O documento discute diabetes, definindo-a como uma doença causada pela falta ou incapacidade de insulina, caracterizada por altos níveis de açúcar no sangue. Explica os dois principais tipos de diabetes, sintomas, fatores de risco, exames de detecção, tratamentos incluindo medicamentos e insulina, aplicação de insulina, complicações e cuidados com os pés.
2. O QUE É DIABETES?
É uma doença decorrente da falta de
insulina e/ou da incapacidade da insulina
exercer sua função. Caracterizada pelo
aumento da glicose (açúcar) no sangue.
A insulina é um
hormônio responsável
por capturar a glicose no
sangue e colocá-la
dentro das células.
3. TIPOS DE DIABETES
I. Tipo 1
Doença auto-imune, com
destruição total das células beta
do pâncreas (responsáveis pela
produção de insulina). Se
desenvolve na infância ou
adolescência, e não pode ser
tratada com comprimidos,
apenas com insulina.
II. Tipo 2 (+ 90%)
Diminuição da produção e/ou resistência
à insulina (tem insulina, mas ela não
funciona). Na maioria se desenvolve
após os 35 anos e está associado a
outras doenças, como obesidade,
hipertensão arterial e dislipidemia.
5. QUAIS OS FATORES DE RISCO?
• Idade acima de 35 anos
• Obesidade
• História familiar de diabetes
• Diabetes gestacional ou filhos
nascidos com mais de 4 quilos
• Hipertensão arterial sistêmica
• Problemas de colesterol
• Pré-Diabetes
• Populações de risco (negros,
hispânicos, escandinavos e
indígenas)
6. EXAMES PARA DETECÇÃO
• Glicemia em jejum: mede a glicose no sangue após 8 horas de jejum.
• Teste oral de tolerância à glicose (TOTG ou Curva Glicêmica): mede a glicose no
sangue após 8 horas de jejum e após 2 horas da ingestão de água com 75g de glicose.
• Hemoglobina Glicada (HbA1c): usado apenas para acompanhamento de diabetes,
reflete a glicemia dos últimos 120 dias.
8. MEDICAMENTOS ORAIS
Hipoglicemiantes Orais: Medicamentos que provocam a diminuição da glicemia
plasmática (nível de açúcar do sangue).
• Estimulando a produção de insulina:
10. INSULINAS
Insulina de Ação Rápida (R)
Também denominada Insulina Regular, Simples ou Cristalina.
É uma solução clara de aspecto límpido e transparente, que tem inicio de ação
aproximadamente em 30 minutos, com um pico de ação em 2 horas e um tempo de ação
de 8 horas.
11. INSULINAS
Insulina de Ação Intermediaria (NPH)
A combinação de insulina e de uma substancia retardadora, resulta na formação de
cristais que dão ao liquido aparência turva. A suspensão deve ser agitada suave e
uniformemente antes de cada injeção.
O inicio de ação é de aproximadamente de 1 hora e meia, com um pico de ação entre 4 e
12 horas, e um tempo de ação de 20 horas.
12. INSULINAS
Insulina Premisturada (NPH+R)
São preparados de insulina, pré-misturados de ação rápida e de ação intermediaria.
Consequentemente esse tipo de preparação tem um perfil de ação combinado entre os
dois tipos. O inicio de ação é de aproximadamente 30 minutos, um pico de 2 horas e um
segundo pico entre 4 e 12 horas e um tempo de ação de 20 horas.
13. INSULINAS
Análogos de Insulina com ação ultra-rápida e basal:
Não ocorre na natureza, mas executa a mesma ação da insulina humana.
São mais facilmente absorvidos, agem mais rapidamente do que a insulina natural (ultra-
rápida), e aqueles que são liberados lentamente durante um período de 8 e 24 horas,
portanto fornece um nível de insulina para o dia (basal).
Ultra-rápida
Basal
14. INSULINAS
OBS: Todas as Insulinas e os Análogos estão padronizados em 100 (UI/ml).
Estão disponíveis em frascos de 10 ml para aplicação com seringas e/ou em
refil de 3,0 ml para aplicação no sistema de canetas (pen).
LEMBRETE: 1mL = 100UI ou 1UI = 0,01mL
15. APLICAÇÃO INSULINA
Desde que foi decidido pelo médico o tratamento
com insulina, você deve prestar muita atenção no
tipo de insulina prescrita, nas doses recomendadas,
não podendo o paciente mudar nem o tipo, nem a
dose, sem a devida orientação médica.
16. LOCAIS DE APLICAÇÃO DE INSULINA
OBS: É importante alternar o local
de cada aplicação de insulina,
fazendo rodízio, pois quando uma
área é utilizada muitas vezes para
injetar-se, pode haver problemas
degenerativos locais e prejudicar
a absorção da insulina, não
controlando bem o Diabetes.
