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Regulação 2.0, 
Peer-to-Peer, e 
a Economia da 
Colaboração 
Ruy J.G.B. de Queiroz
A Internet como Plataforma de 
Desenvolvimento de Negócios 
Significativas “disrupções” tecnológicas já acontecem, e 
muitas ainda serão catalisadas pela evolução da 
Computação em Nuvem. 
Essas disrupções vão se tornar cada vez mais frequentes 
e profundas, criando oportunidades não apenas para 
reformular a própria indústria da tecnologia, mas todas as 
arquiteturas institucionais e práticas de gerenciamento 
numa gama cada vez mais ampla de outras indústrias.
Novo Ecossistema 
É marcante a diminuição do nível de investimento mínimo 
necessário para se criar uma empresa no setor de web 
para o consumidor, caindo do patamar de milhões para 
centenas de milhares de dólares. 
Os recursos e o material necessários para experimentar 
com um novo serviço de alcance global se tornaram 
gratuitos ou de baixo custo, sem falar na comoditização 
da tecnologia. 
O surgimento dos novos serviços de combinação com 
outros serviços já existentes que já propiciam excelente 
valor na nuvem através de features, dados, efeitos de 
rede, e API’s.
Fatores de Alavancagem 
(i) os sistemas aplicativos podem ser hospedados “na 
nuvem” em servidores da Amazon, da Google, ou mesmo da 
Rackspace, da Salesforce, etc.; 
(ii) os esforços de relações públicas podem ser alavancados 
com ajuda de Twitter e Facebook; e, não menos importante, 
(iii) as estratégias de vendas e de formação de uma carteira 
de clientes têm o suporte de plataformas de “software como 
serviço” e “infraestrutura como serviço”.
O Ambiente “Aberto” da 
Internet 
Ninguém precisa de permissão de outrem para fazer algo 
Provedores tem servido de portas para o mundo da 
Internet, mas não têm agido como porteiros 
Essa abertura tem permitido que a Internet sirva de meio 
de transformação radical de diversas indústrias, desde a 
entrega de alimentos até a indústria financeira, tudo isso 
por ter diminuído a barreira de entrada
Manter um negócio na rede 
Como destacou recentemente Marc 
Andreessen, co-fundador da Netscape e 
capitalista de ventura, o custo de se manter 
uma aplicação básica de Internet caiu de 
US$150.000 por mês em 2000 para 
US$1.500 por mês em 2011. E continua a 
cair.
Impacto Econômico 
A Internet é apenas a mais recente e 
talvez a mais impressionante daquilo 
que os economistas chamam de 
"tecnologias de uso geral," desde o 
motor a vapor até a rede elétrica, as 
quais, desde o seu início, tiveram um 
impacto massivamente desproporcional 
sobre a inovação e o crescimento 
econômico.
Geração de Riqueza 
Em um relatório de 2012, o Boston Consulting Group 
constatou que a economia da Internet representou 4,1% 
(cerca de 2,3 trilhões) do PIB nos países do G-20 em 
2010. Se a Internet fosse uma economia nacional, o 
relatório observou, estaria entre as cinco maiores do 
mundo, à frente da Alemanha. 
E um relatório de 2013 da Fundação Kauffman mostrou 
que nas três décadas anteriores, o setor de alta 
tecnologia teve 23% mais chances, e do setor de 
tecnologia da informação 48%, de dar origem a novas 
empresas do que o setor privado em geral.
AirBnB 
(hospedagem) 
Fundada em 2008 por 
Nathan Blecharczyk, Joe 
Gebbia e Brian Chesky 
Levantou mais de US$794 
milhões em investimento 
Avaliada em US$10 Bi 
1324 funcionários 
Contém mais de 500.000 
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cidades e 192 países.
Lyft 
Fundada em 2007, por 
Marcus Cohn, Logan 
Green, Matt Von Horn e 
John Zimmer 
Compartilhamento de 
carona 
Começou como Zimride, 
mudou para Lyft em 
Maio/2013 
Levantou US$332 
milhões em investimento
Hailo 
Fundada em 2010, por 
Ron Zeghibe, Russell Hall 
e Gary Jackson 
Plataforma de serviço de 
chamada de táxi 
Vendas anualizadas 
chegam a US$100 milhões 
Levantou US$77 milhões 
em investimento. (Mais 
recente: US$26 milhões 
em Jan/2014)
Taskrabbit 
Fundada em 2008, por 
Leah Busque 
Plataforma conectando 
quem precisa de 
serviços com quem 
precisa de trabalho 
Levantou US$37 
milhões
Homejoy 
Fundada em Jul/2012 
pelos irmãos Aaron 
Cheung e Adora Cheung 
Plataforma conectando 
quem precisa de 
serviços de limpeza com 
quem precisa de 
trabalho 
Levantou US$39,7 
milhões
Uber 
Fundada em Mar/2009 por 
Garrett Camp e Travis 
Kalanick 
Levantou US$1,5 Bi (Mais 
recente: US$1,2 Bi em 
Jun/14) 
Plataforma conectando 
quem deseja 
carro+motorista com 
motoristas 
822 empregados 
Em Jul/2014 tem valor de 
mercado da ordem de 
US$18 bilhões
Snapdeal 
Fundada em Fev/2010 por 
Kunal Bahl e Rohit Bansal 
Levantou US$1,1 Bi (Mais 
recente: US$627 mi em 
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Plataforma de comércio 
eletrIonico 
Mais de 1000 empregados 
Número 1 em sites de e-commerce 
na Índia
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Fundada em Abr/2009 por 
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Plataforma para 
campanhas de 
financiamento para 
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Indiegogo 
Fundada em Abr/2009 por 
Slava Rubin 
Plataforma para 
campanhas de 
financiamento para 
projetos criativos 
Levantou mais de US$56 
milhões 
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sucesso
Lending Club 
Fundada em 2007, por 
Renaud Laplanche 
Plataforma para oferta e 
tomada de empréstimo em 
dinheiro peer-to-peer 
Levantou mais de US$392 
milhões. Última rodada: 
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Até Dez/2013, mais de 
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emprestados, e cerca de 
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Zopa 
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Giles Andrews 
Plataforma para oferta e 
tomada de empréstimo em 
dinheiro peer-to-peer 
Levantou mais de US$56 
milhões. Última rodada: 
US$22 milhões em Jan/14 
Um dos 3 primeiros 
membros da Peer-to-Peer 
Finance Association (UK)
Peer-to-Peer 
Computação ou Rede Peer-to-peer (P2P) é uma 
arquitetura de aplicações distribuída que particiona 
tarefas ou cargas de trabalho entre pares. Peers são 
igualmente privilegiados, participantes equipotentes na 
aplicação. 
