Uma pesquisa mostrou que 40% dos brasileiros já usaram o cheque especial, sendo que 43% das classes A e B e 34% das classes C, D e E o utilizaram no último ano. Embora seja uma das modalidades de crédito mais usadas, o cheque especial também é uma das mais caras devido aos juros altos de 150% ao ano. O uso indevido pode levar a dívidas maiores do que o esperado, portanto é importante usar apenas eventualmente e quitar o valor em tempo.
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40% brasileiros já usaram cheque especial
1. 40% dos brasileiros já entraram no cheque
especial, mostra pesquisa do Meu Bolso Feliz
Apesar de ser uma das modalidades de crédito mais usadas pelo consumidor, é
também uma das mais caras do mercado, alerta especialista
Quando o orçamento aperta, as pessoas optam por uma série de alternativas para
cobrir suas despesas. Uma delas é o cheque especial: um empréstimo automático
oferecido pelos bancos e que aparece junto do seu saldo. Segundo pesquisa
realizada pelo portal Meu Bolso Feliz (http://meubolsofeliz.com.br/), 40% dos
brasileiros utilizaram o cheque especial no período de um ano. Ainda: dos
entrevistados, 43% das classes A e B afirma que já entraram no limite do cheque
especial e 34% das classes C, D e E utilizou o cheque especial no mesmo período.
Constatou-se, então, que um número significativo de pessoas, de todas as classes
sociais, incorpora esse limite "extra" oferecido pelo banco no orçamento mensal de
forma errada. “Apesar de o cheque especial ser uma das modalidades mais usadas
pela sua facilidade de acesso, é também uma das mais caras do mercado”, explica
José Vignoli, educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, uma iniciativa do
SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).
Por que as taxas são perigosas?
Com juros de 150% ao ano (8% ao mês), em média, o uso do cheque especial
pode gerar uma dívida muito maior do que a esperada. Exemplo: Maria está com
dificuldade de pagar suas contas e resolveu pegar R$1.000 do cheque especial
para não sujar seu nome e fazer compras extras. No mês seguinte, teve
dificuldades de sair dele e esse problema foi se arrastando por meses. Em um ano,
a dívida de Maria passou de R$1.000 para R$2.500. "Nunca use o cheque especial
para ajudar nas compras ou desejos pessoais que ultrapassem sua renda mensal.
2. Esse hábito passa uma falsa impressão de aumento de renda e,
consequentemente, leva ao descontrole das despesas e endividamento”, explica
Vignoli.
Quando usar?
O segredo é usar o cheque especial eventualmente e controlar bem os prazos de
pagamento. Há bancos que oferecem alguns dias de uso do cheque especial sem
cobrança de juros. Em um momento de aperto, aproveite essa facilidade, sempre
atentando ao dia exato que terá para cobrir o valor. Um dia a mais de uso levará a
cobrança de juros de todo o prazo utilizado.
Alternativa para o cheque especial
"Quando o banco analisa a situação do cliente e sabe quando e como a dívida será
paga, a melhor opção é pegar um crédito pessoal, onde uma quantia combinada
fica disponível para o cliente, que pode usá-lo livremente", explica Vignoli.
Exemplo: Se a pessoa tem uma necessidade hoje e vai receber o 13º em junho, a
melhor alternativa é ir ao banco e negociar um crédito pessoal com pagamento da
dívida para o mês que terá o dinheiro. Com planejamento para longo prazo, essa
alternativa é mais segura e mais barata.
Outra opção bastante usada quando o dinheiro do mês acaba é o cartão de
crédito. Mas atenção: se a quitação total da fatura daquele mês não for feita, os
juros do cartão chegam a 12,5% ao mês, ou seja, ainda maiores do que o cheque
especial. "Se usado para emergências e de forma consciente, o cheque especial
ainda é a melhor opção", explica Vignoli.
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O portal Meu Bolso Feliz (http://meubolsofeliz.com.br/),uma iniciativa do SPC
3. Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), une informações para mostrar às
famílias e pessoas em geral da importância da educação financeira. Amplo e com
um serviço completo, orienta cidadãos e explica qual é a melhor maneira de
consumir e ter controle monetário.
Acesse o site em www.meubolsofeliz.com.br
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