Química Orgânica - Nomenclatura de Compostos Orgânicos e Hidrocarbonetos
História - Guerra fria
1. Guerra fria
Introdução
Chamamos de Guerra Fria ou Paz Armada, o período em que as nações que
emergiram com maior força pós-guerra, EUA e URSS, passaram a ter estratégias opostas
para restauração do equilíbrio mundial. Ambas, após uma série de fatos, deixaram claro
que, embora a 2ª Guerra tivesse acabado, a disputa pelo poder mundial não terminava.
Iniciava uma disputa ideológica e econômica, entre EUA (capitalista) e URSS (socialista),
conhecida como Guerra Fria . A grande contradição dessa guerra foi a grande corrida
armamentista, acompanhada da impossibilidade de utilização de armas.
Mundo polarizado
Quando a guerra terminou, em 1945, Stalin mantinha relações amistosas com as
potências ocidentais. Sua grande preocupação, eram manter suas áreas de influência
(leste europeu) e principalmente fortalecer a segurança URSS.
A cordialidade de Stalin e o Ocidente começou a se deteriorar quando o 1º ministro
inglês, Wilson Churchill, sabendo da incapacidade ocidental de conter o avanço soviético,
alertou o mundo ocidental sobre o expansionismo soviético chamado-o de uma verdadeira
“cortina de ferro” sobre o Leste europeu.
Desenvolvimento da crise
• Doutrina Truman
O então presidente dos EUA, Harry Truman, anuncia ao Congresso, que qualquer
ajuda soviética para expansão socialista seria considerada um ataque direto aos
americanos (retomada da Doutrina Monroe, agora com caráter mundial)
• Plano Marshall
Para recuperar economicamente seus aliados europeus, destruídos pelo pós-guerra,
anunciou a ajuda financeira de 17 bilhões de dólares para Europa (maiores
beneficiados: Inglaterra, França e Alemanha)
Os soviéticos, exigiram que os países do Leste europeu não aceitassem a ajuda,
configurando-se dois blocos de poder: O Capitalista e o Socialista.
• Kominforn
Revidando a iniciativa americana, URSS, criou o Kominforn com a finalidade de
promover a troca de informações entre os partidos comunistas e estender o controle
soviéticos sobre os diversos países do leste europeu.
Esse ato de Stalin decretou a morte das democracias populares no Leste europeu.
Revoltas de cima para baixo levaram a implantação de regimes socialistas nessa
região.
A única exceção foi à Iugoslávia, que adotou o socialismo, por decisão popular,
liderados pelos guerrilheiros (partisans), tendo a frente desse movimento o marechal
Joseph Brás Tito.
2. • Aumento das tensões
A URSS ao ser excluída da Conferência de Londres (1948), onde se tratou sobre a
unificação das três zonas ocidentais da Alemanha, bloqueou a passagem de
mercadorias na zona de influência soviética em Berlim.
Este bloqueio não deu certo, pois todo o abastecimento da zona ocidental de Berlim foi
feito por via aérea.
Em 1949, devido ao fracasso do bloqueio, Berlim voltava a ser uma cidade aberta, mas
logo depois surgem duas Alemanhas: A Alemanha Ocidental (RFA – República
Federal da Alemanha - cap – Bonn) e Alemanha Oriental (RDA – República
Democrática Alemã – Cap – Berlim).
• Alianças Militares européias
O aumento das tensões na Europa levou os EUA a criar uma aliança militar
capitalista em 04 de abril de 1949, chamada de OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte). Países componentes: Canadá, EUA, Dinamarca, França, Islândia,
Luxemburgo, Itália, Noruega, Países Baixos, Portugal e Reino Unido. Mais tarde
aderiram à organização Grécia, Turquia, Alemanha Ocidental e Espanha.
A URSS, em 1955, para fazer frente a OTAN, criou o Pacto de Varsóvia (integrada
pelos países socialistas, com exceção da Iugoslávia). O Pacto de Varsóvia se
desintegrou em 1991, com o fim da URSS, mas a OTAN continua existindo e se
expandindo (em 1999 três países aderiram: Hungria, República Tcheca e a Polônia).
• Revolução Chinesa
A partir de 1949, com o advento da Revolução Chinesa, o socialismo começou a se
expandir para o Oriente.