Os pares são, ao mesmo tempo, os fornecedores e 
consumidores de recursos, em contraste com o modelo 
tradicional cliente-servidor em que o consumo e o 
suprimento de recursos são divididos.
Peer-to-Peer 
Embora sistemas P2P já tenham sido usados em muitos 
domínios de aplicação, a arquitetura foi popularizada pelo 
sistema de compartilhamento de arquivos Napster, 
originalmente lançado em 1999. 
O conceito tem inspirado novas estruturas e filosofias em 
muitas áreas de interação humana. Em tais contextos 
sociais, peer-to-peer como um meme refere-se à rede 
social igualitária que surgiu em toda a sociedade, 
viabilizada por tecnologias de Internet em geral.
Fred Wilson 
Investidor e Blogueiro, NY 
“À medida que mais e 
mais dos dados sobre o 
que acontece em nosso 
mundo torna-se 
disponível através de 
estruturas de 
organização em rede, 
seremos capazes de 
regular muito mais 
levemente, reduzindo 
assim o custo e o peso 
do governo e permitindo 
que a inovação 
prospere.”
Fred Wilson 
e Inovação 
"O paradigma regulatório atual é: se você quiser fazer 
alguma coisa nova você deve primeiro ir aos reguladores 
e obter permissão para fazê-la. Apenas depois de lhe ser 
concedida a permissão, você pode fazê-la. Gostaríamos 
de mudar o paradigma para 'você pode fazê-la sem obter 
permissão de ninguém, desde que você faça tais e tais 
coisas'. E aí então, deixar o mercado adotá-la. Uma vez 
que o mercado a tenha adotado por um tempo, então 
regulamentá-la uma vez que tenhamos uma idéia sobre 
quais são os bons e os maus aspectos dessa coisa nova."
Regulação 2.0 
“Regulação 2.0 é um arcabouço no qual que temos 
trabalhado com um monte de outras pessoas que estão 
repensando o que o governo significa em um mundo 
conectado. 
No mundo da Regulação 1.0 (no qual estamos agora) é 
necessário que reguladores lhe dêem permissão para 
fazer as coisas.”
Regulação 2.0 
“Em um mundo Regulação 2.0, desde que você relate de 
forma aberta e transparente sobre o que você está 
fazendo para o governo e todos os outros, você é livre 
para inovar e operar. 
Mas você é responsável por se fazer cumpridor das 
regras que são definidas pelos reguladores, e os dados 
que informam sobre suas ações serão medidos conforme 
essas regras.”
“Uber segue expansão apesar 
de críticas” Globo.com, 
01/10/14 
“Apesar de causar indignação de taxistas ao redor do 
mundo e ser vítima de uma caçada política - como 
afirmou recentemente Travis Kalanick, criador do Uber -, 
o aplicativo de transporte de passageiros segue sua 
expansão. Em setembro, a startup iniciou suas operações 
em Anchorage, a cidade mais populosa do Alasca, Des 
Moines, no estado de Iowa, em Nova Orleans, na 
Luisiana (todas nos Estados Unidos), Genebra, na Suíça, 
e em alguns municípios franceses - Nice, Bordeaux e 
Toulouse.” 
“A startup também lançou seus serviços em Belo 
Horizonte, Minas Gerais, depois de já ter desembarcado - 
no Brasil - em São Paulo e no Rio de Janeiro.”
“The rise of the sharing 
economy” LA Times, 25/4/14 
“Airbnb deve a sua ascensão meteórica a um fenômeno 
novo - próximo de zero o custo marginal - que está 
prejudicando setores inteiros da economia global e dando 
origem a um novo sistema econômico operando ao lado 
do mercado convencional. O custo marginal é o custo de 
produção de uma unidade adicional de um bem ou 
serviço uma vez que uma empresa tem seus custos fixos 
já determinados, e para empresas como a Airbnb, esse 
custo é extremamente baixo.” 
“Uma pesquisa recente mostrou que, só em Nova York, 
os 416.000 hóspedes da Airbnb que ficaram em 
apartamentos e casas, entre meados de 2012 e meados 
de 2013 custaram à indústria hoteleira de New York 1 
milhão de pernoites.
