento deve ser feito com água morna (40º C a 45º C).
2- A água utilizada para enxágüe deve ser de boa qualidade.
Coleção|SENAR
45
16.2 - Dilua o
detergente alcalino
espumante em água
morna (40ºC a 45ºC)
16.3 - Lave os utensílios com detergente alcalino
Atenção:
A concentração do
detergente alcalino deve
ser adequada seguindo
a recomendação do
fabricante.
Precaução:
Use os equipamentos de proteção individual (EPI).
Coleção|SENAR
46
16.4 - Enxágue os
utensílios
16.5 - Lave os utensílios com detergente ácido
Descarte a solução com
resíduos de detergente
em fossa séptica.
Alerta ecológico:
Atenção:
1 - A freqüência do uso do detergente ácido vai depender da
qualidade da água (dureza).
2 - A concentração do detergente deve seguir a recomendação do
fabricante.
Precaução:
Use equipamentos de proteção individual (EPI) ao manusear o de-
tergente ácido.
Coleção|SENAR
47
16.6 - Enxágue os utensílios
16.7 - Guarde os utensílios
17 - Faça a limpeza geral da sala de ordenha
Descarte a solução com resíduos de detergente em fossa séptica.
Alerta ecológico:
Conhecer o tanque de
refrigeração
O tanque de refrigeração de leite tem função de refrigerar e/ou ar-
mazenar o leite na propriedade e deve ser instalado em local adequado,
dispondo da capacidade mínima para armazenar a produção segundo a
estratégia de coleta.
O resfriamento do leite deverá ocorrer no máximo três horas após o
término da ordenha, para inibir a multiplicação de microrganismos pre-
sentes no leite.
Para tanque de refrigeração por expansão direta, refrigerar o leite até
a temperatura de 4º C.
Para tanque de refrigeração por imersão, refrigerar o leite até a tem-
peratura igual ou inferior a 7º C.
V
Coleção|SENAR
49
1 - Verifique o volume de leite no tanque
1.1 - Coloque a
régua no tanque
Atenção:
O leite deverá estar em repouso ao verificar o volume.
Atenção:
O tempo máximo de conservação do leite após a ordenha até o
momento do recebimento na indústria é de 48 horas.
Atenção:
A régua deverá
estar higienizada.
Coleção|SENAR
50
1.2 - Faça a leitura
na régua
1.3 - Confira a leitura na tabela
Coleção|SENAR
51
2 - Colete amostra de leite para análise de
contagem bacteriana total (cbt) e contagem
de células somáticas (ccs)
Normalmente esse procedimento é realizado pela indústria. Caso deci-
da pela realização de uma coleta para análise de CBT, o produtor deverá
atentar para não contaminar a amostra.
2.1 - Acione o
agitador do tanque
de resfriamento
2.2 - Desligue o agitador
Atenção:
Realizar agitação do leite por 5 minutos. Para tanques com mais de
3 mil litros, aumentar esse tempo para 10 minutos.
Coleção|SENAR
52
2.3 - Colete o leite
2.4 - Adicione o leite no frasco
Atenção:
1 - A coleta será feita com o auxílio de um utensílio devidamente
higienizado e de frascos fornecidos pelo laboratório responsável
pela análise.
2 - Não coletar o leite pelo registro do tanque.
Coleção|SENAR
53
2.5 - Tampe o frasco
2.6 - Agite o frasco
Atenção:
1 - O conservante para a análise de CCS normalmente está no frasco
na forma de pastilha.
2 - O conservante para a análise de CBT deve ser adicionado ao
leite conforme recomendação do laboratório. Alguns laboratórios
fornecem o frasco com conservante em pastilha.
3 - Ao coletar a amostra, não encha completamente o frasco.
Coleção|SENAR
54
2.7 - Identifique o frasco
2.8 - Reúna as amostras
Coleção|SENAR
55
2.9 - Anote os dados da coleta
2.10 - Envie ao laboratório
Atenção:
As amostras de leite a serem submetidas à análises devem ser
transportadas em caixas térmicas higienizáveis, na temperatura e
demais condições recomendadas.
Coleção|SENAR
56
3 - Faça a higienização do tanque de
refrigeração
3.1 - Reúna o material
•	Detergente alcalino
clorado
•	Detergente ácido
•	Copo dosador
•	Balde
•	Escovas
•	Luva de borracha
•	Termômetro
•	Avental
3.2 - Enxágue o tanque de refrigeração
Esse procedimento consiste em passar água pelo tanque de refrige-
ração e deve ser realizado imediatamente após a coleta, evitando, assim,
que o resíduo de leite seque dentro do tanque.
Atenção:
Esse procedimento
deve ser feito com o
uso de água morna
(40º C a 45º C).
Coleção|SENAR
57
3.3 - Feche o registro de saída do leite
3.4 - Prepare o detergente alcalino clorado
Atenção:
A concentração do detergente
alcalino clorado e temperatura
da água deverão seguir a
recomendação do fabricante.
Precaução:
Use os equipamentos de proteção individual (EPI).
Coleção|SENAR
58
3.5 - Lave o tanque
Atenção:
1 - Esfregue o tanque internamente e externamente com escovas e
vassouras apropriadas para evitar ranhuras.
2 - O responsável pela limpeza não deve se posicionar dentro do
tanque.
Coleção|SENAR
59
3.6 - Abra o registro de saída do leite
3.7 - Enxágue o tanque
Descarte a solução com
resíduos de leite e de
detergente em fossa
séptica.
