5. PROCESSOS DE CARACTERIZAÇÃO CARACTERIZAÇÃO DIRECTA – as características da personagem aparecem directamente no texto. * Autocaracterização:é a própria personagem que refere explicitamente os seus traços característicos. * Heterocaracterização: os traços distintivos da personagem são apresentados explicitamente pelo narrador e/ou outras personagens.
6. PROCESSOS DE CARACTERIZAÇÃO Caracterização indirecta – é o resultado de deduções feitas a partir de atitudes, comportamentos, reacções, actos de fala da personagem ao longo da acção.
7. PEDRO Caracterização directa, por autocaracterização– não existe, pois o Pedro nunca apresenta as suas próprias características. Caracterização directa, por heterocaracterização – quando o narrador diz que o Pedro tem sete anos, que ia descalço e usava calças sem bolsos, presas com um cordel.
8. PEDRO Caracterização indirecta – a partir do seu comportamento e das falas de outras personagens, nós, os leitores, deduzimos muitas características psicológicas do Pedro. Por exemplo, deduzimos que era sonhador, imaginativo e determinado, quando decidiu ir roubar a estrela do céu.
9. ACÇÃO (quanto à delimitação) No conto estudado, a acção é fechada, porque sabemos o final da história, embora a morte do Pedro possa ter vários sentidos. Ex.: “Toda a gente chorou a sua morte. E o Cigarra, que andou de luto um ano inteiro, fez mesmo uns versos sobre ele para os cantar depois à viola.”
10. ORGANIZAÇÃO DAS SEQUÊNCIAS NARRATIVAS O conto tem encadeamento, uma vez que as acções surgem ordenadas por ordem cronológica. Isto quer dizer que uma acção dá origem a outra e assim sucessivamente.
11. NARRADOR(quanto à presença) O narrador é não participante, pois limita-se a contar a história, sem intervir nela enquanto personagem. Como tal, utiliza a 3.ª pessoa ao longo da narrativa. Ex.: “Pedro ia ouvindo tudo sem ter opiniões, que também lhe não pediam.”
12. NARRADOR(quanto ao ponto de vista) O narrador, por vezes, é subjectivo, já que à medida que vai narrando a história vai demonstrando a sua opinião sobre determinados aspectos. Ex.: “Suara que se fartara, apanhara frio, tivera mesmo a sua ponta de cagaço para aquela porcaria. Que era mesmo uma porcaria.”
13. NARRADOR(quanto à ciência) O narrador é OMNISCIENTE, porque sabe tudo sobre a história e sobre as personagens. Ex.: “Pedro ficou muito corado, com o sinal à vista que fizera uma das dele, e pôs-se a comer à pressa para parecer que não.”