1. Kilvia Mesquita – MACROECONOMIA: Curso Completo –
Módulo 1
Contabilidade Nacional
Macroeconomia
CONTABILIDADE NACIONAL
A Contabilidade Nacional é, basicamente, uma metodologia para registrar e
quantificar os agregados macroeconômicos de forma sistemática e coerente.
O sistema de Contas Nacionais é baseado no modelo criado pela Organização das
Nações Unidas – ONU - em 1947. No final da década de 50 um modelo para o Brasil ficou a
cargo da Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ – e a partir de 1985 passou a ser elaborado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
A Contabilidade Nacional é basicamente composta por 05 contas:
i)Conta de Produção: equivale à identidade entre Produto Nacional e Despesa Nacional;
ii)Conta de Apropriação: mostra como a renda é distribuída entre consumo e poupança;
iii)Conta de Capital: equivale à identidade entre poupança e investimento;
iv)Conta Corrente do Governo: relata as receitas e despesas do setor público e
v)Conta do Resto do Mundo: resume as relações do Brasil no comércio internacional.
O Produto pode ser calculado:
i) Pela ótica do produto (valor da produção final);
ii) Pela ótica da renda (soma das remunerações dos fatores de produção)
iii) Pela ótica da despesa (despesa gasta com o produto)
Daí surge uma identidade econômica fundamental:
PRODUTO AGREGADO = DESPESA AGREGADA = RENDA AGREGADA
O PRODUTO AGREGADO
Esta é uma medida básica da atividade econômica. O Produto Agregado é dado pela
soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma economia em um dado período de
tempo.
O valor do PIB é o resultado do produto dos três setores produtivos, a saber:
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2. I - Setor Primário – constituído pela produção agropecuária, tendo como principais
componentes a produção agrícola propriamente dita (arroz, milho, soja, etc.), a produção da
pecuária (abate de gado, suínos, etc.) e a produção extrativa vegetal (borracha, carvão
vegetal, etc.);
II - Setor Secundário – constituído pela produção do setor industrial e tendo como principais
subsetores: indústria extrativa mineral (petróleo, ouro, minério de ferro, etc.), indústria da
construção civil (prédios, estradas, barragens, etc.), indústria de transformação (mecânica,
eletrônica, têxtil, etc.) e serviços industriais de utilidade pública (energia elétrica, saneamento,
etc.);
III - Setor Terciário – constituído pelo setor de serviços, tendo como principais subsetores:
transportes e comunicações, intermediação financeira, setor governo (exceto empresas
estatais), comércio, saúde e educação (privadas), turismo e lazer, etc.
Para que a definição acima se verifique algumas observações devem ser feitas, dentre
elas destaca-se: a soma de bens e serviços de naturezas tão distintas só poderá ser verificada
se o sistema de medida for unificado, o que significa dizer que deverá existir uma unidade
padrão de contagem, unidades monetárias, em segundo lugar verifica-se a possibilidade de um
bem ou serviço ser somado mais de uma vez pelo fato de não ser final e sim intermediário,
surge então a idéia do cálculo do valor adicionado e finalmente o caráter temporal da produção
empregada, uma vez que a atividade produtiva representa um fluxo que se processa ao longo
do tempo, isto é, o produto é medido dentro de um intervalo, geralmente o ano civil.
Medindo o Produto Nacional (Agregado)
Como encontrar uma unidade de medida para o produto que possa absorver em si
mesma a vasta variedade de bens e serviços produzidos por uma economia? Ou ainda, Como
medir todos os produtos produzidos em uma economia? Resposta: Através de seu sistema de
preços.
BEM Medida Preço (R$) Qtdade Produto (R$)
A Litros 50,00 200
B Dúzias 10,00 03
C Galões 30,00 60
D Quilos 0,50 100
E Metros 8,00 120
PNB - - -
Como visto anteriormente, os bens segundo a função podem ser classificados em
intermediários (sofreram modificações no processo produtivo antes de se tornarem prontos
para o consumo) e finais (já sofreram todas as modificações necessárias para seu uso ou
consumo) e isto faz toda a diferença no cálculo do produto nacional. Ao contabilizar várias
vezes os produtos intermediários no cálculo do produto nacional estará sendo cometido um
erro, chamado de dupla (ou múltipla) contagem.
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3. Para evitar a dupla contagem calcula-se o valor adicionado em cada etapa de
produção, subtraindo-se do valor do produto da fase em questão os custos dos bens
intermediários e materiais que não foram produzidos nesta fase, mas comprados de outras
empresas e que, pois, já estarão incluídos nas contas das respectivas empresas.