Alerta ecológico:
Atenção:
A água utilizada para a limpeza e desinfecção deverá ser de boa
qualidade.
Coleção|SENAR
60
3.8 - Feche o registro de saída do leite
3.9 - Prepare o
detergente ácido
Atenção:
1 - A freqüência de uso do detergente ácido vai depender da
qualidade da água (dureza). Normalmente, a freqüência é diária ou
semanal.
2 - A concentração adequada do detergente ácido e a temperatura
da água dependerão da recomendação do fabricante.
Coleção|SENAR
61
3.10 - Lave o tanque
3.11 - Abra o registro de saída do leite
Atenção:
Esfregue o tanque internamente com escovas e vassouras
apropriadas para evitar ranhuras.
Descarte a solução com
resíduos de leite e de
detergente em fossa
séptica.
Alerta ecológico:
Coleção|SENAR
62
3.12 - Enxágue o tanque
3.13 - Faça a sanitização do tanque de refrigeração
A sanitização é realizada antes da ordenha, quando o tanque estiver
sem leite, com objetivo de reduzir a presença de microrganismos. Os pro-
dutos mais utilizados para esse procedimento são à base de cloro.
3.13.1 - Prepare a solução
A concentração do sanitizante deve ser adequada seguindo a reco-
mendação do fabricante. Como exemplo: Para solução clorada, usa-se 1
mililitro de hipoclorito de sódio a 12% para cada litro de água.
Atenção:
A água utilizada para a limpeza e desinfecção deverá ser de boa
qualidade.
Coleção|SENAR
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3.13.2 - Aplique a solução
Precaução:
Recomenda-se que o trabalhador utilize luvas e evite o contato dos
produtos com a pele.
Coleção|SENAR
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3.13.3 - Deixe a solução escorrer
3.13.4 - Feche o tanque
Coleção|SENAR
65
Atenção:
A sanitização deve ser realizada antes de se realizar a ordenha, com
tempo suficiente para total drenagem do produto, evitando, desse
modo, resíduos.
Coleção|SENAR
66
Referências
BRASIL. Instrução Normativa nº 51, de 18 de setembro de 2002. Aprova
os Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite
tipo A, do leite tipo B, do leite tipo C, do leite Cru Refrigerado e o Regu-
lamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a
Granel. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 24
ago. 2005. Seção 1, p.13.
BRASIL. Portaria nº 368, de 4 de setembro de 1997. Regulamento Técnico
sobre as Condições Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração
para Estabelecimentos Elaboradores/industrializadoras de Alimentos. Di-
ário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 set. 1997.
Seção 1, p.1969.
BRASIL. Portaria nº 86, de 3 de março de 2005. Aprova a Norma Regu-
lamentadora de Saúde e Segurança no Trabalho na Agricultura, Pecuária,
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Diário Oficial [da] Repúbli-
ca Federativa do Brasil, Brasília, DF, 04 mar. 2005. Seção 1, p.105.
BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 30691, de 29 de março de
1952. Aprova o novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 07 jul. 1952. Seção 1, p.10785.
CASSOLI, L.D.; MACHADO, P.F. Manual de instruções para coleta e envio
de amostras de leite para análise: Fazendas. Clínica do Leite, São Paulo,
mar. 2007. Disponível em: <http://www.clinicadoleite.com.br/2007_down/
manual%20de%20procedimento%20para%20coleta%20fazenda%20
v1.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2009.
Coleção|SENAR
67
FONSECA, L.F.L.; SANTOS, M.V. Qualidade do leite e controle de mastite.
São Paulo: Lemos Editorial, 2000, 175p.
PHILPOT, W.N.; NICKERSON, S.C. Vencendo a luta contra mastite. Westfalia:
Landtechnik, 2002, 192p.
SANTOS, M.V.; FONSECA, L.F.L. Estratégias para controle de mastite e me-
lhoria da qualidade do leite. Barueri, SP: Manole, 2007, 314p.
