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Unidade 3

        O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
       Escolares no contexto da Escola/Agrupamento




OBJECTIVOS:
   •   Entender as ligações do processo de auto-avaliação à escola.

   •   Perspectivar a gestão da informação e o processo de comunicação com a
       escola/ agrupamento.

   •   Perceber o papel e a necessidade de liderança por parte do professor
       coordenador.



Tarefa 2
A integração do processo de auto-avaliação no contexto da escola é crucial.
A ausência de práticas de avaliação e também de uso estratégico da informação
recolhida no processo de planificação e de melhoria tem estado igualmente ausente das
práticas de muitas bibliotecas.

Integrar o processo de auto-avaliação no processo de avaliação interna e externa da
escola requer, também, envolvimento e compromisso da escola/órgão de gestão e uma
liderança forte da parte do coordenador.

1 – Faça uma análise à realidade da sua escola e à capacidade de resposta ao processo e
identifique os factores que considera inibidores do mesmo.

2 – Delineie um plano de acção que contemple o conjunto de medidas necessárias à
alteração da situação e à sua consecução com sucesso.




                                                                                     1
Fundamentação da escolha da segunda tarefa proposta
A escolha para a realização deste trabalho deve-se ao facto de já ter, na unidade de
trabalho anterior, elaborado um Powerpoint para apresentação do Modelo de Auto-
Avaliação das Bibliotecas Escolares (MAABE) ao Conselho Pedagógico.

A proposta de Tarefa 2 revela, no meu caso, algum sentido de oportunidade, uma vez
que me deparo, nestes tempos próximos, com a necessidade de calendarizar a
implementação do MAABE, selecção do domínio a avaliar, metodologias a seguir, entre
outros aspectos.



Introdução
A revisão da literatura obrigatória realçou e reforçou algumas ideias que já povoavam a
minha mente, mas que ainda não conseguira exprimir oralmente ou materializar
textualmente. Entre estas ideias, sublinho apenas algumas que reflectem, de algum
modo, inquietações que sinto:

- a necessidade de reconhecimento por parte do órgão directivo e de todos os
elementos da comunidade educativa do papel renovado e inovador que se pretende que
a Biblioteca Escolar (BE) venha a desempenhar na Escola, no presente e no futuro.

- a necessidade de contextualização do papel da BE na Escola/Agrupamento ao longo
do tempo, exigindo-se, neste sentido, um momento sério de diagnose, para que se
possa, mais tarde, aferir o antes e o depois, e estabelecer então uma comparação (já que
avaliar também pressupõe uma comparação com um padrão ou com outro desempenho
que se entenda de qualidade desejável), situando, para melhor ou para pior, as práticas,
os desempenhos e os resultados do presente em relação aos do passado.

- a necessidade de reforço do trabalho cooperativo entre professores e BE.

- a necessidade de planeamento/calendarização de acções a desenvolver.

- a necessidade de recolha de evidências de vários tipos, de acordo com o objecto da
avaliação.

- a dificuldade de demonstrar, mesmo com recurso às evidências recolhidas, as
melhorias no processo de aprendizagem e no desenvolvimento de competências nos
alunos.




                                                                                      2
E, por outro lado, …

- a necessidade de existir entendimento por parte das várias estruturas educativas da
Escola/Agrupamento relativamente às competências do professor bibliotecário, com
prioridade para o conhecimento do Conteúdo Funcional estabelecido no Artigo 3.º da
Portaria 756/2009, de 14 de Julho.

- o reconhecimento de que ao professor bibliotecário são exigidas capacidades de
liderança e de intervenção a vários níveis: organização e gestão da BE, da sua equipa, de
outros recursos humanos, de recursos materiais, de recursos financeiros; capacidades de
empatia, de dinamismo, de sentido de responsabilidade; capacidade de decisão,
necessitando, para tal, de tempo e de liberdade de manobra; e são-lhe igualmente
requeridos vários tipos de conhecimentos: currículos, dinâmica de aprendizagem,
tecnologias da informação e da comunicação, relações interpessoais, entre outros.

- o discernimento das estruturas educativas e dos colegas docentes, individualmente,
quanto à necessidade que o professor bibliotecário tem de recolher vários tipos de
evidências e que as mesmas não servem o seu propósito de avaliação individual ou uma
vontade de alcançar protagonismo, mas o propósito de demonstrar e de provar que tipo
e que qualidade de desempenho a BE está a desenvolver.