O revolucionário Mao-Tse-tung, levou o país a ocupar posição de destaque entre as
nações de mais rápido desenvolvimento econômico.
Antecedentes da Revolução
Durante o século XIX, a China foi explorada pelas nações imperialistas. Em 1905,
Sun-at-sen, fundou o Kuomintang (Partido Popular Nacional) e em 1912 sob liderança
desse partido foi proclamada a República.
Em 1921 foi fundado na China o Partido Comunista chinês e nesse período aliado de
Sun at-sen.
Em 1925, a liderança do Kuomintang foi substituída por Chang-Kai-Chek, que ao
tentar reunificar o país, tornou-se inimigo dos comunistas.
O Exercito Vermelho, liderado por Chu The, une-se ao líder comunista Mao-tse-tung
no sul da China e em 1929 já contavam com 10 mil soldados e em 1931, 300 mil soldados.
Chang-Kai-Chek, tenta impedir o controle comunista no sul, lançando várias
campanhas contra a região. Em 1934, os comunistas não suportando mais a pressão
deslocaram suas tropas para o norte.
Era o começo da “Longa Marcha”, 100 mil pessoas percorreram 10 mil km, mas só
chegaram 30 mil. Apesar das perdas os comunistas ganharam forte apoio dos
camponeses, sendo isso decisivo para a futura Revolução Socialista.
A invasão japonesa da Manchúria em 1931, e a conseqüente invasão do país durante a
2ª Guerra, fez com que nacionalistas e comunistas de unissem contra o inimigo
comum.
3. Com a retirada japonesa, voltam as hostilidades, que agora contava com o apoio
americano para os nacionalistas.
Entretanto o apoio popular aos comunistas, conquistado durante a Longa Marcha foi
decisivo para vitória do Exército Vermelho.
Em 1º de outubro de 1949 foi proclamada a República Popular da China, e Chinag-
Kai-Check foge para ilha de Formosa (atual Taiwan) e funda a China Nacionalista.
Os comunistas passam a controlar o poder, mas respeitam inicialmente as minorias
étnicas e religiosas.
O governo promove a igualdade entre os sexos, liberdade de casamento e acesso
feminino a todos os cargos. Mais tarde, terá que fazer um rígido controle de natalidade (1
filho por família), devido a explosão demográfica.
Quanto a política econômica, ao se alinharem a URSS, vão investir 7,6% dos
investimentos para a agricultura e 55% para a indústria de base, seguindo o modelo
soviético.
Em 1958, foi criado um outro plano econômico, chamado de o Grande Salto para
Frente, que redundou em grande fracasso.
A partir de 1960, os chineses começaram a divergir das diretrizes econômicas
impostas pelos soviéticos e das diretrizes ideológicas, com a tentativa de reaproximação
soviética do Ocidente (era Kruchev).
Em 1960, China e URSS, rompem relações e a partir daí a China substitui no
comércio externo a URSS, pelos países da Europa Oriental e Japão.
Revolução Cultural
O fracasso dos planos qüinqüenais, fortaleceu a oposição a Mao.
Para fazer frente a essa situação, em 1966, deu inicio a Grande revolução Cultural
Chinesa, que perseguiu e expurgou os setores divergentes.Seus opositores foram
chamados de revisionistas e de servirem aos interesses imperialistas.
Começou o culto a personalidade, sendo Mao, conhecido como o “Grande Timoneiro”.
Em 1976, após a morte de Mao, De Xiaoping, líder condenado pela Revolução
Cultural ao assumir o poder, rompeu com o isolamento e a estimulou a economia de
mercado e à entrada de investimentos estrangeiros.
Em 1979, China e EUA, reataram relações diplomáticas, e para estreitar mais os
laços, foi assinado um acordo (1985), para a devolução da ilha Hong Kong no final de 1997
a China.
Quanto ao poder, a abertura não aconteceu, isso ficou claro, quando houve uma
violenta repressão, em 1989, aos manifestantes chineses que reunidos na Praça da Paz
Celestial, exigiram liberdade de manifestação e o fim da corrupção e dos privilégios dos
altos funcionários.
Para onde vai a China?
A ditadura continua, o discurso de que a China ruma para o comunismo continua,
mas provavelmente a China do século XXI será a China capitalista.