Método do Valor Adicionado
Existem duas maneiras para evitar o problema da múltipla contagem:
i) Excluindo os produtos intermediários ou,
ii) Computando somente o valor adicionado.
O Valor Adicionado é o valor do produto de uma empresa menos o custo dos produtos
intermediários comprados de seus provedores externos. O exemplo a seguir elucidará este
conceito.
Suponha a existência de uma economia bastante simples, composta apenas por 03
empresas: uma fazenda, um moinho e uma padaria. Suponhamos que também que a fazenda
não compre bens intermediários de outras empresas. De acordo com as informações
existentes, a fazenda produz trigo e vende toda sua produção para o moinho por R$ 700,00.
No moinho, esse trigo é processado, transformado em farinha, sendo toda a sua produção
vendida à padaria por R$ 1.000,00. Na padaria essa farinha é transformada em pães, sendo
que toda a produção desse bem é vendida aos consumidores por R$ 1.400,00. A partir daí
pode-se calcular o valor adicionado dessa economia:
Estágios de Produção Receita de vendas Fornecedores Valor
Adicionado
1. Produção de trigo
(fazenda) R$ 700,00
2. Produção de farinha
(moinho) R$ 1.000,00
3. Produção de pão
(padaria) R$ 1.400,00
Valor Adicionado - - R$
O valor final é o único necessário para se calcular o Produto Agregado, ou seja, não
se deve somar o valor de todas as transações requeridas na segunda coluna. No entanto, se o
objetivo é calcular o Produto Nacional via valor adicionado, deve-se somar os valores
adicionados de cada etapa de produção, como se observa na terceira coluna.
(ESAF/AFPS-2002) Considere uma economia hipotética que só produza um bem final: pão.
Suponha as seguintes atividades e transações num determinado período de tempo:
- O setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T;
- O setor T produziu trigo no valor de 1500 e vendeu uma parcela equivalente a 1000 para o
setor F e estocou o restante;
- O setor F produziu farinha no valor de 1300;
- O setor P produziu pães no valor de 1600 e vendeu-os aos consumidores finais.
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4. Com base nessas informações, o produto agregado dessa economia foi, no período, de:
a) 1.600 b) 2.100 c) 3.000 d) 4.600 e) 3.600
O Produto Nacional (Agregado) Nominal e Real
Como foi visto até agora, o Produto Agregado é medido em termos monetários e
considera-se o período no tempo em que o bem/ serviço é produzido. Este é o Produto
Agregado Nominal.
Sabe-se, no entanto, que ano a ano o Produto Nominal pode variar ou devido a um
aumento de preços, ou aumento da quantidade produzida ou devido a ambos. Deve-se
detectar a parte do aumento que corresponde ao aumento da quantidade de bens produzidos e
a parte do aumento que corresponde a uma variação de preços.
Problema: Economia hipotética que produz 02 bens: Laranjas e maças.
Produto Agregado Nominal de XX05
BEM Preço (K$) Qtdade Produto
Laranja 0,50 200
Maçã 1,50 300
PA - -
O Produto Agregado de XX05 é K$ 550,00 e é chamado de Produto Nominal ou Produto a
preços correntes.
Produto Agregado Nominal de XX06
BEM Preço (K$) Qtdade Produto
Laranja 0,75 250
Maçã 1,80 330
PA - -
O Produto Agregado de XX06 é K$ 781,50 e também é chamado de Produto Nominal ou
Produto a preços correntes.
Deste modo, temos um aumento do PA nominal de 42,09% entre os anos de XX05 e
XX06. Entretanto, muito deste aumento de 42,09% resulta do aumento de preços de um ano
para outro, não refletindo o aumento físico da produção, ou seja, o produto real da economia
NÃO aumentou tanto quanto a comparação destes valores nominais destes dois períodos
parece indicar.
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5. Resolvendo o problema:
É necessário tomar os preços de determinado ano (ano-base) e usá-los através das
séries de medições do PA em diferentes anos. Este é o Produto Agregado Real.
Ou seja:
Produto Agregado Real de XX06
BEM Preço (K$) Qtdade Produto
Laranja 0,50 250
Maçã 1,50 330
PA - -
O aumento de 12,72% é uma medida melhor do aumento da produção física da
economia, desta forma, fica solucionado o problema das mudanças irreais no produto total
devido à variação no nível de preços.
