O documento discute a importância do espaço geográfico para a ciência da geografia e apresenta exemplos históricos que ilustram como o conhecimento do território foi decisivo para atividades humanas como a agricultura no Egito Antigo, batalhas militares na Grécia Antiga e tomada de decisões sobre questões ambientais e distribuição de riqueza no mundo moderno.
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
UE1 - Geografia - CEEJA - Guarujá
1. UE 1 - Unidade de Ensino 1 – 1º Ano – Ensino Médio - Geografia
INTRODUÇÃO: A importância do espaço para a ciência da geografia
Desde a Antiguidade o saber sobre o lugar e sua posição na superfície terrestre tem sido fonte de
conhecimento e poder. Quando Heródoto, considerado o pai da Geografia e da História,
descreveu o Egito como ‘uma dádiva do rio Nilo’, relacionou a fertilidade das terras agrícolas com as
cheias periódicas que depositavam matéria orgânica em suas margens.
Isso já era conhecido pelos sacerdotes egípcios, que eram chamados para recompor os limites das
propriedades alterados pelas águas, e utilizavam as medições do nível das cheias para estimar as
safras agrícolas do reino e avaliar o volume de impostos que seriam arrecadados pelos funcionários
do faraó.
Foi também Heródoto que, ao descrever a batalha de Maratona entre atenienses e persas, mostrou
como o conhecimento preciso do terreno permitiu aos gregos derrotarem o exército persa, muito
mais numeroso, infligindo mais de 6 mil baixas ao inimigo, enquanto os soldados de Atenas teriam
perdido menos de duzentos homens.
A importância do conhecimento do lugar onde se desenvolve qualquer atividade humana é decisiva
para atingir o fim proposto. Nesses dois exemplos históricos, vimos a importância do espaço
geográfico, seja na produção de bens materiais, seja nas práticas culturais, seja na guerra.
O saber geográfico na tomada de decisões hoje está presente em muitas das questões que afetam o
futuro da humanidade. Tomemos, por exemplo, a questão ambiental, que expressa os problemas
atuais quanto à capacidade do planeta Terra em suportar a exploração desenfreada dos recursos
naturais e em depurar a imensa quantidade de resíduos lançados diariamente na biosfera.
Nesse campo, a Geografia possui conhecimento acumulado capaz de ajudar a compreender as
origens e os efeitos das mudanças que estão ocorrendo na Terra, enquanto morada dos seres
humanos.
Outro aspecto em que a Geografia pode ajudar a compreender melhor o mundo atual é o
que diz respeito à distribuição da riqueza. Hoje, a maior parte da riqueza material está
concentrada em países que abrigam apenas a quarta parte da população mundial.
A desigual distribuição da população e da riqueza no espaço geográfico pode ser explicada
pela maneira que as sociedades estão organizadas para a produção dos bens materiais
necessários à sua reprodução.
Os fatores naturais que condicionam a produção, tais como o clima, a água, o solo, os minerais e as
florestas são importantes, porém não determinantes. As diferentes possibilidades de retirar da
natureza os bens que atendem às suas necessidades mais elementares são intermediadas pelas
relações sociais entre os seres humanos e pelo seu nível de
O fim do século XV, com o progresso da navegação, a implantação da segurança no mar e a
introdução do comércio e da colonização da América recém-descoberta, é um marco importante na
transformação do Ecúmeno [do grego oikos, casa], isto é, a parcela da superfície da Terra habitada
permanentemente pelas comunidades humanas. O conhecimento de novas técnicas ampliou os
limites do espaço habitado em escala planetária.
O fim do século XIX, com a formação dos grandes impérios, marca um momento fundamental nesse
desenvolvimento. A estrada de ferro, o navio a vapor, o telégrafo sem fio, a revolução bancária
mudam completamente a noção de distância e, por consequência, as escalas de tempo e espaço.
Nessa definição de momentos marcantes da história da humanidade, chegamos à época atual
comandada pela revolução científico-tecnológica, cujo desenvolvimento de novos meios de produção
transformou completamente a relação entre sociedade e natureza.
