O documento discute técnicas de posicionamento de câmera, movimentação e ângulos para criar diferentes emoções no espectador. Também aborda linhas de ação, edição de cenas e estilos de videoclipes, incluindo a tendência de abandonar regras tradicionais em favor de uma nova visualidade.
3. Posicionamento de câmera
Câmera distante dos personagens,
definindo um ambiente mais tranquilo.
Imagens retiradas do filme Psycho
4. MOVIMENTAÇÃO
A movimentação da câmera também auxilia
na interpretação de cena: movimentos
suaves indicam uma sensação calma,
enquanto movimentos rápidos e repentinos
com a câmera demonstram surpresas e
reviravoltas no roteiro.
5. AÇÃO DA CENA
Outra definição da cinematografia diz respeito `a
obediência que a câmera deve ter quanto à linha de ação
da cena. Em um ambiente tridimensional, devemos
considerar a linha de ação como um plano que divide a
cena em dois espaços distintos. Toda ação possui uma
direção no espaço, e a linha de ação é definida pela
direção da ação. Uma vez definida a posição da câmera
em relação à linha, a câmera não deve cruzá-la pois
causaria desorientação no espectador.
6.
7. Linha de ação: (a) linha de ação sobre os personagens dividindo
o espaço tridimensional em dois;
(b) enquadramento dos personagens obedecendo a linha de ação; (c)
enquadramento dos personagens desrespeitando a linha de ação.
Observe que na Figura (c) os dois personagens aparecem do mesmo
lado da tela, criando uma situação de desorientação do espectador.
Imagens retiradas do filme Vertigo
14. CUT-IN CLOSE-UP:
Este plano nos oferece uma visão ampliada de uma parte
importante da cena. Serve para aproximar o espectador do
centro da ação. Valorizar uma cena significante dentro do
filme. Proporcionar redução de tempo e espaço de
determinada cena. Resolver problemas de continuidade na
hora da edição.
15. CUT-AWAY CLOSE-UP:
Uma ação secundária que está se desenvolvendo
simultaneamente em outro lugar, mas que tenha uma relação
direta com a cena principal. Mostrar o clima de descontração
ou tensão.
18. PLANOS
GRANDE PLANO GERAL (GPG)
É o mais abrangente dos planos, máximo de abertura da
lente. Utilizado para situar onde a cena está ocorrendo.
PLANO GERAL (PG)
Mostra a pessoa inteira e também propicia aos espectadores a
oportunidade de observarem algo do cenário de fundo.
19. PLANOS
PLANO CONJUNTO (PC)
Corta o corpo na altura dos joelhos.
PLANO MÉDIO (PM)
Corta imediatamente abaixo dos cotovelos e é ótimo para as
tomadas de introdução a entrevistas. Também denominado
de Plano Americano.
20. PLANOS
MEIO PRIMEIRO PLANO (MPP)
Enquadra logo abaixo dos ombros.
PRIMEIRO PLANO OU Close-up (PP)
Enquadra na altura do pescoço. Torna o plano mais
íntimo.
PRIMEIRÍSSIMO PLANO OU Super close-up (PPP)
Enquadra da boca para cima. Usado para causar impacto
ou maior intimidade.
21. MOVIMENTOS DE CÂMERA
Quando estiver perto de uma câmera , use as expressões
“à direita”e “à esquerda”.
PANORÂMICA (PAN)
Movimento da câmera sobre o mesmo eixo. É
importante indicar para o operador sobre o destino final
do movimento. Ex: pan à direita do cenário, abre
ligeiramente para tirar a entrevistada do meio das flores,
fecha na cabeça da estátua.
22. MOVIMENTOS DE CÂMERA
ZOOM
Movimento da lente.
Zoom in: sai de um plano aberto e vai fechando em close.
Zoom out: sai de um plano em close e vai abrindo.
23. MOVIMENTOS DE CÂMERA
TRAVELLING
Movimento de uma câmera sobre um trilho.
DOLLY
Movimento da câmera sobre as rodinhas do tripé ou no sentido
para cima e para baixo.
STEADCAM
Movimento da câmera feito por equipamento que não causa
trepidação. Câmera subjetiva.
GRUA
Movimento executado por equipamento que permite que a
câmera suba e desça, vá para esquerda e direita com movimentos
suaves.
24. LINGUAGEM DO VIDEOCLIPE
“VIDEOCLIPE NÃO É PEÇA PROMOCIONAL
PRODUZIDA POR ESTRATEGISTAS DE MARKETING
PARA VENDER DISCOS”. Arlindo Machado (2000, p.173)
Origens:
Cinema de vanguarda dos anos 20;
Cinema experimental dos anos 50/60;
Vídeo arte dos anos 60/70.
25. REDEFININDO O VIDEOCLIPE
O velho clichê publicitário segundo o qual o clipe se
constrói a partir da exploração da imagem glamurosa de
astros e bandas de música pop, vai sendo aos poucos
superado e substituído por um tratamento mais livre da
iconografia.
Alguns clipes abolem completamente a imagem dos
intérpretes.
Uma tendência forte atualmente é a utilização de
animação no lugar de imagens naturalistas obtidas por
câmeras.
26. Videoclipe
Outra tendência importante do atual videoclipe é o
abandono ou a rejeição total das regras do “bem fazer”
herdadas da publicidade e do cinema comercial.
Paralelamente a essa atitude de inconformismo com
relação aos cânones acumulados pelo audiovisual, o
videoclipe busca também algo assim como uma nova
visualidade, de natureza gráfica e rítmica fotográfica.
27. Videoclipe
A intenção é quebrar o formato que leva ao espectador
passivo sentado diante da televisão. Como já observou
Pat Aufderheide, “ os videoclipes ultrapassaram também
os limites do próprio aparelho de TV, invadindo as salas
de exibição, tomando conta de paredes de shopping
centers, lojas de departamentos, nas perfomances ao
vivo e na cena dos clubes.
28. Videoclipe
OUTRA TENDÊNCIA: A descontinuidade. Tudo
muda na passagem de um plano para o outro.
O VIDEOCLIPE COMO SÍNTESE AUDIOVISUAL
Podemos considerar três grupos de realizadores de
videoclipes:
O mais primitivo de todos, é o que faz o clipe
promocional, mera ilustração de uma canção
preexistente. (O mais pobre de todos)
29. Videoclipe
Compreende uma comunidade de realizadores
oriunda do cinema ou do vídeo experimentais e que,
aliada a compositores e intérpretes mais ousados,
logrou transformar esse formato televisivo num
campo vasto e aberto para a reinvenção do
audiovisual.
3. São, em geral, músicos que, além de dar conta de
toda tarefa da composição e interpretação de suas
peças musicais, enfrentam também eles próprios a
concepção visual do clipe.