O Produto Agregado Nominal – também chamado de produto a preços correntes -
corresponde ao valor do produto medido aos preços vigentes no ano de referência.
Matematicamente, é obtido pelo somatório do valor da produção de todos os bens e serviços
finais de uma economia. Ou formalmente:
Produto nominal = Σ Pi x Qi
onde i varia de 1 a n produtos.
Pela fórmula acima, verifica-se que o Produto Agregado Nominal pode aumentar ou
diminuir em função tanto dos preços quanto das quantidades produzidas dos bens e serviços
finais.
Já o Produto Agregado Real, também chamado de produto a preços constantes,
corresponde à quantidade física de bens e serviços produzidos pela economia. Ou seja, o
produto real somente varia se houver uma variação na quantidade física efetivamente
produzida. E parece óbvio que quanto maiores as quantidades produzidas de todos os bens ou
serviços, maiores e melhores são as condições médias de vida dos cidadãos, já que aumentos
na produção implicam aumentos no nível de renda e, por conseqüência, do nível de consumo
da população.
Como o valor do produto nominal de um determinado ano incorpora variações no
nível médio de preços e também eventuais variações na quantidade física produzida, para que
possamos saber o valor do produto real daquele ano e podermos verificar se este valor é ou
não maior do que o do ano anterior, é necessário que sejam anuladas ou isoladas as variações
no produto provocadas por variações nos preços. Se fizermos isso, qualquer variação para
mais ou para menos no valor do produto será explicada por variações nas quantidades
produzidas e não por variações de preços.
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6. Assim, o que interessa saber não é se o produto nominal está crescendo de um ano
para o outro – já que este aumento pode ser causado simplesmente por um aumento dos
preços – e sim saber se o produto real está também crescendo ou não.
Medição e Comparação das Variáveis Econômicas: os Índices de Preço
Na economia, de um ano para outro alguns preços sobem, outros baixam, outros
permanecem constantes. Dado que existem milhões de bens e serviços que participam da
evolução dos preços de uma economia, deve-se recorrer a uma unidade de nível médio de
preços, utilizando para isso uma média ponderada dos preços dos bens e serviços produzidos.
Um índice de preços proporciona uma medida adequada do nível médio de preços.
Obtém-se dividindo o valor monetário de um conjunto de bens e serviços em um período dado
de tempo, e seu valor monetário em um determinado período-base, multiplicando, ao final, o
resultado por 100.
Um dos índices de preços mais utilizados no Brasil é o IPC – Índice de Preços ao
Consumidor, calculado por diferentes institutos, dentre os quais se destacam: IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), FGV (Fundação Getúlio Vargas), FIPE (Fundação Instituto
de Pesquisas da Universidade de São Paulo) entre outros. Os diferentes IPC’s são publicados
mensalmente e são calculados a partir de um conjunto de bens e serviços representativo das
compras de uma família média brasileira. Para se calcular o IPC em um determinado ano,
divide-se o valor no ano em questão da ‘cesta de compra’ da família representativa pelo valor
desta cesta no ano-base, multiplicando o resultado por cem.
Dado que o IPC mede o custo de uma ‘cesta típica‘ de bens comprados pelos
consumidores (custo de vida), ele nos dá uma boa idéia de como variam os preços dos bens
em geral. Por isso o IPC é um dos índices mais utilizados para medir a taxa de variação do
nível geral de preços (inflação). Além do IPC, utiliza-se no Brasil outros índices de preço, tais
como: preços por atacado, preços da construção etc...
Pr oduto No min al
Pr oduto Re al = x 100
Deflator
Exemplo: O Produto Nacional em termos nominais e reais
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7. Anos Produto Nominal Índice Produto Real
deflator
(R$ correntes) 1994=100 (R$ de 1994)
1994 349.204.679.000 100,0 349.204.679.000
1995 646.191.517.000 177,6 363.949.038.000
1996 778.820.353.000 208,2 373.635.849.000
1997 870.743.034.000 225,7 385.865.845.000
1998 913.735.044.000 236,3 386.703.811.000
1999 960.857.736.000 246,5 389.769.682.000
Fonte: Bacen
Produto Nacional Per Capita
O PN per capita é obtido dividindo-se o PNB pela população, deste modo temos:
PN
PN PER CAPITA =
População
Renda Agregada
Renda Agregada = aluguéis + salários + juros + lucros + aluguéis
Despesa Agregada
A Despesa Agregada representa as possíveis destinações do produto. Esta despesa
divide-se em:
• Gastos pessoais em Consumo (C);
• Investimentos feitos pelas empresas (I);
• Gastos do Governo em bens e serviços (G);
• Exportações Líquidas (X – M).
