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CONTRATO DE ATLETA

I)    Conduta geral

- Principio fundamental -

O meu principal objectivo é tornar-me melhor jogadora possível.
Apenas eu sou responsável pelas minhas atitudes e como tal devo
empenhar-me totalmente no sentido de dar o meu maior contributo.


1. Ter uma conduta correcta na equipa de forma a ser respeitada
    pelos outros elementos;
2. Ir a todos os treinos, jogos e actividades da equipa, sendo sempre
    pontual,
3. Comunicar com colegas dirigentes e treinadores, dando a todos a
    mesma atenção,
4. Disciplinar o meu corpo para ser saudável (dormir o necessário,
    alimentação cuidada e variada, não fumar nem beber álcool);
5. Reconhecer os meus erros e aprender com eles, não arranjando
    desculpas (o treinador sabe muito bem a verdadeira origem do
    erro),
6. Aceitar as indicações dadas pelo treinador e as críticas (mesmo que
    não sejam favoráveis), entendendo sempre que se o treinador as faz
    é porque se preocupa comigo e quer que eu seja, cada vez, melhor;
7. Ignorar os erros das minhas companheiras, porque acredito que
    ninguém os quer cometer, devendo incentivá-las de imediato;
8. Apoiar todo o esforço e êxito das minhas colegas;
9. Concentrando-me nas tarefas do treino e no jogo não me distraindo,
10. Actuar com todo o meu esforço e vontade, dando o meu melhor em
    todos os treinos e jogos.




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II Conduta ao serviço do Clube (deveres e direitos)

- Principio fundamental -

Comportar-me de forma digna, inspirando respeito por mim própria,
pelas colegas e pelo clube que represento. Nunca me posso esquecer
que estou a representar o clube e que todas as atitudes que tomo são
avaliadas enquanto atleta do clube e não em meu nome pessoal.

1. O atleta é responsável por se manter informado dos horários de
   treinos, jogos e restantes actividades. Sempre que existir algum
   impedimento para comparecer a qualquer actividade do clube
   (treino, jogo, reunião, etc.) deve informar pessoalmente o
   seccionista, não o devendo fazer, nunca, no próprio dia mas nos dias
   que antecedem a falta prevista. Após cometer a falta deve
   informar-se dos horários relativos à próxima actividade nunca
   esperando que a contactem.
2. É obrigatório participar em todas as actividades do clube, para além
   dos treinos e jogos, desde que o Treinador, o Dirigente e o
   Seccionista considerem importantes a sua presença (reuniões,
   acções de promoção do clube, etc.) caso a atleta decida não
   participar assume os riscos que daí advém.
3. Sempre que sentir uma limitação física não deve omiti-la ao
   treinador; é importante distinguir uma dor provocada pelo cansaço
   físico de uma lesão efectiva. Caso tenha uma dor persistente deve
   de imediato informar os responsáveis (treinador e seccionista) para
   ser tratada pelo médico do clube.
4. Em todas as situações que esteja a representar o clube é obrigatório
   utilizar o equipamento e restante material (sacos, fatos de treino,
   equipamentos etc.) é da sua inteira responsabilidade o material que
   lhe é entregue. Caso perca algum objecto deve efectuar todos os
   esforços para encontrá-lo antes de comunicar o seu
   desaparecimento, sujeitando-se à possibilidade de não ser
   substituído.
5. Sempre que os responsáveis solicitarem a entrega do material deve
   fazê-lo de imediato, sob pena de ser punido caso não o faça.
6. Nas deslocações da equipa é obrigatório o uso de equipamento do
   clube, sob pena de não se deslocar com a mesma.
7. É expressamente proibido durante as deslocações beberem bebidas
   alcoólicas. As indicações dadas pelos responsáveis têm que ser
   zelosamente cumpridas.
8. Nas deslocações da equipa as atletas não devem afastar-se do
   grupo ou ausentarem-se em nenhum momento (individualmente ou
   em pequenos grupos). Caso necessitem de efectuar algo que os
   obrigue a afastarem-se deve, antes de tomar qualquer atitude, falar
   com os responsáveis.


