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Revisão sobre Paralisia Cerebral- Ataxia
Novembro, 2016.
Paralisia Cerebral :
 A paralisia cerebral descreve um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento
do movimento e postura atribuído a um distúrbio não progressivo que ocorre durante o
desenvolvimento do cérebro fetal ou infantil, podendo contribuir para limitações no perfil
de funcionalidade do paciente;
 A desordem motora na paralisia cerebral pode ser acompanhada por distúrbios
sensoriais, perceptivos, cognitivos, de comunicação e comportamental;
 As causas podem ser multifatoriais, como congênitas, genéticas, inflamatórias,
infecciosas, atóxicas, traumáticas e metabólicas;
 A nível de funcionalidade, pode ser classificada em hemiparética, diparética e
quadriparética;
 Quanto ao nível de tônus muscular, pode ser classificada em espástica, discinética,
atáxica e mista;
Ataxia:
 A palavra ataxia tem origem gregra e significa desorganização;
 “O conceito de ataxia designa a falta de coordenação dos diversos grupos
musculares que participam do movimento. O distúrbio pode referir-se tanto a
velocidade e amplitude do movimento como na direção e na força com a qual ele é
realizado.”
 Caracterizada pela presença de dismetria (desorientação espacial/distância),
disdiadococinesia (dificuldade em movimentos rápidos e alternados), decomposição de
movimentos (aceleração/desaceleração) e disartria (
 A principal função do cerebelo é controlar o equilíbrio e coordenar os movimentos, quando
ocorre uma lesão do cerebelo as crianças com lesão apresentam ataxia ou seja, marcha
“cambaleante” por causa da deficiência de equilíbrio, e apresentam, ainda, pouca
coordenação dos movimentos com incapacidade para realizar movimentos alternados
rápidos e dificuldade para atingir um alvo.
Ataxia de Friedreich
 Ataxia de Friedreich (FRDA) é uma desordem neurodegenerativa recessiva autossômica, é
a ataxia hereditário mais comum.
 O gente utilizado para identificação é o FXN;
 Com início dos sintomas entre os 7 e os 20 anos;
 Apresenta ausência de reflexos miotáticos em MI e presença do reflexo cutâneo plantar
extensor (sinal de Babinski);
 Falta de equilíbrio e coordenação, fraqueza em MI, perda sensorial, arreflexia, disartria,
disfagia, escoliose, deformidades nos pés, cardiomiopatia e diabetes.
Ataxia de Machado-Joseph (DMJ)
 A Doença de Machado-Joseph (DMJ) é hereditária, progressiva e degenerativa;
 Ela gera grande incapacidade motora, porém, sem nunca alterar o intelecto;
 É resultante de uma alteração genética e caracterizada por inúmeros problemas como
desequilíbrio, descoordenação de movimentos, a espasticidade (articulação deficiente e
conseqüente rigidez dos membros) e a limitação dos movimentos oculares;
 Os sintomas da doença aparecem entre 10 e 60 anos.
 No inicio da doença a pessoa começa a caminhar como se estivesse “embriagada” depois
apresenta movimentos e gestos bruscos, não só nas pernas, mas também nos braços e
nas mãos. Não se equilibra bem em pé e apresenta também dificuldade na visão, não
enxerga bem para os lados.
 Nos países desenvolvidos a prevalência encontrada de PC varia de 1,5 a 5,9/1000
nascidos vivos;
 Estima-se que a incidência de PC nos países em desenvolvimento seja de 7:1000
nascidos .
 A PC atáxica é o diagnóstico menos comum (cerca de 5% a 10% de todos os casos);
 “O Rio Grande do Sul, especialmente, tem muitas pessoas portadoras desta
doença devido ao grande número de migrantes açorianos. Como esta doença é
originária da Ilha dos Açores, em Portugal, temos em solo gaúcho muitas famílias
atingidas pela enfermidade”
 A PC atáxica apresenta baixo tônus muscular, espaticidade e os movimentos são
desajeitados e a marcha é instável , com base alargada e “cambaleante”;
 A postura também pode ficar comprometida, de modo em que o tronco tenha
movimentos espasmódicos irregulares na posição sentada (ataxia ou desequilbrio
do tronco).