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Manual de Ordenha Manual de Bovinos

  • 1. SGAN Quadra 601, Módulo K Ed. Antônio Ernesto de Salvo - 1º andar Brasília-DF - CEP: 70830-903 Fone: + 55 61 2109.1300 - Fax: + 55 61 2109.1325 canaldoprodutor@cna.org.br / www.senar.org.br www.canaldoprodutor.com.br Acesse também o portal de educação à distância do SENAR: www.canaldoprodutor.com.br/eadsenar Coleção SENAR 134 LEITE Ordenha manual de bovinos
  • 2. Coleção SENAR TRABALHADOR NA bovinocultura de leite 134 LEITE ordenha manual de bovinos
  • 3. IMPRESSO NO BRASIL © 2009, SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Coleção SENAR - 134 Leite Ordenha manual de bovinos FOTOGRAFIA Hermínio Oliveira Rodrigo Farhat ILUSTRAÇÃO André Tunes AGRADECIMENTOS Janete Lacerda de Almeida pela produção fotográfica Lauro Lucio Viana e Rodrigo Tillmann Viana (Estância Tropical); Walter Jose da Cunha (Fazenda Sta. Edwiges); Paulo Roberto Lucas Viana Filho (Fazenda Serrinha); Honório Sales da Cunha (Estância Cristiane) por terem disponibilizado suas propriedades, como cenário para parte da produção fotográfica. SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Leite: ordenha manual de Bovinos / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. 2. ed. -- Brasília : SENAR, 2010. 68 p. il. ; 21 cm -- (Coleção SENAR; 134) ISBN 978-85-7664-043-1 1. Gado Leiteiro. 2. Ordenha Manual. I. Título. II. Série. CDU 637.124
  • 4. Sumário Apresentação   5 Introdução 7 Ordenha manual de bovinos  8 I - Conhecer a glândula mamária  9 1 - Conheça a estrutura da glândula mamária  9 2 - Conheça o funcionamento da glândula mamária  11 II - Observar a qualidade do leite  13 1 - Cuide da saúde do animal  13 2 - Cuide da saúde do ordenhador  14 3 - Conheça os aspectos gerais do leite e a Instrução Normativa 51 (IN51)  14 III - Conhecer a mastite  17 1 - Identifique a mastite clínica  18 2 - Identifique a mastite subclínica  20 IV - Ordenhar manualmente  33 1 - Reúna o material  34 2 - Sanitize balde e coador  35 3 - Prepare a solução desinfetante para pré e pós-dipping 37 4 - Conduza os animais à sala de ordenha  37 5 - Separe a vaca a ser ordenhada  38 6 - Contenha a vaca  38 7 - Contenha o bezerro junto à vaca  39 8 - Lave as mãos  39 9 - Faça o teste da caneca telada ou de fundo preto  40 10 - Faça a imersão dos tetos na solução desinfetante (pré-dipping) 41 11 - Seque os tetos com papel toalha  41 12 - Ordenhe a vaca  42 13 - Solte o bezerro  42 14 - Solte a vaca  43
  • 5. 15 - Despeje o leite no tanque de refrigeração  43 16 - Higienize os utensílios  44 17 - Faça a limpeza geral da sala de ordenha  47 V - Conhecer o tanque de refrigeração  48 1 - Verifique o volume de leite no tanque  49 2 - Colete amostra de leite para análise de contagem bacteriana total (cbt) e contagem de células somáticas (ccs) 51 3 - Faça a higienização do tanque de refrigeração  56 Referências 66
  • 6. Coleção|SENAR 5 Apresentação Os produtores rurais brasileiros já mostraram sua competência na produção de alimentos. Atingimos altos índices de produtividade e o setor, hoje, repre- senta um terço do Produto Interno Bruto (PIB), emprega um terço da força de trabalho e gera um terço das receitas das nossas exportações. Certamente, os cursos de capacitação do SENAR (Serviço Nacional de Apren- dizagem Rural) contribuíram para que chegássemos a resultados tão satisfatórios. Milhares de produtores e trabalhadores rurais se valeram dos treinamentos pro- movidos pelo SENAR para obter melhor desempenho em suas atividades. Precisamos nos habilitar a aproveitar as necessidades do mercado e alcançar maior rentabilidade para o nosso negócio. Um dos instrumentos que utilizamos nestas ações de capacitação são cartilhas como essa, que compõe a coleção SE- NAR. Trata-se de um recurso instrucional de grande importância para a fixação de aprendizagem, que poderá se tornar fonte permanente de consulta e referência. Desde que foi criado, o SENAR vem reunindo experiências, mobilizando es- forços e agregando novos valores que se fundem aos conteúdos disseminados nos cursos e treinamentos. Nossas cartilhas consolidam esse aprendizado e re- presentam o compromisso da Instituição com a qualidade do serviço educacional oferecido aos cidadãos do campo. Levamos muito a sério a nossa missão de capacitar os produtores e traba- lhadores rurais a serem cada vez mais eficientes. Queremos que o campo se modernize, seja capaz de produzir mais e melhor, usando tecnologia adequada e gerenciando com competência suas atividades. Participe desse esforço e apro- veite, com habilidade e disposição, todos os conteúdos que o SENAR oferece, nesta produtiva cartilha. Bom trabalho! Senadora Kátia Abreu Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA e do Conselho Deliberativo do SENAR
  • 7.
  • 8. Coleção|SENAR 7 Introdução Esta cartilha de ordenha manual abrange as operações necessárias para a obtenção de um leite de qualidade discutindo desde o conheci- mento da glândula mamária, as novas exigências propostas pela Instrução Normativa 51, os problemas relacionados à mastite até a conservação adequada do leite na propriedade. A cartilha aborda ainda, de maneira simples, as principais tarefas a serem realizadas em uma propriedade leiteira, relacionando o cuidado com a higiene pessoal, a segurança alimentar, a saúde e a segurança do trabalhador, além de sua interação com o meio ambiente e bem-estar dos animais.
  • 9. Coleção|SENAR 8 Ordenha manual de bovinos A cadeia produtiva do leite no Brasil vem enfrentando um período de grandes modificações. Nota-se que os consumidores estão tornando-se mais exigentes com os produtos que consomem e o interesse em aumen- tar as exportações de lácteos vem requerendo investimentos nas diversas áreas e setores com o objetivo de melhorar a produção e a qualidade dos produtos. A responsabilidade de aprimorar a qualidade do leite brasileiro é de toda a cadeia produtiva, englobando desde os produtores rurais, associa- ções, cooperativas, fornecedores de insumos, indústrias, agroindústrias, distribuidores até os exportadores dos produtos. Diante dessa nova realidade, a Instrução Normativa 51 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) regulamenta a produ- ção, identidade, qualidade, coleta e transporte do leite.