   1. A integração do MAABE na avaliação interna e externa
      do Agrupamento

“A auto-avaliação é valiosa. Pode parecer, inicialmente, exigente, talvez até ameaçadora,
mas é também reveladora, revigorante e um potencial catalizador da mudança e do
desenvolvimento.” (Scott, 2002, tradução da formanda)

O processo de auto-avaliação das Escolas e Agrupamentos está consagrado na Lei,
nomeadamente o Artigo 6.º da Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, e na alínea c) do
ponto dois do Artigo 9.º do Decreto-Lei 75/2008, de 22 de Abril.

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, apesar de muito completo,
exigente e complexo, não está previsto, segundo tenho conhecimento, em legislação
própria, o que poderá, no meu entender, vir a suscitar dúvidas no momento da sua
aplicação, mas quanto a essa questão, não pretendo alongar o meu comentário.




                                                                                       3
O MAABE poderá, no entanto, regular-se, na generalidade, pelos objectivos
consagrados na Lei 31/2002, que define o sistema da auto-avaliação das
Escolas/Agrupamentos, apontando sempre no sentido da melhoria, da qualidade, da
exigência, da promoção de uma cultura de auto-avaliação, de garantia da credibilidade
do serviço, da valorização do empenho e da participação dos vários membros da
comunidade educativa, entre outros.

No meu caso particular, enquanto coordenadora da equipa das Bibliotecas Escolares do
Agrupamento Vertical de Escolas D. Dinis – Quarteira, tenho assento no Conselho
Pedagógico, tendo sido convidada a integrar a equipa de auto-avaliação do
Agrupamento. Creio que trabalhar em auto-avaliação para o Agrupamento e trabalhar
na auto-avaliação da Biblioteca Escolar poderá ter um efeito muito benéfico e
produtivo, uma vez que a minha atenção se centrará nesta temática, na pesquisa sobre
ela, no trabalhos em equipa, na partilha de experiências, na definição de metodologias,
etc. A participação nesta equipa de trabalho poderá, no entanto, sobrecarregar-me,
levando a uma saturação de trabalho numa mesma área, coibindo-me de desenvolver
outras áreas em que o meu interesse, aqui o assumo, é muito maior, nomeadamente, a
dinamização da actividades na BE, em articulação com os alunos, com os colegas,
actividades que me dão especial prazer.


O Agrupamento estará, brevemente, em situação de avaliação externa, o que trará mais
oportunidades de partilha e de aquisição de conhecimentos, assim o espero e desejo,
nomeadamente em painéis com temas específicos. A Biblioteca Escolar será,
certamente, um dos tópicos a abordar num dos painéis e para o qual me sinto
razoavelmente preparada e motivada para responder.

Relativamente à capacidade de resposta do Agrupamento à implementação da auto-
avaliação, creio que, como em muitas Escolas e Agrupamentos, subsistem receios, por
vezes infundados, por vezes justificáveis, pois há sempre aspectos positivos e aspectos
negativos a serem observados, e todos têm/devem manter um espírito aberto,         uma
predisposição para a mudança, uma capacidade de autocrítica e capacidade de
discernimento, o que nem sempre acontece, pelo menos não com todos os
intervenientes. Considero o que expus neste parágrafo os principais inibidores à
capacidade de resposta da Escola/Agrupamento à auto-avaliação.


Quanto à implementação do processo de MAABE, os factores inibidores são
semelhantes, acrescendo-se o facto de ser a primeira vez que este vai ser implementado.
Adito ainda três das ideias que identifiquei na introdução e que, creio, me tocam em
particular, possivelmente também a outros colegas, e, permitindo-me a repetição, são os
seguintes:




                                                                                     4
- a necessidade de existir entendimento por parte das várias estruturas educativas da
Escola/Agrupamento relativamente às competências do professor bibliotecário, com
prioridade para o conhecimento do Conteúdo Funcional estabelecido no Artigo 3.º da
Portaria 756/2009, de 14 de Julho.

- o reconhecimento de que ao professor bibliotecário são exigidas capacidades de
liderança e de intervenção a vários níveis: organização e gestão da BE, da sua equipa, de
outros recursos humanos, de recursos materiais, de recursos financeiros; capacidades de
empatia, de dinamismo, de sentido de responsabilidade; capacidade de decisão,
necessitando, para tal, de tempo e de liberdade de manobra; e são-lhe igualmente
requeridos vários tipos de conhecimentos: currículos, dinâmica de aprendizagem,
tecnologias da informação e da comunicação, relações interpessoais, entre outros.