2. Exercícios para auxiliar na compreensão do texto.
Procure responder as questões a seguir para uma melhor compreensão do texto.
1 – Já na antiguidade qual a importância de saber sobre o lugar?
2 – Heródoto, é considerado o pai da ……………………………. Geogr
afia
3 – Como Heródoto descreve o Egito?
4 – Que recurso os sacerdotes egípcios utilizavam para estimar as safras agrícolas do reino?
e utilizavam as medições do nível das cheias para estimar as safras agrícolas do reino e avaliar o
volume de impostos que seriam arrecadados pelos funcionários do faraó.
5 – Que características permitiu aos gregos derrotarem o exército persa, muito mais
numeroso? mostrou como o conhecimento preciso do terreno permitiu aos gregos derrotarem o
exército persa, muito mais numeroso,
6 – Com base nas questões e repostas anteriores tente escrever um texto sobre a importância do
conhecimento do lugar.
7 – Descreva um exemplo em que o saber geográfico esta presente na tomada de decisões.
O saber geográfico na tomada de decisões hoje está presente em muitas das questões que afetam o
8 – De que forma a geografia pode ajudar a compreender as origens e os efeitos das mudanças
climáticas que estão ocorrendo na Terra?
Geografia possui conhecimento acumulado capaz de ajudar a compreender as origens e os efeitos
das mudanças que estão ocorrendo na Terra
9 – Como a geografia analisa e descreve a distribuição da riqueza no mundo?
Outro aspecto em que a Geografia pode ajudar a compreender melhor o mundo atual é o que diz
10 – No fim do século XV (15), quais as consequências que trouxe as novas tecnologias?
O conhecimento de novas técnicas ampliou os limites do espaço habitado em escala planetária
11 – No final do século XIX (19) que elementos transformou completamente a relação entre
sociedade e natureza?
Observação: Se você acertou pelo menos 60% das questões, esta satisfatório, mas indica que você
pode melhorar muito mais ainda. Bons estudos.
3. A cartografia – a técnica e a arte de produzir mapas – Todo mapa tem como objetivo
informar características de um determinado espaço, e a Cartografia é a linguagem da
Geografia para essa comunicação.
Para informar características de um determinado espaço requer diferentes tipos de mapas, por
exemplo…
Mapas físicos, revelam aspectos visíveis da paisagem;
Mapas políticos revelam as fronteiras políticas;
Mapas Temáticos : Como o nome esta dizendo, representam determinados temas, como por
exemplo, mostrar a mortalidade infantil (tema) de uma região ou os casos de dengue (tema) de um
Estado .
É por meio da habilidade de leitura e interpretação cartográfica que obtemos informações, dados e
conhecimento para interpretar as realidades espaciais e sociais.
Atualmente, a produção de mapas emprega técnicas sofisticadas, baseadas nas fotografias aéreas e
em imagens obtidas por satélites de sensoriamento remoto.
Observe o mapa Evolução das grandes aglomerações, 1975-2003 (Figura1):
Para analisarmos o mapa é preciso, primeiramente observarmos suas características cartográficas
( símbolos, cores e etc.), para entendermos melhor as informações que o mapa sugere.
4. Símbolos e representatividade
A representatividade dos símbolos: O mapa se propõe a mostrar a evolução (crescimento) das grandes
aglomerações no mundo e para representar esta característica observe a cartografia do mapa, ela faz o uso de
círculos de tamanhos diversos que expressam suas diferentes dimensões (quanto maior o círculo, maior é a
aglomeração). [ até aqui você já sabe que a Cartografia desse mapa faz o uso de círculos para
representar as grandes aglomerações no mundo ]. Observe também que a cartografia do mapa faz uso
de cores, os círculos possuem tonalidades (ou cores diferentes) que apresentam uma gradação visual do mais
escuro para o mais claro, mais escuro indicam uma evolução mais intensa, e mais claro uma evolução menos
intensa.