  • 10. Conhecer a glândula mamária A glândula mamária é uma estrutura capaz de produzir e armazenar grandes volumes de leite. Para que essa produção ocorra, a glândula mamária utiliza nutrientes consumidos pelo animal ou de suas reservas corporais. 1 - Conheça a estrutura da glândula mamária O úbere da vaca é uma glândula secretora composta por quatro quar- tos mamários funcionalmente separados, já que não ocorre a comunicação entre eles. Para a sustentação do úbere existe um sistema de suporte composto pela pele e por um conjunto de ligamentos. Torna-se importante observar se os ligamentos o sustentam adequadamente, pois se estiverem fracos podem favorecer a ocorrência de úbere pendular, dificultar a ordenha, aumentar o risco de ocorrência de infecções intramamárias, além de aci- dentes com o úbere e teto. i
  • 12. Coleção|SENAR 11 Os tetos devem ser avaliados quanto à forma e posição para facilitar a ordenha. Ligamentos relaxados Ligamentos firmes 2 - Conheça o funcionamento da glândula mamária A glândula mamária é composta por tecidos que sintetizam e armaze- nam o leite. Ao receber estímulos externos, como mamada ou presença do bezerro, estímulo manual do teto, ruído da ordenhadeira e outros, é realizado o processo de expulsão do leite para fora do alvéolo que poderá ser extraído pelo bezerro ou pela ordenha manual ou mecânica. Esse pro- cesso, também conhecido como “descida do leite”, se dá pela liberação do hormônio ocitocina na corrente sanguínea. Como a ocitocina permanece na circulação por pouco tempo é impor- tante iniciar a ordenha em aproximadamente um minuto após o início da estimulação dos tetos. O manejo durante a ordenha deve ser calmo, silencioso e sem agres- sividade para não ocorrer inibição na descida do leite, evitando, ainda, o leite residual.
  • 13. Coleção|SENAR 12 Algumas raças de origem européia, como Holandesa, Jersey e Pardo- -Suíço, em conseqüência de seleção genética, apresentam facilidade de or- denha e de “descida do leite”. Entretanto, vacas leiteiras de raças zebuínas podem apresentar dificuldades de ordenha manual e mecânica, em função do reflexo da expulsão do leite incompleto, na maioria das vezes necessi- tam da presença ou estímulo da mamada do bezerro antes da ordenha.
  • 14. Observar a qualidade do leite O leite é o produto derivado da ordenha completa, ininterrupta e em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. Para se obter um produto de qualidade, devem ser observados alguns requisitos, como condições de saúde do animal e do ordenhador, e exi- gências legais. Os critérios devem seguir a Instrução Normativa 51 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que regulamenta a produ- ção, identidade, qualidade, coleta e transporte do leite. 1 - Cuide da saúde do animal Espera-se que os animais tenham alimentação adequada, estejam em ambiente confortável com instalações apropriadas e recebam um controle sanitário preventivo com foco na saúde animal e humana (controle de zoonoses), respeitando as exigências dos órgãos legais. iI
  • 15. Coleção|SENAR 14 2 - Cuide da saúde do ordenhador O ordenhador deve adotar hábitos higiênicos, como não fumar, cuspir, comer ou assoar o nariz durante a ordenha, além de manter as unhas cortadas e limpas e usar roupas adequadas para a atividade. Recomenda-se que o ordenhador realize periodicamente exames médi- cos e esteja qualificado para a execução da tarefa. 3 - Conheça os aspectos gerais do leite e a Instrução Normativa 51 (IN 51) O leite fresco deve ser um líquido branco, isento de sabo- res e odores estranhos, apre- sentar uma composição química adequada, ausência de micror- ganismos patogênicos (causa- dores de doença), pesticidas ou antibióticos, além de estar livre de agentes inibidores do crescimento microbiano. Entre os principais aspectos a serem observados pela IN 51 estão a contagem bacteriana total (CBT), a contagem de cé- lulas somáticas (CCS) e a com- posição do leite.
  • 16. Coleção|SENAR 15 Tabela 1: Contagem bacteriana total (CBT) e contagem de células somáticas (CCS) máximas admitidas no leite cru refrigerado, conforme IN 51, nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. * UFC/ml – Unidade Formadora de Colônias por mililitros ** CS/ml – Células Somáticas por mililitros Tabela 2: Contagem bacteriana total (CBT) e contagem de células somáticas (CCS) máximas admitidas no leite cru refrigerado, conforme IN 51, nas regiões Norte e Nordeste. * UFC/ml – Unidade Formadora de Colônias por mililitros ** CS/ml – Células Somáticas por mililitros A partir de 01/07/2005 A partir de 01/07/2008 A partir de 01/07/2011 CBT 1.000.000 UFC/ml* 750.000 UFC/ml* 100.000 UFC/ml* CCS 1.000.000 CS/ml** 750.000 CS/ml** 400.000 CS/ml** A partir de 01/07/2007 A partir de 01/07/2010 A partir de 01/07/2012 CBT 1.000.000 UFC/ml* 750.000 UFC/ml* 100.000 UFC/ml* CCS 1.000.000 CS/ml** 750.000 CS/ml** 400.000 CS/ml**
  • 17. Coleção|SENAR 16 Tabela 3: Composição mínima exigida no leite cru refrigerado, para gordura e proteína, conforme IN 51. Atenção: O leite deverá ser refrigerado na propriedade rural imediatamente após a ordenha. Componentes do leite % Gordura 3,0 Proteína 2,9
  • 18. Conhecer a mastite Mastite ou mamite é a inflamação da glândula mamária causada princi- palmente por microrganismos como bactérias, fungos, leveduras e algas. Ocorre quando microrganismos invadem a glândula mamária, atravessan- do o canal do teto e multiplicando-se no interior dos tecidos. A contami- nação, na maioria das vezes, vem do meio externo através das mãos do ordenhador e do ambiente contaminado. Para combater os microrganis- mos causadores da infecção, neutralizar toxinas e regenerar os tecidos danificados, a glândula mamária apresenta uma resposta inflamatória, aumentando o número de células de defesa e resultando em aumento da contagem de células somáticas. A mastite é considerada a doença que mais afeta os rebanhos leiteiros. Os principais prejuízos são causados pela redução da produção e des- carte de leite, aumento de gastos com medicamentos para tratamento da doença, descarte involuntário de animais e baixo rendimento industrial. A mastite pode ser classificada como mastite clínica e subclínica. IiI
  • 19. Coleção|SENAR 18 1 - Identifique a mastite clínica A mastite clínica apresenta sinais visíveis como aparecimento de gru- mos, pus ou qualquer alteração das características do leite e pode ser identificada através da avaliação do úbere juntamente com o teste da caneca telada ou de fundo preto. 1.1 - Faça a avaliação do úbere A avaliação do úbere é realizada pela observação e identificação de edema, aumento de temperatura, endurecimento e dor na glândula ma- mária. 1.2 - Faça o teste da caneca telada ou de fundo preto Atenção: O momento adequado para realizar esse procedimento é após a ordenha com o úbere vazio. Atenção: O teste deve ser realizado antes da ordenha.
