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1 de 191
Aposiçãode
Europa e no
mundo
Portugalna
Rosa dos ventos
 Pontos cardeais
N Norte; Setentrião; Setentrional; Boreal
E Este; Leste; Oriente; Nascente; Levante
S Sul; Meredião; Meridional; Austral
O/W Oeste; Ocidente; Poente; Ocaso
 Pontos colaterais
NE Nordeste
SE Sudeste
SO Sudoeste
NO Noroeste
 Pontos intermédios
NNE Nor-nordeste
ENE És-nordeste
ESE És-sudeste
SSE Sussudeste
SSO Sussudoeste
OSO Oés-sudoeste
ONO Oés-noroeste
Notas:
Escalas: Para uma região pequena – escala grande;
Para uma região grande – escala pequena.
Escala numérica Escala gráfica
1:50000
Noções
Latitude Distância em graus de um determinando ponto ao equador. Varia entre 0 e 90º
Longitude Distância em graus de um determinando ponto ao meridiano de Greenwich.
Varia entre 0 e 180º
0 20Km
Constituição do território português
 Portugal continental
 Portugal Insular (Arquipélago dos Açores e Arquipélago da Madeira).
Localização geográfica do território português
 Localização relativa (rosa dos ventos)
 Localização absoluta. (latitude e longitude)
A organização administrativa do território nacional.
18 Distritos e 2 Regiões autónomas (região autónoma da Madeira e dos Açores) que
por sua vez são subdivididos em conselhos e freguesias.
No entanto ainda se faz uma divisão do território para fins estatísticos:
NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais) - trata-se de uma divisão regional do
país feita após a entrada na EU.
A divisão do território português em NUT é feita tendo em conta as características físicas,
históricas e funcionais do território, constituindo a base de recolha, tratamento e análise de
dados estatísticos.
Distritos
NUT I
 Portugal continental e ilhas
NUT II NUT III
Regiões autónomas
 Açores
 Madeira
Região Norte
Região do Algarve
Região
do
Alentejo
Lisboa
Região Centro
Baixo Vouga
Dão-Lafões
Baixo Mondego
Lezíria
do Tejo
Alto Alentejo
Alentejo central
Alentejo
litoral Baixo Alentejo
Algarve
Ponta delgada
Pico
Horta
Angra do heroísmo
Grupo central
Grupo Oriental
Grupo Ocidental
Alto trás-os-montes
Minho
Lima
Serra da
estrela
Grande Lisboa
Península
de Setúbal
Oeste
Beira
interior sul
Beira interior
norte
Douro
Entre
Douro e
Vouga
Grande
porto
Cávado
Ave
Tâmega
Pinhal
interior norte
Pinhal
interior sul
Cova da beira
Médio tejo
Pinhal litoral
Funchal
Porto Santo
Existem ainda outras divisões do território nacional, por exemplo:
 Regiões agrárias
 Regiões turísticas
 Distritos judiciais
 Etc.
A influência da posição geográfica de Portugal nas características físicas.
Zona intertropical ou Zona Quente/Tórrida
Zona Temperada do Norte ou Sul
Zona Fria do Note ou Sul
Portugal
Portugal está na zona temperada no Norte com um clima temperado mediterrâneo.
Portugal sofre várias influências:
 Atlântica
 Mediterrânea
 Africana
 Continental
Dessas influências, resulta uma diversidade de características físicas (clima, vegetação natural,
relevo…) podendo levar a uma divisão de Portugal Continental em 3 regiões:
0º
23º
º
23º
º
66º 3’
66º 3’
Círculo Polar Ártico*
Círculo Polar Antártico****
Trópico de Câncer**
Trópico de Capricórnio***
Norte
Atlântico Norte
Transmontano
Sul
Influência da posição geográfica de Portugal nas características humanas
A posição de Portugal na Europa é periférica ou até mesmo ultraperiférica, tendo em
conta os arquipélagos da madeira e dos Açores.
Vantagens desta posição:
 Espaço de charneira (no meio) entre a Europa a África e as Américas.
 Centralidade no espaço atlântico
 Porta de entrada na Europa – abertura ao mundo.
Inconvenientes desta posição:
 Longe do centro da EU (dorsal)
 Longe dos centros de decisão
 Longe dos grandes mercados consumidores
 Região europeia menos desenvolvida (faz parte do arco atlântico)
 Parte de Portugal encontra-se na região sul da Europa (outra região europeia pouco
desenvolvida)
 Fraca acessibilidade por via terrestre
 Afastado faz principais vias de comunicação europeias e mundiais.
Nota: com o alargamento da EU a leste, Portugal fica numa posição ainda mais periférica.
Com a adesão a adesão de Portugal à UE vem
redefinir a sua posição geográfica. A esta escala,
Portugal é uma região periférica, ou até mesmo
ultraperiférica. Portugal continental está
incluído no designado Arco Atlântico, região
menos desenvolvida, do que o centro da UE
(região designado como Dorsal). A parte mais
meridional designa-se como Sul, a menos
desenvolvida da UE.
Espaço Lusófono
CPLP – Promoção da Língua Portuguesa
A CPLP pretende:
 Consolidar a identidade cultural nacional e plurinacional dos países de língua
portuguesa
 Incentivar a cooperação económica, social, cultural, jurídica e tecnocientífica
 Promover e enriquecer a língua portuguesa
 Melhor intercâmbio cultural e a difusão da criação intelectual e artística.
 Aprofundar a concertação política diplomática em termos de relações internacionais.
Comunidades portuguesas Emigrantes instalados por todo o mundo. Difusão da cultura
portuguesa através da gastronomia, música, língua, etc…
PALOP (países de língua oficial portuguesa) CPLP (Comunidade de países de língua portuguesa)
Moçambique Brasil
Angola Portugal
Guiné-Bissau Timor-Leste
São Tomé e Príncipe
Cabo Verde
Os espaços económicos em que Portugal se integra
 UE (União Europeia) – desde 1986
Entrada de Portugal para a UE:
Portugal não entrou mais cedo porque estava num regime ditatorial;
Essa entrada trouxe vantagens:
 Trocas comerciais;
 Países vizinhos;
 Portugal recebe dinheiro para igualar o seu desenvolvimento as resto dos países.
OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento económico) – desde 1948
Principais organizações mundiais que Portugal participa
ONU; OCDE; OMC; NATO; PALOP; EU.
O processo de construção europeia
1939-45 – 2º Guerra Mundial
1948 – Plano de Marshall
Plano proposto pelos americanos para o auxílio económico à Europa na
sua reconstrução.
Este plano deu origem à OECE (Organização Europeia de Cooperação
Económica), tendo como objetivo coordenar a ajuda dos EUA para
acelerar a reconstrução e promover a cooperação económica.
Nota: A OECE veio dar lugar a OCDE em 1961 passando a integrar também países fora da
Europa como o Canadá; a Nova Zelândia, a Austrália e o Japão, para além dos 30
europeus. A OCDE é conhecida pelo grupo dos Países Desenvolvidos e o seu principal
objetivo é a cooperação entre os países membros e a ajuda aos países mais pobres do
mundo.
1951 – Tratado de Paris
Para vencer as rivalidades entre a França e a Alemanha e ultrapassar problemas
económicos, foi criada a CECA (Comunidades Económica do Carvão e doo Aço). Para além
destes países aderiram também a Itália, a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo.
1957 – Tratado de Roma
Com este tratado é criada a CEE (Comunidade Económica Europeia) e a EURATOM
(Comunidade Europeia de Energia Atómica) pelos 6 países fundadores a CECA.
Nota: Em 1960 o Reino Unido que não integrou a CEE não quis “ficar sozinho” e em conjunto
com a Suécia, a Noruega, a Dinamarca, a Áustria, a Suíça e Portugal formam a EFTA
(Associação europeia de Comércio Livre.
1968 – União Aduaneira
São abolidas as taxas alfandegárias entre os estados da CEE.
1986 – Assinatura do ato económico europeu
Este tratado introduz grandes alterações aos tratados iniciais. Pretende reforçar a
cooperação entre os estados membros e criar um mercado.
1992 – Tratado de Maastricht
Aspetos mais importantes:
 As novas competências para a atuação da EU, tendo em vista a coesão económica e
social e a criação de um fundo de coesão – doação de dinheiro aos PED para se
autodesenvolverem.
 Institucionalização da cidadania europeia definindo s direitos dos cidadãos.
 Criação de uma união económica e monetária incluindo a moeda única o €
 Início do processo para uma união política, com a criação de uma política externa de
segurança comum e o esforço da cooperação nos domínios da justiça e dos assuntos
internos.
 A CEE muda a sua designação para EU
1997 - Tratado de Amesterdão
Aumenta a coesão interna para reforçar a posição da EU no mundo e preparar o
próximo alargamento
2001 – Tratado de Nice
Redefine a participação de cada estado-membro nas instituições comunitárias, face ao
alargamento da UE aos países de leste
2007 – Tratado de Lisboa
É criado o alto representante para os negócios estrangeiros e política de segurança
Surge o cargo de presidente da EU, eleito pelo conselho Europeu.
UE após Maastricht
Criação de um espaço
Económico Político Cultural
Criação de…
Mercado Interno Acordos comerciais com PD
Aproximação da EU como centro de Poder Mundial
Centros de Poder Mundial
UE – Japão – EUA
Acordo de Shengen
Assinado em junho 1985 pelos 5 países fundadores.
O espaço shengen consistia na eliminação dos controlos nas fronteiras internas e na criação de
controlos eficazes nas fronteiras externas da EU.
Os países que aderiram ao espaço Shengen foram:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Letónia, estónia e
lituânia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polónia,
Portugal, República Checa e Suécia.
Evolução da UE
Fases Ano Países que aderiram
Europa dos 6 1957 Alemanha federal, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e países
baixos.
Europa dos 9 1973 Dinamarca, Reino Unido e Irlanda
Europa dos 10 1981 Grécia
Europa dos 12 1986 Portugal e Espanha
Europa dos 15 1995 Áustria, Finlândia e Suécia
Europa dos 25 2004 Chipre, Eslováquia Eslovénia, Estónia, Letónia, Hungria, Lituânia,
Malta, polónia e República Checa
Europa dos 27 2007 Roménia e Bulgária
Evolução da população portuguesa
 1950 – Apresentava um número reduzido de habitantes, mas com uma população
jovem.
 1950-1960 – Apresentou um crescimento significativo. Sendo que os valores negativos
de saldo migratória são atenuados pelos valores elevados de crescimento natural.
 1960-1970 – A população sofreu uma quebra devida:
o Redução da taxa de crescimento natural;
o Intensificação da emigração ara a Europa;
Tudo isto provocou um crescimento efetivo negativo
 1970-1981 – Verificou-se um aumento demográfico, consequência da redução da
emigração.
 1981-1991 - A população portuguesa estagnou, devido à reduzida natalidade.
 1991-2001 – Ligeiro aumento (ultrapassa os 10 milhões), As baixas taxas de
crescimento natural são compensadas pelo surto imigratório, provenientes e África e
dos países da Europa do leste.
 2001-2004 – Aumento ligeiro da população
Fases do modelo de transição
Revolução
industrial
Fase 1
→ Própria das sociedades mais primitivas
→ A população estabiliza, com valores elevados de
natalidade e mortalidade
→ Valores de natalidade muito constantes
→ Valores de mortalidade muito irregulares
Fase 2
→ Característica de países com início de desenvolvimento
→ Manutenção dos valores elevados de natalidade
→ Declínio acentuado da mortalidade
→ Crescimento da população a um ritmo acelerado
Fase 3
→ Próprio de países em plena fase de desenvolvimento
→ Declínio acentuado na natalidade
→ Manutenção dos valores baixos de mortalidade
→ Estabilização do crescimento natural
Fase 4
→ Própria de países que iniciaram muito cedo este processo
de transição demográfica
→ Valores muito baixos de natalidade
→ Valores muito baixos de mortalidade
→ Estagnação ou redução da população
Principais variáveis demográficas que condicionam a evolução da população
Natalidade
Mortalidade
Emigração
Imigração
Diferentes ritmos de crescimento da população portuguesa
Fatores explicativos
 1960-1970 – Decréscimo da população
o Guerra colonial
o Consequências da ditadura,
o Maior surto migratório,
o Apesar do crescimento natural ser positivo o saldo migratório foi muito
negativo,
o A TN teve uma redução devido à divulgação dos métodos e devido à entrada
da mulher no mercado de trabalho.
 1970-1980 – Evolução significativa (positiva) da população.
o Diminuição da emigração, em resultado da crise económica
o Fim da guerra colonial
o Regresso dos emigrantes das ex-colónias, após o 25 de Baril de 1974.
o Regresso de muitos emigrantes
Crescimento natural
Saldo migratório
Evolução da população portuguesa
 Natalidade
A taxa de natalidade de 1960 até a atualidade desceu significativamente.
Esta evolução deveu-se a:
 Emancipação da mulher
 Entrada da mulher para o mercado de trabalho
 Acesso ao planeamento familiar
 Generalização do controlo da natalidade
 Mudança de mentalidades
 Aumento do nível de instrução
 Aumento da idade do casamento
 Alargamento do período de escolaridade obrigatória
Diferenças regionais
Portugal apresenta contrastes a nível nacional. Por isso existem diferenças entre o
litoral e o interior entre o norte e o sul e as regiões autónomas e o continente.
 Mortalidade
A taxa de mortalidade entre 1960 e 2004 não evidenciou alterações significativas tendo
atingido os 10,5‰ em 1991.
A descida da TM deveu-se a:
 Melhoria dos hábitos alimentares
 Melhoria dos cuidados de saúde e cuidados de higiene
 Melhoria nas condições de trabalho (segurança no trabalho)
Porque se morre em Portugal?
 Doenças do aparelho circulatório
 Tumores malignos
 Sinistralidade rodoviária
 Taxa de mortalidade infantil
A TMI diminui drasticamente entre 1950 e 2004.
Isso deve-se:
 Generalização de uma rede de assistência materno-infantil (acompanhamento das
grávidas)
 Realização dos partos em hospitais
 Generalização da vacina infantil
 Melhoramentos nas condições de vida.
Contrastes
A TMI evidência contrastes entre o litoral e o interior e entre o norte e sul.
 Crescimento natural
O crescimento natural diminui significativamente entre 1960 e 2004.
Numa primeira fase deveu-se à descida da taxa de natalidade. Como a taxa de mortalidade já
se encontrava baixa não influenciou muito esta descida.
Numa segunda fase, para além da taxa de natalidade observou-se uma ligeira subida na taxa
de mortalidade o que agravou a redução no crescimento natural.
A média do crescimento natural em Portugal é idêntica à média da UE, existindo países em
situações mais graves uma vez que apresentam um crescimento natural negativo, como a
Bulgária e a Hungria.
Estes valores devem-se ao envelhecimento da população.
 Movimentos Migratórios
Durante muitos anos Portugal foi um país de Emigração, atingindo valores bastante altos na
década de 60. Os portugueses dirigiam-se sobretudo para a França e Alemanha, devido ao
facto de estes países necessitarem de mão de obra após a destruição provocada pela II Guerra
Mundial.
Na década de 70, registou-se uma inversão dos valores até ai registados. E Portugal deixa de
ser um país de emigração para ser um país de imigração. Esta tendência ficou a devera à queda
da ditadura em 1974.
Atualmente devido ao aumento do desemprego, regista-se um aumento do fluxo emigratório.
Estrutura etária da população
Estrutura etária Repartição dos indivíduos por idades e sexo.
Esta está dividida em 3 grupos:
 Jovens ( ≤ 15 anos)
 Adultos (15-64 anos)
 Idosos (≥ 65 anos)
A análise da estrutura etária é importante para caracterizar a população, uma vez que reflete
variáveis demográficas como:
 Natalidade
 Fecundidade
 Mortalidade
 Mortalidade infantil
 Movimentos migratórios
Tipos de pirâmide
 Jovem/Crescente
 Adulta/Transição
 Idosa/Crescente
 Rejuvenescente
Evolução da estrutura etária da população portuguesa
1960
População predominantemente jovem
Taxa de mortalidade infantil elevada
Esperança média de vida relativamente baixa
1981
Redução do número de jovens e por isso um ligeiro envelhecimento da população
Redução da natalidade e da mortalidade (alargamento da faixa da população adulta e idosa).
Traduz-se num aumento da esperança média de vida e portanto inicia-se um processo de
envelhecimento
1981-2001
Acentuou-se o processo de envelhecimento
Estreitamento da base (população jovem)
2050
Prevê-se uma continuação do que já acontece, portanto um envelhecimento da população.
Setores de atividade predominantes
 Redução da população no setor I à medida que o país se desenvolve e se mecaniza em
relação à agricultura;
 Aumento da população ativa no setor II, como o decorrer do processo de
industrialização
 Redução gradual da população ativa no setor II, devido ao desenvolvimento
tecnológico aplicado à indústria e ao crescimento do setor III
 Aumento gradual da população ativa no setor III, à medida que o outros setores se vão
modernizando e incorporando mais serviços
Nível de instrução e qualificação profissional da população portuguesa
O nível de instrução da população mede-se pelo grau de analfabetismo.
Apesar das diminuições verificadas. Este problema ainda afeta 9% da população
portuguesa.
Outra diferença importante ao nível de escolaridade da população portuguesa reside
no género, onde os valores de analfabetismo são superiores nas mulheres. No entanto com a
escolaridade obrigatória, a taxa de analfabetismo tende a diminuir ou mesmo a desaparecer.
Em suma, a população apresenta um baixo nível de escolaridade uma baixa
qualificação profissional. Isto traduz-se em consequência graves para a economia portuguesa.
Que problemas caracterizam a evolução da população portuguesa?
 Envelhecimento
 Declínio da fecundidade
 Baixo nível educacional
 Desemprego
ENVELHECIMENTO
Consequência do envelhecimento da população
 O Aumento do índice de dependência dos idosos faz com que a população ativa tenha
cada vez mais encargos com a população idosa.
 A diminuição da população ativa conduz a uma redução na produtividade no país
 A diminuição do espirito de dinamização e inovação, que em geral são características
da população jovem
 Aumento dos encargos sociais com a as reformas e com a assistência medica aos
idosos
 Redução da natalidade, uma vez que estão a reduzir os escalões etários conde a
fecundidade é mais elevada.
DECLÍNIO DA FECUNDIADE
Outro problema com que Portugal se depara é o declínio da fecundidade, que está associado à
redução da natalidade.
O problema é que Portugal não consegue assegurar a renovação das gerações, uma vez que
está abaixo do limite mínimo de 2,1 filhos por mulher, apresentando cerca de 1,5 filhos.
O declínio da fecundidade está sobretudo relacionado com a emancipação da mulher, que
passou a ter uma carreira profissional mais ativa, adiando ou até mesmo excluindo a
maternidade nos seus planos de vida.
BAIXO NÍVEL EDUCACIONAL
Portugal apresenta um baixo nível educacional que se encontra abaixo da média da U.E.
Este indicador reflete-se na taxa de alfabetismo que afetava cerca de 9% da população em
2001.
Quanto à escolarização da população ativa, um fator primordial para a produtividade, a
competitividade da economia e o desenvolvimento do país, o panorama é mau.
DESMEMPREGO
O desemprego afeta a qualidade de vida da população.
Portugal apresenta uma taxa de desemprego superior à média comunitária e tem
vindo a aumentar.
As baixas taxas de desempego escondem por vezes situações de precariedade, com
reflexos na qualidade de vida da população. São os casos do subemprego e do emprego
temporário, frequentes na economia portuguesa, que, quando não são uma opção dos
trabalhadores, geram situações de grande instabilidade.
A instabilidade do emprego deve-se a fatores como:
 Baixa qualificação
 Fraco investimento em I&D
Solucionar os problemas
Como incentivar a natalidade?
Políticas demográficas
Antinatalistas Natalistas
Predomina nos países menos desenvolvidos
Tenta reduzir a natalidade de um país
Utiliza medidas de sensibilização ou de
coação
Predomina nos países desenvolvidos
Tenta aumentar a natalidade de um país
Utiliza medidas de sensibilização e incentivos
económicos e fiscais
Portugal como país envelhecido que é, deveria adotar medidas que incentivassem a
natalidade.
Para rejuvenescer a população portuguesa, o governo deveria dotar medidas concretas, tais
como:
 O criação de uma legislação de trabalho que proteja mais a mulher durante e pós a
gravidez
 Criação de benefícios fiscais para as famílias com vários filhos
 Aumento da duração da licença de parto para a mãe e para o pai
 Melhoramento e a gratuitidade de todos os serviços de assistência materno-infantil
Como qualificar a mão de obra portuguesa?
1. Reduzir o abandono escolar
2. Valorização das pessoas pelas empresas e estado
Para alcançar estes objetivos, torna-se importante:
 Aumentar o investimento na investigação
 Aumentar a qualificação da população
o Mais novos
 Prosseguir os estudos
 Envergar por cursos superiores
o Mais velhos
 Incentivos às novas oportunidades
 As próprias empresas podem dar formação aos trabalhadores
Noções
População absoluta – Número de habitantes de um determinado país ou região,.
Densidade populacional – Número médio de habitantes de um determinado país ou região
por Km₂ DP=Pop. AbsolutaÁrea…Hab/km₂
Natalidade – Números de nascimentos num determinado país ou região por ano.
Mortalidade - Números de óbitos num determinado país ou região por ano.
Taxa de natalidade – Número de nascimento por cada 1000 habitantes, num determinado
tempo
TN=Nº de nascimentosPop.Total x 1000
Taxa de mortalidade - Número de óbitos por cada 1000 habitantes, num determinado tempo.
TM=Nº de óbitosPop.Total x 1000
Crescimento natural – Diferença entre os nascimentos e os óbitos.
CN ≥ 0 - crescimento positivo
CN ≤ 0 - crescimentos negativo
CN = 0 – crescimento nulo
Emigração – Saída de +pessoas de um país estrangeiro por motivos naturais, sociais,
económicos, político…
Imigração - Entrada de pessoas para um país estrangeiro de forma legal ou clandestina, mas
com fixação de residência.
Saldo migratório – Diferença entre Emigração e Imigração ( SM = E – I)
Crescimento efetivo – Soma do crescimento natural com saldo migratório
Taxa de crescimento natural – Variação populacional observada durante um determinado
período de tempo, normalmente um ano civil referido à população média desse período
(expressa por 100 ou 1000 habitantes)
TCN=Cres.natural+Saldo migratórioPo.Totalx 1000 ou 100
Taxa de mortalidade infantil – Número de crianças que morrem antes de atingirem o 1º ano
de vida por cada a1000 nascimentos.
TMI=Nº de crianças que morrem antes de atingirem o 1º ano de vidanatalidade x 1000
Taxa de fecundidade
TF=Nascimentos2aTotal de mulheres dos1549anos x 1000
Índice sintético de fecundidade – número médio de filhos que cada mulher tem na idade
fértil.
Índice de renovação de gerações – Número médio de filhos que cada mulher devia ter (2,1
filhos)
Esperança média de vida – Número médio de anos que o Homem vive num determinado país
ou região.