[ esperamos que você tenha entendido o significado das cores nesse mapa] . Agora atenção, pois o
mapa também mostra círculos azuis (uma cor diferente) isto porque ele quer mostrar algo distinto, diferente,
isto aglomerações que NÂO cresceram, mas sim diminuíram.
Agora procure responder mentalmente ou se preferir escreva em seu caderno.
1 – Com é denominada a técnica e a arte de produzir mapas? 2 – Dê exemplos de tipos de mapas. 3 – Na
análise do mapa da figura 1 o que representam os círculos ? 4 – Que recurso cartográfico o mapa utiliza para
mostrar a evolução das grandes aglomerações ? (não se surpreenda se a resposta for repetida). 5 – Neste
mapa o que representa o tamanho de do círculo?
Se você acertar estas questões você já deu o primeiro passo para entender a linguagem de comunicação dos
mapas , a Cartografia. (parabéns)
Que tal, após esses conhecimentos adquiridos sobre linguagem cartográfica, analisarmos os fenômenos
representados?
• o mapa faz uso da linguagem cartográfica (símbolos, cores etc.) para transmitir duas informações
importantes: (1) onde estão as aglomerações urbanas no mundo por meio do tamanho dos círculos e, a
(2) velocidade de crescimento de 1975-2003 de cada uma das aglomerações, por meio de tonalidades
de cor marrom;
• o tamanho dos círculos representa o tamanho absoluto da população das cidades (círculos
maiores→populações maiores; círculos menores→populações menores);
• as tonalidades de marrom no interior dos círculos representam as velocidades do crescimento:
tonalidade mais escura→ maior velocidade; tonalidade mais clara→menor velocidade; cor azul
clara→diminuição;
• Mostra onde há predominância de círculos mais escuros em especial, na Ásia (principalmente na Índia e
em Bangladesh) e na África (Nigéria e Costa do Marfim e cercanias e no norte da África);
• as três maiores aglomerações urbanas na América do Sul são: São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos
Aires. São Paulo foi a que mais cresceu no período representado no mapa;
• Tóquio é a maior aglomeração urbana do continente asiático, com uma população de
35 milhões de habitantes, conforme indicado no ábaco ( na legenda círculos com os
tamanhos). Mumbai, nome da antiga Bombaim, na Índia, apresenta-se com uma
população de 18 milhões de habitantes, e Nova Délhi, com um pouco menos de 18
milhões de habitantes.
• Observe que o fenômeno das aglomerações urbanas é mais representativo na Ásia (especialmente no
subcontinente indiano, nos países insulares, como a Indonésia e as Filipinas, na China e no Japão).
Logo, este é o segmento continental que possui as maiores aglomerações do mundo. Por outro lado, é
menos representativo na África e também, de certa maneira, na Oceania;
Eis um exemplo: no interior das grandes massas continentais, o fenômeno é bem menos representativo do que
nas zonas litorâneas, mas há exceções. Das cidades nomeadas no mapa, podemos identificar que as
aglomerações de Nova Délhi (Índia), Daca (Bangladesh) e Lagos (Nigéria) cresceram mais de três vezes de
tamanho (podendo ter chegado a dez vezes mais) no período representado.
Após esta nova análise, podemos afirmar que: é um mapa de fácil entendimento, que não apresenta erros de
linguagem cartográfica. Trata-se de um mapa quantitativo (pois usa círculos proporcionais (Quantidades) que
representam volumes populacionais com precisão) e ordenado (em que se utilizam cores ou tonalidades
diferentes para representar uma ordem).
5. Projeção Cartográfica: desde a antiguidade sabe-se que a superfície da Terra é uma geóide, isto é, é
uma superfície curva e que também mapas sempre foi uma necessidade para se para identificação
do espaço, porém os mapas que você conhece nos livros e atlas são planos. É ai que entra a
Técnica das Projeções Cartográficas.
A projeção da superfície terrestre ( curva) em mapas (planos) sempre resultará em algumas
distorções , a projeção é uma fórmula matemática que transforma as coordenadas geográficas em
coordenadas planas, é um artifício com o objetivo de reduzir e minimizar o efeito dessas distorções.
