1. Adjuvantes
Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciências da Saúde
Departamento de Biointeração
Tecnologia do Desenvolvimento de Vacinas
2. Introdução
Adjuvante: conceito com mais de 80 anos de idade
“Alúmen” – sais de alumínio (1920)
Substâncias para melhorar e modular a
imunogenicidade de um antígeno vacinal
Amplificar a resposta imune
3. Breve histórico
1925 - Gaston Ramon
Substâncias adicionadas ao toxoide
Produção de soro hiperimune/antitoxina diftérica em
equinos
Alguns animais desenvolviam
nódulos no local da inoculação
Animais com nódulos – maior
titulo de antitoxina diftérica no
soro
Adjuvante (Adjuvare = Ajudar)
4. 1926 - Alexander Glenny, efeito adjuvante de sais de
alumínio
Década de 1930 (Jules Freund): emulsões água em óleo
Adjuvante incompleto e completo de Freund
Aumentar o período de liberação do antígeno no organismo
Até década de 1970: Melhoramento das composições
Reações adversas em humanos – impurezas nas preparações
Breve histórico
8. Benefícios de um adjuvante ideal...
Maior apresentação antigênica, com resposta imune mais
RÁPIDA, FORTE, AMPLA, DURADOURA e com
necessidade de poucas doses
Aumento da resposta imune em populações de “baixos
respondedores” (idosos e imunocomprometidos)
Otimização do antígeno (uso de concentrações menores com
efeitos adequados)
Seguro para animais e humanos
10. Sais de alumínio
Usados na maioria das vacinas aplicadas em humanos
Não recomendados para uso em animais de produção
Deposito de sais alumínio na carne e liberação no leite
Poucas reações adversas – inflamação local branda
Pouco eficientes na ativação de resposta Th1
Não adequados para vacinas cujo objetivo é induzir respostas de
células T CD8+ - vacinas contra parasitas intracelulares
Ativa resposta Th2 – produção de anticorpos
Ideal para indução de anticorpos neutralizantes – vacinas contra
toxinas
Indivíduos com tendência genética a alta produção de IgE – risco de
alergias
11. Mecanismos de ação do alumínio
Ativação do
inflamossoma
Nod Like Receptors
NLRP3 (NALP3)
Adsorve antígenos
e facilita a
fagocitose
12. Mecanismos de ação do alumínio
(Marrack et al., 2009)
Ativação do perfil
Th2
IL-4
Produção de
anticorpos IgG e
IgE
14. Adjuvantes baseados em emulsões
Emulsões – combinação de duas substâncias imiscíveis
Uma fase dispersa na outra = água em óleo / óleo em água
Incorporação de antígenos (retenção no sitio de inoculação)
Recruta APCs para os sítios de inoculação
Liberação gradativa de antígenos para APCs
15. Emulsões OW ou WO
Adjuvantes incompleto de Freund
Emulsão de água em óleos
minerais
Forma completa:
Mycobacterium inativado
Utilizado em veterinária
Não recomendado para uso em
humanos – reações adversas
Novos compostos: Montanide
ISA720 e MF59 (óleos
metabolizáveis)
16. MF59
Emulsão óleo em água
Contém esqualena na fase
dispersa (precursor do
colesterol)
Dois surfactantes não-iônicos
Tween 80
Span 85
17. Lipossomos
Consistem de fosfolipídeos,
moléculas com cabeças hidrofílicas e
caudas hidrofóbicas
Após dispersão em água, formam
pequenas esferas que encapsulam um
corpo aquoso
Podem ser utilizados para liberação
de varias substancias: antígenos,
citocinas, moléculas
imunoestimuladoras
19. Evolução dos lipossomos
Adição de anticorpos, PEG, lipídeos com carga positiva,
drogas, partículas metálicas, magnéticas...
(Torchilin, 2005)
20. Ação dos lipossomos e virossomos
Antígenos citosólicos – apresentação MHC classe I
(Torchilin, 2005)
21. Combinações de adjuvantes
AS = Adjuvant System
AlS04 – ativação de TLR4
MPL = Monofosforil Lipídeo A
do LPS
Hidróxido de alumínio
AS03 – Vitamina E,
esqualena em emulsão óleo
em água
22. Saponinas (ISCOM)
Immuno Stimulating COMplexes
Quil A, posteriormente QS21
• árvore Quillaja saponaria
• Candidatos a adjuvantes - Formulações de vacinas veterinárias
• Respostas do tipo Th1
• Produção de linfócitos T citolíticos (CTLs) específicos
(RAJPUT et al., 2007)
(Demana et al., 2004)