Este documento discute coqueluche, uma doença infecciosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Apresenta os sintomas, diagnóstico e tratamento da doença. Também discute o aumento recente de casos nos Estados Unidos, especialmente entre adolescentes, apesar da vacinação, sugerindo a necessidade de melhorias nas vacinas atuais.
2. Coqueluche
Doença infecciosa aguda, transmissível, de
distribuição universal, que compromete
aparelho respiratório e se caracteriza por
paroxismos de tosse seca.
Formas endêmica e epidêmica.
Em lactentes, pode resultar em número
elevado de complicações e até morte.
3. Coqueluche
Agente etiológico - Bordetella pertussis.
Bacilo gram-negativo aeróbio não-esporulado, imóvel e
provido de cápsula (formas patogênicas) e fímbrias.
Nem a vacina nem a doença conferem imunidade
permanente
Letalidade pode ser de 4% sem vacina;
Notificação compulsória no Brasil.
4. Quadro clínico
Fase catarral – 1-2 semanas
Manifestações respiratórias e sintomas leves (febre
pouco intensa, mal estar geral, coriza e tosse seca);
Instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais
intensos e freqüentes-> crises de tosses paroxísticas.
5. Quadro clínico
Fase paroxística - Afebril ou com febre baixa.
2-6 semanas
Típico: paroxismos de tosse seca (o paciente não
consegue inspirar e apresenta protusão da língua,
congestão facial , sensação de asfixia, finalizando com
inspiração forçada, súbita e prolongada, acompanhada
de um ruído característico: O guincho;
Os episódios de tosse paroxística aumentam em
freqüência e intensidade nas duas primeiras semanas e
depois diminuem paulatinamente..
6. Quadro clínico
Fase de convalescença – 2-6 semanas, até 03 meses
Episódios de tosse comum;
Infecções respiratórias de outra natureza: Podem
provocar reaparecimento transitório dos paroxismos.
Indivíduos inadequadamente vacinados ou vacinados
há mais de 5 anos podem apresentar formas atípicas da
doença, com tosse persistente;
7. Diagnóstico
Específico: isolamento da Bordetella pertussis através
de cultura de material colhido de nasorofaringe;
RCP:
Leucocitose com linfocitose importante;
8.
9. Incidência no EUA:
157/100.000- Época pré- vacina;
Menos de 1/100.000-Época pós- vacina;
Incidência Brasil:
Início da década de 1980: 40 mil casos/ano notificados.
Incidência- 30/100.000
2008: 1344 casos confirmados
Incidência- 0,71/100.000
Brasil 2011: 2.257
10. A Bordetella pertussis continua a corcular de modo
similar à época pré- vacina;
Estudo sobre tosse prolongada em adolescentes e
adultos: 13-20% B. pertussis
Dois estudos prospectivos sobre tosse atribuivel á B.
pertussis com adolescentes e adultos: incidência
nestes estudos:
500/100.000 e 370/100.00: fora de epidemias
11. Causas do aumento da incidência
1- maior consciência e notificação da doença;
2- Uso disseminado da PCR;
3- A vacina DTaP é menos eficaz que a DTP:
cinco estudos na década de 1990;
4- Mudança em 03 antígenos de B. pertussis:
pertussis toxin,
pertactin
and fimbriae
12.
13. Estado de Washington- EUA
Janeiro a Junho: 2.520 casos.
Aumento de 1.300% em relação a 2011.
É o maior número de casos notificados desde 1942;
A incidência de EW é maior que a nacional dos EUA, e
seguem a tendência de aumento:
4,2 /100,000 EUA
37,5/100,000 WE
14. Diagnóstico clínico+ Laboratorial
Houve a confirmação laboratorial em 83.4% dos
casos:
94.7% PCR,
2.4% cultura
2.9% por PCR e cultura combinadas.
18. Conclusões
Desde 2007 tem aumentado o número de casos de
coqueluxe em crianças entre 7-10 anos de idade nos
EUA;
Incremento de taxas de Coqueluche em adolescentes
entre 13-14 anos que foram vacinados apenas com
formas acelulares para B. pertusisi sugere perda de
imunidade precoce;
19. Vacinar gestantes, trabalhadores em saúde e
cuidadores de crianças: pode ajudar a proteger
lactentes pequenos ;
Crianças maiores vacinadas com a forma acelular da
vacina podem desenvolver coqueluche porém com
melhores desfechos: menos risco de morte,
morbilidade e necessidade de internação.
20. Lactentes tem maior risco de desenvolver formas
graves: maior mortalidade, morbidade e internação em
UTI assim como sequelas de longo prazo .
Necessita-se melhorar a qualidade das vacinas
acelulares atuais
21. Calendário Básico de Vacinação da Criança
Calendário Básico de Vacinação da Criança – 2012
Idade Vacina Dose
BCG-ID Dose única
Ao nascer
Vacina hepatite B (recombinante) Dose única (monovalente)
Vacina pentavalente ( DTP/HIB/HB)*
Vacina inativada Poliomielite **
2 meses 1ª dose
Vacina oral de Rotavírus humano
Vacina pneumocócica 10 (conjugada)
3 meses Vacina meningocócica C (conjugada) 1ª dose
Vacina pentavalente ( DTP/HIB/HB)*
Vacina inativada Poliomielite **
4 meses 2ª dose
Vacina oral de rotavírus humano
Vacina pneumocócica 10 (conjugada)
5 meses Vacina meningocócica C (conjugada) 2ª dose
Vacina pentavalente ( DTP/HIB/HB)*
6 meses Vacina oral poliomielite ** 3ª dose
Vacina pneumocócica 10 (conjugada)
9 meses Vacina febre amarela (atenuada) Dose inicial
Vacina triplice viral (SCR) 1ª dose
12 meses
Vacina pneumocócica 10 (conjugada) Reforço
Vacina triplice bacteriana (DTP) 1º reforço
15 meses Vacina oral poliomielite **
Reforço
Vacina meningocócica C (conjugada)
Vacina triplice bacteriana (DTP) 2º reforço
4 anos
Vacina triplice viral (SCR) 2ª dose
10 anos Vacina febre amarela (atenuada) Uma dose a cada 10 anos
CAMPANHAS NACIONAIS DE VACINAÇÃO PARA AS CRIANÇAS
Menores de 5 anos Vacinação contra a poliomielite / atualização de esquema vacinal
De 6 meses a menores de 2 anos Vacinação contra Influenza (gripe)
* Substituindo a formulação tetra (DTP/Hib).
** Vacinas poliomielite esquema sequencial (VIP/VOP). Duas primeiras doses com a VIP, terceira dose e reforço com VOP.
22. El Dr. Juan Domingo Carrizo Estévez, rector-fundador de
laEscuela Latinoamericana de Medicina (ELAM) falleció
este 26 de noviembre a la edad de 64 años, víctima de un
tromboembolismo pulmonar.