Distribuição da população
MUNDO (distribuição muito irregular)
 Principais focos demográficos (zonas de maior concentração demográfica)
o Sul e Sudeste Asiático
Adistribuiçãoda
população
o Europa central e ocidental
o Costa atlântica dos EUA
Vazios Humanos (zonas desabitadas ou onde a população é escassa)
1. Antártica; Gronelândia; Norte do Canadá; Norte da Rússia; Sibéria
2. Saara
3. Himalaias
4. Amazónia
EUROPA (distribuição irregulares)
 Áreas de grande concentração
o Europa Central e Ocidental (Reino-Unido; Alemanha; Bélgica; França e
Holanda)
Fatores atrativos:
Naturais – Climas temperados e húmidos; Relevo geralmente plano e de baixa altitude
e o predomínio de solos férteis
Humanos – Agricultura próspera; Grande industrialização e desenvolvimento do setor
d comércio e dos serviços. O que tornou estes países ricos.
 Áreas de pequena concentração
Norte da Europa (Península da Escandinávia)
Fatores repulsivos
Naturais – Clima frio, solos cobertos de neve em grande parte do ano a existência de
áreas de relevo mais acidentado.
PORTUGAL
Portugal também apresenta contrastes demográficos, a nível de distribuição da população.
Se dividirmos Portugal por NUT III, verificamos que:
Vazios Humanos Causas
1 Temperaturas muito baixas
2 Temperaturas muito altas
(secura)
3 Grandes Amplitudes
4 Vegetação muito densa
 Maior concentração da população na faixa litoral ocidental, entre o Minho e a
Península de Setúbal
 Contraste entre o Litoral e o Interior
 Saliência entre dois pólos de atracão: Lisboa e Porto constituindo assim a
bipolarização* da concentração da população.
 Concentrações importantes em torno dos pólos do Porto (Cávado, Ave, Tâmega, entre
Douro e Vouga e Baixo Vouga) e de Lisboa (Península de Setúbal).
Em relação a Portugal Insular, verifica-se uma maior concentração na faixa litoral de ambos os
arquipélagos, salientando-se a Madeira com maior densidade populacional do que os Açores.
O território insular apresenta também alguns contrastes:
 Maior densidade nalguns conselhos da ilha de S. Miguel em relação às restantes ilhas.
 Grande densidade dos conselhos na parte sul/sueste da ilha em oposição à parte norte
e extremidade oeste.
Em redor dos conselhos de Lisboa e Porto existem regiões que acabam também (por relação
de proximidade) por se tornar atrativas. A este processo chamamos de urbanização, que se
estende para lá do limite daquelas cidades e abrange os seus subúrbios. Assim a concentração
da população em redor dos polos atrativos originou as áreas metropolitanas.
Assim a grande concentração de população em torno das duas metrópoles levou à constituição
das Áreas Metropolitanas*.
Noções
Bipolarização Designação dada à enorme força atrativa que as Áreas metropolitanas
exercem sobre a população e as atividades do país
Urbanização Processo de desenvolvimento das cidades que engloba o número de
habitantes, a superfície construída e o modo de vida
Áreas metropolitanas Unidade espacial que define um aglomerado, constituído por uma
metrópole e pelos seus subúrbios.
Fatores que influenciam a distribuição da população
 Clima
O clima é um facto importante na distribuição da população. De entre os fatores naturais
destaca-se:
o Relevo – As planícies são mais atrativas à fixação da população ao invés das
áreas montanhosa.
o Clima – A maior disponibilidade de água e a ocorrência de calor ou frio, podem
influenciar a distribuição territorial da população. Temperaturas amenas
(litoral)
o Fertilidade dos solos - Fundamental na distribuição da população, uma vez que
influencia o rendimento agrícola e a produção de alimentos.
 Movimentos migratórios
A evolução da população em Portugal, tem apresentado períodos de crescimento positivo
(dec.70) e também períodos de crescimento negativo (dec.60).
Contudo esta irregularidade na evolução da população não é comum em todo o território
nacional.
Podemos dizer que os concelhos com taxa de variação positiva, ou seja, com o saldo
migratório e fisiológico positivos, localizam-se em redor de Lisboa e Porto, Noroeste, Algarve e
em algumas regiões autónomas
Contrariamente, os concelhos com taxa de variação negativa, ou seja, resultantes de um
saldo migratório positivo e de um saldo fisiológico negativo, ou ambos negativos, localizam-se
sobretudo no interior.
Já desde o século XIX que se verificava uma maior preferência por Lisboa e Porto, seguidos
de Aveiro, Viena do Castelo, Braga, Coimbra, Leiria e Setúbal. Por sua vez, as regiões próximas
da fronteira com Espanha, e de um modo geral todo o Alentejo, forma-se esvaziando,
acentuando-se assim as grandes Assimetrias Regionais*
A litoralização da população resulta de dois processos migratórios:
 Êxodo Rural* - população que abandona os campos e as aldeias, de economia agrícola,
do interior para se fixar nas cidades do litoral. Acentuas as assimetrias regionais.
 Emigração – Intensificação da saída de população Jovem-Adulta para o estrangeiro
(Europa central e ocidental)
Noções
Consequências do Êxodo rural
Assimetrias regionais
Situação de desequilíbrio espacial num
território, a nível de qualidade de vida; de
riqueza económica; ect.
Êxodo Rural
Expressão que evoca a partida
em massa das populações rurais
para as cidades
Principais regiões de perdade população
 Regiões do interior sul
 Região auntónoma dos Açores
 Região auntónoma da Madeira
Problemas das regiões interiores
 Envelhecimento da população
 Decrescimo da natalidade e d n+umero de jovens
 Insuficiência da população ativa, nomeadamente a falta de mão de obra qualificada
 Perda de importância da atividade agrícola, hoje praticada sobretudo por idosos,
acentuado o seu caráter de sbsistência
 A degradação ambiental por abandono de muitas terras agrícolas e expansão das áreas
de matos e baldios, mais suscepiveos à ocorrência de incêndios
 A fragilidade de tecido económico, com repercurssões no aumento da população
desempregada
 A alteração da estrutura de procura de serviços coletivos sociais e culturais , devido à
mudanças demográfias, que se refelctem, diretamente na carência de sercços de apoio
á população idosa
 A insuficiência de infraestruturas e de equipamentos (água, saneamento…)
Para se explicar o contaste geográfico entre litoral e interior, também é importante falar
na imigração. Esta beneficia sobretudo as áreas urbanas do litoral, em particular a área
metropolitana de Lisboa.
o 1º Surto migratório – ocorreu na segunda metade da década de 70 do século XX, com
o regresso dos ex-colonos africanos, na sequência da descolonização e também do
regresso de muitos emigrantes europeus.
o 2º Surto migratório – desenvolveu-se sobretudo a partir da década de 80 e estendesse
pela atualidade. Primeiro, é formado pelos contingentes de imigrantes dos PLAOP e,
mais recentemente a este vieram juntar-se emigrantes do Brasil e de algun países da
Europa de Leste.
Em conjunto, as populações emigrantes, na busca de melhores condições de vida,
respondem a uma oferta de emprego, que se encontra mais facilmente na Áreas
metropolitana de Lisboa. Nos últimos anos, tem-se vindo a verificar, também, uma maior
dispersão geografia, abrangendo alguns concelhos interiores, devido à escassez de mão de
obra por falta de população jovem.
A densidade populacional* média de Portugal é de → 114 hab/km₂
Litoralização
Densidade populacional
Intensidade do povoamento
expressa pela relação entre o nº
de habitantes e de uma área
territorial e a superfície desse
território.
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES LITORAIS
Fatores Naturais
 Clima
No litoral o clima é: Ameno; Mais húmido e ocorre mais precipitação.
O facto de o clima ser Ameno e mais húmido → Solo Fértil →
Atividades Agropecuárias
 Relevo
Quanto ao relevo Portugal apresenta um relevo pouco acidentado
 Proximidade do mar
A proximidade com o mar e o relevo pouco acidentado provocam boas e mais acessibilidades
Fatores Humanos
 Concentração das principais indústrias
 Concentrado dos centros urbanos
 Boas vias de comunicação e acessibilidades
 Grande diversidade de equipamentos sociais
 Grande concentração de mercados consumidores
 Mão de obra especializada
 Maior capacidade de atracão de investimentos
O litoral apresenta características para um melhor e mais elevado nível de vida, pois:
A população do litoral tem maiores rendimentos e mais acessos aos bens do que a população
do interior
Êxodo rural e emigração das regiões interiores
 Despovoamento de interior
 Envelhecimento da população - Diminuição da natalidade
 Maior pobreza e atraso
LITORAL → Sobrepovoamento
Forte pressão sobre as infraestruturas e os recursos
Diminuição da qualidade de vida e degradação dos territórios
INTERIOR → Despovoamento
O que é necessário fazer? = SOLUÇÕES
 É necessário planear os recursos humanos e naturais
 Definir estratégias e modelos de desenvolvimento do território
Litoralização
Grande concentração de
população e das atividades
económicas no litoral
Subaproveitamento dos
recursos
Leva a
Provoca
↓
↓
 Deve haver equilíbrio entre as atividades humanas, os recursos naturais e as
infraestruturas.
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES INTERIORES
Fatores Naturais
Fatores repulsivos à fixação de população e das atividades económicas nas regiões interiores
 Invernos rigorosos
 Verãos quentes e secos
 Grandes Amplitudes Térmicas
 Solos pouco férteis
 Humidade e precipitação fracas.
Em síntese, as disparidades regionais da distribuição da população resultam da convergência
de um conjunto de fatores:
 Dinâmicas geográficas – refletem, por um lado, a evolução da natalidade, da
fecundidade e da EMV, e por ouro lado, os movimentos migratórios (êxodo ,
emigração, imigração)
 Dinâmicas económicas – relacionadas com o padrão de distribuição, do
investimento público e privado, na indústria e nos serviços na faixa litoral.
 Padrão de crescimento da urbanização, das áreas metropolitanas e das cidades
médias
Processo de litoralização
Áreas urbanas do litora
 Regresso dos emigrantes
 Regresso dos ex-colonos
 Imigração
 Pequenas cidades do interior
 Áreas rurais
Consequências do crescimento populacional das áreas urbanas
Problemas em que ultrapassou o limite de carga humana
Capacidade de Carga Humana
O número limite de pessoas que
se podem fixar numa região sem
por em causa a sua
sustentabilidade
1º Surto
2º Surto
 A expansão de espaços com excessos de construção de edifícios
 A degradação de muitos bairros nas periferias e nos centros históricos das cidades
 O aparecimento de estratos da população sem meios para obter uma habitação
condigna, levando à construção de bairros de barracas.
 A insuficiência equipamentos escolares, de saúde e outros de apoio à população
 A incapacidade de algumas infraestruturas (saneamento básico; acessibilidade; etc) a
responderem às necessidades da população
 A insuficiência de espaços verdes e equipamentos de lazer
 Aumento de riscos de inundação
Medidas para atenuar as assimetrias regionais
 Incentivar a localização de novas empresas no interior, através de incentivos fiscais
ou da atribuição de subsídios.
 Investimentos em infraestruturas de transportes que melhorem a acessibilidade
das regiões mais isoladas do interior
 Construção das infraestruturas de captação e distribuição de água e de energia
 Instalação de pólos universitários em cidades do interior para travar a saída de
jovens para estudar nas grandes cidades
 Instalação de centros de formação profissional procurando aumentar o nível de
qualificação
Papel do ordenamento do território na resolução das assimetrias regionais
O ordenamento do território diz respeito às ações que o Estado leva a cabo com os
objetivos de melhorar a distribuição da população e as atividades económica. Possibilitando
assim:
 Melhor organização
 Resposta às necessidades da população
 Correta gestão dos recursos naturais
 Proteção ambiental
O ordenamento do território envolve a elaboração prévia, de planos por equipas
multidisciplinares (economistas; geógrafos; ect).
Estes planos podem ser de:
 Âmbito nacional, como os PNOT (Plano Nacional para a Política de Ordenamento do
Território)
 Caráter regional, como mo PROTA (Plano Regional de Ordenamento do Território dos
Açores)
 Âmbito municipal, como o PDM (Plano Diretor Municipal)
 Planos de pormenor – planos elaborados para áreas específicas da cidade.
RECURSOS
Recursos Naturais – Riquezas disponíveis na Terra que podem ser utilizadas em diversas
atividades humanas
Recursos
subsolo
do
Tendo em conta as características dos recursos naturais, este podem ser divididos em:
 Geológicos ou do subsolo (minérios; rochas; água)
 Climáticos
 Hídricos
 Biológicos
Os recursos naturais, também por ser classificados em:
 Recursos renováveis ou Recursos não-renováveis, em função do tempo necessário
para serem repostos.
Recursos Renováveis
Recursos que se repõem continuamente na Natureza, por isso, não se esgotam: água;
sol; vento; calor interior da Terra…
Recursos não-renováveis
Recursos que não se repõem na Natureza à mesma velocidade com que são
consumidos e por isso podem-se esgotar: carvão; petróleo; gás natural…
Os recursos do subsolo podem ser classificados em:
Minerais Energéticos – Minerais que se destinam à produção de energia (petróleo; carvão; gás
natural; urânio)
Minerais Metálicos – Minerais formados por substâncias metálicas (ferro; zinco; ouro; prata;
estanho; cobre e tungsténio/volfrâmio)
Minerais não metálicos – Minerais cuja constituição é formada por substância não metálicas
(sal gema; quartzo; talco; caulino e feldspato)
Rochas industriais – rochas utilizadas na construção civil (calcário; granito; areias e argilas)
Rochas ornamentais – rochas utilizadas para fins decorativos ( mármore; granito e calcário)
Água
o Minerais – detêm propriedades terapêuticas
o Nascente – águas subterrâneas com propriedade, consideradas, próprias para beber
o Termal – águas subterrâneas cuja temperatura é superior a 20ºC
PORTUGAL
Em Portugal há muitas jazidas (locais onde se verifica uma concentração de minérios
suscetíveis de serem explorados)
↓
A extração de recursos minerais é de grande tradição em Portugal
↓
Conheceu um crescimento acentuado na última década do século XX
↓
Mas continuou a ter uma reduzida importância na economia nacional (destaca-se apenas a
extração de rochas)
↓
A indústria extrativa contribui apenas com 1% do PIB
História da Terra
 Pré-Câmbrico
o Período de formação da Terra
o Eclosão da vida
 Era Primária / Paleozoico
o Desenvolvimento da vida
 Era secundária / Mesozoico
o Era dos dinossauros
o Desaparecimento dos dinossauros no final desta era
 Era Terciária / Cenozoico
o Era dos mamíferos
o Aparecimento dos 1º hominídeos (australopitecos)
 Era quaternária / Atropozoico
o Desenvolvimento do homem
As unidades morfoestruturais de Portugal
Maciço Antigo – Formado na era paleozoica /era primária, constituindo cerca de 2/3
do território nacional, correspondendo à parte Norte e a grande parte do Centro e do Alentejo.
Rochas locais: Granitos e Xistos
Orlas mesocenozoicas – Formadas durante o mesozoico e o cenozoico,
correspondendo à parte sul do Algarve e à faixa compreendida entre Aveiro e Lisboa
Rochas locais: calcários; arenitos e argilas
Bacias sedimentares do Tejo e do Sado – Datadas da era Cenozoica. Formaram-se a
partir da acumulação de sedimentos na Bacia do Tejo e do Sado que mais tarde emergiram
Rochas locais: Areias, arenitos; e argilas
Concluindo
Unidades morfoestruturais
Maciço Antigo Orlas mesocenozoicas Bacia do Tejo e do Sado
Era em que foi
formado
Paleozoico Mesozoico e
Cenozoico
Cenozoico
Área do país
abrangida
Norte
Interior Centro
Alentejo
Litoral algarvio e
litoral centro (Aveiro a
Lisboa)
Bacias do Tejo e do Sado
Rochas constituintes Granito; xisto;
quartzito;
Calcário; argilas;
arenítos
Areais; argilas; arenitos
Formas de relevo Norte/centro –
serras, vales e
planaltos
Alentejo - pene
planícies
Serras de cume
arredondado e
planícies
Planíceis
Minérios
predominantes
Feldspato;
quartzito;
tungsténio;
talco; cobre;
estanho
Caulino e sal-gema
Distribuição das principais explorações de rochas
O subsetor das pedreiras explora uma grande variedade de matérias-primas, Tendo em
conta o destino que é dado às rochas, este subsetor divide-se em dois grupos: extração de
rochas ornamentais e a extração de rochas industrias.
A distribuição de pedreiras pelo território é irregular e a sua localização faz-se de
acordo com os afloramentos rochosos de cada região. Os distritos de Leiria; Évora; Porto;
Santarém são os distritos que detêm maior número de pedreiras.
Tipos de Rochas
Tipos Formação Exemplos
Magmáticas ou eruptivas Resulta da solidificação do
magma
Plutónicas (intrusivas) –
Granito, diorito e gabro
Vulcânicas (extrusivas) –
basalto e pedra-pome
Sedimentares Resulta da acumulação de
sedimentos provenientes da
erosão de outras rochas
Arenitos, areias, argilas
(origina o xisto),
conglomerados e calcário
Metamórficas Resultam da alteração de
outras rochas, devido a altas
pressões e temperaturas
Ardósia, xisto (origina a
ardósia), quartzito, mármore
(resulta do calcário a altas
temperaturas.), gnaisse
Intrusivas – solidificam no interior da terra
Extrusivas – Solidificam no exterior da terra
Rochas ornamentais
Rochas ornamentais Local de extração Utilização
Calcário Maciço calcário estremenho
e Algarve  Pavimentos
 Calçadas
 Revestimentos
 Mobiliários
Granito Norte
Interior Centro
Mármore (metamórfica) Região de Estremoz
Borba de Vila Viçosa (distrito
de Évora com 90%) - Sul
Rochas Industriais
Rochas industriais Local de extração Utilização
Granito Norte
Interior Centro
Britas;
Alvenaria (construção de
pedras)
Calcário Maciço calcário estremenho
e Algarve - Orlas
Cimento; cal; cerâmica; e
agricultura
Areias – mais utilizada para
fins industriais
Bacia do Tejo e do Sado Construção civil e indústria
do vidro
Argilas Distritos do litoral - Orlas Cerâmica e cimento
Exploração de minérios em Portugal
Tipos Exemplos Utilização Principais minas
Cobre Indústria elétrica Neves corvo –
Alentejo
Minérios
Metálicos
Estanho Ligas metálicas e soldaduras Neves corvo -
Alentejo
Volfrâmio
Fabrico de aço extra duro e de
filamentos de lâmpadas elétricas
incandescentes
Panasqueira
Ferro Indústria siderúrgica e metalúrgica
e metalomecânica
Não há minas em
atividade
Ouro e prata
Joalharia Minas inativas, mas
há empresas
estrangeiras
interessadas
Minerais não
metálicos
Sal-gema
Indústria-química, agroalimentar e
rações
Matacão, carriço e
Campina de Cima
(orla meridional e
ocidental)
Quartzo e
feldspato
Indústria cerâmica e de vidro Região Norte e
Centro
Talco e
Caulino
Indústria cerâmica, de papel e de
tinta
Distrito de Bragança
Entre Viena e Aveiro
Minérios
energéticos
Carvão
Energia e indústria química Região centro
(urgeiriça) –
atualmente não é
explorado, pois a
qualidade do carvão
não é rentável
Urânio Produção de energia nuclear EM Portugal é de
fraca qualidade
Petróleo Total dependência do exterior, apesar de terem sido
realizadas algumas prospeções no nosso país
Distribuição de recursos hídricos
No subsetor das águas consideram-se:
 Águas de nascente
 Águas minerais
o Águas minerais naturais
o Águas minero-industriais
Portugal continental apresenta um subsolo com
grande diversidade de águas de nascente e de águas
minerais, embora a sua distribuição seja irregular pelo
território. Grande parte da exploração encontra-se realizada no Norte e Centro, fato que se
verifica devido às características do maciço antigo.
Pela sua composição química, as águas minerais também são exploradas para o
termalismo, o que constitui um importante fator de desenvolvimento para as regiões, uma vez
que as estâncias termais funcionam como polos de dinamismo económico local.
CLASSIFICAÇÃO DA ÁGUA SEGUNDO A TEMPERATURA DE SURGIMENTO
Designação Temperatura
Hipotermal ≤ 25ºC
Mesotermal 25ºC – 35ºC
Termal 35ºC – 45ºC
Hipertermal ≥ 45ºC
Papel do termalismo no desenvolvimento das regiões
O termalismo é visto, tradicionalmente, como uma atividade que tem como principal
função o tratamento de doenças.
Atualmente, esta atividade é também vista como potencializadora dos recursos
termais das regiões onde ocorre, visto que esta atividade foi alargada para o setor turístico
A estratégia de desenvolvimento das 4 vertentes (tratamento; prevenção; bem-estar e
lazer) procura captar mais quantidade de frequentadores, para além dos “termalistas
clássicos”. Para isso é necessário por em prática o chamado marketing termal. Portanto, é
necessário:
 Proporcionar um tipo de oferta turística diferente daquelas que podem ser oferecidas
por ouros tipos de turismo concorrentes, de forma a atrair determinados segmentos
do mercado às estâncias termais
 Oferecer produtos e serviços de acordo com as estruturas existentes nas estâncias
termais e adequadas às características diferenciadoras de cada publico alvo
 Implementar programas de divulgação e promoção das unidades termais nos
mercados nacional e internacional
 Atuar sobre a vertente da formação profissional
Recursos Endógenos
Recursos Endógenos
Recurso da região/ do local/ do
interior
Recursos Exógeno
Recurso de outra região/ país/ do
exterior
A nível energético, Portugal apresenta uma grande dependência do exterior, por isso é
necessário aumentar a produção através de formas já existentes e desenvolver projetos de
modo a aproveitar os recursos abundantes no nosso território.
Noções
Energia primária Recursos energético que se encontra na Natureza (sol, vento, petróleo,
gás natural, etc.)
Energia Secundária Energia disponibilizada aos utilizadores (eletricidade, gás natural, gás
butano, etc.)
Energias alternativas ao subsolo
 Energia Geotérmica – Energia aproveitada através da temperatura, elevada, da água
em todo o continente (insular, incluído). Esta é uma fonte rentável de captação de
energia porque a temperatura das águas no continente varia entre 20 – 40ºC não
excedendo os 80ºC sendo, não só utilizada para fins terapêuticos, mas também para
aquecimento doméstico, industrial, agrícola e de algumas infraestruturas. Contudo
está limitado a um número restrito de lugares (caudal geotérmico suficiente; baixa
salinidade; temperatura da água elevada).
 Energia hídrica – Inclui eletricidade produzida pelas grandes centrais hidroelétrica
A implementação destes projetos enfrenta vários problemas:
o Custo elevado na construção de barragens;
o Clima, em épocas de clima seco, a quantidade de energia produzida diminui
o Impacto ambiental, não aprovado por nenhum ambientalista
Nos anos de precipitação mais abundante, produz-se 40% da energia elétrica e nos
anos mais secos, cerca de 20%
Cerca de 10 novas barragens irão ser construídas
Portugal é o país cm maior percentagem de energia elétrica produzida por via hídrica
 Biomassa – O único exemplo de produção de energia elétrica a a partir de biomassa
(provém de matérias biodegradáveis, produtos e resíduos agrícolas, substâncias
florestais e industriais, resíduos industriais e urbanos), situa-se em Mortágua.
Visto que maior parte do território é coberto por floresta (38%) este tipo de captação
de energia torna-se fácil.
