O documento compara os jatos Embraer E-195 operados pela Azul e Trip com os Boeing 737 e Airbus 320 operados por outras companhias, destacando que os E-195 poluem menos, são mais econômicos, silenciosos e seguros, além de terem embarque mais rápido e conforto maior.
1. Novidades na rotina aérea – comparando Boeing 737, Airbus 320 com E‐195
Voei recentemente na Azul, que assim como a Trip, é uma empresa brasileira operando jatos
construídos no Brasil pela Embraer. Estes aviões da família E‐Jets levam de 70 a 100 passageiros
com uma série de vantagens sobre os Boeing 737 (operados pela GOL e Webjet) e Airbus 320
(operados pela TAM). Os E‐Jets poluem menos, são mais econômicos, mais silenciosos, mais leves.
Logo na entrada já notamos que o sistema de ar condicionado tem alta eficiência, o que
proporciona sensação de bem estar. Quem não gosta de ar puro e fresco? As aeronaves são mais
novas também, o que contribui para a qualidade do ar interno.
O embarque é simples e mais rápido, pois há apenas 4 assentos por fila e ocorre menos vezes
aquela situação de quem entrou primeiro ter que levantar e interromper a passagem de outros
passageiros para dar acesso a quem tem assento mais próximo da janela. Nos aviões, como nos
cinemas, o acesso e a saída dos assentos às vezes toma tempo precioso, e pode atrapalhar.
As vantagens continuam: não há os famosos assentos do meio. Nos E‐Jets ou você senta na janela,
e pode apreciar a vista em posição mais reservada, ou você senta no corredor, com mais espaço,
fácil acesso e bastante conforto. No geral, a sensação é de mais espaço e mais conforto, bem mais
do que nos 737 e um pouco mais do que nos A‐320. Isto também por causa da configuração
escolhida pela cia aérea.
Durante a subida, quando a aeronave está acelerando e ganhando altitude, notamos mais um
item importante a favor dos E‐Jets: eles são mais silenciosos dentro da cabine de vôo também.
Isto é muito importante, pois aumenta a tranquilidade. O menor ruído externo eu já tinha notado
no aeroporto Santos Dumont, comparando com as outras aeronaves no momento do pouso e
decolagem.
Na hora do serviço de bordo a surpresa também é agradável, pois o atendimento é menos corrido
‐ há menos passageiros ‐ e a bandeja para apoio de bebidas e comidas é maior. Nesta hora
notamos que as janelas tem bom tamanho, e se não são maiores, pelo menos não parecem ser
menores quando comparadas às janelas dos outros modelos de aviões.
E por último um dos itens mais importantes, a segurança. Pousar no aeroporto Santos Dumont a
bordo dos jatos da Azul ou da Trip é uma operação bem mais suave, sem grandes desacelerações
ou freadas bruscas. Isto é reflexo de que estes jatos são mais leves, mais fáceis de serem freados,
e também devem fazer a etapa final da aproximação da pista em velocidades menores do que os
737 ou A‐320.
Fico imaginando por que a demora em autorizar estas empresas a operarem com estes jatos no
principal aeroporto do Brasil, o de Congonhas em São Paulo. E por que dificultar a Azul a fazer sua
sede carioca no Santos Dumont, como quer.