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III)   Conduta no Treino

       -   Principio Fundamental –

O treino é antes de tudo o processo que permite à atleta evoluir; da
forma como o treino decorre vai depender tudo o que a equipa
aprende e é capaz de jogar, ou seja, joga-se aquilo que se treina!
      Assim é da responsabilidade de todos as atletas dar o seu melhor
no treino, através de um esforço sincero e de um grande espirito de
entre-ajuda.

1. É expressamente obrigatório cumprir zelosamente as horas de treino.
   Caso a atleta tenha que por qualquer motivo, de força maior,
   chegar atrasado deve comunicar ao treinador no treino anterior.
2. Caso chegue ao treino e o treinador não tenha ainda chegado não
   deve esperar por ele, deve, de imediato, iniciar o aquecimento.
3. É expressamente proibido esperar nos balneários pelos colegas
   enquanto estes se equipam; a partir do momento que o atleta está
   equipado tem de ir de imediato para o pavilhão de treino.
4. Durante o treino nenhuma atleta pode parar, sentar-se, beber água
   ou sair do recinto sem que o treinador tenha dado ordem para tal
   comportamento. Os períodos de descanso são para toda a equipa
   em simultâneo.
5. Durante a explicação dos exercícios, ou seja, enquanto o treinador
   fala todos os atletas devem prestar atenção (não conversar ou estar
   distraído); o atleta deve pensar que mesmo que o treinador não
   esteja a falar directamente para ela há sempre algo que lhe
   interessa aprender naquilo que ele disser à sua colega de equipa.
6. Durante o treino na realização de deslocamentos, trocas de
   posições ou mesmo em tarefas de apoio ao treinador, a atleta não
   pode adoptar uma atitude passiva, efectuando o que compete de
   uma forma empenhada.
7. Sempre que uma bola foge ao controle de uma atleta, esta deve de
   imediato ir apanhá-la, tentando não interromper a actividade dos
   outros. O atleta nunca pode esquecer que só pode exigir que os
   outros se preocupem com ele, se ele se preocupar primeiro com os
   outros.
8. Nas paragens de treino que obriguem a concentração das bolas
   num determinado local, todos os atletas são responsáveis por ir
   recolhê-las, sempre antes de irem beber água ou de ocuparem
   posições para o exercício seguinte.
9. No final do treino são sempre duas atletas que arrumam as bolas; a
   capitã designa rotativamente as atletas responsáveis por efectuar
   esta tarefa, incluindo-se a si própria.


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10. Nos exercícios em que algumas atletas estão em acção constante e
    outras apoiam, é obrigação das últimas zelarem pela segurança das
    primeiras (não deixar que as bolas vão para o espaço de
    intervenção) e pelo dinamismo do exercício (se o exercício corre mal
    por falta de bolas é da responsabilidade das atletas que apoiam a
    tarefa).
11. Durante o treino e sempre que as atletas tirem alguma peça de
    roupa, esta não deve ser lançada para o chão, mas ser colocada
    em local designado para o efeito.
12. Durante     o    treino    é   proibido    demonstrar    atitudes   de
    descontentamento, frustração, desinteresse, ou seja, tudo aquilo que
    revele falta de controlo emocional ou mesmo falta de empenho. O
    controle emocional fundamental para o sucesso no jogo tem de ser
    trabalhado no treino, sob pena de se correr o risco de nunca surgir
    no jogo.
13. A conversa que se estabelece no treino entre os atletas, deve ser o
    mais reduzida possível, quando necessária deve ser em referência ao
    que se está a treinar, esclarecendo a dúvida de forma breve e
    racional sem entrar em diálogo “ surdo e supérfluo”.
14. Todos os atletas são responsáveis por estimular os colegas no treino,
    principalmente quando a fadiga se instala e é preciso concentrar
    todos os esforços em torno do objectivo principal que é dar o nosso
    melhor; nunca nos devemos esquecer que podemos dar sempre
    mais do que aquilo que pensámos ser possível.
15. Sempre que o treinador considere que a atleta não conseguiu fazer
    o exercício porque não deu o seu melhor terá de repeti-lo o número
    de vezes necessário até que realize bem.
16. A atitude de entrega e sincero esforço tem que estar sempre
    presente e não apenas nos exercícios que mais gostamos, o
    aquecimento e a recuperação na parte final do treino fazem parte
    deste e devem ser efectuados sempre com o maior empenho.
17. Mesmo que a atleta se encontre lesionada tem que estar disponível
    para ir aos treinos; a sua ausência no treino só pode ser concretizada
    a partir do momento que o treinador dá o seu aval.




