O documento discute o valor da diferença na sociedade e a necessidade de respeito às diferentes culturas, opiniões e classes sociais. A convivência com a diversidade enriquece nossas vidas, mas nem sempre ocorre sem discriminação. Para o bom funcionamento da sociedade, as diferenças precisam ser respeitadas.
3. O valor da diferença
O desafio de se conviver com a diferença na sociedade é
complicado, mas necessário. Diante da grande pluralidade cultural e
étnica que se choca com freqüência no mundo globalizado é preciso,
além de tolerância, respeito incondicional aos direitos humanos.
Diariamente, nos deparamos com pessoas das mais variadas
culturas, opiniões e classes sociais. Muitas vezes, são nossos vizinhos,
colegas e amigos. Essa convivência enriquece nossas vidas, pois
aprendemos a respeitar o nosso próximo, nos tornando pessoas mais
fraternas. Porém nem sempre essa relação acontece facilmente fatos
divulgados pela mídia nos mostram que, para alguns ainda, a simples
diferença fenotípica gera discriminação e violência, como no caso do
brasileiro que foi confundido com um terrorista em Londres. Ele foi
brutamente exterminado pela policia inglesa por ter feições diferentes
da maioria dos britânicos.
Para o bom funcionamento das sociedades, a diferença precisa
ser respeitada. Nas relações econômicas internacionais, se lida com
diferentes culturas ao menos tempo. Não há espaço para discriminação
para quem quer ser competitivo no mercado.
4. A Necessidade das Diferenças
De acordo com a Teoria da Educação das Espécies, o que possibilita a
formação do mundo como conhecemos hoje foi a sobrevivência dos mais aptos ao
ambiente. A seleção natural se baseia na escolha das características mais úteis.
Estas somente se originam a partir das diferenças determinadas por mutações em
códigos genéticos com o passar do tempo.
Se no âmbito Biológico as variações são imprescindíveis à vida, no
sociológico não é diferente. Uma vez todos iguais, seriamos atingidos pelos mesmos
problemas sem perspectiva de resolução, já que todas as idéias seriam semelhantes.
A maioria das pessoas está inserida em um contexto social. Contudo
grandes inovações se fazem a partir do reconhecimento da individualidade de seus
integrantes. Assim é de nossa responsabilidade respeitar nossos semelhantes
independentes do sexo, raça, idade, religião, visto que dependemos mutuamente.
Obviamente nem todas as diferenças são benéficas. Por exemplo, a
diferença entre classes sociais não poderia assumir tal demissão. Para somá-la,
necessitamos de uma melhor distribuição de renda aliada a oportunidades de
trabalho, educação e saúde para todos.
Devemos nos conscientizar que somos todos iguais em espécie mas
conviver com as diferenças (por mais difícil que pareça), pois elas nos enriquecem
como pessoas. Nossos esforços devem ser voltados contra discriminações
anacrônicas e vis, como o racismo ou perseguições religiosas. Estas não nos levam
a lugar algum, apenas nos desqualificam como seres humanos.
5.
6. fronteira
substantivo feminino
1 parte extrema de uma área, região etc., a parte limítrofe de um espaço
em relação a outro. Ex.: Havia patrulhas em toda a f.
2 o marco, a raia, a linha divisória entre duas áreas, regiões, estados,
países etc.
Ex.: O rio servia de f. entre as duas fazendas.
3 Derivação: por extensão de sentido. o fim, o termo, o limite,
especialmente do espaço. Ex.: Para a ciência, o céu não tem f.
4 Derivação: sentido figurado. o limite, o fim de algo de cunho abstrato.
Ex.: Havia chegado à f. da decência.
Fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Adaptado.
As fronteiras geográficas são passíveis de contínua mobilidade,
dependendo dos movimentos sociais e políticos de um ou mais grupos de
pessoas.
Além do significado geográfico, físico, o termo “fronteira” é utilizado
também em sentido figurado,especialmente, quando se refere a
diferentes campos do conhecimento. Assim, existem fronteiras
psicológicas,fronteiras do pensamento, da ciência, da linguagem etc.