 Biogás – Gás combustível composto por 60% de metano e 40% de dióxido de carbono.
Este gás é obtido pela degradação biológica dos resíduos orgânicos, produzidos a
partir de várias origens:
1ª – Aterros sanitários
Provém dos efluentes (esgotos)
2ª – Atividade agropecuária
3ª – ETARs
Vantagem
o Reduz a energia consumida no tratamento dos resíduos
Desvantagens
o A queima do metano tem um efeito nocivo na atmosfera
o Representa apenas 3% do consumo de energia nacional
 Energia solar – Energia proveniente do sol, sendo aproveitada através das
componentes fotovoltaícas (conversão em energia elétrica) e térmica (conversão em
energia térmica).
Este tipo de energia detém a maior potencial no sul do país: Central de Serpa e Central
da Amareleja, sendo esta a maior dom Mundo.
Vantagens
o Baixa manutenção
o Provoca um impacto social positivo, uma vez que contribui para a criação de emprego
 Energia eólica
Maior exploração nas áreas do litoral Norte e de maior altitude, devido às condições favoráveis
– vento
Obstáculos com que se depara:
 Aspetos administrativos e burocráticos, necessários à implementação destes projetos
 Difícil escoamento de energia
 As áreas de maior potencial eólico situam-se em áreas de difícil acesso devido às fracas
redes de acessibilidades
 Cruzamentos de interesses, sobretudo se estiverem em causa questões ambientais
↓
Provoca o aumento do custo dos projetos pondo em causa a viabilidade dos projetos
 Energia das ondas
O seu aproveitamento depende de um conjunto de fatores existentes nas áreas costeiras que
permitem resolver facilmente os problemas de transporte e de energia para terra e de acesso
para a sua manutenção. Em Portugal, a costa ocidental e as ilhas dos açores têm condições
favoráveis para a localização de unidades de conversão.
Como entrave à instalação destas mesmas unidades, está a agressividade do meio, o que
explica o atraso tecnológico para o aproveitamento da energia das ondas
Razões explicativas entre a produção e o consumo de energia
Devido à ausência de exploração de recursos energéticos do subsolo, em Portugal faz-
se exclusivamente a partir de recursos renováveis que estão disponíveis no território
continental e insular.
Devido ao desenvolvimento do país, traduzido no crescimento dos diversos setores de
atividade económica dos diversos setores de atividade económica e na melhoria da qualidade
de vida da população, obriga a gastos de energia cada vez maiores, em que os gastos maiores
concentram-se nos locais de maior abundância de população e de atividades económicas.
Visto que a produção de energia é inferior à necessária para satisfazer a população é
necessário recorrer ao exterior, importando na maioria petróleo.
Eficiência Energética
Atividade que procura otimizar o uso de fontes de energia; fazer uma utilização
racional da energia; usar menos energia para fornecer a mesma quantidade de valor
energético.
A eficiência energética engloba a implementação de estratégias e medidas para combater o
desperdício de energia ao longo do processo de produção, distribuição e utilização da energia
Noções
Radiação solar Quantidade de energia de intensidade e natureza variáveis, emitida
pelo sol, que se propaga sob a forma de ondas eletromagnéticas, e da
qual só uma pequena parte é recebida pela superfície terrestre.
Radiação
Solar
nota: Sem radiação solar, a temperatura média da Terra seria de
-239ºC.
A radiação solar demora cerca de 8min a atingir a Terra.
Constante Solar Total de energia que atinge o limite superior da atmosfera, numa
superfície de 1cm₂, perpendicularmente aos raios solares e durante um
minuto. Exprime-se em caloria e tem um valor médio de 2cal/cm₂/min.
Radiação terrestre Radiação de grande comprimento de onda irradiada pela Terra
Radiação global Total de radiação do sol que atinge a superfície do globo (radiação
direta + radiação difusa)
Espectro solar Radiação solar que chega até nós sob a forma de ondas
eletromagnéticas com diferentes comprimentos de onda.
Atmosfera
Composição química
Azoto 78%
Oxigénio 21%
Argón 0,9%
CO₂ 0,03%
Outros 0,07 Ex: vapor de água
Estrutura da atmosfera
 Troposfera
o Espessura – 11 a 12km
o A espessura é maior no equador (16-18km) e menor nos pólos (6-8km), isto
porque nos pólos, o frio comprime as partículas de ar e no equador as altas
temperaturas dilatam as mesmas, outro motivo é o movimento da Terra
o A temperatura diminui com a latitude: Cerca de 6,5ºC a cada 1km – Gradiente
térmico negativo)
o É nesta camada que ocorrem a maioria dos fenómenos
atmosféricos/meteorológicos
o O limite superior desta camada é a tropopausa.
 Estratosfera
o Localização – 11 a 50km
o É nesta camada que se encontra o Ozono, absorvendo grande parte dos raios
Ultra Violeta, por isso a temperatura aumenta, logo o gradiente térmico e
positivo
o O limite superior desta camada é a estratopausa
 Mesosfera
o Localização – 50 a 80km
o O gradiente térmico é negativo (inexistência de ozono e fraca existência de
gases)
o O limite superior desta camada é a mesopausa
 Termosfera
o Localização – 60 a 600km
o O gradiente térmico é positivo
o A densidade do ar é baixa
o O limite superior desta camada é a termopausa
o Começa a ocorrer a ionosfera – as partículas sofrem a ionização, ou seja,
tornam-se partículas elétricas. Existem mais partículas no interior da ionosfera
em relação ao seu interior, sendo que esta camada é utilizada nas
comunicações
 Exosfera
o Localização – 600 até ao limite da atmosfera
o Faz contacto com o espaço
Noções
Gradiente Térmico Vertical Variação da temperatura com a altitude
Funções da Atmosfera
 Protege a Terra, apresentando-se com uma concha protetora
o Protege de meteoritos, isto porque, devido a atrito criado pelo ar, estes
encandeiam-se e reduzem-se a “pó”.
o Absorve/filtra grande parte da radiação solar
 Controla a temperatura
o Não permite que uma parte significativa das radiações atinjam a superfície
terrestre
o Provoca o efeito de estufa
 É fonte de vida
o Concentra na sua composição elementos fundamentais à vida, nomeadamente
o oxigénio.
A atmosfera – Balanço Térmico
O globo perde uma grande quantidade de energia equivalente à que recebe, mantendo assim
o equilíbrio térmico
Noções
Absorção Processo de transformação da energia luminosa em energia térmica
que ocorre quando a radiação incide num objeto e é absorvia
É feita principalmente, pelo vapor de água, CO₂ e Ozono
Reflexão Mudança de direção dos raios solares ao incidirem em qualquer corpo
Difusão Dispersão da radiação solar em todas as direções.
 Uma parte perde-se para o espaço
 Outra parte atinge a superfície terrestre (é a radiação difusa)
Radiação solar direta Radiação solar que atinge diretamente a superfície do globo.
Desde que o sol nasce até quando o sol se põe
Molécula
de ar
Raio solar
Radiação solar difusa Radiação solar dispersa e difundida pela atmosfera pelas
nuvens, etc (radiação indireta recebida)
Albedo terrestre É a razão entre a quantidade de radiação refletida pela
superfície terrestre e a quantidade de radiação que nela incide
Energia refletida
 Pelas nuvens 20%
 Pela atmosfera 6% ALBEDO →
 Pela superfície terrestre 4%
O albedo é maior nas superfícies cobertas de neve e menor nas florestas
Efeito de Estufa
Fenómeno natural que regula a temperatura da Terra. É o das baixas camadas da atmosfera
Atmosfera
Absorvida pela atmosfera 16%
Absorvida pelas nuvens 3%
Refletida pela Terra 4%
Refletida pelas nuvens 20%
Refletida pela atmosfera 6%
Radiação solar 100%
Absorvida pela Terra 51%
Percentagem de energia solar refletida
em, relação à energia recebida
Aquecimento das baixas camadas
da atmosfera, devido à
interseção feita pelos gases que
compõem a atmosfera, das
radiações imitidas pela Terra
a A radiação solar atravessa a atmosfera. A maior parte da radiação é
absorvida pela superfície terrestre e aquece-a
b Alguma da radiação solar é refletida pela Terra e pela a atmosfera de volta para ao espaço
c Parte da radiação infravermelha (calor) é refletida pela superfície terrestre mas não regressa
ao espaço pois é refletida de novo e absorvida pela camada de gases de estufa que envolve o
planeta. O efeito é o aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera.
Consequências do aumento do Efeito de Estufa
 Aumento da temperatura que provocará:
Degelo, levando à subida do nível de oceanos, que tem por consequência a submersão de
vastas zonas costeiras, provocando a migração de pessoas, redução das áreas de cultivo, etc.
Modificação no regime de precipitação
Alteração na fauna e na flora
Consequências do aquecimento global para o território nacional
Ondas de calor
Períodos de seca
Chuvas intensas
Doenças transmitidas por insetos
Doenças relacionadas com a comida e água (aumento das salmonetas)
Aumento das alergias
Submersão de regiões costeiras devido à subida do nível da água.
Efeito de estufa
Radiação solar
Radiação solar
a
b
c
Fatores de variação da Radiação Solar
 A latitude e a forma arredondada da Terra
 O movimento de rotação da Terra
 O movimento de translação da Terra e a inclinação do eixo da Terra em relação ao
plano de órbita
 Outras condições locais (nebulosidade; exposição geográfica; ect)
 O lugar que recebe os raios solares com menor ângulo de incidência é o lugar C e com
maior é o lugar A.
 O lugar que recebe os raios solares com menor inclinação é o lugar A e com maior é o
lugar C.
 Os raios que chegam ao lugar C atravessam maior massa atmosférica sofrendo maiores
perdas por absorção e reflexão
Noções
PN
PS
c
b
a
Equa.
A
B
C A forma arredondada da Terra vai
fazer com que a inclinação dos raios
solares e o ângulo de incidência
variem com a altitude. Assim os
lugares de menor latitude recebem
maior radiação solar. Nos pólos
aumentam as perdas por reflexão,
difusão e a quantidade de radiação
solar é menor devido amassa
atmosférica atravessada.
Ângulo de Incidência Ângulo que os raios solares fazem com o plano tangente à
superfície da Terra no lugar do observador
O menor ângulo de incidência corresponde à maior inclinação dos raios solares e à maior
massa atmosférica atravessada
O lugar mais aquecido é o lugar A. Apesar da área atingida ser maior em B do que em A, a
superfície A é mais aquecida
A variação da radiação solar e o movimento de rotação da Terra
Ao longo do dia, varia:
 A inclinação/obliquidade dos raios solares
 O ângulo de incidência
 A massa atmosférica atravessada
 A superfície aquecida
Quando o sol nasce a radiação solar é menor, pois:
 A inclinação doa raios solares é maior
 O ângulo de incidência é menor
 A massa atmosférica atravessada é maior
 A superfície atmosférica recetora é maior
Ao meio-dia a radiação solar é maior, pois
 A inclinação doa raios solares é menor
 O ângulo de incidência é maior
 A massa atmosférica atravessada é menor
 A superfície atmosférica recetora é menor
Ao pôr do sol a radiação solar é menor, pois
Massa atmosférica
atravessada
Massa atmosférica
atravessada
Superfície terrestre
Limite da atmosfera
A B
Ângulo de
incidência
Ângulo de
incidência
 A inclinação doa raios solares é maior
 O ângulo de incidência é menor
 A massa atmosférica atravessada é maior
 A superfície atmosférica recetora é maior
De noite – Não há radiação solar
A variação da radiação solar e o movimento de translação da Terra
O movimento de translação da Terra:
 Dá origem às estações do ano
 Determina a duração dos dias e das noites
 Faz variar a inclinação dos raios solares
Equinócio de março e setembro
Em todos os lugares da Terra, os dias são iguais às noites
Solstício de junho Solstício de dezembro
Movimento de traslação da Terra
PN
PS
Trop. Câncer Dia ≥ Noite
Trop. Crapicórnio Dia ≤ noite
Equa. Dia = noite
Trop. Câncer Dia ≤ Noite
Trop. Crapicórnio Dia ≥ noite
Equa. Dia = noite
PN
PS
Portugal, localizado entre os 32º e os 42 do hemisfério norte recebe maior quantidade de
energia solar no solstício de junho, quando se inicia o verão. Nesta época, os raios solares
atingem Portugal com menor inclinação e os dias têm maior duração, por isso a temperatura é
mais elevada.
No solstício de dezembro, quando se inicia o inverno o sol está a incidir no trópico de
Capricórnio pelo que, no território português, a inclinação dos raios solares é maior, a duração
do dia é menor e em consequência disso as temperaturas são mais baixas.
Nos Equinócios os dias têm a mesma duração das noites em todo o globo. Nesta altura, a
radiação solar incide na vertical sobre o equador. Em Portugal têm inicio as estações
intermédias (primavera e outono)
Noções
Isotérmicas Linhas que unem pontos de igual temperatura.
Amplitude Térmica Diurna Diferença entre a temperatura máxima e a temperatura
mínima do dia
Amplitude Térmica Anual Diferença entre a temperatura mais quente e a temperatura
mais baixa de um mês
Distribuição das temperaturas em Portugal Continental
 No inverno É mais notório o contraste NE/SE, devido a:
o Latitude
o Altitude
o Nebulosidade
o Proximidade do mar ou continentalidade
o Disposição do relevo
 No verão É mais notório o contraste litoral/interior
Contraste NW/SE da radiação solar e da insolação
Este contraste resulta de fatores, tais como:
o Latitude (menor latitude → maior insolação e radiação solar)
o Altitude (maior altitude → maior insolação e radiação solar)
o Nebulosidade (menor nebulosidade → menor maior insolação e radiação solar
o Proximidade do mar ou continentalidade (maior proximidade = maior
nebulosidade → menor radiação solar
o Disposição do relevo
Distribuição das temperaturas em todo o planeta
Os valores mais altos de radiação solar, não se registam no equador mas sim nos trópicos
devido à maior nebulosidade das regiões equatoriais que fazem diminui os valores de radiação
solar, comparativamente à regiões tropicais.
Distribuição da temperatura em Portugal
Em Portugal continental, durante o inverno desenhe-se um contraste NE/SW dm que o norte
interior é a região claramente mais fria. Por outro lado o Algarve em particular o barlavento,
regista as temperaturas mínimas mais elevadas.
No verão há um claro contraste Litoral/Interior, com o litoral claramente mais fresco e o
interior muito quente, em particular o interior trasmontano e o alentejano
Nas ilhas matem-se sempre um contraste interior/litoral, pois o vigor do relevo é o principal
fator para baixar as temperaturas mínimas no inverno e máximas no verão
Em Portugal continental, o contraste entre o litoral e o interior é
notório. A proximidade do mar parece ser preponderante, e a latitude
não se afirma como o fator fundamental. Mesmo o relevo tem pouco
impacto na amplitude térmica anual.
Inverno Verão
Barlavento
algarvio
Sotavento
algarvio
No inverno é bem visível o contraste nordeste/sudoeste, com as
temperaturas a aumentar para sudoeste. O Nordeste transmontano é
a região mais fria.
Os fatores condicionantes da temperatura são:
- Latitude
- Continentalidade e proximidade do mar
No verão, o contraste é entre oeste/este, ou seja,
litoral/interior.
O gradiente diminui com a continentalidade.
Os fatores condicionantes da temperatura são:
- continentalidade e proximidade do mar
- Relevo (as regiões montanhosas aquecem – falta de
nebulosidade)
Porque é que os ventos que entram no Mondego na entram no Douro?
Pois existem serras concordantes à costa que impedem a passagem desses ventos
Que fatores influenciam a distribuição da temperatura
Inverno
Verão
As temperaturas mais elevadas
entram pelo vale do Douro
vindas de Espanha
Entrada de ventos
frescos no vale do
Mondego vindas
do mar
 Latitude (norte-sul)
As temperaturas mais baixas a Norte, ficam a dever-se à inclinação aos raios solares, à
precipitação e à maior nebulosidade
 Altitude
 O relevo e a sua disposição
Encontram-se diferenças de temperatura entre as vertentes expostas a sul (vertentes
soalheiras) que recebem grande quantidade de radiação solar e vertentes viradas a norte
(vertentes umbrias) que podem estar longos períodos de tempo sem radiação solar direta.
As depressões são também normalmente mais quentes do que as áreas topograficamente
mais elevadas.
 As correntes marítimas
No hemisfério norte as correntes provenientes do norte são frias e do sul são quentes.
Nova York está à mesma latitude que Lisboa e o que explica as baixas temperaturas em NY e
mais altas em Lisboa são as correntes marítimas quentes.
 A continentalidade
A continentalidade influencia a distribuição das temperaturas, principalmente no verão. O ar
marítimo que afeta o litoral tem a capacidade de amenizar o clima, tornando os Verãos mais
secos e os Invernos mais suaves. O oceano devido ter maior inércia térmica, é mais quente que
o continente durante o inverno e mais frio que o continente que o verão.
A energia solar
É renovável
É limpa, ou seja, não polui
É utilizada para:
 Aquecimento (energia solar térmica) – através de painéis solares – sistemas térmicos
 Produção de eletricidade (através de células/sistemas fotovoltaicas que convertem a
radiação solar em eletricidade) – sistemas fotovoltaicos
A energia solar térmica está completamente dependente da insolação utilizando apenas a
radiação solar direta.
OS sistemas fotovoltaicos para além da radiação solar direta também aproveitam a radiação
solar difusa
Portugal tem boas condições a nível de aproveitamento da radiação solar, sendo
muito elevada no interior sul. Contudo esse facto não tem sido aproveitado da melhor forma,
o que agrava a dependência energética pelo exterior.
A nível europeu Portugal apresenta uma insolação mais elevada do que muitos países
nórdicos, contudo apresenta um nível de produção elétrica muito inferior aos outros países
apesar de possuir recursos mais favoráveis.
Concluindo podemos dizer que a energia solar existe em Portugal em grande
quantidade, além disso é geradora de emprego Portugal possui equipamento tecnológico
suficiente para obter um grande aproveitamento desta fonte de energia. Por isso não há
razões para que Portugal não aposte na implementação d estações para a obtenção de energia
solar.
Importância da insolação no turismo
O turismo em Portugal representa uma “fatia” grande no que diz respeito ao PIB e ao
emprego. Para esta realidade contribui a situação ambiental portuguesa, em particular o clima
e a insolação. Prova disso são os destinos dos turistas.
O ambiente mais escolhido pelos turistas situa-se no litoral (praias), sendo que os
restantes se podem considerar insignificantes à exceção das férias no campo. De qualquer
forma os ambientes escolhidos pelos turistas estão relacionados com a insolação.
A entrada de turistas mostra a importância da insolação em Portugal, a julgar pela
quantidade de turistas nos meses de verão. Havendo também uma afluência em abril devido à
Páscoa. Também no inverno a entrada de turistas é significante, nesta época Portugal, mais
propriamente o Algarve é procurado pela população mais idosa, que procuram calor durante a
estação fria.
Os principais turistas, são provenientes do Reino-Unido, Alemanha, Países-Baixos e
Irlanda, pois as condições de radiação solar são piores do que em Portugal, tornando-se este
num destino de férias.
Há um contraste a nível da insolação entre o sul (maiores níveos) e norte (com
menores níveis), para além de ter menores níveis de insolação, o norte possui um clima mais
fresco e ventosa, tornando-se num destino menos procurado pelos turistas.
Utilização da Energia Solar
 De forma ativa
o Para aquecimento (energia térmica)
o Para a produção de eletricidade (eletricidade fotovoltaica)
 De forma passiva
Aproveitamento da energia para aquecimento de edifícios e habitações, onde a construção
deve ser baseada na eficiência energética (permitam ganhos de energia solar e diminuição
de ganhos excessivos de calor no verão)
Isto é possível através da orientação dos edifícios (para sul) e do isolamento térmico dos
mesmos
Problemas na Produção de Energia
 Grande investimento inicial
 Grandes áreas para a sua instalação
 Dificuldades no armazenamento e no transporte
 Sobrepovoamento do litoral (grande consumidor de energia elétrica), em relação ao
interior sul (local onde há maior aproveitamento de radiação solar
Recursoshídricos
Recursos hídricos
A água é um bem precioso. É ela que possibilita a existência humana.
A água é essencial porque precisamos dela para beber, produzir eletricidade e regar os
campos agrícolas. Mas coloca-se uma questão: Será que teremos água suficiente (qualidade e
quantidade) para satisfazer as necessidades da população? Esta questão coloca-se pois apesar
do Planeta Terra ser, maioritariamente constituído por água, grande parte dela não é dirigida
para o nosso consumo.
Disponibilidade hídrica da Terra
Água na Terra Água doce
Curiosidade
 Os recursos hídricos veem a escassear devido à poluição da água
 Existe uma grande disparidade a nível de acesso a água potável
Ciclo da água – Sistema fechado
A água é um recurso renovável que se encontra em movimento, e pode ser encontrada
em 3 estados físicos da matéria: Sólido (neves, gelos); Líquido (rios, lagos, oceanos e águas
subterrâneas) e Gasoso (vapor de água).
Tendo em conta que a maior parte da água existente (≈98%) se encontra nos oceanos,
iniciamos o ciclo no mesmo. Podemos então por começar por dizer que o responsável pelos
início deste ciclo é o sol, como estudámos este irradia calor aquecendo assim a água dos
oceanos o que leva à sua posterior evaporação para a atmosfera. É também de suma
importância saber que o vapor de água pode também chegar à atmosfera através do
fenómeno de sublimação dos gelos e das neves e/ou da evapotranspiração.
O vapor de água vai para atmosfera e as massas de ar ao arrefecerem condensam. A
condensação é um fenómeno que se torna visível quando se dá a formação de nuvens. Estas
são formadas por água no estado líquido sob a forma de pequenas gotículas em suspensão. As
correntes de ar movem as nuvens ao longo do globo e, nesse movimento, as gotículas que
formam as nuvens colidem e crescem, quando se tornam suficientemente pesadas, caem sob a
forma de precipitação, no estado líquido (chuva) ou sólida (neve ou granizo). Ao precipitar sob
a forma sólida vai alimentar, entre outros, as calotes de gelo e os glaciares.
Grande parte da precipitação cai diretamente nos oceanos, reiniciando-se o ciclo
hídrico.
Outra parte cai sobre os continentes, onde, por ação da gravidade vai escoar à
superfície (água de escorrência)
 Parte dessa água é drenada pelos rios e levado até ao oceano;
 A outra parte “alimenta” os lagos, e por infiltração, os lençóis de água.
Noções
Evaporação Passagem da água no estado líquido para o estado gasoso
Sublimação Passagem da água do estado sólido para o estão gasoso, sem passar
pelo estado líquido, ou vice-versa
Evapotranspiração Transpiração das plantas e de todos os seres vivos, que vai para a
atmosfera sob a forma gasosa
Condensação Passagem da água no estado gasoso para o estado líquido.
Precipitação Queda de gotículas de água provenientes das nuvens que colidem. Esta
pode sob a forma de chuva (estado líquido), neve ou granizo (estado
sólido).
Escorrência Água que escoa à superfície (escorrência superficial) ou no subsolo
(escorrência subterrânea)
Infiltração A água das chuvas é intercetada pelo solo e, por ação da gravidade,
desloca-se para o interior do solo as várias profundidades
Aquíferos Extensos canais de água subterrâneos resultantes da infiltração.
