Os principais grupos sociais e religiosos do povo judeu na época de Jesus
1. O povo judeu, sua organização social,
política e religiosa
2. QUEM ERAM OS JUDEUS?
Eram um dos povos que vivia, desde 63 a.C, sob jugo do
Império Romano, quando o general Pompeu dominou a
região da Judéia.
Foi-lhes permitido manter a liberdade para práticas
religiosas como forma de manter a ordem.
3. A difusão da cultura grega e a
presença de muitos judeus em outros países,
juntando-se com a unificação política proporcionada pelo
governo de Roma,
compuseram o cenário propício para o inicio do
Novo Testamento com a chegada de Jesus.
4. CLASSES SOCIAIS
É preciso conhecer os costumes e a sociedade judia
daquela época, para melhor compreender certas
passagens dos Evangelhos.
5. Samaritanos
Povo pagão; nutria aversão aos judeus iniciada séculos antes
da chegada de Jesus.
Existia entre eles um ódio recíproco e se esquivavam a todas
as formas de relações entre si, devido a divergência de
opiniões religiosas, embora as suas crenças tivessem a
mesma origem.
6. A cidade de Samaria,
após a cisão das dez
tribos, tornou-se a
capital do reino
dissidente, e para
tornarem a separação
ainda mais profunda
e não terem de ir a
Jerusalém para a
celebração das festas
religiosas,
construíram um
templo próprio no
monte Garizim.
7. Os Samaritanos adotaram certas reformas:
•Admitiam somente o Pentateuco,
que contém a Lei de Moisés;
•Aceitavam facilmente os ritos e as divindades estrangeiras;
•Perseguiam os que mantinham a circuncisão das crianças;
8. •Transformaram muitas vezes a religião em simulacros pagãos
e teatro de solenidades obscenas de Baco;
•Edificaram uma fortaleza sobre as ruínas da cidadela de
Davi, em Jerusalém, e dedicou o templo a Júpiter Olímpico.
9. Nazarenos
Nome dado aos judeus que faziam votos, por toda vida ou
por um período, de conservar-se em pureza perfeita.
Sansão, Samuel e João Batista eram nazarenos. Mais tarde, os
judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a
Jesus de Nazaré.
10. Publicanos
Encarregados da cobrança de impostos e outras rendas.
Eram desprezados por todos e considerados impuros, porque
os judeus não aceitavam pagar impostos, especialmente a
contribuição para o sustento dos soldados romanos.
Zaqueo
11. Fariseus
Considerados os verdadeiros judeus da época, os melhores
cultuadores e intérpretes da Torá; ou Doutores da Lei
Mosaica. O lado negro do excesso de zêlo.
“Dotados de mentalidade estreita: levavam ao máximo
rigorismo o culto exterior e a expressão literal dos textos”.
(O Redentor, cap. 12, Edgard Armond).
12. A palavra Fariseu tem o significado de "separados",
"a verdadeira comunidade de Israel", "santos".
Sua oposição ferrenha ao Cristianismo rendeu-lhes através
dos tempos uma figura de fanáticos e hipócritas que apenas
manipulam as leis para seu interesse.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fariseus
Inimigos das inovações,
mas sob as aparências de
uma devoção meticulosa,
escondiam costumes
dissolutos e muito
orgulho.
13. Acreditavam na imortalidade da alma, na eternidade das
penas e na ressurreição dos mortos.
Foi contra eles que Jesus dirigiu grande parte de suas
advertências. “HIPÓCRITAS!”
De perseguidor de
cristãos, passou a
perseguido por pregar o
Evangelho que condenava.
Paulo de Tarso
14. Escribas
Eram aqueles que tinham a incumbência de escrever a lei e
explicá-la.
Agindo como os Fariseus,
participando dos seus
princípios e de sua aversão
aos inovadores, recebiam
de Jesus a mesma
reprovação.
15. Saduceus
Livres pensadores e céticos. Não acreditavam na fatalidade
ou no destino e também discordavam dos fariseus em
atribuírem a Deus a boa ou má conduta dos homens.
O Homem, diziam, deve guiar-se pelo livre-arbítrio e é o
único autor de sua infelicidade ou ventura.
16. Negavam a imortalidade da alma, a ressurreição;
acreditavam em Deus, serviam-no com interesse de
recompensas temporais.
Pacíficos e acomodados, suas riquezas os colocavam nos
postos mais altos da administração e da sociedade.
Por isso não se deixavam empolgar pela geral expectativa da
vinda de um Messias.
17. Essênios
Seita judia fundada cerca do ano 150 a.C.
Moravam em edifícios semelhantes a mosteiros, ou grutas,
distinguiam-se pelos costumes suaves e as virtudes austeras,
ensinando o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade da
alma, e crendo na
ressurreição.
Agricultores, viviam em
comunidade e a partilha
dos bens era regra;
desprezavam a riqueza,
as posições e os bens
do mundo.