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IV)   Conduta no Jogo

O jogo é o momento em que todo o nosso sacrifício tem a sua
recompensa. Para que surja temos de dar o nosso melhor, lutando
sempre pela vitória, independentemente do resultado em cada
momento.


1. O aquecimento faz parte do jogo. Desde a entrada para o recinto
   as atletas devem concentrar-se na realização de um aquecimento
   que progressivamente as vá preparando para o jogo.
2. Todas as atletas devem efectuar o aquecimento que está destinado
   e em simultâneo (o atraso de alguma numa situação invalida o
   cumprimento integral do aquecimento, o que por sua vez pode
   prejudicar o rendimento no jogo).
3. É obrigatório utilizar sempre o equipamento destinado para o
   aquecimento, sob pena de ficar impedida de jogar se se esquecer
   dele. A camisola deve estar sempre colocada dentro dos calções e
   devem ser retirados todos os adornos, passíveis de colocar em risco a
   integridade física.
4. Durante o jogo, os suplentes devem manter-se no local apropriado,
   de pé ou fazendo exercícios de aquecimento, nos descontos de
   tempo devem vir de imediato até junto dos colegas e ouvir o
   treinador, uma delas, rotativamente fica encarregue de trazer a
   bebida ás colegas.
5. Durante o jogo, as suplentes devem manter-se atentas ao jogo,
   observando as características do adversário e aquilo que para uma
   delas é mais importante reter na memória; é expressamente proibido
   conversar (apenas é permitido trocar alguma impressão útil, positiva
   e construtiva9, e estabelecer diálogo com qualquer atleta que
   esteja dentro de campo).
6. Durante o jogo, os suplentes estão proibidos de estabelecer diálogo
   com os colegas que estão a jogar, mesmo que seja no sentido de
   estimular ou dar informação (provoca distracção).
7. Durante o jogo os suplentes devem estimular os colegas sentindo que
   estão a jogar com eles dentro de campo. Não devem passar o
   tempo todo caladas nem aos berros, devem racionalizar os estímulos
   que dirigem aos colegas enviando-os nos momentos apropriados
   (quando a equipa mais precisa, ou seja, necessita de se empenhar
   mais para ganhar).
8. Toda e qualquer suplente deve estar sempre pronta para entrar no
   jogo; para tal deve mostrar ao treinador que está concentrada,
   predisposta para jogar e fundamentalmente com muita vontade de
   jogar (amuar só prejudica o rendimento, mostrando que a atleta é
   muito egoísta, na medida em que está mais preocupada com ela
   do que com a equipa).


                                                                       5
9. Os atletas que estão a jogar nunca se devem esquecer que para
    elas estarem dentro do campo, estão outras no banco e que por isso
    têm de assumir a responsabilidade de dar sempre o máximo.
10. As atletas que estão a jogar têm a obrigação de dar o seu melhor
    em todo e qualquer momento (o cansaço tem de ser ignorado e
    ultrapassado assim como as frustrações de momento na medida em
    que o erro faz parte do passado). O controlo emocional é
    fundamental para que o atleta tranquilamente jogue aquilo de que
    é capaz!
11. Todas as atletas (efectivas e suplentes) são obrigadas a
    cumprimentar as adversárias e os árbitros. Faz parte da boa
    educação e constitui uma regra da ética desportiva.


                             NOTA FINAL


O comportamento de cada atleta em jogo é decisivo para a imagem
da equipa. Nunca nos podemos esquecer que nós somos aquilo que
fazemos, ou seja, as pessoas avaliam as nossas atitudes e não os nossos
pensamentos!
       Nunca nos podemos esquecer que para recebermos das outras
pessoas “coisas boas” (compreensão, companheirismo, solidariedade,
etc...) temos, antes de tudo, que dar aos outros.
       A imagem da nossa equipa e do nosso clube é construída na
base dos nossos comportamentos. Humildade, dignidade, espirito de
entre-ajuda e raça, são ingredientes fundamentais para a construção
de uma atitude de vitória.