Compartilhamento de 
Bicicletas 
(LA Times, Abr/2014) 
Serviços de compartilhamento de bicicletas sem fins 
lucrativos são um bom exemplo da nova economia de 
compartilhamento. Cerca de 132 milhões de bicicletas 
foram vendidas em todo o mundo em 2012, com receitas 
superiores a US $ 33 bilhões. Mas agora, um número 
crescente de jovens estão decidindo que eles não 
precisam possuir bicicletas; eles ficam satisfeitos com ter 
acesso às bicicletas compartilhadas, e pagar apenas pelo 
tempo que usá-las. À medida em que essa geração muda 
de posse de bicicleta para serviços de compartilhamento 
de bicicletas, as receitas tendem a cair na indústria de 
fabricação de bicicletas, pois mais pessoas estarão 
compartilhando menos bicicletas .
Economia do 
Compartilhamento 
A economia do compartilhamento (às vezes também chamada 
de economia peer-to-peer, malha, economia colaborativa, 
consumo colaborativo) é um sistema sócio-econômico 
construído em torno da partilha de recursos humanos e físicos. 
Inclui a criação, produção, distribuição, comércio compartilhado 
e consumo de bens e serviços por pessoas e organizações 
diferentes. Estes sistemas têm uma variedade de formas, 
muitas vezes aproveitando a tecnologia da informação para 
capacitar os indivíduos, empresas, organizações sem fins 
lucrativos e do governo com informação que permite a 
distribuição, compartilhamento e reutilização de excesso de 
capacidade em bens e serviços.
Economia do 
Compartilhamento 
Valor global (2013): US$26 bilhões 
Baseado na confiança, na transparência e na conexão 
humana 
Utiliza o excesso de capacidade 
Permite que pessoas comuns seja micro-empreendedores 
Empodera o indivíduo e democratiza a economia
“Is Sharing the New Buying?” 
(Nielsen, Maio/2014) 
“De ferramentas elétricas às bicicletas, aos eletrônicos e 
até mesmo carros, pessoas ao redor do mundo estão 
aproveitando a capacidade ociosa das coisas que já 
possuem ou serviços que podem fornecer para obter um 
lucro. Bem-vindo à economia de compartilhamento, 
também conhecida como consumo colaborativo e 
arranjos peer- to-peer de arrendamento.” 
“Para medir o apetite para a participação em 
comunidades de compartilhamento ao redor do mundo, a 
Nielsen entrevistou mais de 30 mil internautas em 60 
países para identificar quem está se juntando, para quais 
produtos e serviços, e onde.”
Pesquisa da Nielsen: 
“O que as pessoas compartilharão?” 
Eletrônicos: 28% 
Aulas/Serviços: 26% 
Bicicleta: 22% 
Roupa: 22% 
Ferramenta elétrica: 23% 
Ferramenta caseira: 22%
Consumo Colaborativo 
no Brasil 
“Consumo Colaborativo, 
a nova Economia para 
um mundo melhor e 
mais sustentável!.” 
http://www.consumocola 
borativo.cc/
Novo Capital: 
Confiança 
Startups como Airbnb e Uber não dizem 
respeito apenas a facilitar uma transação, 
mas sim a facilitar a confiança para permitir 
uma transação. 
Elas têm sistemas de reputação dos dois 
lados para remover maus atores, e para 
fornecer informações para ambas as partes 
tornando mais fácil fazer uma transação.
Nick Grossman 
(Investidor em aplicativos 
sociais) 
“À medida em que mais 
e mais de nossas 
atividades, online e no 
mundo real, são 
mediadas por terceiros 
(telecom, internet e 
aplicativos), eles 
acabam se tornando os 
condutores de nossos 
discursos e nossas 
informações.”
Confiança 
“It is trust, more than money, that makes the world go 
round.” — Joseph Stiglitz, In No One We Trust (New York 
Times, 21/12/2013) 
A Web e as tecnologias móveis estão nos dando a 
oportunidade de experimentar com a forma como nos 
organizamos, para o trabalho, para o lazer e para a 
comunidade. E nessa experimentação, existem muitas e 
muitas escolhas a serem feitas sobre as regras de 
engajamento.
Organização em Redes 
Descentralizadas 
Tudo isso é parte de uma mudança mais ampla: das 
hierarquias burocráticas às redes descentralizadas. 
O modelo em rede de organização é fundamentalmente 
transformador em todos os setores e indústrias. 
E isso traz consigo grandes oportunidades, além de 
revelar um enorme potencial para resolver certos 
problemas que pareciam estar bem além de nossa 
capacidade de resolver.
Confiança e o 
Capital de Reputação 
Para realizar isso, a primeira coisa que 
precisamos fazer é arquitetar um 
sistema de confiança - que atenda às 
necessidades da comunidade, passe 
segurança, e leve em conta os 
equilíbrios entre os vários riscos, as 
oportunidades, os direitos e as 
responsabilidades.
Arquitetura de Confiança 
Inicialmente, isso significou descobrir como fazer com que 
os pares na rede tivessem confiança uns nos outros 
Mais recentemente, o foco tem se concentrado na 
construção de confiança com o público especialmente no 
contexto da regulação, na medida em que os serviços 
peer-to-peer cada vez mais têm interseção com o mundo 
real 
Uma terceira dimensão parece estar emergindo: 
confiança com a plataforma: na medida em que mais e 
mais de nossas atividades passam a ser mediadas por 
plataformas online e móveis, é preciso que essas 
plataformas assegurem que estão agindo de boa fé e com 
base em políticas justas.