Humidade Atmosférica
Humidade absoluta Quantidade de vapor de água existente numa unidade de volume de
ar. Exprime-se em gr/m₃
Ponto de saturação Quantidade máxima de vapor de +agua que o ar pode conter a uma
determinada temperatura. Exprime-se em gr/m₃
Humidade relativa Relação entre a quantidade de vapor de existente num dado volume
de ar e a quantidade máxima de vapor de água que esse ar pode
conter. Exprime-se em %
Relação entre a humidade absoluta e o ponto de saturação
H.R=H.AP.S x 100
Exercício
Um dado volume de ar a uma certa temperatura possui:
 H.A = 5 gr/m₃
 P.S = 10 gr/m₃ H.R=510 x 100
 H.R = ? H.R=0,5 x 100
H.R=50% →
Caso haja:
Aumento da Temperatura → o Ponto de Saturação aumenta → a Humidade Relativa diminui.
Diminuição da Temperatura → o Ponto de Saturação diminui → a Humidade Relativa aumenta,
ficando-se mais próximo da ocorrência de precipitação.
Noções
Higrómetros Medem a humidade absoluta e a humidade relativa
Termo-higrómetros Medem a temperatura e a humidade relativa
Condições
Neste caso, o ar contém metade
do vapor de água que pode
conter
Dd atmosféricas
Variação da
temperatura
Ponto de
saturação
Humidade
relativa
Subida da
temperatura
Aumenta Diminui
Descida da
temperatura
Diminui Aumenta
A circulação geral na atmosfera
A atmosfera da Terra exerce uma pressão à superfície (pressão atmosférica) que ´+e fruto da
força exercida pelo ar. Essa pressão não é sempre constante e varia com:
 Altitude Quanto maior for a altitude, menor é a pressão em virtude da
menor espessura da atmosfera que está por cima e vice-versa.
 Temperatura Quanto maior é a temperatura menor é a pressão e vice-versa.
 Densidade do ar Quanto maior é a densidade maior é a pressão isto porque:
ar + denso → + partículas → + pesado → - altitude → + pressão
 Espaço e Tempo Isto porque os fatores anteriormente descritos não se
observam de igual modo em todo o Planeta.
Pressão
 Alta pressão ≥ 1013hPa
 Pressão normal = 1013hPa →
 Baixa pressão ≤ 1013hPa
Traduz a pressão exercida pela
atmosfera num determinado ponto
da superfície.
Circulação em altitude; na Vertical
Circulação à superfície; na Horizontal
D
Divergente Convergente
 O ar ascende em espiral, mas
converge à superfície e diverge em
altitude
 Durante a subida o ar torna-se
mais frio e húmido
 Nas regiões afetadas por
depressões, como a pressão é
baixa no centro, o ar ascende e
arrefece, logo condensa mais
facilmente dando origem a nuvens
 O ar desloca-se da pressão maior
para a menor
1015hPA
1020hPA
1025hPA
1015hPA
1010hPA
1005hPA Centro de
baixas pressões
ou Depressão
Centro de altas
pressões ou
Anticiclone
Nota
A ascendência do ar ou a sua subsidência está relacionada com o Efeito de
Coriolis, que designa o desvio dos ventos consoante o hemisfério.
Portanto, os ventos deslocam-se das altas para as baixas pressões, sendo
que no hemisfério norte, o desvio dos ventos é para a direito e no hemisfério sul
para a esquerda (relacionado com o movimento da Terra).
O valor mais alto tem que
estar no meio e diminuir
para fora
O valor mais baixo tem
que estar no meio e
aumentar para fora
 O ar é descendente em espiral e
diverge à superfície e converge em
altitude
 Durante a descida o ar torna-se
quente e seco
 Nas regiões afetadas por
anticiclones o céu estará limpo e
com fraca nebulosidade
Convergente Divergente
Distribuição em latitude dos centros de pressão
Portugal encontra-se entre as altas pressões subtropicais e as baixas pressões subpolares
Origem dos anticiclones e das depressões barométricas
A existência destes centros poder ser de origem térmica ou de origem dinâmica.
As baixas pressões equatoriais têm origem térmica (altas temperaturas) e origem
dinâmica (ascensão do ar no encontro dos ventos alísios)
As altas pressões subtropicais são de origem dinâmica (o ar que foi obrigado a subir
nas regiões do equador, desce sobre os trópicos).
As baixas pressões subpolares são de origem dinâmica (a ascendência do ar resulta
do encontro entre os ventos de Oeste com os ventos de Leste)
As altas pressões polares são de origem térmica (resultam das baixas temperaturas)
Equador
Trop. Cancer
Trop. Capricórnio
P.N
Circulo Polar Ántartico
Circulo Polar Ártico
P.S
Baixas Pressões Subpolares
Altas Pressões Subtropicais
Baixas Pressões Equatoriais
Altas pressões polares
Circulação geral da atmosfera: à superfície - ventos (1) e em altitude - células (2)
A intensa radiação solar nas regiões equatoriais aquece o ar, o que provoca a sua
ascendência, pois o ar aquecido é mais leve. O ar ao ascender arrefece e condensa, o que
confere às regiões equatoriais um cariz extremamente chuvoso. Esta zona designa-se por CIT
(Convergência Intertropical). O ar termina a sua ascendência na estratosfera e dirige-se para os
pólos sofrendo um desvio para a direito devido ao Efeitos de Coriolis.
Aos, aproximadamente, 30ºN o ar inicia a sua subsidência, criando uma zona de altas
pressões, designada por zona de altas pressões subtropicais. Esta subsidência inibe a existência
de nuvens e por consequência de precipitação, é por esta razão a razão pela qual os grandes
desertos quentes se localizam nesta baixa (Deserto do Saara e do Calaári).
O ar subsidente ao atingir a superfície dirige-se:
 Em direção ao equador (virando para oeste). Neste caso temos os ventos alísios
(grande regularidade em termos de velocidade e direção)
 Em direção aos pólos (virando para este). O ar tropical vindo os anticiclones encontra o
ar frio polar vindo das depressões subpolares. O ar quente e o ar frio não se misturam,
por isso o ar frio desloca-se sob o ar quente, formando-se a frente polar (entre
40º→inverno e 60º→verão). O ar muito frio e muito denso das regiões polares dá
origem a altas pressões polares.
CIT
Frente polar
2 1
Massas de ar que afetam Portugal
O desigual aquecimento ao longo do ano dos dois hemisférios faz com que a circulação da
atmosfera se altere significativamente, conforme a época do ano.
No verão do hemisfério norte, os raios solares atingem o norte do equador com
menor obliquidade. Isto faz com que a CIT se situe mais a norte. A subida de CIT faz com que,
por sua vez, os anticiclones subtropicais se desloquem também mais para norte, assim como a
frente polar. Desta forma Portugal fica sob a influência do anticiclone dos Açores, responsável
por Verãos quentes e secos.
No inverno, o hemisfério norte recebe menos radiação solar, Em virtude disso, o ar
arrefece, e os anticiclones polares ganham intensidade e exercem a sua força sob as regiões
meridionais “empurrando” as perturbações da frente polar mais para sul. Ao mesmo tempo, a
CIT desloca-se para sul do equador. Nesta época, a frente polar exerce a sua influência sob o
território português, responsável por Invernos frescos e chuvosos.
As massas de ar – Porção de ar de grande dimensão com características de
temperatura, humidade e densidade homogéneas
Polar Marítima – fresco e chuvoso
Polar Continental – fresco e seco
Tropical Marítima – quente e
chuvoso
Tropical Continental – quente se
seco
Massas de ar que afetam Portugal
As massas de ar geram combinações diferentes de tipos de tempo que, em Portugal
podem ser muito contrastados entre o verão e o inverno e, mesmo entre Verãos e Invernos
diferentes.
Assim no verão há um predomínio de massas de ar tropical marítimo, originárias do
Atlântico na área de influência do Anticiclone dos Açores. Esta massa de ar dá origem a um
tipo de tempo, cuja temperatura apesar de elevada é agradável.
Pelo contrário, as massas de ar tropical continental, oriundas do norte de África,
geram grandes ondas de calor no território nacional. As temperaturas sobem normalmente
acima do 35ºC.
No inverno, e em especial no outono, as massas de ar tropical marítimo podem
exercer a sua influência, dando origem a um tempo mais quente e chuvoso.
As massas de ar polar marítimo, são mais típicas no inverno e estão na origem de um
tempo fresco e chuvoso, associado à passagem sucessiva de perturbações frontais. Igualmente
comuns são as massas de ar polar continental, que estão associadas a tipos de tempo muito
frio e seco. São a típicas situações anticiclónicas de inverno, com acentuado arrefecimento
noturno.
Frente polar e os tipos de tempo associados
Quando diferentes massas de ar se encontram, não se misturam pois têm densidades
diferentes. O ar quente é mais leve e menos denso do que o ar frio, portanto o ar frio tende a
ficar sob o ar quente, que ascende quando entra em contacto com o ar frio.
Quando duas massas de ar se encontram, criam-se áreas de contacto que se designam
por superfícies frontais. O ponto de contacto entre a superfície frontal e o solo designa-se por
frente. As frentes podem ser:
 Quentes – O ar quente avança sobre o ar frio
 Frias – O ar frio avança em cunha sob o ar quente, obrigando este a subir, por vezes,
de forma intensa.
Noções
Estado de tempo Situação meteorológica verificada num dado momento num
determinado lugar.
Estado de tempo = situação meteorológica = condições atmosféricas
Formação e evolução de uma perturbação frontal.
 Formação
 Desenvolvimento
 Oclusão
 Oclusão
Corte vertical (ver
pagina seguinte)
Ar frio polar
Ar quente tropical
Distribuição da precipitação em Portugal
Em Portugal continental, existe um contraste na distribuição da precipitação: norte/sul
e litoral/interior. A região mais chuvosa é o Noroeste, enquanto que as regiões interiores são
as regiões mais secas.
A noroeste do país é também visível uma vasta densidade de serras, que formam a
barreira de condensação. Nestes sistemas montanhosos, as vertentes ocidentais estão
expostas às massas de ar vindas do oceano, tornando-se estas nas vertentes mais chuvosas,
enquanto que as vertentes orientais estão mais abrigadas.
O norte é mais afetados pelas perturbações frontais, quanto que o sul é mais afetado
por anticiclones (fator latitude)
Outras razão de maior pluviosidade a norte está relacionado com o relevo mais
acidentado, comparativo com o sul (fator relevo)
Outro fator a ter em atenção está relacionado com a proximidade ou o afastamento do
mar.
Nas ilhas, o principal fator na distribuição da precipitação está relacionado com o
relevo, pois é nas altitudes mais elevados do interior das ilhas e nas vertentes expostas aos
fluxos pluviométricos que registam elevados níveis de precipitação.
Tipos de precipitação em Portugal
 Precipitação frontal
A chuva nas superfícies frontais resulta do contacto entre massas de ar de temperatura
e densidade diferentes: massa de ar polar, vindas do norte, e massa de ar subtropical, vinda do
sul, originárias dos anticiclones subtropicais.
O ar quente ao ascender sobre o ar frio arrefece e condensa dando origem,
primeiramente, a nuvens e depois à queda de chuva.
 Precipitação orográfica
As precipitações orográficas formam-se quando uma massa de ar húmida encontra
uma barreira montanhosa e é obrigado a subir.
Ao subir, amassa de ar arrefece, e o vapor de água condensa, em particular na
vertente mais exposta ao fluxo. Na vertente oposta, acontece o contrário, ou seja, o ar
subside, aquece e fica mais seco.
Este processo está relacionado com o contraste litoral/interior
Nas ilhas este tipo de precipitação também é evidente.
 Precipitação convectiva
O aquecimento, a que por vezes, o solo está sujeito faz aquecer o ar pela base. Este
aquecimento torna o ar instável e pode levar à sua ascendência.
O ar ao subir, arrefece e o vapor de água condensa. Algumas precipitações convectivas podem
ser bastantes fortes e , por necessitarem do calor para se formarem são mais frequentes no
verão e no outono. Estes tipos de chuvas são mais frequentes no interior, longe da ação
moderadora do oceano.
Situações meteorológicas típicas em Portugal (ficha)
A irregularidade temporal e espacial da precipitação em Portugal.
 Temporal
o Variação anual
 Períodos mais chuvosos
 Períodos mais secos
o Variação interanual
 Anos muito chuvosos
 Anos mais secos
 Espacial
o Contrastes entre Norte/Sul
o Contraste entre Litoral/interior
Nota: No nosso país, regiões que necessitam de precipitação (água), quer para a agricultura
quer para outros fins, não a têm. Para agilizar tal situação têm sido tomadas medidas,
tais como:
 Aproveitamento da água das chuvas através de barragens.
Recursoshídricos
Clima de Portugal insular
Noções
Clima Sucessão habitual, num dado lugar , dos estados de tempo observados
durante um longo período de tempo (30 anos).
Elementos do clima Fenómenos atmosféricos que definem e caracterizam o clima
ex: Temperatura; vento; nebulosidade; pressão atmosférica
Fatores do clima Tudo aquilo que faz variar os elementos do clima
ex: Altitude; Latitude; proximidade ou afastamento do mar; exposição
das vertentes; correntes marítimas.
Gráfico termopluviométrico Gráfico que representa em simultâneo a variação da
temperatura e da precipitação ao longo do ano.
Mês seco Mês em que a precipitação é igual ou inferior ao
dobro da temperatura.
Temperatura média:
o Diurna
o Mensal
o Anual
Amplitude térmica
o Diurna
o Mensal
o Anual
Classificação do clima
QENTES
TEMPERADOS
FRIOS
Equatorial Tropical Desértico quente
Marítimo Mediterrâneo Continental
Subpolares Polares
Portugal tem um clima temperado mediterrâneo que vai perdendo as suas
características de um para norte e do litoral para o interior. Os contrastes climáticos que se
verificam no nosso país resultam da combinação de vários fatores, principalmente o relevo, a
latitude e a proximidade ou afastamento do mar.
O clima Açoriano e, em menor grau, o clima da Madeira têm características dos climas
temperados marítimos. A vertente sul da ilha da Madeira, por estar obrigada das massas de ar
húmidas vindas do Norte, é bastante mais seca, tendo a região do Funchal um clima
tipicamente mediterrâneo.
Os contrastes registados na distribuição da precipitação e da temperatura dão origem
aos seguintes climas:
 Temperado mediterrâneo (sul e centro) - 1
 Temperado mediterrâneo de influência marítima (norte litoral) - 2
 Temperado mediterrâneo de influência continental (norte interior) - 3
 Clima de montanha (áreas de maior altitude)
Temperado mediterrâneo (sul e centro)
 Temperatura: Verãos quentes e Invernos amenos (Amplitude Térmica Anual Moderada) –
deve-se ao facto de receber os raios solares com maior ou menor obliquidade e ao facto
de se encontrar próximo ao Norte de África
 Precipitação: Fraca – deve-se à proximidade dos anticiclones subtropicais
 Fatores: Latitude e proximidade do mar.
Temperado mediterrâneo de influência marítima
 Temperatura: Pequena Amplitude Térmica Anual (temperaturas amenas)
 Precipitação: Abundante (concentrada no inverno e no outono)
 Fatores: Latitude; disposição das vertentes e proximidade do mar
Temperado mediterrâneo de influência continental
 Temperatura: Grande Amplitude Térmica – temperaturas baixas no Invernio e altas no
verão
 Precipitação: Pouca precipitação, comparada com o temperado de influência marítima
 Fatores: Relevo (disposição das vertentes); latitude; afastamento do mar
Clima de montanha
 Temperatura: Grande diferença entre o verão e o inverno (Amplitude Térmica Grande)
 Precipitação: Muito elevada
 Fatores: Altitude – Existem serras que apesar de terem a mesma altitude, os níveis de
precipitação são diferentes (relacionado com a proximidade ou afastamento do mar)
1
2 3
Balanço Hídrico Relação entre os ganhos e as perdas de água
Precipitação = Evapotranspiração + Infiltração + Escorrência
As disponibilidades hídricas de Portugal
Áreas mais húmidas – Norte litoral e áreas montanhosas
Áreas mais secas – Sul do Tejo
Os recursos hídricos
Águas superficiais – rios, lagos, lagoas, albufeiras
Águas subterrâneas – aquíferos e lençóis freáticos
Os rios
Rede hidrográfica Rios e seus afluentes e subafluentes
Bacia hidrográfica Áreas drenada por uma rede hidrográfica
Caudal Quantidade de água que passa numa dada secção do rio
(aumento da nascente para a foz)
Montante Nascente
Jusante Foz
Regime Variação do caudal
Perfil longitudinal União dos pontos do talvegue
Talvegue Pontos mais baixos de uma rio desde montante até jusante
Perfil transversal Forma do vale
Perfil de equilíbrio Perfil em que o declive diminuiu regularmente da nascente até
à foz
M M
J
J
Balanço Hídrico
 Nos Superavit existe escoamento da água
 Água cedida ao solo – Água que se infiltrou no solo e foi restituída durante
março – agosto.
 Água restituída ao solo – Meses em que o solo esteve seco e agora recebe a água das
chuvas, recompondo-se.
Perfil longitudinal e transversal dos rios
Normalmente, os rios apresentam um maior declive de montante para jusante. A
representação gráfica do declive do leito do rio da nascente até à foz designa-se por perfil
longitudinal do rio.
Os rios modelam o seu perfil longitudinal através da erosão vertical exercida no fundo
do leito.
Quanto maior for o declive maior será a velocidade do escoamento e por
consequência maior erosão. Por sua vez a quantidade de água relaciona-se com a precipitação
Uma maior capacidade erosiva vai desgastando o leito dos rios, arrancando materiais
que serão transportando até à foz.
O perfil longitudinal de um rio depende do nível da base (local onde se encontra a foz)
que pode ser o mar ou outro rio.
Se o nível da base descer, o rio entalha o seu leito;
Se o nível da base aumentar, o rio tem tendência a assorear o seu leito. Este processo
desenvolve-se de jusante para montante levando ao perfil de equilíbrio.
Superavit
hídrico
Défice
hídrico
Superavit
hídrico
Água
restituída ao
solo
Água cedida
ao solo
J F M A M J J A S O N D
Outro fator a ter em conta é o perfil transversal do rio, que
nos dá a forma do vale em determinadas secções do rio. A
montante, o vale tem a forma de “V”, é estreito e declivoso. À
medida que o escoamento aumenta, o vale vai alargando-se,
continuando a existir vertentes. Junto à foz (jusante), o vale
alarga-se significativamente e tem um fundo e plano. Aqui
pode mesmo ocorrer o fenómeno de meandrização
*Ação erosiva da água
Fatores que influenciam o caudal do rio
 Clima
Caso se registem elevados níveis de precipitação, a quantidade de água que vai circular na
rede hidrográfica será maior me vice-versa
 Relevo
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região montanhosa, o declive vai ser maior,
contribuindo assim para maior escorrência, logo o caudal será maior.
Caso a rede hidrográfica se encontra numa zona plana, isso irá contribuir para a infiltração,
reduzindo a quantidade de água que circulará na rede hidrográfica.
 Cobertura vegetal
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região de floresta densa, isso contribuirá para a a
infiltração e por sua vez o causal será menor
Caso a floresta seja menos densa, ocorrerá maior escorrência e, o caudal do rio será maior
Vale em V fechado
(garganta)
Vale em V
aberto/normal
Vale em caleira
aluvial
ou
Vale de fundo largo e
plano
A
B
C
Meandros
abandonados
→ A água ganha
velocidade
Aluviões – sedimentos
que acabam por ser
depositados no curso
inferior do rio
B
A
C
DESGASTE*
TRANSPORTE*
ACUMULAÇÃO*
Perto da nascente, o rio vais desgastar o
talvegue
No curso médio,
ocorre o
transporte de
sedimentos assim
como o desgaste
das vertentes
→ Desagua por
vários canais
Curiosidade
Estuário – Desagua por
um só canal.
Contrariamente ao
delta
 A constituição pedológica e geológica
A rede hidrográfica pode estar, ou não, situada sob rochas/solo premiáveis ou impermeáveis;
Premiáveis: Infiltração – menor quantidade de água na rede hidrográfica
Impermiáveis: Escorrência – maior quantidade de água na rede hidrográfica
 Ação do Homem
- Na construção de barragens, a água fica retida e, o homem, domina então a
quantidade de água que vai descarregar a partir da barragem para jusante.
- Desflorestação
- Impermeabilização dos solos (plásticos, alcatrão, etc).
O regime dos rios
 Perenes (permanetes) – Mantém o caudal constante ao longo do ano, ou seja, escoa
água durante todo o ano - Caudal constante
 Intermitentes (irregulares) – Variam sazonalmente (típico dos rios portugueses), ou
seja, só escoam água na estação húmida - Caudal elevado na estação húmida e baixa
na seca
 Efémeros (torrenciais) – Ao longo do ano variam continuamente (relacionado com o
clima e/ou dimensão dos rios). Só tem escoamento quando ocorrem grandes chuvadas
O regime dos rios portugueses é irregular e com caráter torrencial:
 Irregular – caudais elevados no inverno e baixo ou nulo no verão
 Torrencial – Grande influência das fortes chuvadas
Construção de Barragens
VANTAGENS
 Regularizar o regime dos rios
 Produzir eletricidade
 Reservar a água para a rega e abastecimento da população
 Desenvolvimento de outras atividades turísticas
 Criação de novas áreas de agricultura de regadio
DESVANTAGENS
 Alto investimento inicial
 Retenção de sedimentos transportados pelo rio
 Alteração do ecossistema (fauna e flora)
 Alterações no clima da região
 Perda de campos agrícolas
 Possibilidade de algumas populações serem obrigadas a deslocar-se
 Possibilidade de agravamento de cheias - O objetivo das barragens é reter a água mas,
caso o total de enchimento da barragem coincidir com dias de precipitação elevada, a
água em excesso vai ter de ser descarregada, o que pode agravar o risco de inundação
nas áreas mais a jusante da barragem, sendo que isto está também relacionado com a
capacidade de armazenamento de água de cada barragem.
Noções
Convénios Acordos entre Portugal e Espanha em relação aos rios que cruzam
ambos os países
Ex: Deixar chegar parte da água a Portugal
Avisar Portugal em relação *as descargas das barragens, etc.
Nota: Apesar de existirem convénios (Convenção Luso-espanhola 1998) entre Portugal e
Espanha, continuam a existir vários problemas de ordens diferentes:
 A poluição das águas, o que vem refletir-se em Portugal
 Contrição de novas barragens e a realização de transvases
 Agravamento de cheias por descargas das barragens espanholas
 Redução dos caudais em tempo de seca
Transvases Desvio da água de um rio para outro ou irrigação.
Possibilita uma distribuição espacial da água
Leito de estiagem Zona ocupada por uma quantidade menor de água que acontece no
verão. No inverno ocorre o leito de inundação.
Sentido do escoamento dos rios portugueses
 Maioria NE - SW
 Douro E - W
 Sado S - N
 Guadiana N - S
ou leito menor
Maiores bacias hidrográficas de Portugal
 Mondego
 Sado
 Vouga
Maiores bacias hidrográficas Luso-espanholas
 Tejo
 Douro
 Guadiana
Lagoas e albufeiras
Tanto as lagoas como as albufeiras, são importantes reservatórios de água doce.