Mas nenhum tipo de projeção consegue evitar essas distorções.
A projeção da superfície terrestre (curva) em mapas (planos) sempre resultará em algumas
distorções.
Projeção Mercator: Gerard Mercator
(1512-1549). Essa projeção é mais
apropriada a navegação marítima e mostra
uma divisão eurocêntrica do mundo. A
deformação dos tamanhos das superfícies
torna-se máxima próxima aos polos. Essa
projeção exagera visualmente a importância
territorial dos países do Norte,
comparativamente as massas territoriais do
hemisfério Sul. Chamamos a atenção para a
Groenlândia que nessa projeção e bem maior
que a América do Sul , ou da África, fato que
não corresponde a realidade ( é uma
distorção). Mas essa projeção lhe parece
familiar, pois é a mais usada, inclusive é a
adotada pelo governo brasileiro, como base
do sistema cartográfico nacional.
6. Questão do vestibular – Vunesp. A respeito destas projeções cartográficas é
correto afirmar que:
a) na projeção de Mercator, os meridianos e os paralelos são linhas retas, que se cortam
em ângulos retos, provocando distorções mais acentuadas nas áreas continentais de baixas
latitudes.
b) a de Peters é frequentemente apontada como uma projeção que expressa o poderio do
Norte sobre o Sul, visto que superdimensiona as terras do Norte.
c) a de Peters é muito útil na navegação, pois respeita as distâncias e os ângulos, embora
não faça o mesmo com o tamanho das superfícies.
d) a projeção de Mercator é, comumente, utilizada em cartas topográficas e, no Brasil, é
adotada como base do sistema cartográfico nacional.
Entendendo melhor: Projeção cartográfica é uma técnica que faz uso da matemática aplicada a
confecção de mapas com o objetivo de melhor representar a superfície da Terra que é curva, numa
superfície planas, dos livros por exemplo. São vários tipos de projeções e não se trata de projeções
“corretas” ou “erradas”, mas sim da intenção que envolvem cada uma delas, pois a projeção
cartográfica, reconhecida em seu contexto histórico, expressa intensão do autor, ou seja, um modo
de se ver o mundo do autor, ou dos interesses envolvidos.
Responda essa questão no seu caderno: Existe Projeção Cartográfica certa ou errada? E justifique
sua resposta.
7. Projeções de Peters, Bertin e Buckminster Fuller
Representação da superfície
terrestres nas Projeções de
Peters, Bertin e Buckminster
Fuller
Dessa forma, através da análise das diferentes projeções, podemos concluir que:
• esses mapas de diferentes Projeções Cartográficas representam a superfície terrestre.
Em todos estão bem visíveis a Eurásia (Europa + Ásia), a América do Norte, a América do
Sul, a África e a Oceania, mesmo que, em cada um deles, a posição dos continentes não seja
a mesma;
• destes mapas, talvez a impressão de mais “correto” seja atribuída ao da Projeção de
Mercator, por ser o mais familiar, visto que é o mais antigo e muito utilizado pelos
navegantes, e também é usado pelo Sistema Cartográfico Nacional
• os tamanhos da Groenlândia, da América do Sul e da África são diferentes ao se comparar a
Projeção de Mercator com as outras três (Peters, Bertin e Buckminster Fuller. No mapa da
Projeção de Mercator, a Groenlândia é bem maior que a América do Sul. Mas, na realidade, a
Groenlândia é várias vezes menor (extensão territorial → 2.175.597 km²) que a América do
Sul (extensão territorial → 17.819.000 km²);
• a Projeção de Buckminster Fuller tem uma distribuição bem diferenciada dos continentes
quando comparada com as outras três;
• é preciso ter clareza que nenhuma projeção representa fielmente a realidade das formas das
áreas continentais e insulares terrestres, pois são ajustadas ao que se quer representar.
8. Variáveis visuais da linguagem cartográfica
A Cartografia pode ser considerada como uma linguagem universal, no sentido que utiliza uma série de
símbolos conhecidos, sendo, portanto, uma linguagem exclusivamente visual. Dependendo do recurso utilizado
para representar uma informação visual em um mapa, temos maior facilidade ou maior dificuldade no
entendimento dos fenômenos representados.