Só assina este contrato quem sinceramente se acha capaz de cumpri-lo
e está, antes de tudo, com vontade de assimilá-lo como fazendo parte
de si mesma e da sua forma de estar na vida em geral e no desporto
em particular.


           A Atleta                O Coordenador Técnico


   __________________________      ___________________________



                      A Direcção

                 ___________________      Data ___/___/_____



                                                                      6

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  • 1. CONTRATO DE ATLETA I) Conduta geral - Principio fundamental - O meu principal objectivo é tornar-me melhor jogadora possível. Apenas eu sou responsável pelas minhas atitudes e como tal devo empenhar-me totalmente no sentido de dar o meu maior contributo. 1. Ter uma conduta correcta na equipa de forma a ser respeitada pelos outros elementos; 2. Ir a todos os treinos, jogos e actividades da equipa, sendo sempre pontual, 3. Comunicar com colegas dirigentes e treinadores, dando a todos a mesma atenção, 4. Disciplinar o meu corpo para ser saudável (dormir o necessário, alimentação cuidada e variada, não fumar nem beber álcool); 5. Reconhecer os meus erros e aprender com eles, não arranjando desculpas (o treinador sabe muito bem a verdadeira origem do erro), 6. Aceitar as indicações dadas pelo treinador e as críticas (mesmo que não sejam favoráveis), entendendo sempre que se o treinador as faz é porque se preocupa comigo e quer que eu seja, cada vez, melhor; 7. Ignorar os erros das minhas companheiras, porque acredito que ninguém os quer cometer, devendo incentivá-las de imediato; 8. Apoiar todo o esforço e êxito das minhas colegas; 9. Concentrando-me nas tarefas do treino e no jogo não me distraindo, 10. Actuar com todo o meu esforço e vontade, dando o meu melhor em todos os treinos e jogos. 1
  • 2. II Conduta ao serviço do Clube (deveres e direitos) - Principio fundamental - Comportar-me de forma digna, inspirando respeito por mim própria, pelas colegas e pelo clube que represento. Nunca me posso esquecer que estou a representar o clube e que todas as atitudes que tomo são avaliadas enquanto atleta do clube e não em meu nome pessoal. 1. O atleta é responsável por se manter informado dos horários de treinos, jogos e restantes actividades. Sempre que existir algum impedimento para comparecer a qualquer actividade do clube (treino, jogo, reunião, etc.) deve informar pessoalmente o seccionista, não o devendo fazer, nunca, no próprio dia mas nos dias que antecedem a falta prevista. Após cometer a falta deve informar-se dos horários relativos à próxima actividade nunca esperando que a contactem. 2. É obrigatório participar em todas as actividades do clube, para além dos treinos e jogos, desde que o Treinador, o Dirigente e o Seccionista considerem importantes a sua presença (reuniões, acções de promoção do clube, etc.) caso a atleta decida não participar assume os riscos que daí advém. 3. Sempre que sentir uma limitação física não deve omiti-la ao treinador; é importante distinguir uma dor provocada pelo cansaço físico de uma lesão efectiva. Caso tenha uma dor persistente deve de imediato informar os responsáveis (treinador e seccionista) para ser tratada pelo médico do clube. 4. Em todas as situações que esteja a representar o clube é obrigatório utilizar o equipamento e restante material (sacos, fatos de treino, equipamentos etc.) é da sua inteira responsabilidade o material que lhe é entregue. Caso perca algum objecto deve efectuar todos os esforços para encontrá-lo antes de comunicar o seu desaparecimento, sujeitando-se à possibilidade de não ser substituído. 5. Sempre que os responsáveis solicitarem a entrega do material deve fazê-lo de imediato, sob pena de ser punido caso não o faça. 6. Nas deslocações da equipa é obrigatório o uso de equipamento do clube, sob pena de não se deslocar com a mesma. 7. É expressamente proibido durante as deslocações beberem bebidas alcoólicas. As indicações dadas pelos responsáveis têm que ser zelosamente cumpridas. 8. Nas deslocações da equipa as atletas não devem afastar-se do grupo ou ausentarem-se em nenhum momento (individualmente ou em pequenos grupos). Caso necessitem de efectuar algo que os obrigue a afastarem-se deve, antes de tomar qualquer atitude, falar com os responsáveis. 2