  • 20. Coleção|SENAR 19 1.2.1 - Retire os três primeiros jatos de leite de cada teto na caneca telada ou de fundo preto 1.2.2 - Observe se há presença de grumos, pus ou alteração do leite Teste da caneca telada - leite com mastite clínica
  • 21. Coleção|SENAR 20 1.3 - Faça o tratamento da mastite clínica Os casos clínicos que ocorrerem durante a lactação devem ser trata- dos. A escolha do tratamento deverá ser feita juntamente com o médico veterinário responsável, considerando-se tanto o histórico do rebanho quanto as informações sobre os agentes causadores. 2 - Identifique a mastite subclínica A mastite subclínica não apresenta sinais visíveis no leite e no úbere, sendo identificada por testes auxiliares, como o california mastitis test (CMT) e contagem de células somáticas (CCS). 2.1 - Faça o teste CMT O teste CMT é um método prático que pode ser realizado no local de ordenha e fornece resultado imediato. Atenção: 1 - A vaca com mastite clínica deve ser separada e ordenhada por último. 2 - Deve-se identificar a vaca e realizar o tratamento imediato da mastite clínica registrando o procedimento.
  • 22. Coleção|SENAR 21 2.1.1 - Posicione a bandeja de acordo com os tetos 2.1.2 - Ordenhe cerca de 2 mililitros de leite de cada quarto 2.1.3 - Elimine o excesso de leite utilizando a marca da bandeja
  • 23. Coleção|SENAR 22 2.1.4 - Adicione 2 mililitros de reagente CMT orientando- se pela segunda marca da bandeja 2.1.5 - Misture o leite e reagente com movimentos circulares
  • 24. Coleção|SENAR 23 2.1.6 - Avalie o resultado pela viscosidade A leitura do resultado da viscosidade é obtida conforme instruções que acompanham o teste CMT. Mastite subclínica positiva nos quatro tetos 2.1.7 - Anote os resultados do teste CMT 2.2 - Faça a ccs Células somáticas são células de origem sanguínea (células de defesa) e células de descamação do epitélio da glândula mamária. Apesar de as células somáticas serem importantes para a defesa da glândula mamária, suas presenças em alta quantidade no leite são indicativo de processo in- flamatório.
  • 25. Coleção|SENAR 24 A contagem de células somáticas é um teste realizado em laboratórios de referência, sendo usado como parâmetro de qualidade. Para realizar a CCS é necessário coletar o leite adequadamente, enviando-o ao laboratório. 2.2.1 - Ordenhe a vaca individualmente 2.2.2 - Pegue o frasco com conservante
  • 26. Coleção|SENAR 25 2.2.3 - Colete a amostra de leite 2.2.4 - Agite o frasco Atenção: 1 - Não colete a amostra diretamente do úbere do animal. 2 - Ao coletar a amostra, não encha completamente o frasco. Atenção: O frasco deve ser agitado para dissolver a pastilha
  • 27. Coleção|SENAR 26 2.2.5 - Identifique o frasco 2.2.6 - Envie ao laboratório 2.2.7 - Anote os dados da coleta
  • 28. Coleção|SENAR 27 2.3 - Faça o tratamento da mastite subclínica O tratamento da mastite subclínica geralmente é feito ao se realizar a terapia da vaca seca, que consiste na aplicação de antibiótico, por via intramamária, em todos os quartos mamários. Esse procedimento é im- portante por possibilitar a cura de casos de mastite existente, atuando, ainda, na prevenção de novos casos. A terapia da vaca seca é realizada no momento da secagem (desmama). 2.3.1 - Reúna o material • Medicamentos para vaca seca • Copo para imersão dos tetos • Solução para desinfecção (pós-dipping) • Papel toalha • Solução de álcool 70% • Luvas de procedimento
  • 29. Coleção|SENAR 28 2.3.2 - Esgote completamente os quartos mamários 2.3.3 - Faça a imersão do teto na solução desinfetante Atenção: Essa solução é a mesma utilizada na desinfecção do teto após ordenha (pós-dipping). Atenção: Esse procedimento é importante para evitar que fique leite residual no úbere do animal.