A elaboração de mapas através da representação gráfica pode ser expressa mediante a variação das duas
dimensões no plano (X,Y), que são as dimensões horizontal e vertical da folha de papel. Assim, as dimensões
do plano (X,Y) mais as seis modulações visuais sensíveis constituem as variáveis visuais ou variáveis de retina:
forma, orientação, tamanho, valor, granulação e cor.
Nesse sentido, os símbolos apresentados
exemplificam as possibilidades de
cartografar os fenômenos geográficos
quanto à distinção entre elementos
(cores), à quantidade (tamanho dos
quadrados, dos círculos ou das flechas),
à ordenação (será melhor representada
ao se usar cor ou diferentes
granulações) e às ligações pertinentes
(flechas de diferentes larguras
representativas dos fluxos indicando
diferentes volumes).
Leia com atenção os exemplos abaixo:
• Quando desejamos mostrar em
um mapa quantidades, tamanho
de população, devemos usar a
variável visual tamanho, que, no
caso do gráfico, são quadrados,
mas podem ser círculos, como
no mapa de aglomerações
(Figura 1) analisado
anteriormente, ou então a
largura das setas;
• Quando o objetivo de um mapa
for mostrar uma ordem, uma gradação, do mais alto para o mais baixo (relevo), do mais frio para o
mais quente (clima), devemos utilizar a variável visual valor, representada por tonalidades de cinza ou
de cor (no caso do gráfico, há o exemplo do azul mais claro para o azul mais escuro);
• Quando o objetivo é localizar fenômenos diferentes, como recursos naturais distintos; uso econômico
do território; países, etc., devemos utilizar as diversas variáveis visuais de separação: granulação,
cores diferentes, hachuras de orientação, formas geométricas;
• Quando visamos representar volumes de um país se dirigindo para outro, devemos utilizar a variável
visual tamanho, representada pela seta. As setas são símbolos universais de direção e suas diferentes
larguras indicam volumes distintos (comércio, turismo, migração, etc.).
Questão do vestibular (Universidade de Goiás – 2007)
As relações da representação gráfica são expressas pelas seis variáveis visuais − tamanho, cor, textura,
estrutura, forma e valor. Nas representações quantitativas, a relação de proporcionalidade entre os
9. objetos deve ser transcrita por uma variação visual da mesma natureza. A única variável que atende a esse
propósito é:
(A) a estrutura. (B) a textura. (C) a cor. (D) o tamanho.
A técnica da anamorfose cartográfica
Anamorfose é uma técnica cartográfica de produção de mapas, onde a informação que esse
mapa quer transmitir é que vai determinar qual vai ser o tamanho do seu território na
representação. Observe a imagem abaixo, onde temos dois mapas. Um mapa do tipo que
você esta acostumado a ver, e outro aplicando a técnica da anamorfose mostrando a
população absoluta doa países. Com a técnica da anamorfose os países mais populosos se
destacam visualmente.
Considerando que o mapa está representando a distribuição da população absoluta no mundo,
podemos observar facilmente que o tamanho da Índia e da China são maiores, por serem países
muito populosos.
10. Nitidamente, podemos perceber que o Canadá ou a Austrália, países de grande extensão
territorial, nesta representação, têm suas dimensões bastante reduzidas, em razão do tamanho de
suas populações.
Questão do Vestibular simulado UOL 2010 adaptada.
Sobre o mapa acima “Trabalhadores Empregados na Indústria” que aplica a técnica da anamorfose, assinale a alternativa que indica os dois países com maior número
de trabalhadores na indústria.
A) Brasil e China B) Estados Unidos e México C) Índia e China D) Austrália e Canadá
O sensoriamento remoto: a democratização das informações
Entende-se por sensoriamento remoto toda coleta de informações sobre objetos ou fenômenos da
superfície da Terra feita por satélites, isto é, sem que ocorra contato físico, tudo a distância. Estas
informações obtidas pela radiação eletromagnética (REM) refletida ou emitida pelo objeto em
estudo, no caso, a superfície da Terra.
