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AO-069: IMPACTO CLÍNICO DA
    NOVA LEI BRASILEIRA DE
  REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS
  CASOS DE FATOR MASCULINO
             GRAVE
Danielle T. Schneider & Sandro C. Esteves


                 ANDROFERT
Centro de Referência para Reprodução Masculina
             Campinas, São Paulo
IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE
                                        Schneider DT, Esteves SC



    1. Introdução
          CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA -
          RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2011
        • ≤35 anos – máximo 2 embriões transferidos
        • 36-39 anos – máximo 3 embriões transferidos
IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE
                                        Schneider DT, Esteves SC



     1. Introdução
     O potencial fértil dos sptz com defeito espermático grave é
          menor, mesmo utilizando-se a técnica de ICSI.
                        (Verza Jr. & Esteves, Fertil Steril 2004; 82:S172-S173)


     ~40% mais oócitos injetados foram necessários na ANO e
       nos grupos com defeito espermático comparados aos
            grupos AO e normal para um nascido vivo.
                  (Schneider DT, Verza Jr S & Esteves S, Fertil Steril 2007; 88:S371)



       Limitar o número de oócitos injetados (Lei Italiana 2004)
         reduz significativamente as chances de gestação em
                    casos de fator masculino grave
                         (Cirimmina et al., Hum Reprod 2007; 22(9):2481-7)
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    2. Objetivos

             1. Analisar o impacto futuro da nova
         regulamentação nas taxas de bebês nascidos
                         e multiparidade.


      2. Analisar se os casos de fator masculino grave
            poderão ser prejudicados com a nova
                        regulamentação.
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   3. Material e Método
  Desenho                          • Análise Retrospectiva


  N e Período                      • 1.468 ciclos ICSI (Jan/2004 a Dez/2010)


                    Grupo 1                                     Grupo 2
          Mulheres ≤35 anos/ N= 905                  Mulheres 36-39 anos/ N=352
        Transfer de 2 vs > 2 embriões                 Transfer de 3 vs 4 embriões



                                    Fator Masculino Grave
                             ANO + Oligoastenoteratozoospermia
                        (<5M/mL; <30% móveis; <4% formas normais)
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   3. Material e Método
        Taxas de bebês nascidos e gestação múltipla –
      Comparadas em cada grupo de acordo com o número de
         embriões transferidos de acordo com a nova lei

       Taxas de bebês nascidos e gestação múltipla –
   Comparadas dentro de cada grupo considerando a presença
             de fator masculino grave e a nova lei.

                           Análise Estatística
   • Teste de qui-quadrado e teste exato de Fisher
   • Medidas de Risco: Odds Ratio e intervalo de confiança de 95%
   • Nivel de Significância: 5%
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     4. Resultados: Grupo 1 (≤35 anos)
      Nascidos Vivos                =2 embriões                >2 embriões              P
                                    transferidos               transferidos
   População total                158/356 (44,4%)           223/488 (45,7%)            0,70

   Fator masculino grave            14/47 (29,8%)            27/70 (38,5%)             0,16

                P                        0,02                      0,12                 --


      Multiparidade            =2 embriões          >2 embriões           P; OR [IC95%]
                               transferidos         transferidos
   População total            31/147 (21,0%)      71/208 (34,1%)       0,004; 9,2 [2,1-40,6]


   Fator masculino              3/14 (21,4%)       10/24 (41,7%)                0,10
              P                     0,48                0,23                      --
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     4. Resultados: Grupo 2 (36-39 anos)
       Nascidos Vivos               =3 embriões                >3 embriões              P
                                    transferidos               transferidos
   População total                 54/127 (42,5%)           57/117 (48,7%)             0,33

   Fator masculino grave            4/10 (40,0%)               6/13 (46,1%)            0,38

                P                        0,42                      0,41                  -


       Multiparidade            =3 embriões        >3 embriões            P; OR [IC95%]
                                transferidos       transferidos
   População total             12/51 (23,5%)       14/54 (25,9%)               0,38

   Fator masculino               0/4 (0,0%)         3/6 (50,0%)        0,06; 0,11 [0,0-2,9]

               P                    0,13                0,11                     --
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     5. Conclusões: População Total

            Grupo 1 (Mulheres mais Jovens) – Lei reduz
         significativamente multiparidade, sem impactar nas
                      chances de nascidos vivos.


       Grupo 2 (Mulheres entre 36-39 anos) – Lei não reduz
         multiparidade, e tb não impacta nas chances de
                         nascidos vivos.
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     5. Conclusões: Fator Masculino Grave

           Grupo 1 (Mulheres mais Jovens) – lei mostra uma
           tendência na redução da multiparidade, porém às
              custas de aparente redução das chances de
                            nascidos vivos.


       Grupo 2 (Mulheres entre 36-39 anos) – os números são
         pequenos, mas aparentemente a lei não mudou as
                    chances de nascidos vivos.
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     6. Considerações Finais
     • Transferência de blastocisto único X transferência de dois
         embriões em Dia 3: redução nas taxas de gestações
         múltiplas, sem diferenças significativas nas taxas de
                              gestação.
               (Zander-Fox DL, Tremellen K & Lane M, Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2011)




      • RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2010: Avanço no sentido de
         redução da multiparidade em mulheres mais jovens,
       aparentemente sem prejuízo no resultado do tratamento,
       exceto nos casos de fator masculino grave. O impacto da
           lei neste subgrupo precisa ser melhor estudado.