Moeda da Nova Economia: 
Confiança 
“No século XXI, as 
novas redes de 
confiança, e o capital de 
reputação que geram, 
vão reinventar a forma 
como pensamos sobre a 
riqueza, os mercados, o 
poder e a identidade 
pessoal, de uma forma 
que ainda não podemos 
sequer imaginar” 
(Rachel Botsman, 2012)
Confiança Computacional 
Impulsionada pelas mudanças trazidas pela tecnologia, 
transações que antigamente não eram confiáveis estão 
mais fáceis de conduzir do que nunca. 
Mais do que qualquer outra mudança social impulsionada 
por startups, a invenção de uma infra-estrutura “não-confiante” 
é uma das mais notáveis na história da 
internet. 
Exemplo de destaque: Bitcoin e criptomoedas
Dinheiro Digital e 
o Conceito de Criptomoeda 
“A Era da Internet finalmente nos trouxe um novo 
fenômeno conhecido como criptomoeda. Satoshi 
Nakamoto introduziu seu trabalho inovador Bitcoin para o 
mundo em 2009, marcando o alvorecer de uma nova era 
na história financeira da civilização humana.” 
“Uma criptomoeda é um meio de troca concebido em 
torno de trocar informações de forma segura que é um 
processo viabilizado por meio de certos princípios da 
criptografia.”
“Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash 
System” 
(bitcoin.org, 2008) 
“Uma versão puramente peer-to-peer de dinheiro 
eletrônico permitiria que pagamentos online fossem 
enviados diretamente de uma parte a outra sem passar 
por uma instituição financeira. 
Assinaturas digitais propiciam parte da solução, mas os 
principais benefícios são perdidos se uma terceira parte 
confiável ainda for necessária para evitar o duplo-gasto. 
Propomos uma solução ao problema do duplo-gasto 
usando uma rede peer-to-peer.” 
Publicado inicialmente na “The Cryptography Mailing list” 
em metzdowd.com
Marcos Tecnológicos 
Nome Ano Criador Inovações 
RSA 1977 Ron Rivest public key cryptography 
Pr.Gen. Biz. 1982 Leslie Lamport mensagens inforjáveis 
ecash 1993 David Chaum pagto anônimo na Internet 
e-gold 1996 Douglas Jackson pagto em ouro digital 
hashcash 1997 Adam Back anti-spam proof-of-work 
Napster 1999 Shawn Fanning peer-to-peer file sharing 
Tor 2002 Roger Dingledine rede de anonimização 
Second life 2003 Philip Rosedale moeda e econ. virtual 
rpow 2004 Hal Finney proof-of-work token money
“Why Bitcoin Matters” 
Marc Andreessen, NYT 
Jan/2014 
“Uma misteriosa nova tecnologia emerge, aparentemente 
do nada, mas na realidade como resultado de duas 
décadas de intensa pesquisa e desenvolvimento por 
pesquisadores quase anônimos. 
Idealistas políticos projetam sobre ela visões de liberação 
e revolução; elites do establishment revelam desprezo e 
descaso sobre ela. 
Por outro lado, tecnologistas – nerds – ficam fascinados 
por ela. Eles vêem nela um enorme potencial e passam 
noites e finais de semana mexendo com ela.”
“Why Bitcoin Matters” 
Marc Andreessen, NYT 
Jan/2014 
“Em algum momento no futuro produtos mainstream, 
empresas e indústrias emergem para comercializá-la; 
seus efeitos se tornam profundos; e mais tarde, muitas 
pessoas se perguntam por que sua grande promessa não 
estava mais óbvia desde o início. 
De que tecnologia estou falando? Computador pessoal 
em 1975, a Internet em 1993, e – acredito – Bitcoin em 
2014.”
“Why Bitcoin Matters” 
Marc Andreessen, NYT, 2014 
“Bitcoin no seu nível mais fundamental é um grande 
avanço em ciência da computação – um avanço que 
resulta de 20 anos de pesquisa em moeda criptográfica, e 
40 anos de pesquisa em criptografia, por milhares de 
pesquisadores em todo o mundo.” 
“Bitcoin é a primeira solução prática de um problema em 
aberto em ciência da computação chamado de Problema 
dos Generais Bizantinos.”
Problema dos 
Generais Bizantinos 
“[Imagine] um grupo de generais do Exército Bizantino 
acampados com suas tropas em torno de uma cidade 
inimiga. Comunicando-se apenas por mensageiros, os 
generais têm que chegar a um acordo sobre um plano 
comum de ataque. Entretanto, um ou mais deles podem 
ser traidores que tentarão confundir os outros. O 
problema é encontrar um algoritmo para garantir que os 
generais leais vão chegar a um acordo.” (Lamport, 
Shostak & Pease, Journal of the ACM 1982)
Lamport, Shostak & Pease 
1982 
“Mostramos que, usando apenas mensagens orais, esse 
problema é resolvido se e somente se mais de 2/3 dos 
generais forem leais; portanto, um único traidor pode 
confundir 2 generais leais. 
Com mensagens secretas inforjáveis, o problema é 
solúvel para qualquer número de generais e possíveis 
traidores.”