Essa tecnologia do uso de satélites foi a que mais revolucionou recentemente à
apreensão do espaço a distância , e são elas que abastecem o Google Earth,
fornecendo informações que permitem acompanhar os fenômenos atmosféricos;
monitorar desmatamentos e queimadas; identificar inimigos em situação de guerra
e alvejá-los com mísseis.
Leia o quadro abaixo (Figura 10), para compreender as características e aplicações de satélites
geoestacionários e satélites orbitais.
11. ProprietárioGeopolítica: o papel dos Estados Unidos e a nova “desordem
mundial’
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo foi dividido em dois blocos ideológicos, um,
capitalista, liderado pelos Estados unidos e outro, socialista, cujo representante era a União das
Repúblicas Socialistas Soviética - URSS. Pólos antagônicos, tanto no plano econômico quanto no
militar. Era o início da Guerra Fria, que predominaria como força motriz da ordem
geoestratégica mundial até 1989, quando o Muro de Berlim, um dos marcos mais
ostensivos da bipolarização, foi derrubado, marcando concreta e simbolicamente a
desestruturação do socialismo real e o fim da ordem mundial bipolar, o fim da
Guerra Fria.
A Guerra Fria significava o confronto de dois regimes políticos e de duas concepções
econômicas, ou dois sistemas socioeconômicos, de uma lado o capitalismo liderado
pelos Estados Unidos e do outro o socialismo, com a liderança da União Soviética –
URSS. As duas superpotências lutavam pela hegemonia mundial, procurando atrair, cada uma
para o seu bloco, o maior número de países. Países esses que, segundo seu peso econômico-político
no cenário mundial, passavam a ser aliados ou parte da periferia das superpotências.
O processo de descolonização que se seguiu ao final da Segunda Guerra, deu origem a um grande
número de países, e as superpotências, estimuladoras da descolonização, passaram a exercer, em
numerosos casos, o papel das antigas potências coloniais. O espaço descolonizado transformou-se
em local privilegiado para a competição Leste-Oeste. Aos países pró soviéticos opunham-se os
nitidamente pró-americanos. Somente os novos estados com dimensões continentais, como a China
e a Índia, mantiveram esquemas políticos e econômicos próprios, gozando de significativa
autonomia.
O Japão saiu da Segunda Guerra Mundial totalmente destruído. Pelos acordos de paz, foi impedido
de reconstruir sua base militar, mas graças à mudança, em 1949, da política punitiva imposta pelos
Estados Unidos, devido à comunização da China, reorganizou a rapidamente sua base econômica.
O bloco do Pacífico, liderado pelo Japão, está apoiado no fluxo de capitais
coordenado pelos grandes grupos financeiros japoneses. Se o Japão é considerado
um gigante econômico, é um anão político, incapaz de impor seus interesses,
12. porque, pelos tratados de paz, ficou impossibilitado de reconstruir seu poder
militar.
Durante a Guerra Fria, o Japão mantinha uma estável aliança político-militar com os Estados
Unidos; agora, entre os dois países existe uma relação econômica concorrencial. Ao mesmo tempo,
são feitas alianças bilaterais – IBM com Toshiba, Hitachi com Texas, Ford com Mazda, em nome da
competitividade, mostrando que a cooperação é tão necessária quanto a rivalidade. Assim se pode
explicar o aparecimento de produtos Bi, às vezes Tri ou mesmo quadrinacionais, no mercado
globalizado, desafiando as mais eficientes políticas protecionistas.
Para treinar suas habilidades responda as questões:
1 - Quais os sistemas socioeconômicos e seus respectivos países líderes se confrontaram durante a
Guerra Fria ?
2- Saiu da segunda guerra totalmente destruido , foi impedido de constituir uma força militar, mas
reorganizou rapidamente sua base econômica e hoje lidera o bloco do pacífico. Este texto refere-se
a que país?