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João e o pé
de feijão
ESCOLOVAR
Era uma vez um rapaz
chamado João que vivia
com a sua mãe numa casa
muito modesta. A mãe era
desempregada e só tinha
uma pequena horta onde
cultivava todo o tipo de
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eles passavam fome mas
escondiam essa situação
dos vizinhos e dos
familiares. Ninguém sabia.
Um dia, a mãe pediu ao
João para ir vender uma
vaca que ainda possuíam.
O rapaz ficou com muita
pena, pois gostava muito
dela e tratava-a muito
bem: dava-lhe de comer e
beber e mimava-a.
João e a vaca percor-
reram muitos caminhos e
aldeias mas não apareciam
compradores. A vaca
estava cansada e parou.
João acariciou-a.
“Vou levá-la para casa
novamente.” Quando
estava de regresso,
cruzou-se com uma mulher
que lhe disse: “- Compro-
-te a vaca por cinco
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mostrou-lhe as sementes.
Vou ter saudades
tuas, Mimosa.
A mulher disse-lhe que os
feijões tinham poderes
mágicos.
João pensou que cinco
feijões mágicos eram
melhores do que nada. Por
isso, concordou em vender
a vaca.
A mãe, no entanto, não
ficou satisfeita. Mostrou-
-se mesmo, muito irritada.
Com que dinheiro iria
comprar comida?
Mal-humorada, mandou o
João direitinho para a
cama e atirou os feijões
pela janela.
Trepou, trepou, trepou,
até passar acima das
nuvens. Quase tocava no
céu.
Na manhã seguinte, ao
acordar, o rapaz não
podia acreditar no que
estava a ver: um feijoeiro
gigante tinha crescido
imenso durante a noite.
Ia da terra ao céu.
João ficou muito curioso
e decidiu ir até ao cimo
da planta gigante.
Quando alcançou o topo
do feijoeiro, ouviu um
som medonho, uma voz
cavernosa e passos as-
sustadores.
Caminhou até à porta de
um castelo, onde estava a
maior mulher que ele já
vira. O som vinha do
interior. Corajosamente,
entrou.
Que barulho!
Agora ele podia ver de
onde vinha tanto barulho:
um gigante enorme
andava à volta de um
salão, marchando e
gritando:
“Fi, Fi, Fó, Fum!
Mau como eu
não há nenhum!”
O gigante estava esfo-
meado e exigiu que a
mulher lhe servisse comida.
João observava tudo,
escondido e teve pena dela.
Aquela mulher não era
mais do que uma escrava
do gigante.
Quando acabou de comer,
o homenzarrão começou a
contar todo o seu ouro.
O rapaz nunca tinha visto
tanto dinheiro.
Entretanto, gigante
sentiu-se cansado e
adormeceu.
feijoeiro e gritou, muito
excitado:
“Mãe! Mãe! Encontrei um
tesouro!”
Nessa noite, João não
pregou olho.
Cuidadosamente, João
deslizou pela mesa e
recolheu todas as
moedas.
Depois, retirou-se do
castelo, desceu pelo
Conseguia ouvir as
passadas do gigante e
aquelas palavras assusta-
doras:
João desconfiava que o
gigante tinha muitos mais
tesouros.
Assim, no dia seguinte,
decidiu trepar novamente
pelo feijoeiro e descobrir.
Entrou sorrateiramente e
escondeu-se, sem dar
sinal da sua presença.
O gigante estava sentado
à mesa, a devorar comida.
“Fi, Fi, Fó, Fum!
Mau como eu
não há nenhum!”
Quando acabou, virou-se
para a pobre mulher e
ordenou: “Traz a galinha.”
Rapidamente, desceu pelo
feijoeiro, segurando
firmemente a galinha. A
mãe iria ficar muito
orgulhosa dele.
A mulher pousou a
galinha em cima da
mesa. “Dá-me um
ovo.”, gritou o gigante.
João nem podia
acreditar: nesse
instante, a galinha pôs
um ovo dourado e pôs-se
a cacarejar.