Com base nas idéias sugeridas acima, escolha uma ou até duas delas,
como tema, e redija uma dissertação em prosa, utilizando informações e
argumentos que dêem consistência a seu ponto de vista.
7. As fronteiras da vida
Quando pensamos na palavra "fronteira", é
quase inevitável relacioná-la ao limite geográfico de
uma região, porém, se analisarmos este termo com
mais cautela, veremos que ele possui um significado
muito mais amplo do que apenas o de "divisa". Por
exemplo, dias atrás, à meia-noite, atravessamos a
fronteira entre 2008 e 2009. Atravessar uma
fronteira não é apenas ultrapassar o limite de um
território, é alcançar objetivos, quebrar paradigmas,
vencer etapas, ou até mesmo passar dos limites.
8. Em 2008 o Brasil e o Supremo Tribunal
Federal, STF, romperam importantes barreiras.
Entre elas, podemos destacar duas: a liberação de
pesquisas com células tronco e a demarcação
contínua do território Raposa Serra do Sol em
benefício dos indígenas. Foi atravessada a
fronteira de um dogma da igreja católica, a favor
da ciência; e a do interesse de uma minoria de
fazendeiros, beneficiando representantes de um
povo, que aqui estava, antes da chegada dos
portugueses em 1500.
9. Atravessar uma fronteira raramente é uma
tarefa fácil. O vestibular, por exemplo, é algo que
exige muita dedicação, estudo e horas de sono
reduzidas. Vencer uma etapa como essa,
atravessar a divisa entre a adolescência e a vida
adulta, estudando nas melhores universidades do
país;é algo que poucos poderão, um dia, contar
para seus netos.
10. Existem também as fronteiras cotidianas a
serem atravessadas. Levantar cedo, trabalhar
muito, dormir pouco, pagar contas, cuidar dos
filhos. Cada um de nós tem inúmeros exemplos.
Infelizmente até as fronteiras do inimaginável o ser
humano acaba ultrapassando. Recentemente, um
policial do Rio de Janeiro alvejou com tiros o carro
de uma inocente família, matou uma criança de três
anos e acabou sendo absolvido. Sempre tem
alguém que acaba passando dos limites.
11. Se o mundo em que vivemos está repleto de
fronteiras territoriais, as nossas vidas também tem as
suas próprias. Cabe a cada um, vencer as suas
próprias dificuldades, alcançar suas metas, quebrar
paradigmas, sempre tomando muito cuidado para
não passar dos limites. O importante é escolher o
caminho do bem, para que ao atravessarmos a última
fronteira da vida, pela qual todos passam, tenhamos
deixado algo de bom para o futuro.
14. Porque você precisa
fazer redação:
• Treinar é fundamental
• Ela representa grande parte da nota da prova
• Escrever ajuda também nas questões discursivas
• Há dois tipos de alunos:
• Os que passam e os que NÃO fazem redação.
• Santo Expedito anda ocupado.
• A Soninha é legal!
16. A redação nos principais vestibulares:
Unicamp:
•1ª fase – eliminatória e classificatória
Como funciona a grade:
Grade específica Grade Holística
Gênero: 0 ou 1,5 Tema+coesão+coerência+
modalidade+tipo texto = 7,5
Propósito: 0 ou 1,5
Interlocução: 0 ou 1,5
17. ENEM:
• Fase única – classificatória
Como funciona a grade:
Grade geral:
1) Domínio da norma padrão da língua portuguesa (0 – 200)
2) Compreensão da proposta de redação (0 – 200)
3) Seleção e organização das informações (0 – 200)
4) Demonstração de conhecimento da língua necessária para
argumentação do texto (0 – 200)
5) Elaboração de uma proposta de solução para os problemas
abordados, respeitando os valores e considerando as diversidades
socioculturais (0 – 200)
18. UNESP:
• 2ª Fase – classificatória
Como funciona a grade:
Grade geral:
1) Modalidade (0 – 7)
2) Tema e tipo de texto (0 – 7)
3) Coesão e coerência (0 – 7)
4) Estrutura (0 – 7)
19. FUVEST:
• 2ª Fase – classificatória
Como funciona a grade:
Grade geral:
1) Normal padrão (0 – 10)
2) Compreensão da proposta (0 – 10)
3) Coesão e coerência (0 – 10)
4) Estrutura e clareza (0 – 10)
5) Tema (0 – 10)
21. Tipo Textual
A expressão tipo textual é usada para designar
uma espécie de sequência teoricamente definida
pela natureza linguística de sua composição
(aspectos lexicais, sintáticos, tempos
verbais, relações lógicas).
