2. ANIMAIS VENENOSOS X PEÇONHENTOS
Animais Venenosos – são aqueles que
possuem veneno, mas são desprovidos de
aparelho inoculador. Ex: sapos, algumas
borboletas.
•
Animais Peçonhentos – são aqueles que
inoculam na vítima o veneno (peçonha
produzida por glândulas especiais) por meio de
dentes ocos, ferrões ou aguilhões.
•
3. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Dentre os invertebrados peçonhentos, temos as
aranhas, escorpiões. lacraias, e alguns outros de
interesse por serem perigosos, como por exemplo:
• Celenterados (águas-vivas e medusas)
• Hymenopteras (vespas, abelhas e formigas)
• Lepidopteras (borboletas e mariposas)
• Coleopteras (besouros)
4. ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS
Existem aproximadamente cerca de 35.000
espécies, habitam praticamente todas as regiões,
sendo somente uma aquática (Argyroneta). Todas
são predadoras, alimentando-se de insetos, mas
algumas podem alimentar-se de animais maiores
como lagartixas, rãs, peixes e até filhotes de aves.
9. ANIMAIS PEÇONHENTOS
ESCORPIÕES
- São animais carnívoros de hábitos noturnos.
- Vivem sob pedras, troncos podres, em solo úmido das
matas, em areia de regiões secas, podendo entrar em
residências humanas, onde se escondem em fendas,
entulhos, madeiras empilhadas e dentro de sapatos. É
crença popular que os escorpiões se suicidam quando
cercados pelo fogo. Na realidade, por ficarem assustados,
elevam a cauda em posição de ataque, dando a falsa
impressão de injetar seu próprio veneno na cabeça;
geralmente são imunes ao próprio veneno.
10. ANIMAIS PEÇONHENTOS
ESCORPIÕES
Atualmente são conhecidas cerca de 1.400 espécies de
escorpiões distribuídas pelo mundo, com exceção da
Antártida, sendo que no Brasil há cerca de 75 espécies
amplamente distribuídas pelo país. Esses animais podem
ser encontrados tanto em áreas urbanas quanto rurais.No
Brasil as espécies mais importantes em Saúde Pública
pertencem ao gênero Tityus, destacando-se as espécies
Tityus serrulatus (escorpião amarelo) e Tityus bahyensis
(escorpião negro).
11. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Os acidentes por Tityus serrulatos são os mais graves,
principalmente em crianças e idosos. A dor local, uma
constante no escorpionismo, pode ser acompanhada por
parestesias. Nos acidentes por Tytus serrulatus, após
intervalo de minutos até duas horas, podem surgir as
seguintes manifestações:
- náuseas, vômitos e diarréia.
- arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial.
- arritmias respiratórias e edema pulmonar agudo.
-agitação, sonolência, confusão mental, tremores e variação
de temperatura.
12. ANIMAIS PEÇONHENTOS
A gravidade depende de fatores como a
espécie e o tamanho do escorpião, a quantidade de
veneno inoculada, a massa corporal do acidentado
e a sensibilidade ao veneno.
Tityus bahiensis
13. ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
CARACTERÍSTICAS
• Corpo alongado coberto por escamas.
• Ausência de membros locomotores.
• Ausência de ouvido.
• Língua bífida que capta substâncias suspensas
no ar
• Olhos sem pálpebras.
14. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Diferenças entre serpentes peçonhentas e não
peçonhentas:
- Serpentes peçonhentas apresentam corpo
coberto por escamas em forma de quilha
15. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Diferenças entre serpentes peçonhentas e não
peçonhentas:
- As Serpentes peçonhentas apresentam cabeça com
escamas pequenas.
- As serpentes não peçonhentas apresentam, em geral,
escamas maiores na cabeça
16. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Diferenças entre serpentes peçonhentas e não
peçonhentas:
- As Serpentes peçonhentas apresentam, em geral, pupila
em fenda.
- As serpentes não peçonhentas apresentam pupila
circular.
17. ANIMAIS PEÇONHENTOS
No Brasil são conhecidas aproximadamente 300 espécies e
subespécies de serpentes, das quais 70 variedades são
peçonhentas e se distribuem em 4 gêneros:
1) Gênero Bothrops: 32 variedades encontradas em todo o
território nacional. Responsável por mais de 90% dos
acidentes. Veneno de efeito coagulante e necrosante
(jararaca, jararacuçu, urutu, caiçara e outros).