A China é o país com o maior crescimento econômico do mundo (10% ao ano), e para
isso foi necessário privatizar empresas estatais e diminuir o controle público sobre
atividades privadas.
4. Guerra da Coréia
Após a revolução chinesa, os EUA, depara-se com o expansionismo soviético na Ásia.
Nesse contexto o presidente dos EUA lança a Teoria do Dominó; mas nenhum país
poderia cair nas graças do URSS, sob pena de todos caírem.
Defender a influência norte-americana na Ásia, faz-se prioritária no pós-Revolução
Chinesa.
Com a saída do Japão da Coréia em 1945, a região foi dividida em duas zonas de
influência, separadas pelo paralelo 38º.
O norte era pó-soviético e o sul pró-capitalista.
O norte incentivado pela Revolução Chinesa, invadiu em 1948 o sul. Os EUA e a
ONU, enviaram tropas para região, sob o comando do Gal MacArthur. As tropas
americanas empurraram os nortes-coreanos até a fronteira da China, que ao se sentir
ameaçada, passa a ajudar os norte-coreanos empurrando os americanos até o paralelo
38º.
O Gal MacArthur pediu Truman, plenos poderes, inclusive sob armas nucleares
para liquidar a guerra.
O presidente Truman, preferiu destituir o general e assim o Armistício de Pan-
Munjon (1953), confirmando a antiga divisão da Coréia.
Medidas tomadas pelas nações soviéticas e norte-americanas
para controlar suas áreas de influência:
• A corrida espacial
Soviéticos e norte-americanos, fortemente empenhados em demonstrar superioridade
tecnológica, travaram uma disputa por meio da corrida espacial.
Os soviéticos tomam a dianteira ao lançarem o 1º satélite no espaço (Sputnik) e o 1º
homem no espaço, Yuri Gagarin, num vôo de 108 minutos ao redor da Terra.
Os EUA reagiram e passaram a investir pesado na corrida espacial, tanto que
pousaram na Lua.
Neil Armstrong tripulante da nave Apolo 11, foi o 1º homem a realizar este feito
(16/07/1969).
• Corrida Armamentista
1945 – Os americanos lançaram as 1ª bombas atômicas no Japão (Hiroshima e
Nagasaki)
1949 – Explosão da 1ª bomba atômica soviética
1952 – Explosão da bomba H norte-americana
1953 – Explosão da bomba H soviética
Guerra fria civilizada
• As olimpíadas
Foram um excelente campo de disputa e propaganda entre a URSS e EUA, para
mostrar qual era o melhor sistema.
• Campeonatos mundiais de xadrez
5. Descolonização da África e a Ásia
Fatores que favoreceram o fim do domínio europeu na Ásia e África.
- Pan-africanismo
- O relativo declínio da Europa
- A derrota do nazi-fascismo, fortaleceu o direito de autodeterminação dos povos
- A disputa entre as duas superpotências, pela hegemonia econômica mundial, levou
os EUA e URSS a incentivar a independência das colônias asiáticas e africanas
- Fortalecimento das populações locais, ao participarem dos esforços de guerra.
A independência das colônias aconteceram, segundo duas vias:
• Guerra de libertação
• Concessão pacífica pelas metrópoles
Conferência de Bandung
Considerada um marco importante no movimento de emancipação das colônias afro-
asiáticas. As 29 delegações proclamaram-se independentes dos dois blocos hemônicos, que
lhes conferiu um peso significativo no cenário mundial.
Se auto-denominaram, países do 3º mundo.
Em 1956 só existiam três países independentes na África Negra: Etiópia, Libéria e
África do Sul, nos cinco anos seguintes, 29 países conseguiram a libertação nacional.
Países que conquistaram a independência, via revolução:
• Argélia
Na Argélia, a elite colona de origem francesa, se rebelou contra a dominação. Em
1954, teve inicio a revolução argelina.
A reação do governo francês foi violenta. A Frente de Libertação Nacional, foi vitoriosa
em 1962. Foi criada então a República Democrática e Popular da Argélia, sob a
presidência de Ahmed Bem Bella.
• Congo
A Bélgica, resistiu fortemente ao movimento congolês, iniciada em 1950. O líder foi
Patrice Lumumba, que teve grande destaque na Conferência de Mandung.
Em 1960, o país conquistou a independência.