 Pode haver tremor nos membros, que vai piorando no final de um movimento com
objetivo determinado , chamado tremor de intenção;
Tratamento Fisioterapêutico:
 Após a realização da anamnese e avaliação física do paciente, o fisioterapeuta deve ser capaz de
identificar o diagnóstico de suas limitações funcionais ou incapacidades e/ou de suas deficiências e
com base nessas informações e estabelecer o plano de tratamento;
 Aumento de tônus, atráves da mobilização passiva de forma rápida;
 Exercícios de propriocepção, percepção do movimento e equilíbrio através de exercícios que
trabalhem dissociação de cintura, precisão de movimentos, manutenção e transferências de
posturas e a marcha, proporcionando ao paciente a capacidade de realizar suas AVD’s e obter uma
melhor qualidade de vida;
 A cinesioterapia pode prevenir a disfunção e promover o desenvolvimento, melhorar, restaurar
ou manter a força, resistência á fadiga e preparo cardiovascular, mobilidade e flexibilidade,
estabilidade, relaxamento, coordenação, equilíbrio e habilidades funcionais; (uso de caneleiras
em punho e tornozelo).
 Os exercícios ativo livre e ativo assistido contribuem dando um feedback sensorial da contração
músculo, desenvolvendo a coordenação e a habilidade motora para as AVD’s e mantêm a
elasticidade e contratilidade fisiológica dos músculos;
 As mudanças de posturas e transferências proporcionam dissociação de cinturas, melhoram o
controle neuromuscular e aumentam o equilíbrio estático e dinâmico que resultam no melhor
desempenho;
 Treino de marcha na barra paralela.
 Além da fisioterapia motora, a fonoaudiologia e a terapia ocupacional.
Eventualmente, pode ser necessário o uso de um medicamento para diminuir
algum sintoma.
Referências Bibliográficas:
 Musselman, Kristin E. et ai. "Prevalência de Ataxia em crianças: uma revisão
sistemática." Neurology 82,1 (2014):. 80-89 PMC . Rede. 06 de outubro de 2016;
 Parolin Schnekenberg R, Perkins EM, Miller JW, et al. De novo as mutações pontuais em
pacientes com diagnóstico de paralisia cerebral atáxica. Cérebro .2015; 138 (7): 1817-
1832. doi: 10.1093 / cérebro / awv117.
 http://www.aappad.com.br/manual.pdf (Ataxias Diagnóstico e Terapia Aplicada)
Revisão sobre Paralisia Cerebral e Ataxias: causas, sintomas e tratamento fisioterapêutico
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Revisão sobre Paralisia Cerebral e Ataxias: causas, sintomas e tratamento fisioterapêutico

  • 1. Revisão sobre Paralisia Cerebral- Ataxia Novembro, 2016.
  • 2. Paralisia Cerebral :  A paralisia cerebral descreve um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento do movimento e postura atribuído a um distúrbio não progressivo que ocorre durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou infantil, podendo contribuir para limitações no perfil de funcionalidade do paciente;  A desordem motora na paralisia cerebral pode ser acompanhada por distúrbios sensoriais, perceptivos, cognitivos, de comunicação e comportamental;  As causas podem ser multifatoriais, como congênitas, genéticas, inflamatórias, infecciosas, atóxicas, traumáticas e metabólicas;  A nível de funcionalidade, pode ser classificada em hemiparética, diparética e quadriparética;  Quanto ao nível de tônus muscular, pode ser classificada em espástica, discinética, atáxica e mista;
  • 3. Ataxia:  A palavra ataxia tem origem gregra e significa desorganização;  “O conceito de ataxia designa a falta de coordenação dos diversos grupos musculares que participam do movimento. O distúrbio pode referir-se tanto a velocidade e amplitude do movimento como na direção e na força com a qual ele é realizado.”  Caracterizada pela presença de dismetria (desorientação espacial/distância), disdiadococinesia (dificuldade em movimentos rápidos e alternados), decomposição de movimentos (aceleração/desaceleração) e disartria (  A principal função do cerebelo é controlar o equilíbrio e coordenar os movimentos, quando ocorre uma lesão do cerebelo as crianças com lesão apresentam ataxia ou seja, marcha “cambaleante” por causa da deficiência de equilíbrio, e apresentam, ainda, pouca coordenação dos movimentos com incapacidade para realizar movimentos alternados rápidos e dificuldade para atingir um alvo.
  • 4. Ataxia de Friedreich  Ataxia de Friedreich (FRDA) é uma desordem neurodegenerativa recessiva autossômica, é a ataxia hereditário mais comum.  O gente utilizado para identificação é o FXN;  Com início dos sintomas entre os 7 e os 20 anos;  Apresenta ausência de reflexos miotáticos em MI e presença do reflexo cutâneo plantar extensor (sinal de Babinski);  Falta de equilíbrio e coordenação, fraqueza em MI, perda sensorial, arreflexia, disartria, disfagia, escoliose, deformidades nos pés, cardiomiopatia e diabetes.