Bitcoin 
Moeda global (abrev. BTC) 
Bem diferente de moedas fiduciárias 
Circula desde Janeiro de 2009 
Não é emitida por nenhuma entidade 
Peer-to-peer / descentralizada 
Negociada pela internet 
O protocolo é de código aberto 
Até certo ponto anônima 
Protegida por encriptação forte (criptoMoeda) 
(traduzido/adaptado de slide by J.Coman)
O Mecanismo Básico 
As transações são publicadas na rede P2P Bitcoin 
Os mineradores (computadores) competem para resolver um problema do tipo 
“prova-de-trabalho” em média a cada 10 minutos 
O minerador que vence publica um resumo das transações recentes em um bloco 
Os mineradores são premiados com novas moedas por terem publicado um bloco 
válido 
Os blocos são encadeados a blocos anteriores, criando assim uma “cadeia de 
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O valor de cada conta fica evidente no blockchain 
Espera-se que todos tenham acesso ao blockchain 
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Regulação 2.0, Peer-to-Peer e a Economia do Compartilhamento

  • 1. Regulação 2.0, Peer-to-Peer, e a Economia da Colaboração Ruy J.G.B. de Queiroz
  • 2. A Internet como Plataforma de Desenvolvimento de Negócios Significativas “disrupções” tecnológicas já acontecem, e muitas ainda serão catalisadas pela evolução da Computação em Nuvem. Essas disrupções vão se tornar cada vez mais frequentes e profundas, criando oportunidades não apenas para reformular a própria indústria da tecnologia, mas todas as arquiteturas institucionais e práticas de gerenciamento numa gama cada vez mais ampla de outras indústrias.
  • 3. Novo Ecossistema É marcante a diminuição do nível de investimento mínimo necessário para se criar uma empresa no setor de web para o consumidor, caindo do patamar de milhões para centenas de milhares de dólares. Os recursos e o material necessários para experimentar com um novo serviço de alcance global se tornaram gratuitos ou de baixo custo, sem falar na comoditização da tecnologia. O surgimento dos novos serviços de combinação com outros serviços já existentes que já propiciam excelente valor na nuvem através de features, dados, efeitos de rede, e API’s.
  • 4. Fatores de Alavancagem (i) os sistemas aplicativos podem ser hospedados “na nuvem” em servidores da Amazon, da Google, ou mesmo da Rackspace, da Salesforce, etc.; (ii) os esforços de relações públicas podem ser alavancados com ajuda de Twitter e Facebook; e, não menos importante, (iii) as estratégias de vendas e de formação de uma carteira de clientes têm o suporte de plataformas de “software como serviço” e “infraestrutura como serviço”.
  • 5. O Ambiente “Aberto” da Internet Ninguém precisa de permissão de outrem para fazer algo Provedores tem servido de portas para o mundo da Internet, mas não têm agido como porteiros Essa abertura tem permitido que a Internet sirva de meio de transformação radical de diversas indústrias, desde a entrega de alimentos até a indústria financeira, tudo isso por ter diminuído a barreira de entrada
  • 6. Manter um negócio na rede Como destacou recentemente Marc Andreessen, co-fundador da Netscape e capitalista de ventura, o custo de se manter uma aplicação básica de Internet caiu de US$150.000 por mês em 2000 para US$1.500 por mês em 2011. E continua a cair.
  • 7. Impacto Econômico A Internet é apenas a mais recente e talvez a mais impressionante daquilo que os economistas chamam de "tecnologias de uso geral," desde o motor a vapor até a rede elétrica, as quais, desde o seu início, tiveram um impacto massivamente desproporcional sobre a inovação e o crescimento econômico.
  • 8. Geração de Riqueza Em um relatório de 2012, o Boston Consulting Group constatou que a economia da Internet representou 4,1% (cerca de 2,3 trilhões) do PIB nos países do G-20 em 2010. Se a Internet fosse uma economia nacional, o relatório observou, estaria entre as cinco maiores do mundo, à frente da Alemanha. E um relatório de 2013 da Fundação Kauffman mostrou que nas três décadas anteriores, o setor de alta tecnologia teve 23% mais chances, e do setor de tecnologia da informação 48%, de dar origem a novas empresas do que o setor privado em geral.
  • 9. AirBnB (hospedagem) Fundada em 2008 por Nathan Blecharczyk, Joe Gebbia e Brian Chesky Levantou mais de US$794 milhões em investimento Avaliada em US$10 Bi 1324 funcionários Contém mais de 500.000 anúncios em 34.000 cidades e 192 países.
  • 10. Lyft Fundada em 2007, por Marcus Cohn, Logan Green, Matt Von Horn e John Zimmer Compartilhamento de carona Começou como Zimride, mudou para Lyft em Maio/2013 Levantou US$332 milhões em investimento
  • 11. Hailo Fundada em 2010, por Ron Zeghibe, Russell Hall e Gary Jackson Plataforma de serviço de chamada de táxi Vendas anualizadas chegam a US$100 milhões Levantou US$77 milhões em investimento. (Mais recente: US$26 milhões em Jan/2014)
  • 12. Taskrabbit Fundada em 2008, por Leah Busque Plataforma conectando quem precisa de serviços com quem precisa de trabalho Levantou US$37 milhões
  • 13. Homejoy Fundada em Jul/2012 pelos irmãos Aaron Cheung e Adora Cheung Plataforma conectando quem precisa de serviços de limpeza com quem precisa de trabalho Levantou US$39,7 milhões
  • 14. Uber Fundada em Mar/2009 por Garrett Camp e Travis Kalanick Levantou US$1,5 Bi (Mais recente: US$1,2 Bi em Jun/14) Plataforma conectando quem deseja carro+motorista com motoristas 822 empregados Em Jul/2014 tem valor de mercado da ordem de US$18 bilhões
  • 15. Snapdeal Fundada em Fev/2010 por Kunal Bahl e Rohit Bansal Levantou US$1,1 Bi (Mais recente: US$627 mi em 27/Out/14) Plataforma de comércio eletrIonico Mais de 1000 empregados Número 1 em sites de e-commerce na Índia
  • 16. Kickstarter Fundada em Abr/2009 por Charles Adler, Yancey Strickler e Perry Chen Plataforma para campanhas de financiamento para projetos criativos Levantou US$10 milhões Em Out/2014, 184 mil projetos, US$1,3 bi no total, US$1,17 bi com sucesso, 72 mil projetos financiados, 6.700 ativos, 40,6% de sucesso.