  • 3. III) Conduta no Treino - Principio Fundamental – O treino é antes de tudo o processo que permite à atleta evoluir; da forma como o treino decorre vai depender tudo o que a equipa aprende e é capaz de jogar, ou seja, joga-se aquilo que se treina! Assim é da responsabilidade de todos as atletas dar o seu melhor no treino, através de um esforço sincero e de um grande espirito de entre-ajuda. 1. É expressamente obrigatório cumprir zelosamente as horas de treino. Caso a atleta tenha que por qualquer motivo, de força maior, chegar atrasado deve comunicar ao treinador no treino anterior. 2. Caso chegue ao treino e o treinador não tenha ainda chegado não deve esperar por ele, deve, de imediato, iniciar o aquecimento. 3. É expressamente proibido esperar nos balneários pelos colegas enquanto estes se equipam; a partir do momento que o atleta está equipado tem de ir de imediato para o pavilhão de treino. 4. Durante o treino nenhuma atleta pode parar, sentar-se, beber água ou sair do recinto sem que o treinador tenha dado ordem para tal comportamento. Os períodos de descanso são para toda a equipa em simultâneo. 5. Durante a explicação dos exercícios, ou seja, enquanto o treinador fala todos os atletas devem prestar atenção (não conversar ou estar distraído); o atleta deve pensar que mesmo que o treinador não esteja a falar directamente para ela há sempre algo que lhe interessa aprender naquilo que ele disser à sua colega de equipa. 6. Durante o treino na realização de deslocamentos, trocas de posições ou mesmo em tarefas de apoio ao treinador, a atleta não pode adoptar uma atitude passiva, efectuando o que compete de uma forma empenhada. 7. Sempre que uma bola foge ao controle de uma atleta, esta deve de imediato ir apanhá-la, tentando não interromper a actividade dos outros. O atleta nunca pode esquecer que só pode exigir que os outros se preocupem com ele, se ele se preocupar primeiro com os outros. 8. Nas paragens de treino que obriguem a concentração das bolas num determinado local, todos os atletas são responsáveis por ir recolhê-las, sempre antes de irem beber água ou de ocuparem posições para o exercício seguinte. 9. No final do treino são sempre duas atletas que arrumam as bolas; a capitã designa rotativamente as atletas responsáveis por efectuar esta tarefa, incluindo-se a si própria. 3
  • 4. 10. Nos exercícios em que algumas atletas estão em acção constante e outras apoiam, é obrigação das últimas zelarem pela segurança das primeiras (não deixar que as bolas vão para o espaço de intervenção) e pelo dinamismo do exercício (se o exercício corre mal por falta de bolas é da responsabilidade das atletas que apoiam a tarefa). 11. Durante o treino e sempre que as atletas tirem alguma peça de roupa, esta não deve ser lançada para o chão, mas ser colocada em local designado para o efeito. 12. Durante o treino é proibido demonstrar atitudes de descontentamento, frustração, desinteresse, ou seja, tudo aquilo que revele falta de controlo emocional ou mesmo falta de empenho. O controle emocional fundamental para o sucesso no jogo tem de ser trabalhado no treino, sob pena de se correr o risco de nunca surgir no jogo. 13. A conversa que se estabelece no treino entre os atletas, deve ser o mais reduzida possível, quando necessária deve ser em referência ao que se está a treinar, esclarecendo a dúvida de forma breve e racional sem entrar em diálogo “ surdo e supérfluo”. 14. Todos os atletas são responsáveis por estimular os colegas no treino, principalmente quando a fadiga se instala e é preciso concentrar todos os esforços em torno do objectivo principal que é dar o nosso melhor; nunca nos devemos esquecer que podemos dar sempre mais do que aquilo que pensámos ser possível. 15. Sempre que o treinador considere que a atleta não conseguiu fazer o exercício porque não deu o seu melhor terá de repeti-lo o número de vezes necessário até que realize bem. 16. A atitude de entrega e sincero esforço tem que estar sempre presente e não apenas nos exercícios que mais gostamos, o aquecimento e a recuperação na parte final do treino fazem parte deste e devem ser efectuados sempre com o maior empenho. 17. Mesmo que a atleta se encontre lesionada tem que estar disponível para ir aos treinos; a sua ausência no treino só pode ser concretizada a partir do momento que o treinador dá o seu aval. 4
