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Naime Barbosa, são atitudes
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gio. "As principais formas de
se evitar a contaminação pe-
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soal (escova de dente, tesoura
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Alexandre Naime Barbosa

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Hepatites Virais - Epidemia Silenciosa 2015

  • 1. a2 DIÁRIO DA SERRA TERÇA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2015Saúde FOTOS: DIVULGAÇÃO DA REDAÇÃO opiniao@diariodaserra.jor.br Previsão do Tempo HOJE AMANHÃ Sol, alternando com chuva em forma de pancada rápida e isolada Predomínio de sol, apenas com pouca variação de nuvens 27º 3mm 80%17º 22º 0mm 80%15º Hepatites Virais: uma epidemia silenciosa Ambulatório de Hepatites Virais do Hospital das Clínicas de Botucatu, referência na região, realiza aproximadamente 400 atendimentos por mês Dia 28 de julho é o dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, doenças consideradas por muitos especialistas uma epide- mia silenciosa. A hepatite é uma inflamação no fígado, que pode se agravar se não cuidada. Pode ser causada por vírus, bactérias, pro- tozoários, fungos, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de do- enças autoimunes, meta- bólicas e genéticas. Alguns tipos de hepatites não dão sinais de existir, ficam ca- mufladas por muitos anos, degradando o órgão e po- dendo ocasionar cirrose e até câncer de fígado. Segundo o médico gas- troenterologista Giovanni Faria Silva, professor e res- ponsável pela Disciplina de Gastroenterologia Clí- nica da Faculdade de Me- dicina da Unesp - Câmpus de Botucatu (FMB) e pelo Ambulatório de Hepatites Virais do Hospital das Clí- nicas da FMB (HCFMB), só o Brasil tem, em média, 2 milhões de pessoas conta- minadas com alguma das tipagens do vírus da hepa- tite, e muitas delas não sa- bem que estão infectadas. Só no ambulatório que ele coordena, são de 350 a 400 atendimentos médicos por mês de pessoas que têm a doença. Existe uma orientação da Sociedade Brasileira de Hepatologia e Infectologia, para que todos os adultos acima de 45 anos se sub- metam ao exame de de- tecção da doença. O teste pode ser feito em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS). Se o resultado for positivo, o paciente deverá ser encaminhado para am- bulatório especifico para confirmação da infecção e tipagem do vírus. TRATAMENTO SERÁ REDUZIDO DE 48 PARA 12 SEMANAS O tratamento dos pa- cientes atendidos no am- bulatório de hepatites virais do HCFMB tende ficar ainda melhor, pois o Ministério da Saúde anunciou recentemente que vai adotar um novo coquetel de remédios para tratamento das he- patites na rede pública de saúde, que diminuirá o tempo de tratamento de 48 para 12 semanas, além de minimizar as re- ações adversas pelo uso dos medicamentos. Além disso, o índice de cura da doença nas pessoas trata- das saltará de 40% a 60% para um índice de 90% ou mais. "Estamos aguardando as novas drogas serem liberadas pelo Ministério da Saúde, possivelmente em agosto. O tratamento será sem Interferon, com altas taxas de cura e mí- nimos efeitos colaterais. A aceitação do tratamen- to com as novas drogas será ótima", explica Silva. COMO OCORRE O CONTÁGIO? UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA, COM SINTOMAS NEM SEMPRE EVIDENTES HEPATITE C ATINGE 2,1 MILHÕES DE PESSOAS, MAS MENOS DE 20% TÊM DIAGNÓSTICO Os vírus da hepatite po- dem ser classificados em A, B, C, D e E. As hepatites do tipo A e do tipo E são transmitidas por consumo de alimentos ou água con- taminados, ou por contato direto via secreções. Já nos outros tipos, a transmissão acontece por contato com sangue contaminado, com- partilhamento de seringas e agulhas, compartilhamento de objetos de uso pessoal, como alicates e tesouras de unha, escova de dentes, piercings, agulhas de ta- tuagem, objetos utilizados em cirurgias que não foram esterilizados e sexo sem preservativo. Também pode acontecer a transmissão materno-fetal (de mãe para o filho ainda no útero) dos vírus das Hepatites B, C e D. As hepatites são um problema de saúde públi- ca e a população precisa se conscientizar sobre sua prevenção, pois nem sempre os sintomas da doença vão ser evidentes. Conforme esclarece o in- fectologista da FMB, a po- pulação não se cuida por dois principais fatores: Doença Assintomáti- ca: ao adquirir o vírus, o paciente não tem qual- quer sintoma na maio- ria dos casos, e infecção passa desapercebida por décadas, tempo durante o qual a lesão hepática vai aumentando, poden- do chegar na cirrose. 2. Ausência de Fatores de Risco Óbvios: apesar das vias de transmissão do vírus da Hepatite C serem bem conhecidas, em cerca de 40%-50% das pessoas infectadas não é possível identificar qual a rota de contaminação. "Fica, portanto, o aler- ta para que, neste dia Mundial de Luta Contra as Hepatites e em todos os outros dias, as pesso- as evitem situações de risco de contaminação e, caso desconfiem que possam ter sido con- taminadas, se encami- nhem às UBS para fazer o exame para confirmar se tem ou não a doença", salienta Naime. Segundo Naime, todas as vertentes da doença pre- ocupam, mas a Hepatite C é a mais delicada. "Todas as hepatites podem ser muito agressivas, mas no Brasil a Hepatite C é a que causa maior preocupação, pois é estimado que cer- ca de 2,1 milhões de pes- soas são portadoras do vírus, mas menos de 20% tem diagnóstico, o que re- presenta um perigo para as pessoas infectadas e que não sabem disso, por evoluírem para as formas mais avançadas da doen- ça", alerta. O especialista ainda comenta que as he- patites matam milhões de pessoas em todo o mundo, pois os tipos B e C podem levar o doente a desenvol- ver cirrose ou câncer, caso a doença não seja tratada. Para as hepatites dos ti- pos A e E, na maioria das vezes nem é necessário o tratamento, pois elas são autolimitadas, ou seja: têm um período determinado e desaparecem sozinhas. Já na hepatite B, a maioria dos casos também é auto- limitada, porém cerca de 5% dos infectados desen- volvem a forma crônica da doença, que deve receber acompanhamento médico. Já a hepatite C deve ser tra- tada e é possível a cura. CUIDADOS SIMPLES PODEM EVITAR A CONTAMINAÇÃO PELOS VÍRUS DA HEPATITE As hepatites virais são as mais comuns e as que mais geram preocupação na comu- nidade médica. Segundo o médico infectologista e profes- sor da FMB/Unesp, Alexandre Naime Barbosa, são atitudes comuns que evitam o contá- gio. "As principais formas de se evitar a contaminação pe- las hepatites virais são: uso do preservativo sexual (cami- sinha), evitar o compartilha- mento de objetos de uso pes- soal (escova de dente, tesoura e alicate de unha, brincos, pir- cieng), evitar o compartilha- mento de seringas e agulhas, nunca usar seringas e agulhas não descartáveis, além de cui- dados com o tipo de água e alimentos ingeridos", observa. "Todas as hepatites podem ser muito agressivas, mas no Brasil a Hepatite C é a que causa maior preocupação.” Segundo o médico gastroenterologista, Giovanni Faria Silva, só o Brasil tem, em média, 2 milhões de pessoas contaminadas com alguma das tipagens do vírus da hepatite, e muitas delas não sabem que estão infectadas Alexandre Naime Barbosa