  • 17. Indiegogo Fundada em Abr/2009 por Slava Rubin Plataforma para campanhas de financiamento para projetos criativos Levantou mais de US$56 milhões Em Out/2014, 224 países têm projetos financiados pela Indiegogo, 47% de sucesso
  • 18. Lending Club Fundada em 2007, por Renaud Laplanche Plataforma para oferta e tomada de empréstimo em dinheiro peer-to-peer Levantou mais de US$392 milhões. Última rodada: US$65 milhões em Abr/14 Até Dez/2013, mais de US$3 Bi foram emprestados, e cerca de US$300 milhões em juros foram pagos
  • 19. Zopa Fundada em 2005, por Giles Andrews Plataforma para oferta e tomada de empréstimo em dinheiro peer-to-peer Levantou mais de US$56 milhões. Última rodada: US$22 milhões em Jan/14 Um dos 3 primeiros membros da Peer-to-Peer Finance Association (UK)
  • 20. Peer-to-Peer Computação ou Rede Peer-to-peer (P2P) é uma arquitetura de aplicações distribuída que particiona tarefas ou cargas de trabalho entre pares. Peers são igualmente privilegiados, participantes equipotentes na aplicação. Os pares são, ao mesmo tempo, os fornecedores e consumidores de recursos, em contraste com o modelo tradicional cliente-servidor em que o consumo e o suprimento de recursos são divididos.
  • 21. Peer-to-Peer Embora sistemas P2P já tenham sido usados em muitos domínios de aplicação, a arquitetura foi popularizada pelo sistema de compartilhamento de arquivos Napster, originalmente lançado em 1999. O conceito tem inspirado novas estruturas e filosofias em muitas áreas de interação humana. Em tais contextos sociais, peer-to-peer como um meme refere-se à rede social igualitária que surgiu em toda a sociedade, viabilizada por tecnologias de Internet em geral.
  • 22. Fred Wilson Investidor e Blogueiro, NY “À medida que mais e mais dos dados sobre o que acontece em nosso mundo torna-se disponível através de estruturas de organização em rede, seremos capazes de regular muito mais levemente, reduzindo assim o custo e o peso do governo e permitindo que a inovação prospere.”
  • 23. Fred Wilson e Inovação "O paradigma regulatório atual é: se você quiser fazer alguma coisa nova você deve primeiro ir aos reguladores e obter permissão para fazê-la. Apenas depois de lhe ser concedida a permissão, você pode fazê-la. Gostaríamos de mudar o paradigma para 'você pode fazê-la sem obter permissão de ninguém, desde que você faça tais e tais coisas'. E aí então, deixar o mercado adotá-la. Uma vez que o mercado a tenha adotado por um tempo, então regulamentá-la uma vez que tenhamos uma idéia sobre quais são os bons e os maus aspectos dessa coisa nova."
  • 24. Regulação 2.0 “Regulação 2.0 é um arcabouço no qual que temos trabalhado com um monte de outras pessoas que estão repensando o que o governo significa em um mundo conectado. No mundo da Regulação 1.0 (no qual estamos agora) é necessário que reguladores lhe dêem permissão para fazer as coisas.”
  • 25. Regulação 2.0 “Em um mundo Regulação 2.0, desde que você relate de forma aberta e transparente sobre o que você está fazendo para o governo e todos os outros, você é livre para inovar e operar. Mas você é responsável por se fazer cumpridor das regras que são definidas pelos reguladores, e os dados que informam sobre suas ações serão medidos conforme essas regras.”
  • 26. “Uber segue expansão apesar de críticas” Globo.com, 01/10/14 “Apesar de causar indignação de taxistas ao redor do mundo e ser vítima de uma caçada política - como afirmou recentemente Travis Kalanick, criador do Uber -, o aplicativo de transporte de passageiros segue sua expansão. Em setembro, a startup iniciou suas operações em Anchorage, a cidade mais populosa do Alasca, Des Moines, no estado de Iowa, em Nova Orleans, na Luisiana (todas nos Estados Unidos), Genebra, na Suíça, e em alguns municípios franceses - Nice, Bordeaux e Toulouse.” “A startup também lançou seus serviços em Belo Horizonte, Minas Gerais, depois de já ter desembarcado - no Brasil - em São Paulo e no Rio de Janeiro.”
  • 27. “The rise of the sharing economy” LA Times, 25/4/14 “Airbnb deve a sua ascensão meteórica a um fenômeno novo - próximo de zero o custo marginal - que está prejudicando setores inteiros da economia global e dando origem a um novo sistema econômico operando ao lado do mercado convencional. O custo marginal é o custo de produção de uma unidade adicional de um bem ou serviço uma vez que uma empresa tem seus custos fixos já determinados, e para empresas como a Airbnb, esse custo é extremamente baixo.” “Uma pesquisa recente mostrou que, só em Nova York, os 416.000 hóspedes da Airbnb que ficaram em apartamentos e casas, entre meados de 2012 e meados de 2013 custaram à indústria hoteleira de New York 1 milhão de pernoites.