Douglas Biber (1988), Jean Paul Bronckart (1999)
22. TIPOS TEXTUAIS
NARRATIVO: usos de verbos no pretérito
perfeito e imperfeito, presente. Orações
adverbiais e advérbios de tempo lugar
(CONTA UM FATO)
DESCRITIVO: verbos estáticos- presente,
adjetivação abundante, orações adjetivas
SEQUÊNCIAS ARGUMENTATIVO: prevalece a opinião,
OU TIPOS relação de causa e consequência, períodos
TEXTUAIS curtos, uso de substantivas e adverbiais.
EXPOSITIVO OU EXPLICATIVO: linguagem
objetiva , denotativa. Tem por propósito
apenas INFORMAR
INJUNTIVO: uso de verbos no imperativo ou
com intenções imperativas; predominam
enunciados que incitam à ação
24. Qual é o tipo predominante?
O Jogo da amarelinha - Capítulo 7 – Júlio Cortazar
Toco a suanas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem, com um
brincando boca com um dedo, toco o contorno da sua boca, vou
desenhando essa e um como se silêncio. Então as minhas mão,
perfume antigo boca grande estivesse saindo da minha mãos
como se, pela primeirano seu sua boca entreabrisse, e basta-me
procuram afogar-se vez, a cabelo, acariciar lentamente a
fechar os olhos do seu cabelo, enquanto nos Faço nascer, de cada
profundidade para desfazer tudo e recomeçar. beijamos como se
vez, a boca quecom a boca cheia minha mão escolheu peixes, de
estivéssemos desejo, a boca que de flores ou de e desenha
no seu rosto, vivos, boca eleita entre todas,Ecomnos mordemos, a dor
movimentos uma de fragrância obscura. se soberana liberdade,
eleita por mim para desenhá-la com minha mão em seu rosto, e que,
é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo
por fôlego, essaque não procuro compreender, existe uma só saliva e
de um acaso, instantânea morte é bela. E já coincide exatamente
com só sua boca, frutasorri debaixo daquela que tremular contra mim,
um a sabor de que madura, e eu sinto você minha mão desenha
em você. Você meuma de perto me olha, cada vez mais de perto, e
como olha, lua na água.
então brincamos de ciclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e
nossos olhos se tornam maiores, se aproximam uns dos outros,
sobrepõe-se, e os ciclopes se olham, respirando confundidos, as
bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios,
apoiando ligeiramente a língua nos dentes,
26. Qual é o tipo predominante?
Então ouviu Zana um grito de terror, que se extinguiu em
um gemido de angústia. Fora de si correu à alcova da
senhora, onde a esperava um quadro horrível. No meio do
aposento, o Ribeiro, pálido e medonho como um
espectro, agarrando a mulher pelo pescoço, estrangulava-a com
as longas tranças de cabelos.
Um grito espantoso retumbou, que estremeceu o assassino
e o lançou espavorido fora do aposento. Antes de sumir-
se, porém, viu assomar no quadro da janela o vulto pavoroso de
Jão, que de um arremesso atirou-se a ele para despedaçá-lo.
Nesse instante trespassou a alma do Bugre uma voz exausta, que
se desprendia a custo do arquejante soluço:
-Jão!... (Til – José de Alencar)
27. Soneto de fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinícius de Moraes.)
28. CIDADEZINHA QUALQUER
casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
(Carlos Drummond de Andrade)
29. Poema da necessidade
É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.