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8. Consumo (C)
As despesas com consumo efetuadas pelas famílias se constituem no maior componente da
demanda agregada no Brasil. Os gastos em consumo se dividem em:
• Bens de consumo duráveis;
• Bens de consumo não duráveis;
• Serviços.
Investimento (Formação Bruta de Capital Fixo + Variação de Estoques)
Investimento é a despesa em bens que aumenta a capacidade produtiva da empresa. Esta
variável inclui despesas com:
• Novas edificações;
• Novos equipamentos;
• Variação nos estoques de bens mantidos pelas empresas.
Depreciação
É a parcela dos bens de capital consumida a cada período produtivo. Assim nem toda a
produção de bens de capital corresponde a um novo investimento. Uma parcela desta
produção destina-se a repor o que foi depreciado.
A depreciação é a grande responsável pela diferença entre os tipos de investimentos:
Investimento Bruto (IB) e Investimento Líquido (IL). Deve-se notar que é o investimento
líquido que aumenta o estoque de capital da economia.
Então: IB = IL + Depreciação
Gastos Governamentais (G)
O setor público oferece uma série de serviços à sociedade, tais como defesa, saúde, justiça,
educação e ainda constrói estradas, parques etc. Estas despesas são computadas nas
seguintes categorias:
• despesas correntes - aí incluídas as compras de bens e serviços para o funcionamento
normal das agências governamentais e o pagamento de funcionários civis e militares.
• despesas de capital - compra de bens e serviços voltados para investimentos
(construção de escolas, hospitais, estradas, etc.). Não entram nestes gastos do
governo: as transferências governamentais, nem os dispêndios das empresas públicas
(tipo Petrobrás, Vale do Rio Doce, Eletrobrás, etc.). Estes últimos são contabilizados no
setor secundário, como setor privado.
Exportações Líquidas de Bens e Serviços (X - M)
As exportações líquidas resultam da diferença entre exportações (X) e importações (M).
As exportações de bens e serviços são despesas feitas por residentes no estrangeiro com bens
produzidos no país em que está calculada a despesa nacional. Por esta razão devem ser
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9. somadas ao total das despesas internas. Da mesma maneira, as despesas de importação
devem se deduzidas das despesas internas.
Exemplo: No dispêndio total com Coca-cola, parte é valor importado na forma de matérias-
primas não produzidas no país e sim no exterior, logo não faz parte da renda nacional.
OBSERVAÇÃO -NÃO FAZEM PARTE DO PNB (por não representarem produção):
• Compra de bens duráveis usados (todavia são contados os consertos de automóveis,
pois estes representam uma produção corrente);
• Ações adquiridas no mercado de valores; entretanto se uma sociedade emite ações
para financiar a construção de uma fábrica, esta é parte do PN, pois foi produzida
durante o ano corrente;
• Pagamentos de transferências a aposentados, pensionistas, bolsas de estudo, salário
desemprego ou a outros recebedores que nada produzem.
(BACEN/2001)- Considere a seguinte equação:
Y = C + I + G + (X - M)
onde C = consumo agregado; I = investimento agregado; e G = os gastos do governo. Com
base nestas informações, podemos afirmar que:
a) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = saldo do balanço de pagamentos em transações
correntes
b) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = déficit na balança comercial
c) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = superávit na balança comercial
d) se Y = Produto Nacional Bruto, (X - M) = saldo total do balanço de pagamentos
e) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = exportações menos importações de bens e serviços
não fatores
Composição do PIB Brasileiro – IBGE
Ótica do Produto
PIB
Produção (+)
Impostos sobre Produtos (+)
Subsídios aos Produtos (-)
Consumo Intermediário (-)
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10. Ótica da Despesa
PIB
Despesa de Consumo Final
Despesa de Consumo das Famílias
Despesa de Consumo das ISFLSF
Despesa de Consumo da Administração Pública
Formação Bruta de Capital
FBFK
Variação de Estoques
Exportação de Bens e Serviços
Importação de Bens e Serviços
Ótica da Renda
PIB
Remuneração dos Empregados (salários+benefícios)
Rendimento Misto Bruto (autônomos)
Excedente Operacional Bruto
Impostos sobre a Produção e Importação
Subsídios a Produção e Importação (-)
OBSERVAÇÃO 2: Identidades Contábeis
Economia Hipotética Ótica da Despesa - DA Ótica da Renda - Y
Fechada Sem Governo DA = C + I Y=C+S
Fechada Com Governo DA = C + I + G Y=C+S+T
Aberta Sem Governo DA = C + I + ( X - M ) Y= C+ S + ( X - M)
Aberta Com Governo DA = C + I + G + ( X - M ) Y = C + S + G + ( X - M)
1. Economia Fechada Sem Governo
Yp = C + Ip
Yp: Produto Privado (RPD), Ip: Investimento Privado
Yp = C + S
S: Poupaça Privada
Sp = Yp – C
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11. Fazendo:
C + S = C + Ip
S = Ip
Em uma EFSG, o investimento é integralmente financiado pela poupança.