“Ah! Já me posso ir
deitar.” E adormeceu.
De imediato, o rapaz
agarrou na galinha e
correu dali para fora.
Resoluto, trepou uma vez
mais pelo feijoeiro
mágico. E ouviu:
Desde aquele dia, o rapaz e a
mãe tiveram dinheiro para
comprar os bens essenciais
para poderem ter uma vida sem
sobressaltos.
Decorreram alguns dias. O
castelo e o gigante não
saíam do pensamento do
João. Que segredos
esconderia mais o
gigante?
“Fi, Fi, Fó, Fum!
Mau como eu
não há nenhum!”
Depois de se
empanturrar
com comida,
berrou para a
mulher: “Traz
a harpa!”
O gigante parecia mais
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do que nunca.
Do seu esconderijo, João
viu-o devorar duas sopas,
um frango, quatro bolos
e vinte pães.
Prontamente, foi-lhe trazido o
instrumento. João estava a
pensar como poderia libertar a
pobre mulher, quando começou
a ouvir uma mais bela melodia,
cantada pela harpa.
O rapaz ficou maravilhado.
“Quem me dera dar aquela
harpa à minha mãe!”
Tão rápido quanto o
gigante adormeceu, João
agarrou na harpa e
zarpou dali para fora.
Mas a harpa ficou
assustada e começou a
cantar novamente.
O gigante acordou sobres-
saltado, ainda a tempo de
ver o João a fugir d1o
castelo. “Vou-te apanhar!”
“Fi, Fi, Fó, Fum!
Mau como eu
não há nenhum!”
João desceu pelo
feijoeiro com a perícia
já adquirida, foi buscar
um machado e cortou,
cortou, cortou tanto o
feijoeiro que ele tombou
com um estrondo
enorme. O mesmo
destino teve o horrível
homenzarrão. O corpo do gigante jazia
em silêncio no chão. Para
sempre.
João correu para os
braços da mãe.
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feijoeiro tinham termi-
nado e ambos puderam
levar uma vida feliz, sem
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Conto joao.pe.feijao bevans

  • 1. João e o pé de feijão ESCOLOVAR
  • 2. Era uma vez um rapaz chamado João que vivia com a sua mãe numa casa muito modesta. A mãe era desempregada e só tinha uma pequena horta onde cultivava todo o tipo de legumes. Muitas vezes, eles passavam fome mas escondiam essa situação dos vizinhos e dos familiares. Ninguém sabia. Um dia, a mãe pediu ao João para ir vender uma vaca que ainda possuíam. O rapaz ficou com muita pena, pois gostava muito dela e tratava-a muito bem: dava-lhe de comer e beber e mimava-a.
  • 3. João e a vaca percor- reram muitos caminhos e aldeias mas não apareciam compradores. A vaca estava cansada e parou. João acariciou-a. “Vou levá-la para casa novamente.” Quando estava de regresso, cruzou-se com uma mulher que lhe disse: “- Compro- -te a vaca por cinco feijões.” E, abrindo a mão, mostrou-lhe as sementes. Vou ter saudades tuas, Mimosa.
  • 4. A mulher disse-lhe que os feijões tinham poderes mágicos. João pensou que cinco feijões mágicos eram melhores do que nada. Por isso, concordou em vender a vaca. A mãe, no entanto, não ficou satisfeita. Mostrou- -se mesmo, muito irritada. Com que dinheiro iria comprar comida? Mal-humorada, mandou o João direitinho para a cama e atirou os feijões pela janela.
  • 5. Trepou, trepou, trepou, até passar acima das nuvens. Quase tocava no céu. Na manhã seguinte, ao acordar, o rapaz não podia acreditar no que estava a ver: um feijoeiro gigante tinha crescido imenso durante a noite. Ia da terra ao céu. João ficou muito curioso e decidiu ir até ao cimo da planta gigante.
  • 6. Quando alcançou o topo do feijoeiro, ouviu um som medonho, uma voz cavernosa e passos as- sustadores. Caminhou até à porta de um castelo, onde estava a maior mulher que ele já vira. O som vinha do interior. Corajosamente, entrou. Que barulho!