  • 5. IV) Conduta no Jogo O jogo é o momento em que todo o nosso sacrifício tem a sua recompensa. Para que surja temos de dar o nosso melhor, lutando sempre pela vitória, independentemente do resultado em cada momento. 1. O aquecimento faz parte do jogo. Desde a entrada para o recinto as atletas devem concentrar-se na realização de um aquecimento que progressivamente as vá preparando para o jogo. 2. Todas as atletas devem efectuar o aquecimento que está destinado e em simultâneo (o atraso de alguma numa situação invalida o cumprimento integral do aquecimento, o que por sua vez pode prejudicar o rendimento no jogo). 3. É obrigatório utilizar sempre o equipamento destinado para o aquecimento, sob pena de ficar impedida de jogar se se esquecer dele. A camisola deve estar sempre colocada dentro dos calções e devem ser retirados todos os adornos, passíveis de colocar em risco a integridade física. 4. Durante o jogo, os suplentes devem manter-se no local apropriado, de pé ou fazendo exercícios de aquecimento, nos descontos de tempo devem vir de imediato até junto dos colegas e ouvir o treinador, uma delas, rotativamente fica encarregue de trazer a bebida ás colegas. 5. Durante o jogo, as suplentes devem manter-se atentas ao jogo, observando as características do adversário e aquilo que para uma delas é mais importante reter na memória; é expressamente proibido conversar (apenas é permitido trocar alguma impressão útil, positiva e construtiva9, e estabelecer diálogo com qualquer atleta que esteja dentro de campo). 6. Durante o jogo, os suplentes estão proibidos de estabelecer diálogo com os colegas que estão a jogar, mesmo que seja no sentido de estimular ou dar informação (provoca distracção). 7. Durante o jogo os suplentes devem estimular os colegas sentindo que estão a jogar com eles dentro de campo. Não devem passar o tempo todo caladas nem aos berros, devem racionalizar os estímulos que dirigem aos colegas enviando-os nos momentos apropriados (quando a equipa mais precisa, ou seja, necessita de se empenhar mais para ganhar). 8. Toda e qualquer suplente deve estar sempre pronta para entrar no jogo; para tal deve mostrar ao treinador que está concentrada, predisposta para jogar e fundamentalmente com muita vontade de jogar (amuar só prejudica o rendimento, mostrando que a atleta é muito egoísta, na medida em que está mais preocupada com ela do que com a equipa). 5
  • 6. 9. Os atletas que estão a jogar nunca se devem esquecer que para elas estarem dentro do campo, estão outras no banco e que por isso têm de assumir a responsabilidade de dar sempre o máximo. 10. As atletas que estão a jogar têm a obrigação de dar o seu melhor em todo e qualquer momento (o cansaço tem de ser ignorado e ultrapassado assim como as frustrações de momento na medida em que o erro faz parte do passado). O controlo emocional é fundamental para que o atleta tranquilamente jogue aquilo de que é capaz! 11. Todas as atletas (efectivas e suplentes) são obrigadas a cumprimentar as adversárias e os árbitros. Faz parte da boa educação e constitui uma regra da ética desportiva. NOTA FINAL O comportamento de cada atleta em jogo é decisivo para a imagem da equipa. Nunca nos podemos esquecer que nós somos aquilo que fazemos, ou seja, as pessoas avaliam as nossas atitudes e não os nossos pensamentos! Nunca nos podemos esquecer que para recebermos das outras pessoas “coisas boas” (compreensão, companheirismo, solidariedade, etc...) temos, antes de tudo, que dar aos outros. A imagem da nossa equipa e do nosso clube é construída na base dos nossos comportamentos. Humildade, dignidade, espirito de entre-ajuda e raça, são ingredientes fundamentais para a construção de uma atitude de vitória. Só assina este contrato quem sinceramente se acha capaz de cumpri-lo e está, antes de tudo, com vontade de assimilá-lo como fazendo parte de si mesma e da sua forma de estar na vida em geral e no desporto em particular. A Atleta O Coordenador Técnico __________________________ ___________________________ A Direcção ___________________ Data ___/___/_____ 6