- o discernimento das estruturas educativas e dos colegas docentes, individualmente,
quanto à necessidade que o professor bibliotecário tem de recolher vários tipos de
evidências e que as mesmas não servem o seu propósito de avaliação individual ou uma
vontade de alcançar protagonismo, mas o propósito de demonstrar e de provar que tipo
e que qualidade de desempenho a BE está a desenvolver.


O processo de divulgação dos objectivos e os pressupostos do MAABE tem de ser, a
meu ver, mais explorado e alargado, e este esforço de divulgação compete, numa
primeira instância, ao professor bibliotecário, à equipa que com ele partilha
responsabilidades, mas também ao órgão directivo do Agrupamento.


2. Plano de Acção da implementação do MAABE

Compreendi que nesta parte da tarefa é pedida a delineação de um plano de acção de
implementação do MAABE e não o Plano de Acção da Biblioteca Escolar.


O plano de acção de implementação do MAABE deverá prever vários momentos.
Nesta reflexão, enumero os seguintes, embora reconheça que, eventualmente, outros
haverá que poderão não me ocorrer:

    Elaboração e divulgação de um cronograma da implementação do MAABE,
     prevendo os vários momentos do processo: sensibilização da comunidade
     educativa, divulgação de informação sobre o MAABE, acções específicas a
     desenvolver, tais como a diagnose, a definição do perfil da BE, a análise
     SWOT…



                                                                                       5
   Diagnose da situação da Biblioteca Escolar/definição em equipa do perfil da
      BE/análise SWOT.

   Delineação do Plano de Acção da BE (para quatro anos), perante as dificuldades
    detectadas.

     Planeamento de um momento inicial de divulgação de informação à comunidade
      educativa, que preveja:

       - A divulgação de alguns pontos da Portaria 756/2009, de 14 de Julho,
nomeadamente, o Conteúdo Funcional, que define as competências do professor
bibliotecário.

      - O enquadramento do MAABE nos objectivos da Rede de Bibliotecas
Escolares.

      - A sensibilização do Conselho Pedagógico para a implementação do MAABE.

     - A divulgação do MAABE e dos instrumentos de recolha de evidências
propostos ao Conselho Pedagógico.

   Análise documental que ateste a presença e o reconhecimento da Biblioteca
    Escolar, nomeadamente, no Projecto Educativo, no Projecto Curricular e no
    Regulamento Interno.

     Presença do professor bibliotecário em reuniões em que a sua presença se revele
      mais oportuna (Departamentos Curriculares, Áreas Disciplinares, Clubes e
      Projectos, Educação para a Saúde, …)

   Definição do domínio a avaliar, partindo-se do diagnóstico efectuado, da análise
    SWOT da BE, responsabilidade que deve ser partilhada pelo professor
    bibliotecário, pelo Director e pelo Conselho Pedagógico.

     Definição de metodologia a seguir, explicitação dos instrumentos e de outras
      formas de recolha de evidências a aplicar.

   Partilha de responsabilidades na definição da amostra.

   Acompanhamento do processo por um “amigo crítico”, que poderá, se possível,
    ser a colega Coordenadora Interconcelhia das Bibliotecas Escolares.

   Recolha de evidências: produção de instrumentos de recolha de dados, utilização
    dos instrumentos apresentados no MAABE,


                                                                                   6
   Tratamento estatístico de dados e tratamento de outros tipos de dados (não
       estatísticos).

      Identificação de pontos fortes e fracos no desempenho da BE.

    Elaboração de relatórios, sínteses de conclusões, …

    Delineação de um plano de melhoria.

    Avaliação do próprio processo de implementação do MAABE.

    Elaboração de um relatório final a apresentar à Direcção e ao Conselho
     Pedagógico.



Conclusão

   Considero produtiva a realização deste trabalho e a reflexão que o permitiu, embora
tenho sido um processo, não diria difícil, mas antes moroso, pelo que lamento uma vez
mais não ter conseguido cumprir o prazo estabelecido. Resta-me a satisfação de ter
conseguido ler com mais atenção a literatura obrigatória e desenvolver com mais
profundidade este tema e os tópicos que realcei sobre a implementação do Modelo de
Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, esperando ter cumprido os objectivos da
sessão.