18. Eram celibatários e adotavam crianças órfãs como filhos.
Entregavam-se à prática da caridade ao próximo,
mantendo hospitais, abrigos, leprosários, orfanatos, etc.
Não comiam carne, não tinham vícios e viviam sobriamente.
Condenavam a
escravidão e a guerra.
Sua hierarquia era
baseada no saber,
na idade e nas virtudes
morais, atitude
obrigatória para todos os
filiados à Ordem.
21. Era uma pequena cidade, sem
grande importância política.
Todos os seus apóstolos,
exceto Judas lscariotes
(Judéia), nasceram na Galiléia.
O apelido “galileu” às vezes
era dirigido a Jesus
depreciativamente, como
insulto, justamente porque ele
passou a maior parte da sua
vida terrena na província da
Galiléia.
“Pode vir alguma coisa boa de
Nazaré?”
Galiléia: Jesus viveu sua
infância e adolescência
em Nazaré.
22. Judéia: Por localizar-se
numa região estratégica,
sempre foi disputada por
vários povos.
Atualmente, regiões em
continuo conflito entre
Israel e Palestina.
23. Jerusalém: Significa “paz sagrada”. Principal centro religioso dos judeus.
Capital da Judéia, grande centro econômico e sede de governo de Roma.
Dividia-se em três bairros: Cidade Alta, no Monte Sião (ricos); Cidade
Baixa, no vale de Cedron (pobres); e o bairro do Templo, ligado à Cidade
Alta por uma longa ponte de pedra.
24. Jericó: Cidade das palmeiras;
oásis no deserto.
No tempo de Abraão, Isaac e
Jacó, era o centro da
civilização.
Era dessa cidade que
provinham os pais de Maria.
25. Cafarnaum: Era a cidade base de
Jesus durante o seu ministério,
onde ensinava nas sinagogas e onde
operou muitos dos seus “milagres”.
26. Organização Religiosa do Povo Judeu
Possuíam uma casta sacerdotal altamente hierarquizada;
uma série extensa de ritos, liturgias e práticas devocionais
e de oferendas.
Moisés proibiu a necromancia e instituiu o Sábado, para a
prática religiosa (monoteísta), convivência fraternal em
comunidade, ou mesmo em família.
27. Só um templo existia na Judéia, o de Salomão, em
Jerusalém, as demais cidades tinham sinagogas, onde os
judeus se reuniam aos sábados, para fazerem suas preces
públicas sob a direção dos Anciãos, dos Escribas e dos
Doutores da Lei.
28. O GRANDE TEMPLO
O Templo, em Jerusalém, foi idealizado por Davi,
construído por Salomão, destruído por Nabucodonosor,
em 586 a.C., e reconstruído após a libertação dos judeus
por Ciro, o Grande, rei dos Persas.
Separado por pátios:
dos gentios, dos
israelitas, das mulheres,
dos homens e dos
levitas (altar dos
sacrifícios).
29. Os discípulos, admirados pelo luxo, pela suntuosidade,
pela beleza e riqueza do templo, vão chamar Jesus para
lhe mostrar as edificações, e Jesus lhes diz:
“Vedes tudo isto? Em verdade vos digo não ficará
aqui pedra sobre pedra: tudo será destruído.” (Mt 24:2).
30. No ano 70 d.C., após a subjugação total ao império Romano, o
Templo foi totalmente destruído pelo general romano Tito,
restando apenas o chamado “Muro das Lamentações”, em
Jerusalém, onde muitos judeus ainda fazem suas orações.
31. Porque não aceitavam Jesus?
Os judeus vinham esperando, há séculos, pelo Messias,
porém o orgulho os impediu de enxergar no meigo Rabi da
Galiléia a figura do Salvador.
Esperavam o Libertador
pela espada!
Não entenderam que Jesus
veio trazer o
“Reino de Deus”,
a liberdade eterna.
32. “Sua mensagem de fraternidade igualou todos os
homens, cujas diferenças estão nas indestrutíveis e
inamovíveis conquistas do Espírito imortal, em que o
maior se faz servo do menor e o que possui se despoja
para socorrer o que não conseguiu reter...”
Estudos Espíritas - Jesus, de Joanna de Angelis
33. Bibliografia
- A Bíblia de Jerusalém.
- Kardec, Allan A O Evangelho Segundo o Espiritismo A Ed. FEESP.
- Xavier, Francisco C./Emmanuel - A Caminho da Luz.
- Armond, Edgard - O Redentor.
- Franco, Divaldo P./Joanna de Angelis - Estudos Espíritas.
- Curso Aprendizes do Evangelho – 1º ano – equipe de educadores da Escola de
Aprendizes do Evangelho; Área de Ensino – São Paulo: Edições FEESP, 1991
Roselí Lemes
roselilemes1@hotmail.com