Em Portugal, as lagoas existentes são pequenas e de pouca profundidade.
As albufeiras (lagos que se formam pelo enchimento de uma barragem) constituem os
mais importantes reservatórios de água superficial em Portugal, isso associado a todas as
vantagens de uma barragem.
Águas subterrâneas
Granito e
xisto
Calcário
Calcário
Areias e
argilas
É na bacia do Tejo e do Sado e nalgumas eras das orlas
mesocenozóicas onde se registam maiores níveis de água no
subsolo. Isto devido ao facto de o tipo de rocha nestes locais
ser permeável (areias; argilas e calcário). Por sua vez, é no
maciço antigo, constituído por xisto e granito onde se
verificam menores níveis e água existente.
Noções
Aquíferos Reservatórios de água com grande capacidade de armazenamento,
resultante da infiltração das águas em áreas de rochas permeáveis.
Encontram-se a grandes profundidades (rochas impermeáveis.
Depende:
 Características geológicas
 Quantidade de precipitação
Lençóis freáticos Reservatórios de água, mas que se encontram a uma menor
profundidade (rochas permeáveis)
Produtividade aquífera Quantidade de água que é possível extrair continuamente em
condições normais, sem afetar a reserva e a qualidade de água
dos aquíferos.
Depende:
 Precipitação ocorrida
 Extração da água
 Efeitos da maré nos aquíferos costeiros (maré alta – aquífero sobre e vice-versa)
 Alteração do regime de escoamento de rios influentes (que recarregam os aquíferos)
 Evapotranspiração, etc.
Os aquíferos em Portugal, podem ser de 3 tipos:
Aquífero poroso
Aquífero constituindo
essencialmente por areias
(Bacia do Tejo e do Sado)
Aquífero cársico
Aquífero que contém
cavidades originadas pela
dissolução da rocha calcária
Aquífero fraturado ou
fissurado
Aquífero relacionado com
fraturas na rocha granítica
↓
Orlas
↓
Maciço antigo
↓
Bacia do Tejo e do
Sado
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  • 2. Rosa dos ventos  Pontos cardeais N Norte; Setentrião; Setentrional; Boreal E Este; Leste; Oriente; Nascente; Levante S Sul; Meredião; Meridional; Austral O/W Oeste; Ocidente; Poente; Ocaso  Pontos colaterais NE Nordeste SE Sudeste SO Sudoeste NO Noroeste  Pontos intermédios NNE Nor-nordeste ENE És-nordeste ESE És-sudeste SSE Sussudeste SSO Sussudoeste OSO Oés-sudoeste ONO Oés-noroeste Notas: Escalas: Para uma região pequena – escala grande; Para uma região grande – escala pequena. Escala numérica Escala gráfica 1:50000 Noções Latitude Distância em graus de um determinando ponto ao equador. Varia entre 0 e 90º Longitude Distância em graus de um determinando ponto ao meridiano de Greenwich. Varia entre 0 e 180º 0 20Km
  • 3. Constituição do território português  Portugal continental  Portugal Insular (Arquipélago dos Açores e Arquipélago da Madeira). Localização geográfica do território português  Localização relativa (rosa dos ventos)  Localização absoluta. (latitude e longitude) A organização administrativa do território nacional. 18 Distritos e 2 Regiões autónomas (região autónoma da Madeira e dos Açores) que por sua vez são subdivididos em conselhos e freguesias. No entanto ainda se faz uma divisão do território para fins estatísticos: NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais) - trata-se de uma divisão regional do país feita após a entrada na EU. A divisão do território português em NUT é feita tendo em conta as características físicas, históricas e funcionais do território, constituindo a base de recolha, tratamento e análise de dados estatísticos. Distritos
  • 4. NUT I  Portugal continental e ilhas NUT II NUT III Regiões autónomas  Açores  Madeira Região Norte Região do Algarve Região do Alentejo Lisboa Região Centro Baixo Vouga Dão-Lafões Baixo Mondego Lezíria do Tejo Alto Alentejo Alentejo central Alentejo litoral Baixo Alentejo Algarve Ponta delgada Pico Horta Angra do heroísmo Grupo central Grupo Oriental Grupo Ocidental Alto trás-os-montes Minho Lima Serra da estrela Grande Lisboa Península de Setúbal Oeste Beira interior sul Beira interior norte Douro Entre Douro e Vouga Grande porto Cávado Ave Tâmega Pinhal interior norte Pinhal interior sul Cova da beira Médio tejo Pinhal litoral Funchal Porto Santo
  • 5. Existem ainda outras divisões do território nacional, por exemplo:  Regiões agrárias  Regiões turísticas  Distritos judiciais  Etc. A influência da posição geográfica de Portugal nas características físicas. Zona intertropical ou Zona Quente/Tórrida Zona Temperada do Norte ou Sul Zona Fria do Note ou Sul Portugal Portugal está na zona temperada no Norte com um clima temperado mediterrâneo. Portugal sofre várias influências:  Atlântica  Mediterrânea  Africana  Continental Dessas influências, resulta uma diversidade de características físicas (clima, vegetação natural, relevo…) podendo levar a uma divisão de Portugal Continental em 3 regiões: 0º 23º º 23º º 66º 3’ 66º 3’ Círculo Polar Ártico* Círculo Polar Antártico**** Trópico de Câncer** Trópico de Capricórnio*** Norte Atlântico Norte Transmontano Sul
  • 6. Influência da posição geográfica de Portugal nas características humanas A posição de Portugal na Europa é periférica ou até mesmo ultraperiférica, tendo em conta os arquipélagos da madeira e dos Açores. Vantagens desta posição:  Espaço de charneira (no meio) entre a Europa a África e as Américas.  Centralidade no espaço atlântico  Porta de entrada na Europa – abertura ao mundo. Inconvenientes desta posição:  Longe do centro da EU (dorsal)  Longe dos centros de decisão  Longe dos grandes mercados consumidores  Região europeia menos desenvolvida (faz parte do arco atlântico)  Parte de Portugal encontra-se na região sul da Europa (outra região europeia pouco desenvolvida)  Fraca acessibilidade por via terrestre  Afastado faz principais vias de comunicação europeias e mundiais. Nota: com o alargamento da EU a leste, Portugal fica numa posição ainda mais periférica. Com a adesão a adesão de Portugal à UE vem redefinir a sua posição geográfica. A esta escala, Portugal é uma região periférica, ou até mesmo ultraperiférica. Portugal continental está incluído no designado Arco Atlântico, região menos desenvolvida, do que o centro da UE (região designado como Dorsal). A parte mais meridional designa-se como Sul, a menos desenvolvida da UE.
  • 7. Espaço Lusófono CPLP – Promoção da Língua Portuguesa A CPLP pretende:  Consolidar a identidade cultural nacional e plurinacional dos países de língua portuguesa  Incentivar a cooperação económica, social, cultural, jurídica e tecnocientífica  Promover e enriquecer a língua portuguesa  Melhor intercâmbio cultural e a difusão da criação intelectual e artística.  Aprofundar a concertação política diplomática em termos de relações internacionais. Comunidades portuguesas Emigrantes instalados por todo o mundo. Difusão da cultura portuguesa através da gastronomia, música, língua, etc… PALOP (países de língua oficial portuguesa) CPLP (Comunidade de países de língua portuguesa) Moçambique Brasil Angola Portugal Guiné-Bissau Timor-Leste São Tomé e Príncipe Cabo Verde Os espaços económicos em que Portugal se integra  UE (União Europeia) – desde 1986 Entrada de Portugal para a UE: Portugal não entrou mais cedo porque estava num regime ditatorial; Essa entrada trouxe vantagens:  Trocas comerciais;  Países vizinhos;  Portugal recebe dinheiro para igualar o seu desenvolvimento as resto dos países. OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento económico) – desde 1948 Principais organizações mundiais que Portugal participa ONU; OCDE; OMC; NATO; PALOP; EU.
  • 8. O processo de construção europeia 1939-45 – 2º Guerra Mundial 1948 – Plano de Marshall Plano proposto pelos americanos para o auxílio económico à Europa na sua reconstrução. Este plano deu origem à OECE (Organização Europeia de Cooperação Económica), tendo como objetivo coordenar a ajuda dos EUA para acelerar a reconstrução e promover a cooperação económica. Nota: A OECE veio dar lugar a OCDE em 1961 passando a integrar também países fora da Europa como o Canadá; a Nova Zelândia, a Austrália e o Japão, para além dos 30 europeus. A OCDE é conhecida pelo grupo dos Países Desenvolvidos e o seu principal objetivo é a cooperação entre os países membros e a ajuda aos países mais pobres do mundo. 1951 – Tratado de Paris Para vencer as rivalidades entre a França e a Alemanha e ultrapassar problemas económicos, foi criada a CECA (Comunidades Económica do Carvão e doo Aço). Para além destes países aderiram também a Itália, a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo. 1957 – Tratado de Roma Com este tratado é criada a CEE (Comunidade Económica Europeia) e a EURATOM (Comunidade Europeia de Energia Atómica) pelos 6 países fundadores a CECA. Nota: Em 1960 o Reino Unido que não integrou a CEE não quis “ficar sozinho” e em conjunto com a Suécia, a Noruega, a Dinamarca, a Áustria, a Suíça e Portugal formam a EFTA (Associação europeia de Comércio Livre. 1968 – União Aduaneira São abolidas as taxas alfandegárias entre os estados da CEE. 1986 – Assinatura do ato económico europeu Este tratado introduz grandes alterações aos tratados iniciais. Pretende reforçar a cooperação entre os estados membros e criar um mercado.
  • 9. 1992 – Tratado de Maastricht Aspetos mais importantes:  As novas competências para a atuação da EU, tendo em vista a coesão económica e social e a criação de um fundo de coesão – doação de dinheiro aos PED para se autodesenvolverem.  Institucionalização da cidadania europeia definindo s direitos dos cidadãos.  Criação de uma união económica e monetária incluindo a moeda única o €  Início do processo para uma união política, com a criação de uma política externa de segurança comum e o esforço da cooperação nos domínios da justiça e dos assuntos internos.  A CEE muda a sua designação para EU 1997 - Tratado de Amesterdão Aumenta a coesão interna para reforçar a posição da EU no mundo e preparar o próximo alargamento 2001 – Tratado de Nice Redefine a participação de cada estado-membro nas instituições comunitárias, face ao alargamento da UE aos países de leste 2007 – Tratado de Lisboa É criado o alto representante para os negócios estrangeiros e política de segurança Surge o cargo de presidente da EU, eleito pelo conselho Europeu. UE após Maastricht Criação de um espaço Económico Político Cultural Criação de… Mercado Interno Acordos comerciais com PD Aproximação da EU como centro de Poder Mundial Centros de Poder Mundial UE – Japão – EUA
  • 10. Acordo de Shengen Assinado em junho 1985 pelos 5 países fundadores. O espaço shengen consistia na eliminação dos controlos nas fronteiras internas e na criação de controlos eficazes nas fronteiras externas da EU. Os países que aderiram ao espaço Shengen foram: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Letónia, estónia e lituânia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polónia, Portugal, República Checa e Suécia. Evolução da UE Fases Ano Países que aderiram Europa dos 6 1957 Alemanha federal, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e países baixos. Europa dos 9 1973 Dinamarca, Reino Unido e Irlanda Europa dos 10 1981 Grécia Europa dos 12 1986 Portugal e Espanha Europa dos 15 1995 Áustria, Finlândia e Suécia Europa dos 25 2004 Chipre, Eslováquia Eslovénia, Estónia, Letónia, Hungria, Lituânia, Malta, polónia e República Checa Europa dos 27 2007 Roménia e Bulgária Evolução da população portuguesa  1950 – Apresentava um número reduzido de habitantes, mas com uma população jovem.  1950-1960 – Apresentou um crescimento significativo. Sendo que os valores negativos de saldo migratória são atenuados pelos valores elevados de crescimento natural.  1960-1970 – A população sofreu uma quebra devida: o Redução da taxa de crescimento natural; o Intensificação da emigração ara a Europa; Tudo isto provocou um crescimento efetivo negativo  1970-1981 – Verificou-se um aumento demográfico, consequência da redução da emigração.  1981-1991 - A população portuguesa estagnou, devido à reduzida natalidade.  1991-2001 – Ligeiro aumento (ultrapassa os 10 milhões), As baixas taxas de crescimento natural são compensadas pelo surto imigratório, provenientes e África e dos países da Europa do leste.  2001-2004 – Aumento ligeiro da população
  • 11. Fases do modelo de transição Revolução industrial Fase 1 → Própria das sociedades mais primitivas → A população estabiliza, com valores elevados de natalidade e mortalidade → Valores de natalidade muito constantes → Valores de mortalidade muito irregulares Fase 2 → Característica de países com início de desenvolvimento → Manutenção dos valores elevados de natalidade → Declínio acentuado da mortalidade → Crescimento da população a um ritmo acelerado Fase 3 → Próprio de países em plena fase de desenvolvimento → Declínio acentuado na natalidade → Manutenção dos valores baixos de mortalidade → Estabilização do crescimento natural Fase 4 → Própria de países que iniciaram muito cedo este processo de transição demográfica → Valores muito baixos de natalidade → Valores muito baixos de mortalidade → Estagnação ou redução da população Principais variáveis demográficas que condicionam a evolução da população Natalidade Mortalidade Emigração Imigração Diferentes ritmos de crescimento da população portuguesa Fatores explicativos  1960-1970 – Decréscimo da população o Guerra colonial o Consequências da ditadura, o Maior surto migratório, o Apesar do crescimento natural ser positivo o saldo migratório foi muito negativo, o A TN teve uma redução devido à divulgação dos métodos e devido à entrada da mulher no mercado de trabalho.  1970-1980 – Evolução significativa (positiva) da população. o Diminuição da emigração, em resultado da crise económica o Fim da guerra colonial o Regresso dos emigrantes das ex-colónias, após o 25 de Baril de 1974. o Regresso de muitos emigrantes Crescimento natural Saldo migratório
  • 12. Evolução da população portuguesa  Natalidade A taxa de natalidade de 1960 até a atualidade desceu significativamente. Esta evolução deveu-se a:  Emancipação da mulher  Entrada da mulher para o mercado de trabalho  Acesso ao planeamento familiar  Generalização do controlo da natalidade  Mudança de mentalidades  Aumento do nível de instrução  Aumento da idade do casamento  Alargamento do período de escolaridade obrigatória Diferenças regionais Portugal apresenta contrastes a nível nacional. Por isso existem diferenças entre o litoral e o interior entre o norte e o sul e as regiões autónomas e o continente.  Mortalidade A taxa de mortalidade entre 1960 e 2004 não evidenciou alterações significativas tendo atingido os 10,5‰ em 1991. A descida da TM deveu-se a:  Melhoria dos hábitos alimentares  Melhoria dos cuidados de saúde e cuidados de higiene  Melhoria nas condições de trabalho (segurança no trabalho) Porque se morre em Portugal?  Doenças do aparelho circulatório  Tumores malignos  Sinistralidade rodoviária
  • 13.  Taxa de mortalidade infantil A TMI diminui drasticamente entre 1950 e 2004. Isso deve-se:  Generalização de uma rede de assistência materno-infantil (acompanhamento das grávidas)  Realização dos partos em hospitais  Generalização da vacina infantil  Melhoramentos nas condições de vida. Contrastes A TMI evidência contrastes entre o litoral e o interior e entre o norte e sul.  Crescimento natural O crescimento natural diminui significativamente entre 1960 e 2004. Numa primeira fase deveu-se à descida da taxa de natalidade. Como a taxa de mortalidade já se encontrava baixa não influenciou muito esta descida. Numa segunda fase, para além da taxa de natalidade observou-se uma ligeira subida na taxa de mortalidade o que agravou a redução no crescimento natural. A média do crescimento natural em Portugal é idêntica à média da UE, existindo países em situações mais graves uma vez que apresentam um crescimento natural negativo, como a Bulgária e a Hungria. Estes valores devem-se ao envelhecimento da população.  Movimentos Migratórios Durante muitos anos Portugal foi um país de Emigração, atingindo valores bastante altos na década de 60. Os portugueses dirigiam-se sobretudo para a França e Alemanha, devido ao facto de estes países necessitarem de mão de obra após a destruição provocada pela II Guerra Mundial. Na década de 70, registou-se uma inversão dos valores até ai registados. E Portugal deixa de ser um país de emigração para ser um país de imigração. Esta tendência ficou a devera à queda da ditadura em 1974. Atualmente devido ao aumento do desemprego, regista-se um aumento do fluxo emigratório.
  • 14. Estrutura etária da população Estrutura etária Repartição dos indivíduos por idades e sexo. Esta está dividida em 3 grupos:  Jovens ( ≤ 15 anos)  Adultos (15-64 anos)  Idosos (≥ 65 anos) A análise da estrutura etária é importante para caracterizar a população, uma vez que reflete variáveis demográficas como:  Natalidade  Fecundidade  Mortalidade  Mortalidade infantil  Movimentos migratórios Tipos de pirâmide  Jovem/Crescente  Adulta/Transição  Idosa/Crescente  Rejuvenescente Evolução da estrutura etária da população portuguesa 1960 População predominantemente jovem Taxa de mortalidade infantil elevada Esperança média de vida relativamente baixa 1981 Redução do número de jovens e por isso um ligeiro envelhecimento da população Redução da natalidade e da mortalidade (alargamento da faixa da população adulta e idosa). Traduz-se num aumento da esperança média de vida e portanto inicia-se um processo de envelhecimento 1981-2001 Acentuou-se o processo de envelhecimento Estreitamento da base (população jovem)
  • 15. 2050 Prevê-se uma continuação do que já acontece, portanto um envelhecimento da população. Setores de atividade predominantes  Redução da população no setor I à medida que o país se desenvolve e se mecaniza em relação à agricultura;  Aumento da população ativa no setor II, como o decorrer do processo de industrialização  Redução gradual da população ativa no setor II, devido ao desenvolvimento tecnológico aplicado à indústria e ao crescimento do setor III  Aumento gradual da população ativa no setor III, à medida que o outros setores se vão modernizando e incorporando mais serviços Nível de instrução e qualificação profissional da população portuguesa O nível de instrução da população mede-se pelo grau de analfabetismo. Apesar das diminuições verificadas. Este problema ainda afeta 9% da população portuguesa. Outra diferença importante ao nível de escolaridade da população portuguesa reside no género, onde os valores de analfabetismo são superiores nas mulheres. No entanto com a escolaridade obrigatória, a taxa de analfabetismo tende a diminuir ou mesmo a desaparecer. Em suma, a população apresenta um baixo nível de escolaridade uma baixa qualificação profissional. Isto traduz-se em consequência graves para a economia portuguesa. Que problemas caracterizam a evolução da população portuguesa?  Envelhecimento  Declínio da fecundidade  Baixo nível educacional  Desemprego ENVELHECIMENTO Consequência do envelhecimento da população  O Aumento do índice de dependência dos idosos faz com que a população ativa tenha cada vez mais encargos com a população idosa.  A diminuição da população ativa conduz a uma redução na produtividade no país  A diminuição do espirito de dinamização e inovação, que em geral são características da população jovem  Aumento dos encargos sociais com a as reformas e com a assistência medica aos idosos  Redução da natalidade, uma vez que estão a reduzir os escalões etários conde a fecundidade é mais elevada.
  • 16. DECLÍNIO DA FECUNDIADE Outro problema com que Portugal se depara é o declínio da fecundidade, que está associado à redução da natalidade. O problema é que Portugal não consegue assegurar a renovação das gerações, uma vez que está abaixo do limite mínimo de 2,1 filhos por mulher, apresentando cerca de 1,5 filhos. O declínio da fecundidade está sobretudo relacionado com a emancipação da mulher, que passou a ter uma carreira profissional mais ativa, adiando ou até mesmo excluindo a maternidade nos seus planos de vida. BAIXO NÍVEL EDUCACIONAL Portugal apresenta um baixo nível educacional que se encontra abaixo da média da U.E. Este indicador reflete-se na taxa de alfabetismo que afetava cerca de 9% da população em 2001. Quanto à escolarização da população ativa, um fator primordial para a produtividade, a competitividade da economia e o desenvolvimento do país, o panorama é mau. DESMEMPREGO O desemprego afeta a qualidade de vida da população. Portugal apresenta uma taxa de desemprego superior à média comunitária e tem vindo a aumentar. As baixas taxas de desempego escondem por vezes situações de precariedade, com reflexos na qualidade de vida da população. São os casos do subemprego e do emprego temporário, frequentes na economia portuguesa, que, quando não são uma opção dos trabalhadores, geram situações de grande instabilidade. A instabilidade do emprego deve-se a fatores como:  Baixa qualificação  Fraco investimento em I&D
  • 17. Solucionar os problemas Como incentivar a natalidade? Políticas demográficas Antinatalistas Natalistas Predomina nos países menos desenvolvidos Tenta reduzir a natalidade de um país Utiliza medidas de sensibilização ou de coação Predomina nos países desenvolvidos Tenta aumentar a natalidade de um país Utiliza medidas de sensibilização e incentivos económicos e fiscais Portugal como país envelhecido que é, deveria adotar medidas que incentivassem a natalidade. Para rejuvenescer a população portuguesa, o governo deveria dotar medidas concretas, tais como:  O criação de uma legislação de trabalho que proteja mais a mulher durante e pós a gravidez  Criação de benefícios fiscais para as famílias com vários filhos  Aumento da duração da licença de parto para a mãe e para o pai  Melhoramento e a gratuitidade de todos os serviços de assistência materno-infantil Como qualificar a mão de obra portuguesa? 1. Reduzir o abandono escolar 2. Valorização das pessoas pelas empresas e estado Para alcançar estes objetivos, torna-se importante:  Aumentar o investimento na investigação  Aumentar a qualificação da população o Mais novos  Prosseguir os estudos  Envergar por cursos superiores o Mais velhos  Incentivos às novas oportunidades  As próprias empresas podem dar formação aos trabalhadores
  • 18. Noções População absoluta – Número de habitantes de um determinado país ou região,. Densidade populacional – Número médio de habitantes de um determinado país ou região por Km₂ DP=Pop. AbsolutaÁrea…Hab/km₂ Natalidade – Números de nascimentos num determinado país ou região por ano. Mortalidade - Números de óbitos num determinado país ou região por ano. Taxa de natalidade – Número de nascimento por cada 1000 habitantes, num determinado tempo TN=Nº de nascimentosPop.Total x 1000 Taxa de mortalidade - Número de óbitos por cada 1000 habitantes, num determinado tempo. TM=Nº de óbitosPop.Total x 1000 Crescimento natural – Diferença entre os nascimentos e os óbitos. CN ≥ 0 - crescimento positivo CN ≤ 0 - crescimentos negativo CN = 0 – crescimento nulo Emigração – Saída de +pessoas de um país estrangeiro por motivos naturais, sociais, económicos, político… Imigração - Entrada de pessoas para um país estrangeiro de forma legal ou clandestina, mas com fixação de residência. Saldo migratório – Diferença entre Emigração e Imigração ( SM = E – I) Crescimento efetivo – Soma do crescimento natural com saldo migratório Taxa de crescimento natural – Variação populacional observada durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil referido à população média desse período (expressa por 100 ou 1000 habitantes) TCN=Cres.natural+Saldo migratórioPo.Totalx 1000 ou 100 Taxa de mortalidade infantil – Número de crianças que morrem antes de atingirem o 1º ano de vida por cada a1000 nascimentos. TMI=Nº de crianças que morrem antes de atingirem o 1º ano de vidanatalidade x 1000 Taxa de fecundidade
  • 19. TF=Nascimentos2aTotal de mulheres dos1549anos x 1000 Índice sintético de fecundidade – número médio de filhos que cada mulher tem na idade fértil. Índice de renovação de gerações – Número médio de filhos que cada mulher devia ter (2,1 filhos) Esperança média de vida – Número médio de anos que o Homem vive num determinado país ou região.