2. Economia Fechada Com Governo
Yn = C + I + G
Yn = C + S + RGL
Yn: RND = Yp + Renda Líquida do Governo (RLG)
I: Investimento Público e Privado
Logo: S + RLG = I + G
A poupança do Governo é: Sg = RLG – G
Assim, S + Sg = I
Numa EFCG, os investimentos públicos e privados e os gastos correntes das administrações
públicas devem ser financiados pela poupança privada e pelas receitas líquidas do governo
3. Economia Fechada Com Governo
Reescrevendo S + Sg = I, temos:
S = I + (G – RLG)
Se RLG<G: Poupança do Governo negativa, implica que parte da poupança privada é
destinada a cobrir despesas correntes da Administração pública.
Se RLG>G: Poupança do Governo positiva, implica que a poupança pública é somada à
poupança privada para financiar os investimentos públicos e privados.
OBS: Para a contabilidade nacional, entende-se o termo governo como as 3 esferas da
administração pública + autarquias. As empresas públicas e as sociedades de economia mista
nãoestão incluídas.
PIB xPNB
• PIB: Refere-se à produção cuja renda é gerada internamente. Inclui a renda ganha
pelos estrangeiros que moram no país, mas não inclui a parcela ganha pelos brasileiros
que vivem no exterior.
• PNB: Refere-se à produção cuja renda total foi recebida pelos brasileiros, tanto no país
como no exterior, mas não inclui o montante ganho pelos estrangeiros que moram no
país.
Assim, quando se refere a Produto Interno inclui-se a Renda Líquida Enviada ao Exterior
(RLEE):
PNB = PIB - RLEE
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12. 4. Economia Aberta Com Governo
RNB = PIB – RLEE
RND = RNB + TUR
Assim, PIB – RLEE + TUR = RND
PIB = RND – TUR + RLEE
Onde:
RNB: Renda Nacional Bruta
TUR: Transferência Unilaterais Recebidas ou Transferências Correntes Líquidas Recebidas
Lembrando que RND = C + S + RLG, podemos definir:
Y = C + I + G + Xnf – Mnf
Y = C + S + RLG + RLEE - TUR
Onde:
Xnf: Exportações de bens e serviços Não Fatores;
Mnf: Importações de bens e serviços Não Fatores.
Obs: Serviços não fatores – viagens internacionais, transporte, comunicação, seguros e
serviços do Governo.
S + RLG + RLEE – TUR = I + G + Xnf – Mnf
Reescrevendo,
(Xnf – Mnf) +RLEE –TUR = (I – S) + (G –RLG)
Definindo:
S + (G –RLG) + (Xnf – Mnf) + RLEE –TUR = I,
Em uma EASG, o investimento doméstico é financiado pela poupança privada (S), pela
poupança do governo (G –RLG) e pela poupança externa [(Xnf – Mnf) + RLEE –TUR].
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
I. PIB x PNB
A diferença entre o produto interno e o produto nacional e/ou entre a renda interna e
a renda nacional reside na renda líquida enviada ao exterior é:
II. PIBcf x PIBpm
A diferença entre o produto a custo de fatores e o produto a preços de mercado
reside na inclusão, neste último, dos impostos indiretos e na retirada dos subsídios.
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13. III. PNB x PNL
A diferença entre o produto líquido e o produto bruto reside na depreciação.
(AFC/2005) Com relação ao conceito de produto agregado, é incorreto afirmar que:
a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto
agregado a custos de fatores.
b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável fluxo”.
c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma queda no produto
agregado real.
d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da economia.
e) o produto interno bruto pode ser menor do que o produto nacional bruto.
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