O documento descreve a evolução da comunicação humana desde a oralidade até a escrita, destacando: 1) Os primeiros métodos de comunicação foram a oralidade e a pictografia; 2) A escrita surgiu na Mesopotâmia por volta de 4000 a.C através dos sumérios; 3) Ao longo dos séculos, diferentes culturas desenvolveram seus próprios sistemas de escrita e a escrita se tornou cada vez mais importante para a história e a sociedade.
3. • Os primeiros e mais universais processos de
comunicação são o gesto e a fala. Mas a
necessidade de uma forma transportável e
conservável da comunicação deu origem ao
uso de objetos (pedras, cordas, etc.) ou de
traços (desenhados, gravados, riscados, etc.).
4. • Na Pré-História o homem buscou se
comunicar através de desenhos feitos na
paredes das cavernas. Através deste tipo de
representação (pintura rupestre), trocavam
mensagens, passavam idéias e transmitiam
desejos e necessidades. Porém, ainda não era
um tipo de escrita, pois não havia organização,
nem mesmo padronização das representações
gráficas.
5. • O uso dos traços gráficos pode desenvolver-se
em dois sentidos: a pictografia, isto é, a
representação de objetos e acontecimentos, e
a escrita na qual os sinais representam
elementos lingüísticos.
6. • Derivado de oral (que em sentido lato-sensu,
é exprimir toda manifestação de pensamento
que não se faz por escrito), a oralidade,
significa o procedimento verbal, ou seja, tudo
o que se faz verbalmente. Mas tecnicamente a
oralidade não implica na inexistência de
qualquer escrito, que venha fixar o que é feito
pela palavra falada. A oralidade exprime o
modo originário por que se procede em certos
atos: oralmente, para que se distinga do que
se faz por escrito, originariamente.
7. Qual o marco que separa a
HISTÓRIA da PRÉ-HISTÓRIA???
8. • Quando se fala em pré-história, as pessoas logo imaginam o homem completamente
primitivo, vivendo como um animal, num povo sem cultura ou coisa similar.
Não é bem assim. Bom, é e não é. A Pré-História de fato começa numa realidade como essa,
mas ela não termina assim. A pré-história não pode ser definida como parte da história, já
que... Não há história.
Isso está confuso, eu sei. Vamos entender tudo:
Em se tratando de história, existem diversos pontos de vista, diversas lógicas e modos
diferentes de se aceitar os fatos ou não. Uma dessas lógicas consiste em estudar os fatos
ocorridos na história, seus personagens, ambientes...
...e tudo isso é feito através de relatos antigos, escritos na linguagem das civilizações, que é
traduzida pelos antropologistas com o auxilio de relíquias e diversos artefatos encontrados.
Alguns hieróglifos egípcios, por exemplo, só puderam ser lidos por ter sido encontrada a
Pedra de Roseta, que continha traduções dos hieróglifos para outros idiomas da época,
falados por outros povos; idiomas para os quais se há tradução.
Contudo, podemos dizer que os fatos históricos são descobertos através de relatos escritos.
Aí é que surge um problema: no período que chamamos de Pré-História, a escrita ainda não
existia. As pessoas não podiam relatar aquilo que ocorria, de modo que só nos restou
estudar os acontecimentos através de artefatos, relíquias e/ou construções encontradas em
escavações ou coisa similar.
9. • Mas essas relíquias, artefatos, construções (...) não são o bastante para que
possamos ter conhecimentos detalhados sobre pessoas em específico. Não se
pode obter nomes. Só podemos especular o que provavelmente aconteceu em
determinada região, com determinado povo.
Por assim dizer, não há história. É por isso que chamamos este período, quando a
escrita ainda não existia, de pré-história. Mas há ainda outro problema. A escrita
(assim como todos os outros avanços) não foi descoberta na mesma época por
todas as civilizações.
Não havia toda essa facilidade de comunicação e intercâmbio que temos hoje.
Enquanto alguns povos já escreviam e faziam sua arte e suas ferramentas de
metal, outros sequer tinham dominado o fogo.