   Grata por toda a atenção.


   A formanda: Sílvia Maria Passos Baltazar


   São Brás de Alportel, 20 de Novembro de 2009




                                                                                    7

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Trabalho Unidade 3

  • 1. Unidade 3 O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares no contexto da Escola/Agrupamento OBJECTIVOS: • Entender as ligações do processo de auto-avaliação à escola. • Perspectivar a gestão da informação e o processo de comunicação com a escola/ agrupamento. • Perceber o papel e a necessidade de liderança por parte do professor coordenador. Tarefa 2 A integração do processo de auto-avaliação no contexto da escola é crucial. A ausência de práticas de avaliação e também de uso estratégico da informação recolhida no processo de planificação e de melhoria tem estado igualmente ausente das práticas de muitas bibliotecas. Integrar o processo de auto-avaliação no processo de avaliação interna e externa da escola requer, também, envolvimento e compromisso da escola/órgão de gestão e uma liderança forte da parte do coordenador. 1 – Faça uma análise à realidade da sua escola e à capacidade de resposta ao processo e identifique os factores que considera inibidores do mesmo. 2 – Delineie um plano de acção que contemple o conjunto de medidas necessárias à alteração da situação e à sua consecução com sucesso. 1
  • 2. Fundamentação da escolha da segunda tarefa proposta A escolha para a realização deste trabalho deve-se ao facto de já ter, na unidade de trabalho anterior, elaborado um Powerpoint para apresentação do Modelo de Auto- Avaliação das Bibliotecas Escolares (MAABE) ao Conselho Pedagógico. A proposta de Tarefa 2 revela, no meu caso, algum sentido de oportunidade, uma vez que me deparo, nestes tempos próximos, com a necessidade de calendarizar a implementação do MAABE, selecção do domínio a avaliar, metodologias a seguir, entre outros aspectos. Introdução A revisão da literatura obrigatória realçou e reforçou algumas ideias que já povoavam a minha mente, mas que ainda não conseguira exprimir oralmente ou materializar textualmente. Entre estas ideias, sublinho apenas algumas que reflectem, de algum modo, inquietações que sinto: - a necessidade de reconhecimento por parte do órgão directivo e de todos os elementos da comunidade educativa do papel renovado e inovador que se pretende que a Biblioteca Escolar (BE) venha a desempenhar na Escola, no presente e no futuro. - a necessidade de contextualização do papel da BE na Escola/Agrupamento ao longo do tempo, exigindo-se, neste sentido, um momento sério de diagnose, para que se possa, mais tarde, aferir o antes e o depois, e estabelecer então uma comparação (já que avaliar também pressupõe uma comparação com um padrão ou com outro desempenho que se entenda de qualidade desejável), situando, para melhor ou para pior, as práticas, os desempenhos e os resultados do presente em relação aos do passado. - a necessidade de reforço do trabalho cooperativo entre professores e BE. - a necessidade de planeamento/calendarização de acções a desenvolver. - a necessidade de recolha de evidências de vários tipos, de acordo com o objecto da avaliação. - a dificuldade de demonstrar, mesmo com recurso às evidências recolhidas, as melhorias no processo de aprendizagem e no desenvolvimento de competências nos alunos. 2
  • 3. E, por outro lado, … - a necessidade de existir entendimento por parte das várias estruturas educativas da Escola/Agrupamento relativamente às competências do professor bibliotecário, com prioridade para o conhecimento do Conteúdo Funcional estabelecido no Artigo 3.º da Portaria 756/2009, de 14 de Julho. - o reconhecimento de que ao professor bibliotecário são exigidas capacidades de liderança e de intervenção a vários níveis: organização e gestão da BE, da sua equipa, de outros recursos humanos, de recursos materiais, de recursos financeiros; capacidades de empatia, de dinamismo, de sentido de responsabilidade; capacidade de decisão, necessitando, para tal, de tempo e de liberdade de manobra; e são-lhe igualmente requeridos vários tipos de conhecimentos: currículos, dinâmica de aprendizagem, tecnologias da informação e da comunicação, relações interpessoais, entre outros. - o discernimento das estruturas educativas e dos colegas docentes, individualmente, quanto à necessidade que o professor bibliotecário tem de recolher vários tipos de evidências e que as mesmas não servem o seu propósito de avaliação individual ou uma vontade de alcançar protagonismo, mas o propósito de demonstrar e de provar que tipo e que qualidade de desempenho a BE está a desenvolver. 