  • 7. Agora ele podia ver de onde vinha tanto barulho: um gigante enorme andava à volta de um salão, marchando e gritando: “Fi, Fi, Fó, Fum! Mau como eu não há nenhum!”
  • 8. O gigante estava esfo- meado e exigiu que a mulher lhe servisse comida. João observava tudo, escondido e teve pena dela. Aquela mulher não era mais do que uma escrava do gigante. Quando acabou de comer, o homenzarrão começou a contar todo o seu ouro. O rapaz nunca tinha visto tanto dinheiro. Entretanto, gigante sentiu-se cansado e adormeceu.
  • 9. feijoeiro e gritou, muito excitado: “Mãe! Mãe! Encontrei um tesouro!” Nessa noite, João não pregou olho. Cuidadosamente, João deslizou pela mesa e recolheu todas as moedas. Depois, retirou-se do castelo, desceu pelo
  • 10. Conseguia ouvir as passadas do gigante e aquelas palavras assusta- doras: João desconfiava que o gigante tinha muitos mais tesouros. Assim, no dia seguinte, decidiu trepar novamente pelo feijoeiro e descobrir. Entrou sorrateiramente e escondeu-se, sem dar sinal da sua presença.
  • 11. O gigante estava sentado à mesa, a devorar comida. “Fi, Fi, Fó, Fum! Mau como eu não há nenhum!” Quando acabou, virou-se para a pobre mulher e ordenou: “Traz a galinha.”
  • 12. Rapidamente, desceu pelo feijoeiro, segurando firmemente a galinha. A mãe iria ficar muito orgulhosa dele. A mulher pousou a galinha em cima da mesa. “Dá-me um ovo.”, gritou o gigante. João nem podia acreditar: nesse instante, a galinha pôs um ovo dourado e pôs-se a cacarejar. “Ah! Já me posso ir deitar.” E adormeceu. De imediato, o rapaz agarrou na galinha e correu dali para fora.
  • 13. Resoluto, trepou uma vez mais pelo feijoeiro mágico. E ouviu: Desde aquele dia, o rapaz e a mãe tiveram dinheiro para comprar os bens essenciais para poderem ter uma vida sem sobressaltos. Decorreram alguns dias. O castelo e o gigante não saíam do pensamento do João. Que segredos esconderia mais o gigante? “Fi, Fi, Fó, Fum! Mau como eu não há nenhum!”
  • 14. Depois de se empanturrar com comida, berrou para a mulher: “Traz a harpa!” O gigante parecia mais esfomeado e assustador do que nunca. Do seu esconderijo, João viu-o devorar duas sopas, um frango, quatro bolos e vinte pães. Prontamente, foi-lhe trazido o instrumento. João estava a pensar como poderia libertar a pobre mulher, quando começou a ouvir uma mais bela melodia, cantada pela harpa. O rapaz ficou maravilhado. “Quem me dera dar aquela harpa à minha mãe!”
  • 15. Tão rápido quanto o gigante adormeceu, João agarrou na harpa e zarpou dali para fora. Mas a harpa ficou assustada e começou a cantar novamente. O gigante acordou sobres- saltado, ainda a tempo de ver o João a fugir d1o castelo. “Vou-te apanhar!” “Fi, Fi, Fó, Fum! Mau como eu não há nenhum!”
  • 16. João desceu pelo feijoeiro com a perícia já adquirida, foi buscar um machado e cortou, cortou, cortou tanto o feijoeiro que ele tombou com um estrondo enorme. O mesmo destino teve o horrível homenzarrão. O corpo do gigante jazia em silêncio no chão. Para sempre.
  • 17. João correu para os braços da mãe. As suas aventuras com o feijoeiro tinham termi- nado e ambos puderam levar uma vida feliz, sem pobreza. FIM
  • 18. FIM Story retold by Bev Evans http://web.rcts.pt/escolovar/ingles_leitura002.htm Images © Ruth Rivers available from Getty Images