Um exemplo típico disto é o dos índios brasileiros. Quando os portugueses,
vestidos em seus trajes arrojados, chegaram ao Brasil, em seus navios modernos
para a época, nossos índios sequer sabiam o que era roupa. Vale lembrar, que
todos os povos no mundo (inclusive Portugal) um dia foram tribos como estas do
Brasil, ou descendem, direta ou indiretamente, de algum povo que assim o foi.
10. • Como estava dizendo, cada povo descobriu a escrita, dentre outros avanços, em
um período de tempo diferente. E foi este fator - o tempo - que decidiu quais as
civilizações que se tornariam grandiosas, e quais aquelas que desapareceriam para
sempre.
Com toda essa diferença de tempo entre as descobertas de cada civilização, fica
difícil dizer "a partir do ano tal, a humanidade iniciou a historia" ou "ainda
estávamos na Pré-História neste ano" ou mesmo "o homem descobriu o metal no
ano tal".
Isso é algo complicado de se afirmar. É por isso que muitos antropologistas e
historiadores escolhem determinadas civilizações - aquelas mais avançadas - e
definem o tempo destas como o "padrão" para as descobertas.
Em livros e enciclopédias, costuma-se usar datas de povos como China, Babilônia,
Egito e Fenícia (esta última desapareceu rapidamente da história).
Vale também citar que, o termo "civilização" refere-se a povos que já possuem o
conhecimento da escrita, como um avanço que os historiadores ou antropologistas
tomaram por referência cronológica, para separar Pré-História de História.
E aqui concluo meu pensamento filosófico.
• Fonte(s):
• http://forum.brasilescola.com/index.php?…
12. • Foi somente na antiga Mesopotâmia que a escrita foi
elaborada e criada. Por volta de 4000 a.C, os sumérios
desenvolveram a escrita cuneiforme. Usavam placas de
barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos
hoje sobre este período da história, devemos as placas de
argila com registros cotidianos, administrativos,
econômicos e políticos da época.
• Os egípcios antigos também desenvolveram a escrita quase
na mesma época que os sumérios. Existiam duas formas de
escrita no Antigo Egito: a demótica (mais simplificada) e a
hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e
símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas
de textos que falavam sobre a vida dos faraós, rezas e
mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma
espécie de papel chamada papiro, que era produzida a
partir de uma planta de mesmo nome, também era
utilizado para escrever.
15. • Já em Roma Antiga, no alfabeto romano havia somente
letras maiúsculas. Contudo, na época em que estas
começaram a ser escritas nos pergaminhos, com
auxílio de hastes de bambu ou penas de patos e outras
aves, ocorreu uma modificação em sua forma original
e, posteriormente, criou-se um novo estilo de escrita
denominado uncial. O novo estilo resistiu até o século
VIII e foi utilizado na escritura de Bíblias lindamente
escritas.
•
• Na Alta Idade Média, no século VIII, Alcuíno, um
monge inglês, elaborou outro estilo de alfabeto
atendendo ao pedido do imperador Carlos Magno.
Contudo, este novo estilo também possuía letras
maiúsculas e minúsculas.
16. • Com o passar do tempo, esta forma de escrita também
passou por modificações, tornando-se complexa para
leitura. Contudo, no século XV, alguns eruditos
italianos, incomodados com este estilo complexo,
criaram um novo estilo de escrita.
•
• No ano de 1522, um outro italiano, chamado Lodovico
Arrighi, foi o responsável pela publicação do primeiro
caderno de caligrafia. Foi ele quem deu origem ao
estilo que hoje denominamos itálico.
• Com o passar do tempo outros cadernos também
foram impressos, tendo seus tipos gravados em chapas
de cobre (calcografia). Foi deste processo que se
originou a designação de escrita calcográfica.
17. • O papel social da escrita variou igualmente no decurso da
evolução de uma civilização sempre mais complexa. Os
primeiros empregos da escrita foram pobres, imediatos e
práticos; é preciso naturalmente compreender, na prática, os
empregos mágicos cuja necessidade já não sentimos. Assim, o
amuleto ao lado da mensagem, as contas comerciais, o contrato,
a inscrição tumular.