17. AGULHAS, SERINGAS E CANETAS
É comum perguntar-se: “Qual o tamanho de agulha mais indicado para o meu caso?”
Ao iniciar-se a insulinoterapia a orientação quanto ao tamanho da agulha era baseado de acordo
com o IMC (índice de massa corpórea) da pessoa.
O conceito de que pessoas magras devem usar agulha mais curta, enquanto que pessoas com
sobrepeso ou obesas devem usar agulha mais longa, começou a ser mudado após pesquisa
cientifica apresentada no Congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA), em 2010.
Sabe-se que, deve-se aplicar insulina no tecido subcutâneo (camada abaixo da pele).
A pesquisa demonstrou que a espessura da pele não ultrapassa a 3,2 mm e que a absorção da
insulina não foi alterada quando aplicada com agulha de 4 mm quer em pessoas magras, com
sobrepeso ou obesas. Obteve-se o mesmo controle glicêmico, comparado com pessoas que
mantiveram a aplicação de insulina com o uso de agulhas tradicionais.
Acredita-se que com mais esse avanço na aplicação de insulina, por ser mais confortável,
praticamente indolor, levará a uma maior e melhor adesão dos diabéticos ao tratamento com
insulina.
Quanto menor o tamanho da agulha, menor o risco de ter aplicação IM (intramuscular).
19. AGULHAS, SERINGAS E CANETAS
A escolha da seringa deve ser feita de acordo com a dose (quantidade) de insulina recomendada pelo médico.
20. AGULHAS, SERINGAS E CANETAS
Uma caneta de insulina é um instrumento que se parece com uma caneta
com cartucho. Algumas canetas utilizam cartuchos de insulina
recarregáveis e outros modelos de canetas são descartáveis.
Os usuários giram um disco para selecionar a dose desejada de insulina e
pressionam um botão no final, para depositar a insulina logo abaixo da
pele.
21. BOMBAS EXTERNA DE INSULINA
As bombas externas de insulina se conectam a um tubo de plástico
estreito e flexível que termina com uma agulha inserida logo abaixo da
pele próxima do abdômen.
Os usuários acertam a bomba para que ela dê um escoamento firme ou
uma quantidade "basal" de insulina continuamente, ao longo do dia. O
monitoramento freqüente de glicose sangüínea é essencial para
determinar as dosagens de insulina e para assegurar que a insulina é
fornecida.
22.
23. HIPOGLICEMIA
A hipoglicemia é a queda excessiva de açúcar no sangue. O aparecimento dos sintomas é
rápida, e os níveis de glicose no sangue estão abaixo de 70 mg/dL.
Causas da Hipoglicemia:
• Excesso de exercícios físicos;
• Falta de uma refeição regular ou fora do horário;
• Pouca quantidade de alimentos;
• Vômitos ou diarréia; ou infecções em geral
• Administração de alta dose de insulina ou ingestão de maior quantidade de
hipoglicemiantes orais;
• Consumo de bebidas alcoólicas.
Sintomas da Hipoglicemia:
• Fome súbita; • Fadiga; • Tremores; • Tontura; • Taquicardia; • Suores; • Pele fria, pálida e
úmida; • Visão turva ou dupla; • Dor de cabeça; • Dormência nos lábios e língua;
• Irritabilidade; • Desorientação; • Mudança de comportamento; • Convulsões; • Limitação do
conhecimento.
Como evitar a Hipoglicemia.
• Programar suas atividades físicas;
• Ingerir alimentos extras antes de exercícios físicos;
• Cumprir o plano alimentar: horário, quantidade e qualidade dos alimentos;
• Informar seu médico imediatamente em caso de vômitos e diarréia, ou infecções agudas.
• Utilizar a medicação prescrita nas doses e horários indicados pelo médico;
• Evitar bebidas alcoólicas.
24. COMPLICAÇÕES E CUIDADOS
Altos níveis de glicose no sangue podem
provocar:
• Alterações nos grandes e pequenos vasos
sanguíneos
• Alterações nos nervos
• Diminuir a resistência do corpo no
combate ás infecções
• Problemas oculares
• Doença renal
• Ataques cardíacos
• Derrame cerebral
• Pressão alta
• Má circulação, formigamento nas mãos e
nos pés
• Problemas sexuais
• Amputações
25. CUIDADOS COM OS PÉS
Os pacientes diabéticos devem cuidar muito bem dos pés, pois o diabetes pode
afetar os nervos dos pés e causar problemas de circulação. Podem ter sensação de
formigamento, perder a sensibilidade dos pés e não sentir dor, pressão ou alteração
de temperatura. Se tiver uma lesão qualquer, podem não se dar conta dela
imediatamente, ficando sujeita a infecções. A infecção ou falta de circulação do
sangue pode causar até mesmo, necessidade de amputação.