  • 30. Coleção|SENAR 29 2.3.4 - Seque os tetos com papel toalha 2.3.5 - Desinfete o orifício do teto com álcool 70% Atenção: 1-Aguarde30segundos após a imersão para secar os tetos. 2 - Recomenda-se utilizar uma folha de papel para a secagem de cada teto. Alerta ecológico: Descarte as folhas de papel toalha em local adequado.
  • 31. Coleção|SENAR 30 2.3.6 - Introduza a cânula no orifício do teto 2.3.7 - Injete o medicamento no canal do teto Atenção: 1 - Introduza a cânula, o mínimo possível, no canal do teto (use preferencialmente cânula curta) para evitar contaminação no momento da aplicação do medicamento. 2 - No manuseio da cânula, não pegue na parte a ser introduzida no teto. Atenção: Durante aplicação, o teto deve permanecer na sua posição normal.
  • 32. Coleção|SENAR 31 2.3.8 - Retire a cânula do teto após a aplicação do medicamento 2.3.9 - Faça a imersão do teto na solução desinfetante (pós-dipping) Precaução: Na introdução da cânula, deve-se ter cuidado com acidentes provo- cados por movimentos bruscos do animal. Alerta ecológico: As embalagens usadas devem ser depositadas em local adequado, para evitar a contaminação do meio ambiente.
  • 33. Coleção|SENAR 32 2.3.10 - Repita as operações para os outros tetos 2.3.11 - Registre o procedimento
  • 34. Ordenhar manualmente A forma mais utilizada no Brasil para ordenhar vacas leiteiras ainda é a ordenha manual. Esse procedimento não dispensa o controle e os cuidados necessários para a obtenção de um leite de qualidade, já que muitos produtores e trabalhadores rurais acreditam que um leite de boa qualidade se obtém através de equipamento de ordenha mecânica. A qualidade do leite não está relacionada ao fato de a ordenha ser manual ou mecânica, mas aos cuidados adotados durante a extração e o armazenamento do leite. É possível ordenhar manualmente as vacas com ou sem a presença do bezerro. A decisão depende principalmente do manejo adotado na proprie- dade, tipo de instalações e raças utilizadas. Devido aos elevados custos e às dificuldades de manejo na fase de amamentação, bezerros oriundos de reba- nhos leiteiros especializados têm sido eliminados ou vendidos precocemente. IV
  • 35. Coleção|SENAR 34 1 - Reúna o material • Baldes • Banco para ordenha • Peia • Copos de desinfecção para imersão dos tetos (dipping) • Solução desinfetante para pré e pós-dipping • Papel toalha • Caneca telada ou de fundo preto • Coador • Detergentes • Sanitizante • Escovas • Luvas de borracha • Copo dosador
  • 36. Coleção|SENAR 35 2 - Sanitize balde e coador A sanitização dos utensílios é realizada 30 minutos antes da ordenha com objetivo de reduzir a presença de microrganismos. Os produtos mais utilizados para esse procedimento são à base de cloro. 2.1 - Prepare a solução sanitizante A concentração do sanitizante deve ser adequada seguindo a reco- mendação do fabricante. Como exemplo: Para solução clorada, usa-se 1 mililitro de hipoclorito de sódio a 12% para cada litro de água. Precaução: O trabalhador deve utilizar luvas e evitar o contato dos produtos com a pele.
  • 37. Coleção|SENAR 36 2.2 - Aplique a solução nos utensílios Atenção: 1 - Realize a sanitização no latão quando este for utilizado para depósito do leite. 2 - A sanitização também deverá ser feita quando o tanque de refrigeração estiver sem leite. 3 - A sanitização deve ser realizada antes da utilização dos utensílios, em tempo suficiente para total drenagem do produto, evitando resíduos no leite.
  • 38. Coleção|SENAR 37 3 - Prepare a solução desinfetante para pré e pós-dipping 4 - Conduza os animais à sala de ordenha Atenção: As soluções utilizadas no pré e pós-dipping devem ser preparadas a cada ordenha.
  • 39. Coleção|SENAR 38 5 - Separe a vaca a ser ordenhada Nesse momento é importante seguir uma linha de ordenha, ou seja, uma sequência em que as vacas serão ordenhadas na propriedade, pre- venindo a disseminação da mastite. Isso pode ser feito da seguinte maneira: • Vacas primíparas (primeira cria) sadias; • Vacas multíparas (mais de um cria) sadias; • Vacas que foram tratadas e curadas contra mastite; • Vacas com mastite. 6 - Contenha a vaca Atenção: As vacas devem ser conduzidas à sala de ordenha de forma tranqüila sem causar estresse ao animal. Atenção: Ao conter a vaca prenda a cauda para evitar acidentes e contaminação do leite.
  • 40. Coleção|SENAR 39 7 - Contenha o bezerro junto à vaca 8 - Lave as mãos Precaução: Durante a contenção, o ordenhador deve estar atento a acidentes.