  • 20. Distribuição da população MUNDO (distribuição muito irregular)  Principais focos demográficos (zonas de maior concentração demográfica) o Sul e Sudeste Asiático Adistribuiçãoda população
  • 21. o Europa central e ocidental o Costa atlântica dos EUA Vazios Humanos (zonas desabitadas ou onde a população é escassa) 1. Antártica; Gronelândia; Norte do Canadá; Norte da Rússia; Sibéria 2. Saara 3. Himalaias 4. Amazónia EUROPA (distribuição irregulares)  Áreas de grande concentração o Europa Central e Ocidental (Reino-Unido; Alemanha; Bélgica; França e Holanda) Fatores atrativos: Naturais – Climas temperados e húmidos; Relevo geralmente plano e de baixa altitude e o predomínio de solos férteis Humanos – Agricultura próspera; Grande industrialização e desenvolvimento do setor d comércio e dos serviços. O que tornou estes países ricos.  Áreas de pequena concentração Norte da Europa (Península da Escandinávia) Fatores repulsivos Naturais – Clima frio, solos cobertos de neve em grande parte do ano a existência de áreas de relevo mais acidentado. PORTUGAL Portugal também apresenta contrastes demográficos, a nível de distribuição da população. Se dividirmos Portugal por NUT III, verificamos que: Vazios Humanos Causas 1 Temperaturas muito baixas 2 Temperaturas muito altas (secura) 3 Grandes Amplitudes 4 Vegetação muito densa
  • 22.  Maior concentração da população na faixa litoral ocidental, entre o Minho e a Península de Setúbal  Contraste entre o Litoral e o Interior  Saliência entre dois pólos de atracão: Lisboa e Porto constituindo assim a bipolarização* da concentração da população.  Concentrações importantes em torno dos pólos do Porto (Cávado, Ave, Tâmega, entre Douro e Vouga e Baixo Vouga) e de Lisboa (Península de Setúbal). Em relação a Portugal Insular, verifica-se uma maior concentração na faixa litoral de ambos os arquipélagos, salientando-se a Madeira com maior densidade populacional do que os Açores. O território insular apresenta também alguns contrastes:  Maior densidade nalguns conselhos da ilha de S. Miguel em relação às restantes ilhas.  Grande densidade dos conselhos na parte sul/sueste da ilha em oposição à parte norte e extremidade oeste. Em redor dos conselhos de Lisboa e Porto existem regiões que acabam também (por relação de proximidade) por se tornar atrativas. A este processo chamamos de urbanização, que se estende para lá do limite daquelas cidades e abrange os seus subúrbios. Assim a concentração da população em redor dos polos atrativos originou as áreas metropolitanas. Assim a grande concentração de população em torno das duas metrópoles levou à constituição das Áreas Metropolitanas*. Noções Bipolarização Designação dada à enorme força atrativa que as Áreas metropolitanas exercem sobre a população e as atividades do país Urbanização Processo de desenvolvimento das cidades que engloba o número de habitantes, a superfície construída e o modo de vida Áreas metropolitanas Unidade espacial que define um aglomerado, constituído por uma metrópole e pelos seus subúrbios. Fatores que influenciam a distribuição da população  Clima
  • 23. O clima é um facto importante na distribuição da população. De entre os fatores naturais destaca-se: o Relevo – As planícies são mais atrativas à fixação da população ao invés das áreas montanhosa. o Clima – A maior disponibilidade de água e a ocorrência de calor ou frio, podem influenciar a distribuição territorial da população. Temperaturas amenas (litoral) o Fertilidade dos solos - Fundamental na distribuição da população, uma vez que influencia o rendimento agrícola e a produção de alimentos.  Movimentos migratórios A evolução da população em Portugal, tem apresentado períodos de crescimento positivo (dec.70) e também períodos de crescimento negativo (dec.60). Contudo esta irregularidade na evolução da população não é comum em todo o território nacional. Podemos dizer que os concelhos com taxa de variação positiva, ou seja, com o saldo migratório e fisiológico positivos, localizam-se em redor de Lisboa e Porto, Noroeste, Algarve e em algumas regiões autónomas Contrariamente, os concelhos com taxa de variação negativa, ou seja, resultantes de um saldo migratório positivo e de um saldo fisiológico negativo, ou ambos negativos, localizam-se sobretudo no interior. Já desde o século XIX que se verificava uma maior preferência por Lisboa e Porto, seguidos de Aveiro, Viena do Castelo, Braga, Coimbra, Leiria e Setúbal. Por sua vez, as regiões próximas da fronteira com Espanha, e de um modo geral todo o Alentejo, forma-se esvaziando, acentuando-se assim as grandes Assimetrias Regionais* A litoralização da população resulta de dois processos migratórios:  Êxodo Rural* - população que abandona os campos e as aldeias, de economia agrícola, do interior para se fixar nas cidades do litoral. Acentuas as assimetrias regionais.  Emigração – Intensificação da saída de população Jovem-Adulta para o estrangeiro (Europa central e ocidental) Noções Consequências do Êxodo rural Assimetrias regionais Situação de desequilíbrio espacial num território, a nível de qualidade de vida; de riqueza económica; ect. Êxodo Rural Expressão que evoca a partida em massa das populações rurais para as cidades
  • 24. Principais regiões de perdade população  Regiões do interior sul  Região auntónoma dos Açores  Região auntónoma da Madeira Problemas das regiões interiores  Envelhecimento da população  Decrescimo da natalidade e d n+umero de jovens  Insuficiência da população ativa, nomeadamente a falta de mão de obra qualificada  Perda de importância da atividade agrícola, hoje praticada sobretudo por idosos, acentuado o seu caráter de sbsistência  A degradação ambiental por abandono de muitas terras agrícolas e expansão das áreas de matos e baldios, mais suscepiveos à ocorrência de incêndios  A fragilidade de tecido económico, com repercurssões no aumento da população desempregada  A alteração da estrutura de procura de serviços coletivos sociais e culturais , devido à mudanças demográfias, que se refelctem, diretamente na carência de sercços de apoio á população idosa  A insuficiência de infraestruturas e de equipamentos (água, saneamento…) Para se explicar o contaste geográfico entre litoral e interior, também é importante falar na imigração. Esta beneficia sobretudo as áreas urbanas do litoral, em particular a área metropolitana de Lisboa. o 1º Surto migratório – ocorreu na segunda metade da década de 70 do século XX, com o regresso dos ex-colonos africanos, na sequência da descolonização e também do regresso de muitos emigrantes europeus. o 2º Surto migratório – desenvolveu-se sobretudo a partir da década de 80 e estendesse pela atualidade. Primeiro, é formado pelos contingentes de imigrantes dos PLAOP e, mais recentemente a este vieram juntar-se emigrantes do Brasil e de algun países da Europa de Leste. Em conjunto, as populações emigrantes, na busca de melhores condições de vida, respondem a uma oferta de emprego, que se encontra mais facilmente na Áreas metropolitana de Lisboa. Nos últimos anos, tem-se vindo a verificar, também, uma maior dispersão geografia, abrangendo alguns concelhos interiores, devido à escassez de mão de obra por falta de população jovem. A densidade populacional* média de Portugal é de → 114 hab/km₂ Litoralização Densidade populacional Intensidade do povoamento expressa pela relação entre o nº de habitantes e de uma área territorial e a superfície desse território.
  • 25. CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES LITORAIS Fatores Naturais  Clima No litoral o clima é: Ameno; Mais húmido e ocorre mais precipitação. O facto de o clima ser Ameno e mais húmido → Solo Fértil → Atividades Agropecuárias  Relevo Quanto ao relevo Portugal apresenta um relevo pouco acidentado  Proximidade do mar A proximidade com o mar e o relevo pouco acidentado provocam boas e mais acessibilidades Fatores Humanos  Concentração das principais indústrias  Concentrado dos centros urbanos  Boas vias de comunicação e acessibilidades  Grande diversidade de equipamentos sociais  Grande concentração de mercados consumidores  Mão de obra especializada  Maior capacidade de atracão de investimentos O litoral apresenta características para um melhor e mais elevado nível de vida, pois: A população do litoral tem maiores rendimentos e mais acessos aos bens do que a população do interior Êxodo rural e emigração das regiões interiores  Despovoamento de interior  Envelhecimento da população - Diminuição da natalidade  Maior pobreza e atraso LITORAL → Sobrepovoamento Forte pressão sobre as infraestruturas e os recursos Diminuição da qualidade de vida e degradação dos territórios INTERIOR → Despovoamento O que é necessário fazer? = SOLUÇÕES  É necessário planear os recursos humanos e naturais  Definir estratégias e modelos de desenvolvimento do território Litoralização Grande concentração de população e das atividades económicas no litoral Subaproveitamento dos recursos Leva a Provoca ↓ ↓
  • 26.  Deve haver equilíbrio entre as atividades humanas, os recursos naturais e as infraestruturas. CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES INTERIORES Fatores Naturais Fatores repulsivos à fixação de população e das atividades económicas nas regiões interiores  Invernos rigorosos  Verãos quentes e secos  Grandes Amplitudes Térmicas  Solos pouco férteis  Humidade e precipitação fracas. Em síntese, as disparidades regionais da distribuição da população resultam da convergência de um conjunto de fatores:  Dinâmicas geográficas – refletem, por um lado, a evolução da natalidade, da fecundidade e da EMV, e por ouro lado, os movimentos migratórios (êxodo , emigração, imigração)  Dinâmicas económicas – relacionadas com o padrão de distribuição, do investimento público e privado, na indústria e nos serviços na faixa litoral.  Padrão de crescimento da urbanização, das áreas metropolitanas e das cidades médias Processo de litoralização Áreas urbanas do litora  Regresso dos emigrantes  Regresso dos ex-colonos  Imigração  Pequenas cidades do interior  Áreas rurais Consequências do crescimento populacional das áreas urbanas Problemas em que ultrapassou o limite de carga humana Capacidade de Carga Humana O número limite de pessoas que se podem fixar numa região sem por em causa a sua sustentabilidade 1º Surto 2º Surto
  • 27.  A expansão de espaços com excessos de construção de edifícios  A degradação de muitos bairros nas periferias e nos centros históricos das cidades  O aparecimento de estratos da população sem meios para obter uma habitação condigna, levando à construção de bairros de barracas.  A insuficiência equipamentos escolares, de saúde e outros de apoio à população  A incapacidade de algumas infraestruturas (saneamento básico; acessibilidade; etc) a responderem às necessidades da população  A insuficiência de espaços verdes e equipamentos de lazer  Aumento de riscos de inundação Medidas para atenuar as assimetrias regionais  Incentivar a localização de novas empresas no interior, através de incentivos fiscais ou da atribuição de subsídios.  Investimentos em infraestruturas de transportes que melhorem a acessibilidade das regiões mais isoladas do interior  Construção das infraestruturas de captação e distribuição de água e de energia  Instalação de pólos universitários em cidades do interior para travar a saída de jovens para estudar nas grandes cidades  Instalação de centros de formação profissional procurando aumentar o nível de qualificação Papel do ordenamento do território na resolução das assimetrias regionais O ordenamento do território diz respeito às ações que o Estado leva a cabo com os objetivos de melhorar a distribuição da população e as atividades económica. Possibilitando assim:  Melhor organização  Resposta às necessidades da população  Correta gestão dos recursos naturais  Proteção ambiental O ordenamento do território envolve a elaboração prévia, de planos por equipas multidisciplinares (economistas; geógrafos; ect). Estes planos podem ser de:  Âmbito nacional, como os PNOT (Plano Nacional para a Política de Ordenamento do Território)  Caráter regional, como mo PROTA (Plano Regional de Ordenamento do Território dos Açores)  Âmbito municipal, como o PDM (Plano Diretor Municipal)  Planos de pormenor – planos elaborados para áreas específicas da cidade.
  • 28. RECURSOS Recursos Naturais – Riquezas disponíveis na Terra que podem ser utilizadas em diversas atividades humanas Recursos subsolo do
  • 29. Tendo em conta as características dos recursos naturais, este podem ser divididos em:  Geológicos ou do subsolo (minérios; rochas; água)  Climáticos  Hídricos  Biológicos Os recursos naturais, também por ser classificados em:  Recursos renováveis ou Recursos não-renováveis, em função do tempo necessário para serem repostos. Recursos Renováveis Recursos que se repõem continuamente na Natureza, por isso, não se esgotam: água; sol; vento; calor interior da Terra… Recursos não-renováveis Recursos que não se repõem na Natureza à mesma velocidade com que são consumidos e por isso podem-se esgotar: carvão; petróleo; gás natural… Os recursos do subsolo podem ser classificados em: Minerais Energéticos – Minerais que se destinam à produção de energia (petróleo; carvão; gás natural; urânio) Minerais Metálicos – Minerais formados por substâncias metálicas (ferro; zinco; ouro; prata; estanho; cobre e tungsténio/volfrâmio) Minerais não metálicos – Minerais cuja constituição é formada por substância não metálicas (sal gema; quartzo; talco; caulino e feldspato) Rochas industriais – rochas utilizadas na construção civil (calcário; granito; areias e argilas) Rochas ornamentais – rochas utilizadas para fins decorativos ( mármore; granito e calcário) Água o Minerais – detêm propriedades terapêuticas o Nascente – águas subterrâneas com propriedade, consideradas, próprias para beber o Termal – águas subterrâneas cuja temperatura é superior a 20ºC PORTUGAL Em Portugal há muitas jazidas (locais onde se verifica uma concentração de minérios suscetíveis de serem explorados)
  • 30. ↓ A extração de recursos minerais é de grande tradição em Portugal ↓ Conheceu um crescimento acentuado na última década do século XX ↓ Mas continuou a ter uma reduzida importância na economia nacional (destaca-se apenas a extração de rochas) ↓ A indústria extrativa contribui apenas com 1% do PIB História da Terra  Pré-Câmbrico o Período de formação da Terra o Eclosão da vida  Era Primária / Paleozoico o Desenvolvimento da vida  Era secundária / Mesozoico o Era dos dinossauros o Desaparecimento dos dinossauros no final desta era  Era Terciária / Cenozoico o Era dos mamíferos o Aparecimento dos 1º hominídeos (australopitecos)  Era quaternária / Atropozoico o Desenvolvimento do homem As unidades morfoestruturais de Portugal Maciço Antigo – Formado na era paleozoica /era primária, constituindo cerca de 2/3 do território nacional, correspondendo à parte Norte e a grande parte do Centro e do Alentejo. Rochas locais: Granitos e Xistos Orlas mesocenozoicas – Formadas durante o mesozoico e o cenozoico, correspondendo à parte sul do Algarve e à faixa compreendida entre Aveiro e Lisboa Rochas locais: calcários; arenitos e argilas Bacias sedimentares do Tejo e do Sado – Datadas da era Cenozoica. Formaram-se a partir da acumulação de sedimentos na Bacia do Tejo e do Sado que mais tarde emergiram Rochas locais: Areias, arenitos; e argilas Concluindo Unidades morfoestruturais Maciço Antigo Orlas mesocenozoicas Bacia do Tejo e do Sado
  • 31. Era em que foi formado Paleozoico Mesozoico e Cenozoico Cenozoico Área do país abrangida Norte Interior Centro Alentejo Litoral algarvio e litoral centro (Aveiro a Lisboa) Bacias do Tejo e do Sado Rochas constituintes Granito; xisto; quartzito; Calcário; argilas; arenítos Areais; argilas; arenitos Formas de relevo Norte/centro – serras, vales e planaltos Alentejo - pene planícies Serras de cume arredondado e planícies Planíceis Minérios predominantes Feldspato; quartzito; tungsténio; talco; cobre; estanho Caulino e sal-gema Distribuição das principais explorações de rochas O subsetor das pedreiras explora uma grande variedade de matérias-primas, Tendo em conta o destino que é dado às rochas, este subsetor divide-se em dois grupos: extração de rochas ornamentais e a extração de rochas industrias. A distribuição de pedreiras pelo território é irregular e a sua localização faz-se de acordo com os afloramentos rochosos de cada região. Os distritos de Leiria; Évora; Porto; Santarém são os distritos que detêm maior número de pedreiras. Tipos de Rochas Tipos Formação Exemplos Magmáticas ou eruptivas Resulta da solidificação do magma Plutónicas (intrusivas) – Granito, diorito e gabro Vulcânicas (extrusivas) – basalto e pedra-pome Sedimentares Resulta da acumulação de sedimentos provenientes da erosão de outras rochas Arenitos, areias, argilas (origina o xisto), conglomerados e calcário Metamórficas Resultam da alteração de outras rochas, devido a altas pressões e temperaturas Ardósia, xisto (origina a ardósia), quartzito, mármore (resulta do calcário a altas temperaturas.), gnaisse Intrusivas – solidificam no interior da terra Extrusivas – Solidificam no exterior da terra Rochas ornamentais Rochas ornamentais Local de extração Utilização Calcário Maciço calcário estremenho
  • 32. e Algarve  Pavimentos  Calçadas  Revestimentos  Mobiliários Granito Norte Interior Centro Mármore (metamórfica) Região de Estremoz Borba de Vila Viçosa (distrito de Évora com 90%) - Sul Rochas Industriais Rochas industriais Local de extração Utilização Granito Norte Interior Centro Britas; Alvenaria (construção de pedras) Calcário Maciço calcário estremenho e Algarve - Orlas Cimento; cal; cerâmica; e agricultura Areias – mais utilizada para fins industriais Bacia do Tejo e do Sado Construção civil e indústria do vidro Argilas Distritos do litoral - Orlas Cerâmica e cimento Exploração de minérios em Portugal Tipos Exemplos Utilização Principais minas Cobre Indústria elétrica Neves corvo – Alentejo
  • 33. Minérios Metálicos Estanho Ligas metálicas e soldaduras Neves corvo - Alentejo Volfrâmio Fabrico de aço extra duro e de filamentos de lâmpadas elétricas incandescentes Panasqueira Ferro Indústria siderúrgica e metalúrgica e metalomecânica Não há minas em atividade Ouro e prata Joalharia Minas inativas, mas há empresas estrangeiras interessadas Minerais não metálicos Sal-gema Indústria-química, agroalimentar e rações Matacão, carriço e Campina de Cima (orla meridional e ocidental) Quartzo e feldspato Indústria cerâmica e de vidro Região Norte e Centro Talco e Caulino Indústria cerâmica, de papel e de tinta Distrito de Bragança Entre Viena e Aveiro Minérios energéticos Carvão Energia e indústria química Região centro (urgeiriça) – atualmente não é explorado, pois a qualidade do carvão não é rentável Urânio Produção de energia nuclear EM Portugal é de fraca qualidade Petróleo Total dependência do exterior, apesar de terem sido realizadas algumas prospeções no nosso país Distribuição de recursos hídricos No subsetor das águas consideram-se:
  • 34.  Águas de nascente  Águas minerais o Águas minerais naturais o Águas minero-industriais Portugal continental apresenta um subsolo com grande diversidade de águas de nascente e de águas minerais, embora a sua distribuição seja irregular pelo território. Grande parte da exploração encontra-se realizada no Norte e Centro, fato que se verifica devido às características do maciço antigo. Pela sua composição química, as águas minerais também são exploradas para o termalismo, o que constitui um importante fator de desenvolvimento para as regiões, uma vez que as estâncias termais funcionam como polos de dinamismo económico local. CLASSIFICAÇÃO DA ÁGUA SEGUNDO A TEMPERATURA DE SURGIMENTO Designação Temperatura Hipotermal ≤ 25ºC Mesotermal 25ºC – 35ºC Termal 35ºC – 45ºC Hipertermal ≥ 45ºC Papel do termalismo no desenvolvimento das regiões O termalismo é visto, tradicionalmente, como uma atividade que tem como principal função o tratamento de doenças. Atualmente, esta atividade é também vista como potencializadora dos recursos termais das regiões onde ocorre, visto que esta atividade foi alargada para o setor turístico A estratégia de desenvolvimento das 4 vertentes (tratamento; prevenção; bem-estar e lazer) procura captar mais quantidade de frequentadores, para além dos “termalistas clássicos”. Para isso é necessário por em prática o chamado marketing termal. Portanto, é necessário:  Proporcionar um tipo de oferta turística diferente daquelas que podem ser oferecidas por ouros tipos de turismo concorrentes, de forma a atrair determinados segmentos do mercado às estâncias termais  Oferecer produtos e serviços de acordo com as estruturas existentes nas estâncias termais e adequadas às características diferenciadoras de cada publico alvo  Implementar programas de divulgação e promoção das unidades termais nos mercados nacional e internacional  Atuar sobre a vertente da formação profissional Recursos Endógenos Recursos Endógenos Recurso da região/ do local/ do interior Recursos Exógeno Recurso de outra região/ país/ do exterior
  • 35. A nível energético, Portugal apresenta uma grande dependência do exterior, por isso é necessário aumentar a produção através de formas já existentes e desenvolver projetos de modo a aproveitar os recursos abundantes no nosso território. Noções Energia primária Recursos energético que se encontra na Natureza (sol, vento, petróleo, gás natural, etc.) Energia Secundária Energia disponibilizada aos utilizadores (eletricidade, gás natural, gás butano, etc.) Energias alternativas ao subsolo  Energia Geotérmica – Energia aproveitada através da temperatura, elevada, da água em todo o continente (insular, incluído). Esta é uma fonte rentável de captação de energia porque a temperatura das águas no continente varia entre 20 – 40ºC não excedendo os 80ºC sendo, não só utilizada para fins terapêuticos, mas também para aquecimento doméstico, industrial, agrícola e de algumas infraestruturas. Contudo está limitado a um número restrito de lugares (caudal geotérmico suficiente; baixa salinidade; temperatura da água elevada).  Energia hídrica – Inclui eletricidade produzida pelas grandes centrais hidroelétrica A implementação destes projetos enfrenta vários problemas: o Custo elevado na construção de barragens; o Clima, em épocas de clima seco, a quantidade de energia produzida diminui o Impacto ambiental, não aprovado por nenhum ambientalista Nos anos de precipitação mais abundante, produz-se 40% da energia elétrica e nos anos mais secos, cerca de 20% Cerca de 10 novas barragens irão ser construídas Portugal é o país cm maior percentagem de energia elétrica produzida por via hídrica  Biomassa – O único exemplo de produção de energia elétrica a a partir de biomassa (provém de matérias biodegradáveis, produtos e resíduos agrícolas, substâncias florestais e industriais, resíduos industriais e urbanos), situa-se em Mortágua. Visto que maior parte do território é coberto por floresta (38%) este tipo de captação de energia torna-se fácil.  Biogás – Gás combustível composto por 60% de metano e 40% de dióxido de carbono. Este gás é obtido pela degradação biológica dos resíduos orgânicos, produzidos a partir de várias origens: 1ª – Aterros sanitários Provém dos efluentes (esgotos)
  • 36. 2ª – Atividade agropecuária 3ª – ETARs Vantagem o Reduz a energia consumida no tratamento dos resíduos Desvantagens o A queima do metano tem um efeito nocivo na atmosfera o Representa apenas 3% do consumo de energia nacional  Energia solar – Energia proveniente do sol, sendo aproveitada através das componentes fotovoltaícas (conversão em energia elétrica) e térmica (conversão em energia térmica). Este tipo de energia detém a maior potencial no sul do país: Central de Serpa e Central da Amareleja, sendo esta a maior dom Mundo. Vantagens o Baixa manutenção o Provoca um impacto social positivo, uma vez que contribui para a criação de emprego  Energia eólica Maior exploração nas áreas do litoral Norte e de maior altitude, devido às condições favoráveis – vento Obstáculos com que se depara:  Aspetos administrativos e burocráticos, necessários à implementação destes projetos  Difícil escoamento de energia  As áreas de maior potencial eólico situam-se em áreas de difícil acesso devido às fracas redes de acessibilidades  Cruzamentos de interesses, sobretudo se estiverem em causa questões ambientais ↓ Provoca o aumento do custo dos projetos pondo em causa a viabilidade dos projetos  Energia das ondas O seu aproveitamento depende de um conjunto de fatores existentes nas áreas costeiras que permitem resolver facilmente os problemas de transporte e de energia para terra e de acesso