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Impacto clínico da nova lei brasileira de reprodução assistida nos casos de fator masculino grave (AO-69)

  • 1. AO-069: IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Danielle T. Schneider & Sandro C. Esteves ANDROFERT Centro de Referência para Reprodução Masculina Campinas, São Paulo
  • 2. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 1. Introdução CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA - RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2011 • ≤35 anos – máximo 2 embriões transferidos • 36-39 anos – máximo 3 embriões transferidos
  • 3. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 1. Introdução O potencial fértil dos sptz com defeito espermático grave é menor, mesmo utilizando-se a técnica de ICSI. (Verza Jr. & Esteves, Fertil Steril 2004; 82:S172-S173) ~40% mais oócitos injetados foram necessários na ANO e nos grupos com defeito espermático comparados aos grupos AO e normal para um nascido vivo. (Schneider DT, Verza Jr S & Esteves S, Fertil Steril 2007; 88:S371) Limitar o número de oócitos injetados (Lei Italiana 2004) reduz significativamente as chances de gestação em casos de fator masculino grave (Cirimmina et al., Hum Reprod 2007; 22(9):2481-7)
  • 4. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 2. Objetivos 1. Analisar o impacto futuro da nova regulamentação nas taxas de bebês nascidos e multiparidade. 2. Analisar se os casos de fator masculino grave poderão ser prejudicados com a nova regulamentação.
  • 5. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 3. Material e Método Desenho • Análise Retrospectiva N e Período • 1.468 ciclos ICSI (Jan/2004 a Dez/2010) Grupo 1 Grupo 2 Mulheres ≤35 anos/ N= 905 Mulheres 36-39 anos/ N=352 Transfer de 2 vs > 2 embriões Transfer de 3 vs 4 embriões Fator Masculino Grave ANO + Oligoastenoteratozoospermia (<5M/mL; <30% móveis; <4% formas normais)
  • 6. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 3. Material e Método Taxas de bebês nascidos e gestação múltipla – Comparadas em cada grupo de acordo com o número de embriões transferidos de acordo com a nova lei Taxas de bebês nascidos e gestação múltipla – Comparadas dentro de cada grupo considerando a presença de fator masculino grave e a nova lei. Análise Estatística • Teste de qui-quadrado e teste exato de Fisher • Medidas de Risco: Odds Ratio e intervalo de confiança de 95% • Nivel de Significância: 5%
  • 7. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 4. Resultados: Grupo 1 (≤35 anos) Nascidos Vivos =2 embriões >2 embriões P transferidos transferidos População total 158/356 (44,4%) 223/488 (45,7%) 0,70 Fator masculino grave 14/47 (29,8%) 27/70 (38,5%) 0,16 P 0,02 0,12 -- Multiparidade =2 embriões >2 embriões P; OR [IC95%] transferidos transferidos População total 31/147 (21,0%) 71/208 (34,1%) 0,004; 9,2 [2,1-40,6] Fator masculino 3/14 (21,4%) 10/24 (41,7%) 0,10 P 0,48 0,23 --
  • 8. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 4. Resultados: Grupo 2 (36-39 anos) Nascidos Vivos =3 embriões >3 embriões P transferidos transferidos População total 54/127 (42,5%) 57/117 (48,7%) 0,33 Fator masculino grave 4/10 (40,0%) 6/13 (46,1%) 0,38 P 0,42 0,41 - Multiparidade =3 embriões >3 embriões P; OR [IC95%] transferidos transferidos População total 12/51 (23,5%) 14/54 (25,9%) 0,38 Fator masculino 0/4 (0,0%) 3/6 (50,0%) 0,06; 0,11 [0,0-2,9] P 0,13 0,11 --
  • 9. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 5. Conclusões: População Total Grupo 1 (Mulheres mais Jovens) – Lei reduz significativamente multiparidade, sem impactar nas chances de nascidos vivos. Grupo 2 (Mulheres entre 36-39 anos) – Lei não reduz multiparidade, e tb não impacta nas chances de nascidos vivos.
  • 10. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 5. Conclusões: Fator Masculino Grave Grupo 1 (Mulheres mais Jovens) – lei mostra uma tendência na redução da multiparidade, porém às custas de aparente redução das chances de nascidos vivos. Grupo 2 (Mulheres entre 36-39 anos) – os números são pequenos, mas aparentemente a lei não mudou as chances de nascidos vivos.
  • 11. IMPACTO CLÍNICO DA NOVA LEI BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NOS CASOS DE FATOR MASCULINO GRAVE Schneider DT, Esteves SC 6. Considerações Finais • Transferência de blastocisto único X transferência de dois embriões em Dia 3: redução nas taxas de gestações múltiplas, sem diferenças significativas nas taxas de gestação. (Zander-Fox DL, Tremellen K & Lane M, Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2011) • RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2010: Avanço no sentido de redução da multiparidade em mulheres mais jovens, aparentemente sem prejuízo no resultado do tratamento, exceto nos casos de fator masculino grave. O impacto da lei neste subgrupo precisa ser melhor estudado.