(Carlos Drummond de Andrade)
30. Analisando o vestibular Unicamp - 2013
Imagine-se como um estudante de ensino médio de uma
escola que organizará um painel sobre características
psicológicas e suas implicações no plano individual e na vida em
sociedade. Nesse painel, destinado à comunidade escolar,
cada texto reproduzido será antecedido por um resumo. Você
ficou responsável por elaborar o resumo que apresentará a
matéria transcrita abaixo, extraída de uma revista de divulgação
científica. Nesse resumo você deverá:
* apresentar o ponto de vista expresso no texto, a respeito
da importância do pessimismo em oposição ao otimismo,
relacionando esse ponto de vista aos argumentos centrais que o
sustentam.
Atenção: uma vez que a matéria será reproduzida integralmente,
seu texto deve ser construído sem copiar enunciados da matéria.
31. PESSIMISMO
Na prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai psicólogo
Para começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o conseguir
americano Martin Seligman: “Os visionários, os planejadores, os
uma promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o
quanto você está todos eles precisam sonhar com pesquisadores é que o
desenvolvedores, distante disso. A conclusão dos coisas que ainda não
melhor caminho éfronteiras. Mas, se todas as pessoas forem e aí sim tomar
existem, explorar entender as razões do seu pessimismo otimistas, será
providências. E que oQualquerenterrar os pensamentos negativos sob dura
um desastre”, afirma. pior é empresa precisa de figuras que joguem a uma
camada de sobre os artificial. O tesoureiros, vice-presidentes financeiros,
realidade
otimismo otimistas: filósofo britânico Roger Scruton vai além
engenheiros de segurança... Esse realismo é coisa pequena se comparado
disso. Para ele, há algo pior do que o otimismo puro e simples:
com o pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860).
oPara ele, o inescrupuloso”. causa de utopias* sofrimento existencial. Somos
“otimismo otimismo é a Aquelas todo o que levam populações inteiras
amovidos falácias** e resistirsentimento que nosexemplo disso foi a ascensão
aceitar pela vontade – um à razão. O maior leva a agir, assumir riscos e
do nazismo objetivos. Mas terrível, mas essencialmente otimista, tanto que
conquistar – um regime essa vontade é apenas uma parte de um ciclo
deu origem à Segunda Guerra com a certeza inabalável da frustração – e aa
inescapável de desilusões: dela vamos ao sucesso, então à vitória. E qual
resposta devontade. para esse é o remédio, então? Se livrar das vontades e
uma nova Scruton Mas qual otimismo inescrupuloso? O pessimismo, que,
segundo ele, cria leis preparadassem produzir mais nada? O melhor jeito de
passar o resto da vida na cama para os piores cenários. Claro que não. A
evitar o pior, enfim,não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa
filosofia do alemão é antever o pior.
visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso de
otimismo – propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de
autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento
positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de
ansiedade. É o que concluíram os psicólogos John Lee e Joane Wood, da
Universidade de Waterloo, no Canadá. Um estudo deles mostrou que
pacientes com autoestima baixa tendem a piorar ainda mais quando são
obrigados a pensar positivamente.
32. Analisando o vestibular Unicamp - 2013
Imagine que, ao ler a matéria “Cães vão tomar uma ‘gelada’ com
cerveja pet”, você se sente incomodado por não haver nela nenhuma
alusão aos possíveis efeitos que esse tipo de produto pode ter sobre o
consumo de álcool, especialmente por adolescentes. Como leitor
assíduo, você vem acompanhando o debate sobre o álcool na
adolescência e decide escrever uma carta para a seção Leitor do
jornal, criticando a matéria por não mencionar o problema do aumento
do consumo de álcool. Nessa carta, dirigida aos redatores do jornal,
você deverá:
* fazer menção à matéria publicada, de modo que mesmo quem não a
tenha lido entenda a importância da crítica que você faz;
* fundamentar a sua crítica com dados apresentados na matéria
“Vergonha Nacional”, reproduzidos adiante.
Atenção: ao assinar a carta, use apenas as iniciais do remetente.