• O emprego estava também limitado pelo fato de poucos povos
terem escrita e de nesses povos poucas pessoas se servirem
dela. Eram geralmente trabalhadores intelectuais ao serviço de
personagens poderosas, algumas vezes essas mesmas
personagens.
• Com o tempo, o instrumento-escrita substituiu cada vez mais o
instrumento-memória, e as genealogias, os textos religiosos
foram passados a escrito. O copista, um novo artesão, foi um
instrumento importante do progresso.
18. • Os documentos escritos foram matéria de
estudo, facilitaram e provocaram a reflexão e
a instrução. Podem contar-se entre eles as
placas de argila cozida, cobertas com
caracteres cuneiformes de povos assírios,
persas e medos, datando de quatro a três mil
anos antes de Cristo. Estes podiam, ainda,
apresentar-se sob a forma de leques
confeccionados em folhas de palmeira -
método praticado na Índia e no Ceilão.
19. • No entanto, o momento essencial na história de todos
os povos civilizados foi aquele em que se criou o livro.
O primeiro exemplar impresso apareceu na China a 11
de maio do ano de 868. Trata-se da tradução para
chinês da obra indiana de Sutra do Diamante e o seu
impressor foi o mestre Van Chi. O livro apresenta-se
sob a forma de um rolo de papel e tem gravada a
imagem do Buda. O primeiro texto ocidental teria de
esperar alguns anos mais. Assim só em 1455 sai da
prensa de Johann Gutenberg a de Mazarino.
• O texto só adquire todo o seu poder quando se pode
multiplicar e já não é o exemplar único fechado nos
arquivos e no santuário.
20. • A imprensa nasceu na Holanda com caracteres móveis,
devido a Coster mas foi Gutenberg quem generalizou o seu
uso. A imprensa desempenhou um notável papel na
difusão das idéias e na cultura, que com ela ganhou
progressivamente um caráter universal. (a raridade e
carestia dos livros obrigava a prendê-los com cadeados às
bancas de estudo). A imprensa facilitou o trabalho
intelectual, difundiu o gosto pela leitura e permitiu a
multiplicação rápida dos originais. Com a imprensa
generalizou-se o que havia tido, como antecessor, na
Antigüidade Clássica, o papiro.
• O jornal, o último dos empregos da escrita, trouxe a todos
uma massa de informações, as quais, sendo outrora orais,
deviam ser trazidas às assembléias e apenas circulavam ao
acaso dos encontros.
21. • Chegamos ao ponto de, na civilização sempre cada vez mais
mecanizada e complicada, ser normal todo o rapaz e rapariga,
depois de aprender a andar e a falar, aprender a ler e a escrever.
• Mas as invenções modernas, que o uso da escrita pelos sábios tanto
contribuiu para criar e desenvolver, vem fazer concorrência à velha
invenção da escrita. Fazem-no nos seus empregos mais freqüentes.
Entre eles, as necessidades de comunicação momentâneas
(mensagens e atos de publicidade) satisfazem-se cada vez mais, por
um lado, pelo telefone, por outro lado, pela rádio e televisão.
Igualmente a rádio, como o cinema, satisfaz as necessidades que
ultimamente se manifestaram no emprego da escrita: as da
informação, compreendendo nelas uma parte do ensino e da
distração. Os empregos relativamente mais restritos não estão
ainda ameaçados. A enumeração mostra-os variados: o livro, sob
todas as formas, desde o livro de missa ao romance, do manual
escolar ao tratado científico; o documento único, mas destinado à
conservação, desde agendas de bolso ou das contas ao contrato ou
ao diploma, e, além disso, tudo o que a reflexão materializa, desde
o trabalho escolar ao manuscrito do escritor ou do sábio.
25. Fontes:
• GIORDAN, Marcelo. Correio e bate-papo: a
oralidade e a escrita ontem e hoje. QUÍMICA
NOVA NA ESCOLA Correio e Bate-Papo N° 8,
NOVEMBRO 1998
• http://br.geocities.com/marciobasilio/Escrita.
html
• http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/
historiadaescrita.htm
• http://forum.brasilescola.com/index.php?…