  • 28. Compartilhamento de Bicicletas (LA Times, Abr/2014) Serviços de compartilhamento de bicicletas sem fins lucrativos são um bom exemplo da nova economia de compartilhamento. Cerca de 132 milhões de bicicletas foram vendidas em todo o mundo em 2012, com receitas superiores a US $ 33 bilhões. Mas agora, um número crescente de jovens estão decidindo que eles não precisam possuir bicicletas; eles ficam satisfeitos com ter acesso às bicicletas compartilhadas, e pagar apenas pelo tempo que usá-las. À medida em que essa geração muda de posse de bicicleta para serviços de compartilhamento de bicicletas, as receitas tendem a cair na indústria de fabricação de bicicletas, pois mais pessoas estarão compartilhando menos bicicletas .
  • 29. Economia do Compartilhamento A economia do compartilhamento (às vezes também chamada de economia peer-to-peer, malha, economia colaborativa, consumo colaborativo) é um sistema sócio-econômico construído em torno da partilha de recursos humanos e físicos. Inclui a criação, produção, distribuição, comércio compartilhado e consumo de bens e serviços por pessoas e organizações diferentes. Estes sistemas têm uma variedade de formas, muitas vezes aproveitando a tecnologia da informação para capacitar os indivíduos, empresas, organizações sem fins lucrativos e do governo com informação que permite a distribuição, compartilhamento e reutilização de excesso de capacidade em bens e serviços.
  • 30. Economia do Compartilhamento Valor global (2013): US$26 bilhões Baseado na confiança, na transparência e na conexão humana Utiliza o excesso de capacidade Permite que pessoas comuns seja micro-empreendedores Empodera o indivíduo e democratiza a economia
  • 31. “Is Sharing the New Buying?” (Nielsen, Maio/2014) “De ferramentas elétricas às bicicletas, aos eletrônicos e até mesmo carros, pessoas ao redor do mundo estão aproveitando a capacidade ociosa das coisas que já possuem ou serviços que podem fornecer para obter um lucro. Bem-vindo à economia de compartilhamento, também conhecida como consumo colaborativo e arranjos peer- to-peer de arrendamento.” “Para medir o apetite para a participação em comunidades de compartilhamento ao redor do mundo, a Nielsen entrevistou mais de 30 mil internautas em 60 países para identificar quem está se juntando, para quais produtos e serviços, e onde.”
  • 32. Pesquisa da Nielsen: “O que as pessoas compartilharão?” Eletrônicos: 28% Aulas/Serviços: 26% Bicicleta: 22% Roupa: 22% Ferramenta elétrica: 23% Ferramenta caseira: 22%
  • 33. Consumo Colaborativo no Brasil “Consumo Colaborativo, a nova Economia para um mundo melhor e mais sustentável!.” http://www.consumocola borativo.cc/
  • 34. Novo Capital: Confiança Startups como Airbnb e Uber não dizem respeito apenas a facilitar uma transação, mas sim a facilitar a confiança para permitir uma transação. Elas têm sistemas de reputação dos dois lados para remover maus atores, e para fornecer informações para ambas as partes tornando mais fácil fazer uma transação.
  • 35. Nick Grossman (Investidor em aplicativos sociais) “À medida em que mais e mais de nossas atividades, online e no mundo real, são mediadas por terceiros (telecom, internet e aplicativos), eles acabam se tornando os condutores de nossos discursos e nossas informações.”
  • 36. Confiança “It is trust, more than money, that makes the world go round.” — Joseph Stiglitz, In No One We Trust (New York Times, 21/12/2013) A Web e as tecnologias móveis estão nos dando a oportunidade de experimentar com a forma como nos organizamos, para o trabalho, para o lazer e para a comunidade. E nessa experimentação, existem muitas e muitas escolhas a serem feitas sobre as regras de engajamento.
  • 37. Organização em Redes Descentralizadas Tudo isso é parte de uma mudança mais ampla: das hierarquias burocráticas às redes descentralizadas. O modelo em rede de organização é fundamentalmente transformador em todos os setores e indústrias. E isso traz consigo grandes oportunidades, além de revelar um enorme potencial para resolver certos problemas que pareciam estar bem além de nossa capacidade de resolver.
  • 38. Confiança e o Capital de Reputação Para realizar isso, a primeira coisa que precisamos fazer é arquitetar um sistema de confiança - que atenda às necessidades da comunidade, passe segurança, e leve em conta os equilíbrios entre os vários riscos, as oportunidades, os direitos e as responsabilidades.
  • 39. Arquitetura de Confiança Inicialmente, isso significou descobrir como fazer com que os pares na rede tivessem confiança uns nos outros Mais recentemente, o foco tem se concentrado na construção de confiança com o público especialmente no contexto da regulação, na medida em que os serviços peer-to-peer cada vez mais têm interseção com o mundo real Uma terceira dimensão parece estar emergindo: confiança com a plataforma: na medida em que mais e mais de nossas atividades passam a ser mediadas por plataformas online e móveis, é preciso que essas plataformas assegurem que estão agindo de boa fé e com base em políticas justas.