1. A integração do MAABE na avaliação interna e externa do Agrupamento “A auto-avaliação é valiosa. Pode parecer, inicialmente, exigente, talvez até ameaçadora, mas é também reveladora, revigorante e um potencial catalizador da mudança e do desenvolvimento.” (Scott, 2002, tradução da formanda) O processo de auto-avaliação das Escolas e Agrupamentos está consagrado na Lei, nomeadamente o Artigo 6.º da Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, e na alínea c) do ponto dois do Artigo 9.º do Decreto-Lei 75/2008, de 22 de Abril. O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, apesar de muito completo, exigente e complexo, não está previsto, segundo tenho conhecimento, em legislação própria, o que poderá, no meu entender, vir a suscitar dúvidas no momento da sua aplicação, mas quanto a essa questão, não pretendo alongar o meu comentário. 3
  • 4. O MAABE poderá, no entanto, regular-se, na generalidade, pelos objectivos consagrados na Lei 31/2002, que define o sistema da auto-avaliação das Escolas/Agrupamentos, apontando sempre no sentido da melhoria, da qualidade, da exigência, da promoção de uma cultura de auto-avaliação, de garantia da credibilidade do serviço, da valorização do empenho e da participação dos vários membros da comunidade educativa, entre outros. No meu caso particular, enquanto coordenadora da equipa das Bibliotecas Escolares do Agrupamento Vertical de Escolas D. Dinis – Quarteira, tenho assento no Conselho Pedagógico, tendo sido convidada a integrar a equipa de auto-avaliação do Agrupamento. Creio que trabalhar em auto-avaliação para o Agrupamento e trabalhar na auto-avaliação da Biblioteca Escolar poderá ter um efeito muito benéfico e produtivo, uma vez que a minha atenção se centrará nesta temática, na pesquisa sobre ela, no trabalhos em equipa, na partilha de experiências, na definição de metodologias, etc. A participação nesta equipa de trabalho poderá, no entanto, sobrecarregar-me, levando a uma saturação de trabalho numa mesma área, coibindo-me de desenvolver outras áreas em que o meu interesse, aqui o assumo, é muito maior, nomeadamente, a dinamização da actividades na BE, em articulação com os alunos, com os colegas, actividades que me dão especial prazer. O Agrupamento estará, brevemente, em situação de avaliação externa, o que trará mais oportunidades de partilha e de aquisição de conhecimentos, assim o espero e desejo, nomeadamente em painéis com temas específicos. A Biblioteca Escolar será, certamente, um dos tópicos a abordar num dos painéis e para o qual me sinto razoavelmente preparada e motivada para responder. Relativamente à capacidade de resposta do Agrupamento à implementação da auto- avaliação, creio que, como em muitas Escolas e Agrupamentos, subsistem receios, por vezes infundados, por vezes justificáveis, pois há sempre aspectos positivos e aspectos negativos a serem observados, e todos têm/devem manter um espírito aberto, uma predisposição para a mudança, uma capacidade de autocrítica e capacidade de discernimento, o que nem sempre acontece, pelo menos não com todos os intervenientes. Considero o que expus neste parágrafo os principais inibidores à capacidade de resposta da Escola/Agrupamento à auto-avaliação. Quanto à implementação do processo de MAABE, os factores inibidores são semelhantes, acrescendo-se o facto de ser a primeira vez que este vai ser implementado. Adito ainda três das ideias que identifiquei na introdução e que, creio, me tocam em particular, possivelmente também a outros colegas, e, permitindo-me a repetição, são os seguintes: 4