  • 37. para a sua manutenção. Em Portugal, a costa ocidental e as ilhas dos açores têm condições favoráveis para a localização de unidades de conversão. Como entrave à instalação destas mesmas unidades, está a agressividade do meio, o que explica o atraso tecnológico para o aproveitamento da energia das ondas Razões explicativas entre a produção e o consumo de energia Devido à ausência de exploração de recursos energéticos do subsolo, em Portugal faz- se exclusivamente a partir de recursos renováveis que estão disponíveis no território continental e insular. Devido ao desenvolvimento do país, traduzido no crescimento dos diversos setores de atividade económica dos diversos setores de atividade económica e na melhoria da qualidade de vida da população, obriga a gastos de energia cada vez maiores, em que os gastos maiores concentram-se nos locais de maior abundância de população e de atividades económicas. Visto que a produção de energia é inferior à necessária para satisfazer a população é necessário recorrer ao exterior, importando na maioria petróleo. Eficiência Energética Atividade que procura otimizar o uso de fontes de energia; fazer uma utilização racional da energia; usar menos energia para fornecer a mesma quantidade de valor energético. A eficiência energética engloba a implementação de estratégias e medidas para combater o desperdício de energia ao longo do processo de produção, distribuição e utilização da energia
  • 38. Noções Radiação solar Quantidade de energia de intensidade e natureza variáveis, emitida pelo sol, que se propaga sob a forma de ondas eletromagnéticas, e da qual só uma pequena parte é recebida pela superfície terrestre. Radiação Solar
  • 39. nota: Sem radiação solar, a temperatura média da Terra seria de -239ºC. A radiação solar demora cerca de 8min a atingir a Terra. Constante Solar Total de energia que atinge o limite superior da atmosfera, numa superfície de 1cm₂, perpendicularmente aos raios solares e durante um minuto. Exprime-se em caloria e tem um valor médio de 2cal/cm₂/min. Radiação terrestre Radiação de grande comprimento de onda irradiada pela Terra Radiação global Total de radiação do sol que atinge a superfície do globo (radiação direta + radiação difusa) Espectro solar Radiação solar que chega até nós sob a forma de ondas eletromagnéticas com diferentes comprimentos de onda. Atmosfera Composição química Azoto 78%
  • 40. Oxigénio 21% Argón 0,9% CO₂ 0,03% Outros 0,07 Ex: vapor de água Estrutura da atmosfera  Troposfera o Espessura – 11 a 12km o A espessura é maior no equador (16-18km) e menor nos pólos (6-8km), isto porque nos pólos, o frio comprime as partículas de ar e no equador as altas temperaturas dilatam as mesmas, outro motivo é o movimento da Terra o A temperatura diminui com a latitude: Cerca de 6,5ºC a cada 1km – Gradiente térmico negativo) o É nesta camada que ocorrem a maioria dos fenómenos atmosféricos/meteorológicos o O limite superior desta camada é a tropopausa.  Estratosfera o Localização – 11 a 50km o É nesta camada que se encontra o Ozono, absorvendo grande parte dos raios Ultra Violeta, por isso a temperatura aumenta, logo o gradiente térmico e positivo o O limite superior desta camada é a estratopausa  Mesosfera o Localização – 50 a 80km o O gradiente térmico é negativo (inexistência de ozono e fraca existência de gases) o O limite superior desta camada é a mesopausa  Termosfera o Localização – 60 a 600km o O gradiente térmico é positivo o A densidade do ar é baixa o O limite superior desta camada é a termopausa o Começa a ocorrer a ionosfera – as partículas sofrem a ionização, ou seja, tornam-se partículas elétricas. Existem mais partículas no interior da ionosfera em relação ao seu interior, sendo que esta camada é utilizada nas comunicações  Exosfera o Localização – 600 até ao limite da atmosfera o Faz contacto com o espaço
  • 41. Noções Gradiente Térmico Vertical Variação da temperatura com a altitude Funções da Atmosfera  Protege a Terra, apresentando-se com uma concha protetora o Protege de meteoritos, isto porque, devido a atrito criado pelo ar, estes encandeiam-se e reduzem-se a “pó”. o Absorve/filtra grande parte da radiação solar  Controla a temperatura o Não permite que uma parte significativa das radiações atinjam a superfície terrestre o Provoca o efeito de estufa  É fonte de vida o Concentra na sua composição elementos fundamentais à vida, nomeadamente o oxigénio. A atmosfera – Balanço Térmico O globo perde uma grande quantidade de energia equivalente à que recebe, mantendo assim o equilíbrio térmico Noções Absorção Processo de transformação da energia luminosa em energia térmica que ocorre quando a radiação incide num objeto e é absorvia É feita principalmente, pelo vapor de água, CO₂ e Ozono Reflexão Mudança de direção dos raios solares ao incidirem em qualquer corpo Difusão Dispersão da radiação solar em todas as direções.  Uma parte perde-se para o espaço  Outra parte atinge a superfície terrestre (é a radiação difusa) Radiação solar direta Radiação solar que atinge diretamente a superfície do globo. Desde que o sol nasce até quando o sol se põe Molécula de ar Raio solar
  • 42. Radiação solar difusa Radiação solar dispersa e difundida pela atmosfera pelas nuvens, etc (radiação indireta recebida) Albedo terrestre É a razão entre a quantidade de radiação refletida pela superfície terrestre e a quantidade de radiação que nela incide Energia refletida  Pelas nuvens 20%  Pela atmosfera 6% ALBEDO →  Pela superfície terrestre 4% O albedo é maior nas superfícies cobertas de neve e menor nas florestas Efeito de Estufa Fenómeno natural que regula a temperatura da Terra. É o das baixas camadas da atmosfera Atmosfera Absorvida pela atmosfera 16% Absorvida pelas nuvens 3% Refletida pela Terra 4% Refletida pelas nuvens 20% Refletida pela atmosfera 6% Radiação solar 100% Absorvida pela Terra 51% Percentagem de energia solar refletida em, relação à energia recebida Aquecimento das baixas camadas da atmosfera, devido à interseção feita pelos gases que compõem a atmosfera, das radiações imitidas pela Terra
  • 43. a A radiação solar atravessa a atmosfera. A maior parte da radiação é absorvida pela superfície terrestre e aquece-a b Alguma da radiação solar é refletida pela Terra e pela a atmosfera de volta para ao espaço c Parte da radiação infravermelha (calor) é refletida pela superfície terrestre mas não regressa ao espaço pois é refletida de novo e absorvida pela camada de gases de estufa que envolve o planeta. O efeito é o aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera. Consequências do aumento do Efeito de Estufa  Aumento da temperatura que provocará: Degelo, levando à subida do nível de oceanos, que tem por consequência a submersão de vastas zonas costeiras, provocando a migração de pessoas, redução das áreas de cultivo, etc. Modificação no regime de precipitação Alteração na fauna e na flora Consequências do aquecimento global para o território nacional Ondas de calor Períodos de seca Chuvas intensas Doenças transmitidas por insetos Doenças relacionadas com a comida e água (aumento das salmonetas) Aumento das alergias Submersão de regiões costeiras devido à subida do nível da água. Efeito de estufa Radiação solar Radiação solar a b c
  • 44. Fatores de variação da Radiação Solar  A latitude e a forma arredondada da Terra  O movimento de rotação da Terra  O movimento de translação da Terra e a inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de órbita  Outras condições locais (nebulosidade; exposição geográfica; ect)  O lugar que recebe os raios solares com menor ângulo de incidência é o lugar C e com maior é o lugar A.  O lugar que recebe os raios solares com menor inclinação é o lugar A e com maior é o lugar C.  Os raios que chegam ao lugar C atravessam maior massa atmosférica sofrendo maiores perdas por absorção e reflexão Noções PN PS c b a Equa. A B C A forma arredondada da Terra vai fazer com que a inclinação dos raios solares e o ângulo de incidência variem com a altitude. Assim os lugares de menor latitude recebem maior radiação solar. Nos pólos aumentam as perdas por reflexão, difusão e a quantidade de radiação solar é menor devido amassa atmosférica atravessada.
  • 45. Ângulo de Incidência Ângulo que os raios solares fazem com o plano tangente à superfície da Terra no lugar do observador O menor ângulo de incidência corresponde à maior inclinação dos raios solares e à maior massa atmosférica atravessada O lugar mais aquecido é o lugar A. Apesar da área atingida ser maior em B do que em A, a superfície A é mais aquecida A variação da radiação solar e o movimento de rotação da Terra Ao longo do dia, varia:  A inclinação/obliquidade dos raios solares  O ângulo de incidência  A massa atmosférica atravessada  A superfície aquecida Quando o sol nasce a radiação solar é menor, pois:  A inclinação doa raios solares é maior  O ângulo de incidência é menor  A massa atmosférica atravessada é maior  A superfície atmosférica recetora é maior Ao meio-dia a radiação solar é maior, pois  A inclinação doa raios solares é menor  O ângulo de incidência é maior  A massa atmosférica atravessada é menor  A superfície atmosférica recetora é menor Ao pôr do sol a radiação solar é menor, pois Massa atmosférica atravessada Massa atmosférica atravessada Superfície terrestre Limite da atmosfera A B Ângulo de incidência Ângulo de incidência
  • 46.  A inclinação doa raios solares é maior  O ângulo de incidência é menor  A massa atmosférica atravessada é maior  A superfície atmosférica recetora é maior De noite – Não há radiação solar A variação da radiação solar e o movimento de translação da Terra O movimento de translação da Terra:  Dá origem às estações do ano  Determina a duração dos dias e das noites  Faz variar a inclinação dos raios solares Equinócio de março e setembro Em todos os lugares da Terra, os dias são iguais às noites Solstício de junho Solstício de dezembro Movimento de traslação da Terra PN PS Trop. Câncer Dia ≥ Noite Trop. Crapicórnio Dia ≤ noite Equa. Dia = noite Trop. Câncer Dia ≤ Noite Trop. Crapicórnio Dia ≥ noite Equa. Dia = noite PN PS
  • 47. Portugal, localizado entre os 32º e os 42 do hemisfério norte recebe maior quantidade de energia solar no solstício de junho, quando se inicia o verão. Nesta época, os raios solares atingem Portugal com menor inclinação e os dias têm maior duração, por isso a temperatura é mais elevada. No solstício de dezembro, quando se inicia o inverno o sol está a incidir no trópico de Capricórnio pelo que, no território português, a inclinação dos raios solares é maior, a duração do dia é menor e em consequência disso as temperaturas são mais baixas. Nos Equinócios os dias têm a mesma duração das noites em todo o globo. Nesta altura, a radiação solar incide na vertical sobre o equador. Em Portugal têm inicio as estações intermédias (primavera e outono) Noções Isotérmicas Linhas que unem pontos de igual temperatura. Amplitude Térmica Diurna Diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima do dia Amplitude Térmica Anual Diferença entre a temperatura mais quente e a temperatura mais baixa de um mês Distribuição das temperaturas em Portugal Continental  No inverno É mais notório o contraste NE/SE, devido a: o Latitude o Altitude o Nebulosidade o Proximidade do mar ou continentalidade o Disposição do relevo  No verão É mais notório o contraste litoral/interior Contraste NW/SE da radiação solar e da insolação Este contraste resulta de fatores, tais como: o Latitude (menor latitude → maior insolação e radiação solar) o Altitude (maior altitude → maior insolação e radiação solar) o Nebulosidade (menor nebulosidade → menor maior insolação e radiação solar o Proximidade do mar ou continentalidade (maior proximidade = maior nebulosidade → menor radiação solar o Disposição do relevo Distribuição das temperaturas em todo o planeta
  • 48. Os valores mais altos de radiação solar, não se registam no equador mas sim nos trópicos devido à maior nebulosidade das regiões equatoriais que fazem diminui os valores de radiação solar, comparativamente à regiões tropicais. Distribuição da temperatura em Portugal Em Portugal continental, durante o inverno desenhe-se um contraste NE/SW dm que o norte interior é a região claramente mais fria. Por outro lado o Algarve em particular o barlavento, regista as temperaturas mínimas mais elevadas. No verão há um claro contraste Litoral/Interior, com o litoral claramente mais fresco e o interior muito quente, em particular o interior trasmontano e o alentejano Nas ilhas matem-se sempre um contraste interior/litoral, pois o vigor do relevo é o principal fator para baixar as temperaturas mínimas no inverno e máximas no verão Em Portugal continental, o contraste entre o litoral e o interior é notório. A proximidade do mar parece ser preponderante, e a latitude não se afirma como o fator fundamental. Mesmo o relevo tem pouco impacto na amplitude térmica anual. Inverno Verão Barlavento algarvio Sotavento algarvio
  • 49. No inverno é bem visível o contraste nordeste/sudoeste, com as temperaturas a aumentar para sudoeste. O Nordeste transmontano é a região mais fria. Os fatores condicionantes da temperatura são: - Latitude - Continentalidade e proximidade do mar No verão, o contraste é entre oeste/este, ou seja, litoral/interior. O gradiente diminui com a continentalidade. Os fatores condicionantes da temperatura são: - continentalidade e proximidade do mar - Relevo (as regiões montanhosas aquecem – falta de nebulosidade) Porque é que os ventos que entram no Mondego na entram no Douro? Pois existem serras concordantes à costa que impedem a passagem desses ventos Que fatores influenciam a distribuição da temperatura Inverno Verão As temperaturas mais elevadas entram pelo vale do Douro vindas de Espanha Entrada de ventos frescos no vale do Mondego vindas do mar
  • 50.  Latitude (norte-sul) As temperaturas mais baixas a Norte, ficam a dever-se à inclinação aos raios solares, à precipitação e à maior nebulosidade  Altitude  O relevo e a sua disposição Encontram-se diferenças de temperatura entre as vertentes expostas a sul (vertentes soalheiras) que recebem grande quantidade de radiação solar e vertentes viradas a norte (vertentes umbrias) que podem estar longos períodos de tempo sem radiação solar direta. As depressões são também normalmente mais quentes do que as áreas topograficamente mais elevadas.  As correntes marítimas No hemisfério norte as correntes provenientes do norte são frias e do sul são quentes. Nova York está à mesma latitude que Lisboa e o que explica as baixas temperaturas em NY e mais altas em Lisboa são as correntes marítimas quentes.  A continentalidade A continentalidade influencia a distribuição das temperaturas, principalmente no verão. O ar marítimo que afeta o litoral tem a capacidade de amenizar o clima, tornando os Verãos mais secos e os Invernos mais suaves. O oceano devido ter maior inércia térmica, é mais quente que o continente durante o inverno e mais frio que o continente que o verão. A energia solar É renovável É limpa, ou seja, não polui É utilizada para:  Aquecimento (energia solar térmica) – através de painéis solares – sistemas térmicos  Produção de eletricidade (através de células/sistemas fotovoltaicas que convertem a radiação solar em eletricidade) – sistemas fotovoltaicos A energia solar térmica está completamente dependente da insolação utilizando apenas a radiação solar direta. OS sistemas fotovoltaicos para além da radiação solar direta também aproveitam a radiação solar difusa
  • 51. Portugal tem boas condições a nível de aproveitamento da radiação solar, sendo muito elevada no interior sul. Contudo esse facto não tem sido aproveitado da melhor forma, o que agrava a dependência energética pelo exterior. A nível europeu Portugal apresenta uma insolação mais elevada do que muitos países nórdicos, contudo apresenta um nível de produção elétrica muito inferior aos outros países apesar de possuir recursos mais favoráveis. Concluindo podemos dizer que a energia solar existe em Portugal em grande quantidade, além disso é geradora de emprego Portugal possui equipamento tecnológico suficiente para obter um grande aproveitamento desta fonte de energia. Por isso não há razões para que Portugal não aposte na implementação d estações para a obtenção de energia solar. Importância da insolação no turismo O turismo em Portugal representa uma “fatia” grande no que diz respeito ao PIB e ao emprego. Para esta realidade contribui a situação ambiental portuguesa, em particular o clima e a insolação. Prova disso são os destinos dos turistas. O ambiente mais escolhido pelos turistas situa-se no litoral (praias), sendo que os restantes se podem considerar insignificantes à exceção das férias no campo. De qualquer forma os ambientes escolhidos pelos turistas estão relacionados com a insolação. A entrada de turistas mostra a importância da insolação em Portugal, a julgar pela quantidade de turistas nos meses de verão. Havendo também uma afluência em abril devido à Páscoa. Também no inverno a entrada de turistas é significante, nesta época Portugal, mais propriamente o Algarve é procurado pela população mais idosa, que procuram calor durante a estação fria. Os principais turistas, são provenientes do Reino-Unido, Alemanha, Países-Baixos e Irlanda, pois as condições de radiação solar são piores do que em Portugal, tornando-se este num destino de férias. Há um contraste a nível da insolação entre o sul (maiores níveos) e norte (com menores níveis), para além de ter menores níveis de insolação, o norte possui um clima mais fresco e ventosa, tornando-se num destino menos procurado pelos turistas.
  • 52. Utilização da Energia Solar  De forma ativa o Para aquecimento (energia térmica) o Para a produção de eletricidade (eletricidade fotovoltaica)  De forma passiva Aproveitamento da energia para aquecimento de edifícios e habitações, onde a construção deve ser baseada na eficiência energética (permitam ganhos de energia solar e diminuição de ganhos excessivos de calor no verão) Isto é possível através da orientação dos edifícios (para sul) e do isolamento térmico dos mesmos Problemas na Produção de Energia  Grande investimento inicial  Grandes áreas para a sua instalação  Dificuldades no armazenamento e no transporte  Sobrepovoamento do litoral (grande consumidor de energia elétrica), em relação ao interior sul (local onde há maior aproveitamento de radiação solar
  • 54. Recursos hídricos A água é um bem precioso. É ela que possibilita a existência humana. A água é essencial porque precisamos dela para beber, produzir eletricidade e regar os campos agrícolas. Mas coloca-se uma questão: Será que teremos água suficiente (qualidade e quantidade) para satisfazer as necessidades da população? Esta questão coloca-se pois apesar do Planeta Terra ser, maioritariamente constituído por água, grande parte dela não é dirigida para o nosso consumo. Disponibilidade hídrica da Terra Água na Terra Água doce Curiosidade  Os recursos hídricos veem a escassear devido à poluição da água  Existe uma grande disparidade a nível de acesso a água potável
  • 55. Ciclo da água – Sistema fechado A água é um recurso renovável que se encontra em movimento, e pode ser encontrada em 3 estados físicos da matéria: Sólido (neves, gelos); Líquido (rios, lagos, oceanos e águas subterrâneas) e Gasoso (vapor de água). Tendo em conta que a maior parte da água existente (≈98%) se encontra nos oceanos, iniciamos o ciclo no mesmo. Podemos então por começar por dizer que o responsável pelos início deste ciclo é o sol, como estudámos este irradia calor aquecendo assim a água dos oceanos o que leva à sua posterior evaporação para a atmosfera. É também de suma importância saber que o vapor de água pode também chegar à atmosfera através do fenómeno de sublimação dos gelos e das neves e/ou da evapotranspiração. O vapor de água vai para atmosfera e as massas de ar ao arrefecerem condensam. A condensação é um fenómeno que se torna visível quando se dá a formação de nuvens. Estas são formadas por água no estado líquido sob a forma de pequenas gotículas em suspensão. As correntes de ar movem as nuvens ao longo do globo e, nesse movimento, as gotículas que formam as nuvens colidem e crescem, quando se tornam suficientemente pesadas, caem sob a forma de precipitação, no estado líquido (chuva) ou sólida (neve ou granizo). Ao precipitar sob a forma sólida vai alimentar, entre outros, as calotes de gelo e os glaciares. Grande parte da precipitação cai diretamente nos oceanos, reiniciando-se o ciclo hídrico. Outra parte cai sobre os continentes, onde, por ação da gravidade vai escoar à superfície (água de escorrência)  Parte dessa água é drenada pelos rios e levado até ao oceano;  A outra parte “alimenta” os lagos, e por infiltração, os lençóis de água. Noções Evaporação Passagem da água no estado líquido para o estado gasoso Sublimação Passagem da água do estado sólido para o estão gasoso, sem passar pelo estado líquido, ou vice-versa Evapotranspiração Transpiração das plantas e de todos os seres vivos, que vai para a atmosfera sob a forma gasosa Condensação Passagem da água no estado gasoso para o estado líquido. Precipitação Queda de gotículas de água provenientes das nuvens que colidem. Esta pode sob a forma de chuva (estado líquido), neve ou granizo (estado sólido). Escorrência Água que escoa à superfície (escorrência superficial) ou no subsolo (escorrência subterrânea)
  • 56. Infiltração A água das chuvas é intercetada pelo solo e, por ação da gravidade, desloca-se para o interior do solo as várias profundidades Aquíferos Extensos canais de água subterrâneos resultantes da infiltração. Humidade Atmosférica Humidade absoluta Quantidade de vapor de água existente numa unidade de volume de ar. Exprime-se em gr/m₃ Ponto de saturação Quantidade máxima de vapor de +agua que o ar pode conter a uma determinada temperatura. Exprime-se em gr/m₃ Humidade relativa Relação entre a quantidade de vapor de existente num dado volume de ar e a quantidade máxima de vapor de água que esse ar pode conter. Exprime-se em % Relação entre a humidade absoluta e o ponto de saturação H.R=H.AP.S x 100 Exercício Um dado volume de ar a uma certa temperatura possui:  H.A = 5 gr/m₃  P.S = 10 gr/m₃ H.R=510 x 100  H.R = ? H.R=0,5 x 100 H.R=50% → Caso haja: Aumento da Temperatura → o Ponto de Saturação aumenta → a Humidade Relativa diminui. Diminuição da Temperatura → o Ponto de Saturação diminui → a Humidade Relativa aumenta, ficando-se mais próximo da ocorrência de precipitação. Noções Higrómetros Medem a humidade absoluta e a humidade relativa Termo-higrómetros Medem a temperatura e a humidade relativa Condições Neste caso, o ar contém metade do vapor de água que pode conter
  • 57. Dd atmosféricas Variação da temperatura Ponto de saturação Humidade relativa Subida da temperatura Aumenta Diminui Descida da temperatura Diminui Aumenta A circulação geral na atmosfera A atmosfera da Terra exerce uma pressão à superfície (pressão atmosférica) que ´+e fruto da força exercida pelo ar. Essa pressão não é sempre constante e varia com:  Altitude Quanto maior for a altitude, menor é a pressão em virtude da menor espessura da atmosfera que está por cima e vice-versa.  Temperatura Quanto maior é a temperatura menor é a pressão e vice-versa.  Densidade do ar Quanto maior é a densidade maior é a pressão isto porque: ar + denso → + partículas → + pesado → - altitude → + pressão  Espaço e Tempo Isto porque os fatores anteriormente descritos não se observam de igual modo em todo o Planeta. Pressão  Alta pressão ≥ 1013hPa  Pressão normal = 1013hPa →  Baixa pressão ≤ 1013hPa Traduz a pressão exercida pela atmosfera num determinado ponto da superfície.