  • 41. Coleção|SENAR 40 9 - Faça o teste da caneca telada ou de fundo preto O leite oriundo de vacas com mastite deverá ser descartado em fos- sa séptica. Atenção: 1 - Vacas que apresentarem mastite clínica devem ser ordenhadas por último e o leite deverá ser descartado. 2 - Os testes de CMT e CCS devem ser feitos de acordo com a necessidade de controle, sendo realizado, normalmente, uma ou duas vezes por mês. Alerta ecológico:
  • 42. Coleção|SENAR 41 10 - Faça a imersão dos tetos na solução desinfetante (pré-dipping) 11 - Seque os tetos com papel toalha Recomenda-se utilizar uma folha de papel toalha para a se- cagem de cada teto. Atenção: 1 - A lavagem dos tetos com água corrente deverá ser evitada, sendo realizada em casos de extrema sujeira. 2 - Caso seja necessária a lavagem dos tetos com água corrente, não molhar o úbere.
  • 43. Coleção|SENAR 42 12 - Ordenhe a vaca 13 - Solte o bezerro Atenção: Deve-se aguardar 30 segundos após pré-dipping antes de secar os tetos com papel toalha. Atenção: Aordenhadevesercontínua e sem interrupções.
  • 44. Coleção|SENAR 43 14 - Solte a vaca 15 - Despeje o leite no tanque de refrigeração Atenção: Caso a ordenha seja feita sem a presença do bezerro, a imersão dos tetos deve ser realizada em solução desinfetante (pós-dipping). Atenção: Sugere-se oferecer alimento para as vacas após a ordenha, evitando que ela deite, visto que o esfíncter do teto (extremidade do teto) encontra-se aberto. Esse procedimento reduzirá a invasão de microrganismos.
  • 45. Coleção|SENAR 44 16 - Higienize os utensílios 16.1 - Enxágue os utensílios imediatamente após a ordenha Atenção: 1 - Cuidado especial deve ser tomado na manutenção, limpeza e higienização do coador, já que este pode ser um ponto de contaminação. 2 - O leite deverá ser conduzido ao tanque de refrigeração o mais rápido possível. Atenção: 1 - Esse procedimento deve ser feito com água morna (40º C a 45º C). 2- A água utilizada para enxágüe deve ser de boa qualidade.
  • 46. Coleção|SENAR 45 16.2 - Dilua o detergente alcalino espumante em água morna (40ºC a 45ºC) 16.3 - Lave os utensílios com detergente alcalino Atenção: A concentração do detergente alcalino deve ser adequada seguindo a recomendação do fabricante. Precaução: Use os equipamentos de proteção individual (EPI).
  • 47. Coleção|SENAR 46 16.4 - Enxágue os utensílios 16.5 - Lave os utensílios com detergente ácido Descarte a solução com resíduos de detergente em fossa séptica. Alerta ecológico: Atenção: 1 - A freqüência do uso do detergente ácido vai depender da qualidade da água (dureza). 2 - A concentração do detergente deve seguir a recomendação do fabricante. Precaução: Use equipamentos de proteção individual (EPI) ao manusear o de- tergente ácido.
  • 48. Coleção|SENAR 47 16.6 - Enxágue os utensílios 16.7 - Guarde os utensílios 17 - Faça a limpeza geral da sala de ordenha Descarte a solução com resíduos de detergente em fossa séptica. Alerta ecológico:
  • 49. Conhecer o tanque de refrigeração O tanque de refrigeração de leite tem função de refrigerar e/ou ar- mazenar o leite na propriedade e deve ser instalado em local adequado, dispondo da capacidade mínima para armazenar a produção segundo a estratégia de coleta. O resfriamento do leite deverá ocorrer no máximo três horas após o término da ordenha, para inibir a multiplicação de microrganismos pre- sentes no leite. Para tanque de refrigeração por expansão direta, refrigerar o leite até a temperatura de 4º C. Para tanque de refrigeração por imersão, refrigerar o leite até a tem- peratura igual ou inferior a 7º C. V
  • 50. Coleção|SENAR 49 1 - Verifique o volume de leite no tanque 1.1 - Coloque a régua no tanque Atenção: O leite deverá estar em repouso ao verificar o volume. Atenção: O tempo máximo de conservação do leite após a ordenha até o momento do recebimento na indústria é de 48 horas. Atenção: A régua deverá estar higienizada.
  • 51. Coleção|SENAR 50 1.2 - Faça a leitura na régua 1.3 - Confira a leitura na tabela
  • 52. Coleção|SENAR 51 2 - Colete amostra de leite para análise de contagem bacteriana total (cbt) e contagem de células somáticas (ccs) Normalmente esse procedimento é realizado pela indústria. Caso deci- da pela realização de uma coleta para análise de CBT, o produtor deverá atentar para não contaminar a amostra. 2.1 - Acione o agitador do tanque de resfriamento 2.2 - Desligue o agitador Atenção: Realizar agitação do leite por 5 minutos. Para tanques com mais de 3 mil litros, aumentar esse tempo para 10 minutos.
  • 53. Coleção|SENAR 52 2.3 - Colete o leite 2.4 - Adicione o leite no frasco Atenção: 1 - A coleta será feita com o auxílio de um utensílio devidamente higienizado e de frascos fornecidos pelo laboratório responsável pela análise. 2 - Não coletar o leite pelo registro do tanque.
  • 54. Coleção|SENAR 53 2.5 - Tampe o frasco 2.6 - Agite o frasco Atenção: 1 - O conservante para a análise de CCS normalmente está no frasco na forma de pastilha. 2 - O conservante para a análise de CBT deve ser adicionado ao leite conforme recomendação do laboratório. Alguns laboratórios fornecem o frasco com conservante em pastilha. 3 - Ao coletar a amostra, não encha completamente o frasco.