  • 5. - a necessidade de existir entendimento por parte das várias estruturas educativas da Escola/Agrupamento relativamente às competências do professor bibliotecário, com prioridade para o conhecimento do Conteúdo Funcional estabelecido no Artigo 3.º da Portaria 756/2009, de 14 de Julho. - o reconhecimento de que ao professor bibliotecário são exigidas capacidades de liderança e de intervenção a vários níveis: organização e gestão da BE, da sua equipa, de outros recursos humanos, de recursos materiais, de recursos financeiros; capacidades de empatia, de dinamismo, de sentido de responsabilidade; capacidade de decisão, necessitando, para tal, de tempo e de liberdade de manobra; e são-lhe igualmente requeridos vários tipos de conhecimentos: currículos, dinâmica de aprendizagem, tecnologias da informação e da comunicação, relações interpessoais, entre outros. - o discernimento das estruturas educativas e dos colegas docentes, individualmente, quanto à necessidade que o professor bibliotecário tem de recolher vários tipos de evidências e que as mesmas não servem o seu propósito de avaliação individual ou uma vontade de alcançar protagonismo, mas o propósito de demonstrar e de provar que tipo e que qualidade de desempenho a BE está a desenvolver. O processo de divulgação dos objectivos e os pressupostos do MAABE tem de ser, a meu ver, mais explorado e alargado, e este esforço de divulgação compete, numa primeira instância, ao professor bibliotecário, à equipa que com ele partilha responsabilidades, mas também ao órgão directivo do Agrupamento. 2. Plano de Acção da implementação do MAABE Compreendi que nesta parte da tarefa é pedida a delineação de um plano de acção de implementação do MAABE e não o Plano de Acção da Biblioteca Escolar. O plano de acção de implementação do MAABE deverá prever vários momentos. Nesta reflexão, enumero os seguintes, embora reconheça que, eventualmente, outros haverá que poderão não me ocorrer:  Elaboração e divulgação de um cronograma da implementação do MAABE, prevendo os vários momentos do processo: sensibilização da comunidade educativa, divulgação de informação sobre o MAABE, acções específicas a desenvolver, tais como a diagnose, a definição do perfil da BE, a análise SWOT… 5
  • 6. Diagnose da situação da Biblioteca Escolar/definição em equipa do perfil da BE/análise SWOT.  Delineação do Plano de Acção da BE (para quatro anos), perante as dificuldades detectadas.  Planeamento de um momento inicial de divulgação de informação à comunidade educativa, que preveja: - A divulgação de alguns pontos da Portaria 756/2009, de 14 de Julho, nomeadamente, o Conteúdo Funcional, que define as competências do professor bibliotecário. - O enquadramento do MAABE nos objectivos da Rede de Bibliotecas Escolares. - A sensibilização do Conselho Pedagógico para a implementação do MAABE. - A divulgação do MAABE e dos instrumentos de recolha de evidências propostos ao Conselho Pedagógico.  Análise documental que ateste a presença e o reconhecimento da Biblioteca Escolar, nomeadamente, no Projecto Educativo, no Projecto Curricular e no Regulamento Interno.  Presença do professor bibliotecário em reuniões em que a sua presença se revele mais oportuna (Departamentos Curriculares, Áreas Disciplinares, Clubes e Projectos, Educação para a Saúde, …)  Definição do domínio a avaliar, partindo-se do diagnóstico efectuado, da análise SWOT da BE, responsabilidade que deve ser partilhada pelo professor bibliotecário, pelo Director e pelo Conselho Pedagógico.  Definição de metodologia a seguir, explicitação dos instrumentos e de outras formas de recolha de evidências a aplicar.  Partilha de responsabilidades na definição da amostra.  Acompanhamento do processo por um “amigo crítico”, que poderá, se possível, ser a colega Coordenadora Interconcelhia das Bibliotecas Escolares.  Recolha de evidências: produção de instrumentos de recolha de dados, utilização dos instrumentos apresentados no MAABE, 6
  • 7. Tratamento estatístico de dados e tratamento de outros tipos de dados (não estatísticos).  Identificação de pontos fortes e fracos no desempenho da BE.  Elaboração de relatórios, sínteses de conclusões, …  Delineação de um plano de melhoria.  Avaliação do próprio processo de implementação do MAABE.  Elaboração de um relatório final a apresentar à Direcção e ao Conselho Pedagógico. Conclusão Considero produtiva a realização deste trabalho e a reflexão que o permitiu, embora tenho sido um processo, não diria difícil, mas antes moroso, pelo que lamento uma vez mais não ter conseguido cumprir o prazo estabelecido. Resta-me a satisfação de ter conseguido ler com mais atenção a literatura obrigatória e desenvolver com mais profundidade este tema e os tópicos que realcei sobre a implementação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, esperando ter cumprido os objectivos da sessão. Grata por toda a atenção. A formanda: Sílvia Maria Passos Baltazar São Brás de Alportel, 20 de Novembro de 2009 7