  • 58. Circulação em altitude; na Vertical Circulação à superfície; na Horizontal D Divergente Convergente  O ar ascende em espiral, mas converge à superfície e diverge em altitude  Durante a subida o ar torna-se mais frio e húmido  Nas regiões afetadas por depressões, como a pressão é baixa no centro, o ar ascende e arrefece, logo condensa mais facilmente dando origem a nuvens  O ar desloca-se da pressão maior para a menor 1015hPA 1020hPA 1025hPA 1015hPA 1010hPA 1005hPA Centro de baixas pressões ou Depressão Centro de altas pressões ou Anticiclone Nota A ascendência do ar ou a sua subsidência está relacionada com o Efeito de Coriolis, que designa o desvio dos ventos consoante o hemisfério. Portanto, os ventos deslocam-se das altas para as baixas pressões, sendo que no hemisfério norte, o desvio dos ventos é para a direito e no hemisfério sul para a esquerda (relacionado com o movimento da Terra). O valor mais alto tem que estar no meio e diminuir para fora O valor mais baixo tem que estar no meio e aumentar para fora  O ar é descendente em espiral e diverge à superfície e converge em altitude  Durante a descida o ar torna-se quente e seco  Nas regiões afetadas por anticiclones o céu estará limpo e com fraca nebulosidade Convergente Divergente
  • 59. Distribuição em latitude dos centros de pressão Portugal encontra-se entre as altas pressões subtropicais e as baixas pressões subpolares Origem dos anticiclones e das depressões barométricas A existência destes centros poder ser de origem térmica ou de origem dinâmica. As baixas pressões equatoriais têm origem térmica (altas temperaturas) e origem dinâmica (ascensão do ar no encontro dos ventos alísios) As altas pressões subtropicais são de origem dinâmica (o ar que foi obrigado a subir nas regiões do equador, desce sobre os trópicos). As baixas pressões subpolares são de origem dinâmica (a ascendência do ar resulta do encontro entre os ventos de Oeste com os ventos de Leste) As altas pressões polares são de origem térmica (resultam das baixas temperaturas) Equador Trop. Cancer Trop. Capricórnio P.N Circulo Polar Ántartico Circulo Polar Ártico P.S Baixas Pressões Subpolares Altas Pressões Subtropicais Baixas Pressões Equatoriais Altas pressões polares
  • 60. Circulação geral da atmosfera: à superfície - ventos (1) e em altitude - células (2) A intensa radiação solar nas regiões equatoriais aquece o ar, o que provoca a sua ascendência, pois o ar aquecido é mais leve. O ar ao ascender arrefece e condensa, o que confere às regiões equatoriais um cariz extremamente chuvoso. Esta zona designa-se por CIT (Convergência Intertropical). O ar termina a sua ascendência na estratosfera e dirige-se para os pólos sofrendo um desvio para a direito devido ao Efeitos de Coriolis. Aos, aproximadamente, 30ºN o ar inicia a sua subsidência, criando uma zona de altas pressões, designada por zona de altas pressões subtropicais. Esta subsidência inibe a existência de nuvens e por consequência de precipitação, é por esta razão a razão pela qual os grandes desertos quentes se localizam nesta baixa (Deserto do Saara e do Calaári). O ar subsidente ao atingir a superfície dirige-se:  Em direção ao equador (virando para oeste). Neste caso temos os ventos alísios (grande regularidade em termos de velocidade e direção)  Em direção aos pólos (virando para este). O ar tropical vindo os anticiclones encontra o ar frio polar vindo das depressões subpolares. O ar quente e o ar frio não se misturam, por isso o ar frio desloca-se sob o ar quente, formando-se a frente polar (entre 40º→inverno e 60º→verão). O ar muito frio e muito denso das regiões polares dá origem a altas pressões polares. CIT Frente polar 2 1
  • 61. Massas de ar que afetam Portugal O desigual aquecimento ao longo do ano dos dois hemisférios faz com que a circulação da atmosfera se altere significativamente, conforme a época do ano. No verão do hemisfério norte, os raios solares atingem o norte do equador com menor obliquidade. Isto faz com que a CIT se situe mais a norte. A subida de CIT faz com que, por sua vez, os anticiclones subtropicais se desloquem também mais para norte, assim como a frente polar. Desta forma Portugal fica sob a influência do anticiclone dos Açores, responsável por Verãos quentes e secos. No inverno, o hemisfério norte recebe menos radiação solar, Em virtude disso, o ar arrefece, e os anticiclones polares ganham intensidade e exercem a sua força sob as regiões meridionais “empurrando” as perturbações da frente polar mais para sul. Ao mesmo tempo, a CIT desloca-se para sul do equador. Nesta época, a frente polar exerce a sua influência sob o território português, responsável por Invernos frescos e chuvosos. As massas de ar – Porção de ar de grande dimensão com características de temperatura, humidade e densidade homogéneas Polar Marítima – fresco e chuvoso Polar Continental – fresco e seco Tropical Marítima – quente e chuvoso Tropical Continental – quente se seco Massas de ar que afetam Portugal As massas de ar geram combinações diferentes de tipos de tempo que, em Portugal podem ser muito contrastados entre o verão e o inverno e, mesmo entre Verãos e Invernos diferentes. Assim no verão há um predomínio de massas de ar tropical marítimo, originárias do Atlântico na área de influência do Anticiclone dos Açores. Esta massa de ar dá origem a um tipo de tempo, cuja temperatura apesar de elevada é agradável.
  • 62. Pelo contrário, as massas de ar tropical continental, oriundas do norte de África, geram grandes ondas de calor no território nacional. As temperaturas sobem normalmente acima do 35ºC. No inverno, e em especial no outono, as massas de ar tropical marítimo podem exercer a sua influência, dando origem a um tempo mais quente e chuvoso. As massas de ar polar marítimo, são mais típicas no inverno e estão na origem de um tempo fresco e chuvoso, associado à passagem sucessiva de perturbações frontais. Igualmente comuns são as massas de ar polar continental, que estão associadas a tipos de tempo muito frio e seco. São a típicas situações anticiclónicas de inverno, com acentuado arrefecimento noturno. Frente polar e os tipos de tempo associados Quando diferentes massas de ar se encontram, não se misturam pois têm densidades diferentes. O ar quente é mais leve e menos denso do que o ar frio, portanto o ar frio tende a ficar sob o ar quente, que ascende quando entra em contacto com o ar frio. Quando duas massas de ar se encontram, criam-se áreas de contacto que se designam por superfícies frontais. O ponto de contacto entre a superfície frontal e o solo designa-se por frente. As frentes podem ser:  Quentes – O ar quente avança sobre o ar frio  Frias – O ar frio avança em cunha sob o ar quente, obrigando este a subir, por vezes, de forma intensa. Noções Estado de tempo Situação meteorológica verificada num dado momento num determinado lugar. Estado de tempo = situação meteorológica = condições atmosféricas
  • 63. Formação e evolução de uma perturbação frontal.  Formação  Desenvolvimento  Oclusão  Oclusão Corte vertical (ver pagina seguinte) Ar frio polar Ar quente tropical
  • 64. Distribuição da precipitação em Portugal Em Portugal continental, existe um contraste na distribuição da precipitação: norte/sul e litoral/interior. A região mais chuvosa é o Noroeste, enquanto que as regiões interiores são as regiões mais secas. A noroeste do país é também visível uma vasta densidade de serras, que formam a barreira de condensação. Nestes sistemas montanhosos, as vertentes ocidentais estão expostas às massas de ar vindas do oceano, tornando-se estas nas vertentes mais chuvosas, enquanto que as vertentes orientais estão mais abrigadas. O norte é mais afetados pelas perturbações frontais, quanto que o sul é mais afetado por anticiclones (fator latitude) Outras razão de maior pluviosidade a norte está relacionado com o relevo mais acidentado, comparativo com o sul (fator relevo) Outro fator a ter em atenção está relacionado com a proximidade ou o afastamento do mar. Nas ilhas, o principal fator na distribuição da precipitação está relacionado com o relevo, pois é nas altitudes mais elevados do interior das ilhas e nas vertentes expostas aos fluxos pluviométricos que registam elevados níveis de precipitação. Tipos de precipitação em Portugal  Precipitação frontal A chuva nas superfícies frontais resulta do contacto entre massas de ar de temperatura e densidade diferentes: massa de ar polar, vindas do norte, e massa de ar subtropical, vinda do sul, originárias dos anticiclones subtropicais. O ar quente ao ascender sobre o ar frio arrefece e condensa dando origem, primeiramente, a nuvens e depois à queda de chuva.  Precipitação orográfica As precipitações orográficas formam-se quando uma massa de ar húmida encontra uma barreira montanhosa e é obrigado a subir. Ao subir, amassa de ar arrefece, e o vapor de água condensa, em particular na vertente mais exposta ao fluxo. Na vertente oposta, acontece o contrário, ou seja, o ar subside, aquece e fica mais seco. Este processo está relacionado com o contraste litoral/interior Nas ilhas este tipo de precipitação também é evidente.
  • 65.  Precipitação convectiva O aquecimento, a que por vezes, o solo está sujeito faz aquecer o ar pela base. Este aquecimento torna o ar instável e pode levar à sua ascendência. O ar ao subir, arrefece e o vapor de água condensa. Algumas precipitações convectivas podem ser bastantes fortes e , por necessitarem do calor para se formarem são mais frequentes no verão e no outono. Estes tipos de chuvas são mais frequentes no interior, longe da ação moderadora do oceano. Situações meteorológicas típicas em Portugal (ficha) A irregularidade temporal e espacial da precipitação em Portugal.  Temporal o Variação anual  Períodos mais chuvosos  Períodos mais secos o Variação interanual  Anos muito chuvosos  Anos mais secos  Espacial o Contrastes entre Norte/Sul o Contraste entre Litoral/interior Nota: No nosso país, regiões que necessitam de precipitação (água), quer para a agricultura quer para outros fins, não a têm. Para agilizar tal situação têm sido tomadas medidas, tais como:  Aproveitamento da água das chuvas através de barragens.
  • 67. Clima de Portugal insular Noções Clima Sucessão habitual, num dado lugar , dos estados de tempo observados durante um longo período de tempo (30 anos). Elementos do clima Fenómenos atmosféricos que definem e caracterizam o clima ex: Temperatura; vento; nebulosidade; pressão atmosférica Fatores do clima Tudo aquilo que faz variar os elementos do clima ex: Altitude; Latitude; proximidade ou afastamento do mar; exposição das vertentes; correntes marítimas. Gráfico termopluviométrico Gráfico que representa em simultâneo a variação da temperatura e da precipitação ao longo do ano. Mês seco Mês em que a precipitação é igual ou inferior ao dobro da temperatura. Temperatura média: o Diurna o Mensal o Anual Amplitude térmica o Diurna o Mensal o Anual Classificação do clima QENTES TEMPERADOS FRIOS Equatorial Tropical Desértico quente Marítimo Mediterrâneo Continental Subpolares Polares
  • 68. Portugal tem um clima temperado mediterrâneo que vai perdendo as suas características de um para norte e do litoral para o interior. Os contrastes climáticos que se verificam no nosso país resultam da combinação de vários fatores, principalmente o relevo, a latitude e a proximidade ou afastamento do mar. O clima Açoriano e, em menor grau, o clima da Madeira têm características dos climas temperados marítimos. A vertente sul da ilha da Madeira, por estar obrigada das massas de ar húmidas vindas do Norte, é bastante mais seca, tendo a região do Funchal um clima tipicamente mediterrâneo. Os contrastes registados na distribuição da precipitação e da temperatura dão origem aos seguintes climas:  Temperado mediterrâneo (sul e centro) - 1  Temperado mediterrâneo de influência marítima (norte litoral) - 2  Temperado mediterrâneo de influência continental (norte interior) - 3  Clima de montanha (áreas de maior altitude) Temperado mediterrâneo (sul e centro)  Temperatura: Verãos quentes e Invernos amenos (Amplitude Térmica Anual Moderada) – deve-se ao facto de receber os raios solares com maior ou menor obliquidade e ao facto de se encontrar próximo ao Norte de África  Precipitação: Fraca – deve-se à proximidade dos anticiclones subtropicais  Fatores: Latitude e proximidade do mar. Temperado mediterrâneo de influência marítima  Temperatura: Pequena Amplitude Térmica Anual (temperaturas amenas)  Precipitação: Abundante (concentrada no inverno e no outono)  Fatores: Latitude; disposição das vertentes e proximidade do mar Temperado mediterrâneo de influência continental  Temperatura: Grande Amplitude Térmica – temperaturas baixas no Invernio e altas no verão  Precipitação: Pouca precipitação, comparada com o temperado de influência marítima  Fatores: Relevo (disposição das vertentes); latitude; afastamento do mar Clima de montanha  Temperatura: Grande diferença entre o verão e o inverno (Amplitude Térmica Grande)  Precipitação: Muito elevada  Fatores: Altitude – Existem serras que apesar de terem a mesma altitude, os níveis de precipitação são diferentes (relacionado com a proximidade ou afastamento do mar) 1 2 3
  • 69. Balanço Hídrico Relação entre os ganhos e as perdas de água Precipitação = Evapotranspiração + Infiltração + Escorrência As disponibilidades hídricas de Portugal Áreas mais húmidas – Norte litoral e áreas montanhosas Áreas mais secas – Sul do Tejo Os recursos hídricos Águas superficiais – rios, lagos, lagoas, albufeiras Águas subterrâneas – aquíferos e lençóis freáticos Os rios Rede hidrográfica Rios e seus afluentes e subafluentes Bacia hidrográfica Áreas drenada por uma rede hidrográfica Caudal Quantidade de água que passa numa dada secção do rio (aumento da nascente para a foz) Montante Nascente Jusante Foz Regime Variação do caudal Perfil longitudinal União dos pontos do talvegue Talvegue Pontos mais baixos de uma rio desde montante até jusante Perfil transversal Forma do vale Perfil de equilíbrio Perfil em que o declive diminuiu regularmente da nascente até à foz M M J J
  • 70. Balanço Hídrico  Nos Superavit existe escoamento da água  Água cedida ao solo – Água que se infiltrou no solo e foi restituída durante março – agosto.  Água restituída ao solo – Meses em que o solo esteve seco e agora recebe a água das chuvas, recompondo-se. Perfil longitudinal e transversal dos rios Normalmente, os rios apresentam um maior declive de montante para jusante. A representação gráfica do declive do leito do rio da nascente até à foz designa-se por perfil longitudinal do rio. Os rios modelam o seu perfil longitudinal através da erosão vertical exercida no fundo do leito. Quanto maior for o declive maior será a velocidade do escoamento e por consequência maior erosão. Por sua vez a quantidade de água relaciona-se com a precipitação Uma maior capacidade erosiva vai desgastando o leito dos rios, arrancando materiais que serão transportando até à foz. O perfil longitudinal de um rio depende do nível da base (local onde se encontra a foz) que pode ser o mar ou outro rio. Se o nível da base descer, o rio entalha o seu leito; Se o nível da base aumentar, o rio tem tendência a assorear o seu leito. Este processo desenvolve-se de jusante para montante levando ao perfil de equilíbrio. Superavit hídrico Défice hídrico Superavit hídrico Água restituída ao solo Água cedida ao solo J F M A M J J A S O N D
  • 71. Outro fator a ter em conta é o perfil transversal do rio, que nos dá a forma do vale em determinadas secções do rio. A montante, o vale tem a forma de “V”, é estreito e declivoso. À medida que o escoamento aumenta, o vale vai alargando-se, continuando a existir vertentes. Junto à foz (jusante), o vale alarga-se significativamente e tem um fundo e plano. Aqui pode mesmo ocorrer o fenómeno de meandrização *Ação erosiva da água Fatores que influenciam o caudal do rio  Clima Caso se registem elevados níveis de precipitação, a quantidade de água que vai circular na rede hidrográfica será maior me vice-versa  Relevo Caso a rede hidrográfica se encontre numa região montanhosa, o declive vai ser maior, contribuindo assim para maior escorrência, logo o caudal será maior. Caso a rede hidrográfica se encontra numa zona plana, isso irá contribuir para a infiltração, reduzindo a quantidade de água que circulará na rede hidrográfica.  Cobertura vegetal Caso a rede hidrográfica se encontre numa região de floresta densa, isso contribuirá para a a infiltração e por sua vez o causal será menor Caso a floresta seja menos densa, ocorrerá maior escorrência e, o caudal do rio será maior Vale em V fechado (garganta) Vale em V aberto/normal Vale em caleira aluvial ou Vale de fundo largo e plano A B C Meandros abandonados → A água ganha velocidade Aluviões – sedimentos que acabam por ser depositados no curso inferior do rio B A C DESGASTE* TRANSPORTE* ACUMULAÇÃO* Perto da nascente, o rio vais desgastar o talvegue No curso médio, ocorre o transporte de sedimentos assim como o desgaste das vertentes → Desagua por vários canais Curiosidade Estuário – Desagua por um só canal. Contrariamente ao delta
  • 72.  A constituição pedológica e geológica A rede hidrográfica pode estar, ou não, situada sob rochas/solo premiáveis ou impermeáveis; Premiáveis: Infiltração – menor quantidade de água na rede hidrográfica Impermiáveis: Escorrência – maior quantidade de água na rede hidrográfica  Ação do Homem - Na construção de barragens, a água fica retida e, o homem, domina então a quantidade de água que vai descarregar a partir da barragem para jusante. - Desflorestação - Impermeabilização dos solos (plásticos, alcatrão, etc). O regime dos rios  Perenes (permanetes) – Mantém o caudal constante ao longo do ano, ou seja, escoa água durante todo o ano - Caudal constante  Intermitentes (irregulares) – Variam sazonalmente (típico dos rios portugueses), ou seja, só escoam água na estação húmida - Caudal elevado na estação húmida e baixa na seca  Efémeros (torrenciais) – Ao longo do ano variam continuamente (relacionado com o clima e/ou dimensão dos rios). Só tem escoamento quando ocorrem grandes chuvadas O regime dos rios portugueses é irregular e com caráter torrencial:  Irregular – caudais elevados no inverno e baixo ou nulo no verão  Torrencial – Grande influência das fortes chuvadas Construção de Barragens VANTAGENS  Regularizar o regime dos rios  Produzir eletricidade  Reservar a água para a rega e abastecimento da população  Desenvolvimento de outras atividades turísticas  Criação de novas áreas de agricultura de regadio
  • 73. DESVANTAGENS  Alto investimento inicial  Retenção de sedimentos transportados pelo rio  Alteração do ecossistema (fauna e flora)  Alterações no clima da região  Perda de campos agrícolas  Possibilidade de algumas populações serem obrigadas a deslocar-se  Possibilidade de agravamento de cheias - O objetivo das barragens é reter a água mas, caso o total de enchimento da barragem coincidir com dias de precipitação elevada, a água em excesso vai ter de ser descarregada, o que pode agravar o risco de inundação nas áreas mais a jusante da barragem, sendo que isto está também relacionado com a capacidade de armazenamento de água de cada barragem. Noções Convénios Acordos entre Portugal e Espanha em relação aos rios que cruzam ambos os países Ex: Deixar chegar parte da água a Portugal Avisar Portugal em relação *as descargas das barragens, etc. Nota: Apesar de existirem convénios (Convenção Luso-espanhola 1998) entre Portugal e Espanha, continuam a existir vários problemas de ordens diferentes:  A poluição das águas, o que vem refletir-se em Portugal  Contrição de novas barragens e a realização de transvases  Agravamento de cheias por descargas das barragens espanholas  Redução dos caudais em tempo de seca Transvases Desvio da água de um rio para outro ou irrigação. Possibilita uma distribuição espacial da água Leito de estiagem Zona ocupada por uma quantidade menor de água que acontece no verão. No inverno ocorre o leito de inundação. Sentido do escoamento dos rios portugueses  Maioria NE - SW  Douro E - W  Sado S - N  Guadiana N - S ou leito menor
  • 74. Maiores bacias hidrográficas de Portugal  Mondego  Sado  Vouga Maiores bacias hidrográficas Luso-espanholas  Tejo  Douro  Guadiana Lagoas e albufeiras Tanto as lagoas como as albufeiras, são importantes reservatórios de água doce. Em Portugal, as lagoas existentes são pequenas e de pouca profundidade. As albufeiras (lagos que se formam pelo enchimento de uma barragem) constituem os mais importantes reservatórios de água superficial em Portugal, isso associado a todas as vantagens de uma barragem. Águas subterrâneas Granito e xisto Calcário Calcário Areias e argilas É na bacia do Tejo e do Sado e nalgumas eras das orlas mesocenozóicas onde se registam maiores níveis de água no subsolo. Isto devido ao facto de o tipo de rocha nestes locais ser permeável (areias; argilas e calcário). Por sua vez, é no maciço antigo, constituído por xisto e granito onde se verificam menores níveis e água existente.
  • 75. Noções Aquíferos Reservatórios de água com grande capacidade de armazenamento, resultante da infiltração das águas em áreas de rochas permeáveis. Encontram-se a grandes profundidades (rochas impermeáveis. Depende:  Características geológicas  Quantidade de precipitação Lençóis freáticos Reservatórios de água, mas que se encontram a uma menor profundidade (rochas permeáveis) Produtividade aquífera Quantidade de água que é possível extrair continuamente em condições normais, sem afetar a reserva e a qualidade de água dos aquíferos. Depende:  Precipitação ocorrida  Extração da água  Efeitos da maré nos aquíferos costeiros (maré alta – aquífero sobre e vice-versa)  Alteração do regime de escoamento de rios influentes (que recarregam os aquíferos)  Evapotranspiração, etc. Os aquíferos em Portugal, podem ser de 3 tipos: Aquífero poroso Aquífero constituindo essencialmente por areias (Bacia do Tejo e do Sado) Aquífero cársico Aquífero que contém cavidades originadas pela dissolução da rocha calcária Aquífero fraturado ou fissurado Aquífero relacionado com fraturas na rocha granítica ↓ Orlas ↓ Maciço antigo ↓ Bacia do Tejo e do Sado