  • 55. Coleção|SENAR 54 2.7 - Identifique o frasco 2.8 - Reúna as amostras
  • 56. Coleção|SENAR 55 2.9 - Anote os dados da coleta 2.10 - Envie ao laboratório Atenção: As amostras de leite a serem submetidas à análises devem ser transportadas em caixas térmicas higienizáveis, na temperatura e demais condições recomendadas.
  • 57. Coleção|SENAR 56 3 - Faça a higienização do tanque de refrigeração 3.1 - Reúna o material • Detergente alcalino clorado • Detergente ácido • Copo dosador • Balde • Escovas • Luva de borracha • Termômetro • Avental 3.2 - Enxágue o tanque de refrigeração Esse procedimento consiste em passar água pelo tanque de refrige- ração e deve ser realizado imediatamente após a coleta, evitando, assim, que o resíduo de leite seque dentro do tanque. Atenção: Esse procedimento deve ser feito com o uso de água morna (40º C a 45º C).
  • 58. Coleção|SENAR 57 3.3 - Feche o registro de saída do leite 3.4 - Prepare o detergente alcalino clorado Atenção: A concentração do detergente alcalino clorado e temperatura da água deverão seguir a recomendação do fabricante. Precaução: Use os equipamentos de proteção individual (EPI).
  • 59. Coleção|SENAR 58 3.5 - Lave o tanque Atenção: 1 - Esfregue o tanque internamente e externamente com escovas e vassouras apropriadas para evitar ranhuras. 2 - O responsável pela limpeza não deve se posicionar dentro do tanque.
  • 60. Coleção|SENAR 59 3.6 - Abra o registro de saída do leite 3.7 - Enxágue o tanque Descarte a solução com resíduos de leite e de detergente em fossa séptica. Alerta ecológico: Atenção: A água utilizada para a limpeza e desinfecção deverá ser de boa qualidade.
  • 61. Coleção|SENAR 60 3.8 - Feche o registro de saída do leite 3.9 - Prepare o detergente ácido Atenção: 1 - A freqüência de uso do detergente ácido vai depender da qualidade da água (dureza). Normalmente, a freqüência é diária ou semanal. 2 - A concentração adequada do detergente ácido e a temperatura da água dependerão da recomendação do fabricante.
  • 62. Coleção|SENAR 61 3.10 - Lave o tanque 3.11 - Abra o registro de saída do leite Atenção: Esfregue o tanque internamente com escovas e vassouras apropriadas para evitar ranhuras. Descarte a solução com resíduos de leite e de detergente em fossa séptica. Alerta ecológico:
  • 63. Coleção|SENAR 62 3.12 - Enxágue o tanque 3.13 - Faça a sanitização do tanque de refrigeração A sanitização é realizada antes da ordenha, quando o tanque estiver sem leite, com objetivo de reduzir a presença de microrganismos. Os pro- dutos mais utilizados para esse procedimento são à base de cloro. 3.13.1 - Prepare a solução A concentração do sanitizante deve ser adequada seguindo a reco- mendação do fabricante. Como exemplo: Para solução clorada, usa-se 1 mililitro de hipoclorito de sódio a 12% para cada litro de água. Atenção: A água utilizada para a limpeza e desinfecção deverá ser de boa qualidade.
  • 64. Coleção|SENAR 63 3.13.2 - Aplique a solução Precaução: Recomenda-se que o trabalhador utilize luvas e evite o contato dos produtos com a pele.
  • 65. Coleção|SENAR 64 3.13.3 - Deixe a solução escorrer 3.13.4 - Feche o tanque
  • 66. Coleção|SENAR 65 Atenção: A sanitização deve ser realizada antes de se realizar a ordenha, com tempo suficiente para total drenagem do produto, evitando, desse modo, resíduos.
  • 67. Coleção|SENAR 66 Referências BRASIL. Instrução Normativa nº 51, de 18 de setembro de 2002. Aprova os Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, do leite tipo B, do leite tipo C, do leite Cru Refrigerado e o Regu- lamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 24 ago. 2005. Seção 1, p.13. BRASIL. Portaria nº 368, de 4 de setembro de 1997. Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/industrializadoras de Alimentos. Di- ário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 set. 1997. Seção 1, p.1969. BRASIL. Portaria nº 86, de 3 de março de 2005. Aprova a Norma Regu- lamentadora de Saúde e Segurança no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Diário Oficial [da] Repúbli- ca Federativa do Brasil, Brasília, DF, 04 mar. 2005. Seção 1, p.105. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 30691, de 29 de março de 1952. Aprova o novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 07 jul. 1952. Seção 1, p.10785. CASSOLI, L.D.; MACHADO, P.F. Manual de instruções para coleta e envio de amostras de leite para análise: Fazendas. Clínica do Leite, São Paulo, mar. 2007. Disponível em: <http://www.clinicadoleite.com.br/2007_down/ manual%20de%20procedimento%20para%20coleta%20fazenda%20 v1.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2009.
  • 68. Coleção|SENAR 67 FONSECA, L.F.L.; SANTOS, M.V. Qualidade do leite e controle de mastite. São Paulo: Lemos Editorial, 2000, 175p. PHILPOT, W.N.; NICKERSON, S.C. Vencendo a luta contra mastite. Westfalia: Landtechnik, 2002, 192p. SANTOS, M.V.; FONSECA, L.F.L. Estratégias para controle de mastite e me- lhoria da qualidade do leite. Barueri, SP: Manole, 2007, 314p.