18. ANIMAIS PEÇONHENTOS
2) Gênero Crotalus: 6 variedades, comuns em regiões
secas e campos. Veneno de efeito neurotóxico (cascavel).
19. ANIMAIS PEÇONHENTOS
3) Gênero Lachesis: 2 variedades, existentes na
Mata Atlântica e na Floresta Amazônica (surucucu).
São causa pouco freqüente de acidente peçonhento.
20. ANIMAIS PEÇONHENTOS
4) Gênero Micrurus: 31 variedades em todo o
país. Provocam os acidentes mais graves, embora
raros. Veneno de efeito curarizante (cobra coral).
Micrurus frontalis
Micrurus corallinus
21. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Botrópico – Jararacas ( 90% dos acidentes)
Manifestações locais:
• precoce (até 3 horas após o acidente) :
- dor imediata, inchaço (edema), calor no
local da picada e hemorragia no local da
picada ou distante dele.
• Complicações :
- bolhas, gangrena abcesso e insuficiência
renal aguda.
23. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Crotálico – Cascavéis ( 8,2% dos
acidentes)
Sinais e sintomas do envenenamento:
• Precoce (até 3 horas após o acidente)
- dificuldade de abrir os olhos, “visão dupla”, “cara
de bêbado”, visão turva, dor muscular e urina avermelhada.
• Após 6 a 12 horas:
- escurecimento da urina.
• Complicações
- insuficiência respiratória e renal aguda
25. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Laquético – Surucucus ( 2,9% dos
acidentes)
Envenenamento com reações
semelhantes ao de Bothrops.
- inchaço no local da picada,
diarréia e hemorragia.
-Veneno de ação necorsante,
neurotóxica e hemorrágica.
26. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Elapídico – Corais ( 0,7% dos acidentes)
Principais sintomas :
-dificuldade de abrir os olhos, cara de
bêbado, falta de ar, dificuldade em engolir e
insuficiência respiratória aguda.
Veneno de ação neurotóxica.
* Ação rápida, grande potência e mortal se
não houver tratamento a tempo.
27. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Cuidados de Enfermagem
Imediatos nos Acidentes Ofídicos:
1) Sempre que houver certeza de picada de serpentes
venenosas há necessidade de hospitalização e soroterapia.
2) Toda vez que houver evolução clínica sugestiva,
identificado o agressor, a vítima deve ser hospitalizada e
receber soroterapia.
3) Na dúvida se houve ou não a picada, a vítima deve
permanecer em observação, pelo menos 24 horas.
4) Paciente deve ser mantido em repouso.
5) Não usar garrote, nem torniquete.
29. ANIMAIS PEÇONHENTOS
COMO PREVINIR ACIDENTES COM OFÍDIOS
• Nunca andar descalço, principalmente em mata.
(Dependendo da altura do calçado, os acidentes podem
ser evitados na ordem de 50 a 72 %);
• Usar luvas de couro em atividades rurais e de
jardinagem;
• Nunca colocar as mãos em tocas (para pegar pelo
rabo do tatu que é visto ao entrar) ou buracos na terra,
ocos de árvores, cupinzeiros, montes de pedras ou sob
pedras grandes;
31. Centros de Informação e Assistência
Toxicológica (CIATs)
Existem 37 Centros de Informação e Assistência
Toxicológica em todo o território brasileiro.
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Centro de Informação Anti-Veneno de Cuiabá
Coordenador: Enfermeira Márcia Regina Pereira
Diretor clínico: José Antonio Figueiredo
Endereço: Hospital Municipal e Pronto Socorro de
Cuiabá
Telefone: (65) 3051-9454 / 3051-9450 / 36171374 / 0800- 722-6001
32. Bibliografia
•
AZEVEDO-MARQUES M.M.; CUPO, P. & HERING,S.E. Acidentes por animais
peçonhentos: Serpentes peçonhentas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 480489, 2003.
•
CARDOSO, J.C.L. & BRANDO, R.B. Acidentes por animais peçonhentos. São
Paulo, Santos, 1982, p. 165-176.
•
CUPO, P. et al. Acidentes ofídicos: análise de 102 casos. In: XXI Congresso
da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; 21., 1985, São Paulo,
Resumo p.23-24.
•
ROSENFIELD, G. Moléstias por venenos animais. Pinheiro Ter., 17:3-15,
1965.