  • 5. Ataxia de Machado-Joseph (DMJ)  A Doença de Machado-Joseph (DMJ) é hereditária, progressiva e degenerativa;  Ela gera grande incapacidade motora, porém, sem nunca alterar o intelecto;  É resultante de uma alteração genética e caracterizada por inúmeros problemas como desequilíbrio, descoordenação de movimentos, a espasticidade (articulação deficiente e conseqüente rigidez dos membros) e a limitação dos movimentos oculares;  Os sintomas da doença aparecem entre 10 e 60 anos.  No inicio da doença a pessoa começa a caminhar como se estivesse “embriagada” depois apresenta movimentos e gestos bruscos, não só nas pernas, mas também nos braços e nas mãos. Não se equilibra bem em pé e apresenta também dificuldade na visão, não enxerga bem para os lados.
  • 6.  Nos países desenvolvidos a prevalência encontrada de PC varia de 1,5 a 5,9/1000 nascidos vivos;  Estima-se que a incidência de PC nos países em desenvolvimento seja de 7:1000 nascidos .  A PC atáxica é o diagnóstico menos comum (cerca de 5% a 10% de todos os casos);  “O Rio Grande do Sul, especialmente, tem muitas pessoas portadoras desta doença devido ao grande número de migrantes açorianos. Como esta doença é originária da Ilha dos Açores, em Portugal, temos em solo gaúcho muitas famílias atingidas pela enfermidade”
  • 7.  A PC atáxica apresenta baixo tônus muscular, espaticidade e os movimentos são desajeitados e a marcha é instável , com base alargada e “cambaleante”;  A postura também pode ficar comprometida, de modo em que o tronco tenha movimentos espasmódicos irregulares na posição sentada (ataxia ou desequilbrio do tronco).  Pode haver tremor nos membros, que vai piorando no final de um movimento com objetivo determinado , chamado tremor de intenção;
  • 8. Tratamento Fisioterapêutico:  Após a realização da anamnese e avaliação física do paciente, o fisioterapeuta deve ser capaz de identificar o diagnóstico de suas limitações funcionais ou incapacidades e/ou de suas deficiências e com base nessas informações e estabelecer o plano de tratamento;  Aumento de tônus, atráves da mobilização passiva de forma rápida;  Exercícios de propriocepção, percepção do movimento e equilíbrio através de exercícios que trabalhem dissociação de cintura, precisão de movimentos, manutenção e transferências de posturas e a marcha, proporcionando ao paciente a capacidade de realizar suas AVD’s e obter uma melhor qualidade de vida;
  • 9.  A cinesioterapia pode prevenir a disfunção e promover o desenvolvimento, melhorar, restaurar ou manter a força, resistência á fadiga e preparo cardiovascular, mobilidade e flexibilidade, estabilidade, relaxamento, coordenação, equilíbrio e habilidades funcionais; (uso de caneleiras em punho e tornozelo).  Os exercícios ativo livre e ativo assistido contribuem dando um feedback sensorial da contração músculo, desenvolvendo a coordenação e a habilidade motora para as AVD’s e mantêm a elasticidade e contratilidade fisiológica dos músculos;  As mudanças de posturas e transferências proporcionam dissociação de cinturas, melhoram o controle neuromuscular e aumentam o equilíbrio estático e dinâmico que resultam no melhor desempenho;  Treino de marcha na barra paralela.
  • 10.  Além da fisioterapia motora, a fonoaudiologia e a terapia ocupacional. Eventualmente, pode ser necessário o uso de um medicamento para diminuir algum sintoma.
  • 11. Referências Bibliográficas:  Musselman, Kristin E. et ai. "Prevalência de Ataxia em crianças: uma revisão sistemática." Neurology 82,1 (2014):. 80-89 PMC . Rede. 06 de outubro de 2016;  Parolin Schnekenberg R, Perkins EM, Miller JW, et al. De novo as mutações pontuais em pacientes com diagnóstico de paralisia cerebral atáxica. Cérebro .2015; 138 (7): 1817- 1832. doi: 10.1093 / cérebro / awv117.  http://www.aappad.com.br/manual.pdf (Ataxias Diagnóstico e Terapia Aplicada)