  • 40. Moeda da Nova Economia: Confiança “No século XXI, as novas redes de confiança, e o capital de reputação que geram, vão reinventar a forma como pensamos sobre a riqueza, os mercados, o poder e a identidade pessoal, de uma forma que ainda não podemos sequer imaginar” (Rachel Botsman, 2012)
  • 41. Confiança Computacional Impulsionada pelas mudanças trazidas pela tecnologia, transações que antigamente não eram confiáveis estão mais fáceis de conduzir do que nunca. Mais do que qualquer outra mudança social impulsionada por startups, a invenção de uma infra-estrutura “não-confiante” é uma das mais notáveis na história da internet. Exemplo de destaque: Bitcoin e criptomoedas
  • 42. Dinheiro Digital e o Conceito de Criptomoeda “A Era da Internet finalmente nos trouxe um novo fenômeno conhecido como criptomoeda. Satoshi Nakamoto introduziu seu trabalho inovador Bitcoin para o mundo em 2009, marcando o alvorecer de uma nova era na história financeira da civilização humana.” “Uma criptomoeda é um meio de troca concebido em torno de trocar informações de forma segura que é um processo viabilizado por meio de certos princípios da criptografia.”
  • 43. “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System” (bitcoin.org, 2008) “Uma versão puramente peer-to-peer de dinheiro eletrônico permitiria que pagamentos online fossem enviados diretamente de uma parte a outra sem passar por uma instituição financeira. Assinaturas digitais propiciam parte da solução, mas os principais benefícios são perdidos se uma terceira parte confiável ainda for necessária para evitar o duplo-gasto. Propomos uma solução ao problema do duplo-gasto usando uma rede peer-to-peer.” Publicado inicialmente na “The Cryptography Mailing list” em metzdowd.com
  • 44. Marcos Tecnológicos Nome Ano Criador Inovações RSA 1977 Ron Rivest public key cryptography Pr.Gen. Biz. 1982 Leslie Lamport mensagens inforjáveis ecash 1993 David Chaum pagto anônimo na Internet e-gold 1996 Douglas Jackson pagto em ouro digital hashcash 1997 Adam Back anti-spam proof-of-work Napster 1999 Shawn Fanning peer-to-peer file sharing Tor 2002 Roger Dingledine rede de anonimização Second life 2003 Philip Rosedale moeda e econ. virtual rpow 2004 Hal Finney proof-of-work token money
  • 45. “Why Bitcoin Matters” Marc Andreessen, NYT Jan/2014 “Uma misteriosa nova tecnologia emerge, aparentemente do nada, mas na realidade como resultado de duas décadas de intensa pesquisa e desenvolvimento por pesquisadores quase anônimos. Idealistas políticos projetam sobre ela visões de liberação e revolução; elites do establishment revelam desprezo e descaso sobre ela. Por outro lado, tecnologistas – nerds – ficam fascinados por ela. Eles vêem nela um enorme potencial e passam noites e finais de semana mexendo com ela.”
  • 46. “Why Bitcoin Matters” Marc Andreessen, NYT Jan/2014 “Em algum momento no futuro produtos mainstream, empresas e indústrias emergem para comercializá-la; seus efeitos se tornam profundos; e mais tarde, muitas pessoas se perguntam por que sua grande promessa não estava mais óbvia desde o início. De que tecnologia estou falando? Computador pessoal em 1975, a Internet em 1993, e – acredito – Bitcoin em 2014.”
  • 47. “Why Bitcoin Matters” Marc Andreessen, NYT, 2014 “Bitcoin no seu nível mais fundamental é um grande avanço em ciência da computação – um avanço que resulta de 20 anos de pesquisa em moeda criptográfica, e 40 anos de pesquisa em criptografia, por milhares de pesquisadores em todo o mundo.” “Bitcoin é a primeira solução prática de um problema em aberto em ciência da computação chamado de Problema dos Generais Bizantinos.”
  • 48. Problema dos Generais Bizantinos “[Imagine] um grupo de generais do Exército Bizantino acampados com suas tropas em torno de uma cidade inimiga. Comunicando-se apenas por mensageiros, os generais têm que chegar a um acordo sobre um plano comum de ataque. Entretanto, um ou mais deles podem ser traidores que tentarão confundir os outros. O problema é encontrar um algoritmo para garantir que os generais leais vão chegar a um acordo.” (Lamport, Shostak & Pease, Journal of the ACM 1982)
  • 49. Lamport, Shostak & Pease 1982 “Mostramos que, usando apenas mensagens orais, esse problema é resolvido se e somente se mais de 2/3 dos generais forem leais; portanto, um único traidor pode confundir 2 generais leais. Com mensagens secretas inforjáveis, o problema é solúvel para qualquer número de generais e possíveis traidores.”
  • 50. Bitcoin Moeda global (abrev. BTC) Bem diferente de moedas fiduciárias Circula desde Janeiro de 2009 Não é emitida por nenhuma entidade Peer-to-peer / descentralizada Negociada pela internet O protocolo é de código aberto Até certo ponto anônima Protegida por encriptação forte (criptoMoeda) (traduzido/adaptado de slide by J.Coman)
  • 51. O Mecanismo Básico As transações são publicadas na rede P2P Bitcoin Os mineradores (computadores) competem para resolver um problema do tipo “prova-de-trabalho” em média a cada 10 minutos O minerador que vence publica um resumo das transações recentes em um bloco Os mineradores são premiados com novas moedas por terem publicado um bloco válido Os blocos são encadeados a blocos anteriores, criando assim uma “cadeia de blocos” (“block chain”) O valor de cada conta fica evidente no blockchain Espera-se que todos tenham acesso ao blockchain (traduzido/adaptado de slide by J.Coman)