1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIACURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ENSINO FUNDAMENTAL /SÉRIES INICIAISENSINO FUNDAMENTAL /SÉRIES INICIAIS
MUNICÍPIO DE TAPIRAMUTÁ-BAMUNICÍPIO DE TAPIRAMUTÁ-BA
ETNOMATEMÁTICAETNOMATEMÁTICA
aa
Tapiramutá – Ba
2010
2. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
A etnomatemática surgiu na década de 70, com base em críticas
sociais acerca do ensino tradicional da matemática, como a análise
das práticas matemáticas em seus diferentes contextos culturais.
Mais adiante, o conceito passou a designar as diferenças culturais
nas diferentes formas de conhecimento. Pode ser entendida como
um programa interdisciplinar que engloba as ciências da cognição,
da epistemologia, da história, da sociologia e da difusão.
3. EVOLUÇÃO DO MOVIMENTO ETNOMATEMÁTICAEVOLUÇÃO DO MOVIMENTO ETNOMATEMÁTICA
A palavra foi cunhada da junção dos termos techné, mátema e
etno. Segundo Ubiratan D'Ambrósio o Programa Etnomatemática
"tem seu comportamento alimentado pela aquisição de
conhecimento, de fazer(es) e de saber(es) que lhes permitam
sobreviver e transcender, através de maneiras, de modos, de
técnicas, de artes (techné ou 'ticas') de explicar, de conhecer, de
entender, de lidar com, de conviver com (mátema) a realidade
natural e sociocultural (etno) na qual ele, homem, está
inserido."[1]
4. DEFINIÇÃO DE ETNOMATEMÁTICA
““ (...) etnomatemática não é apenas o estudo de matemáticas das diversas(...) etnomatemática não é apenas o estudo de matemáticas das diversas
etnias ”etnias ”
““ Para compor a palavra etnomatemática utilizei as raízes tica, matema ePara compor a palavra etnomatemática utilizei as raízes tica, matema e
etno para significar que há várias maneiras, técnicas, habilidades (tica) deetno para significar que há várias maneiras, técnicas, habilidades (tica) de
explicar, de entender, de lidar e de conviver (matema) com distintosexplicar, de entender, de lidar e de conviver (matema) com distintos
contextos naturais e socioeconômicos da realidade (etno) ”contextos naturais e socioeconômicos da realidade (etno) ”
D’Ambrósio, 2001D’Ambrósio, 2001
5. • Conceitos de Sebastiani
Segundo Eduardo Sebastiani Ferreira (1997, p.22) a
Etnomatemática é vista como uma “matemática codificada no saber-
fazer” onde o papel do professor é procurar novas estratégias para
desenvolver projetos relacionados à Matemática que tenha
importância para o seu contexto social em vários sentidos, pois, para
que irão aprender algo, que não irá servir na vida social e cultural?
Com esta idéia o professor exerce um papel de ativo pesquisador e
interpretador nas regiões a serem trabalhadas.
PRINCIPAIS ESTUDIOSOS E CONCEITOS
QUE EMBASAM A ETNOMATEMATICA
6. Conceito de Marcelo Borba
A Etnomatemática no conceito de Borba (1993, p. 56) era a
expressão de traços em cultura que busca identificar seus
próprios problemas e soluções culturais, identificando assim
suas atividades geratrizes, ou seja, “uma forma matemática
que expressa traços de uma dada cultura, na tentativa de
resolver problemas que são expressão desta cultura”.
7. Conceitos de Knijnik
Segundo Knijnik, a Etnomatemática investiga práticas que
desenvolvem habilidades tais como decodificação de
conhecimentos.
A investigação das tradições, práticas e concepções matemáticas um grupo social
subordinado (quanto ao volume e composição social, cultural e econômico) e o trabalho
pedagógico de que o grupo: interprete e decodifique seu conhecimento; Adquira o
conhecimento produzido pela matemática acadêmica, estabeleça comparações entre o seu
conhecimento acadêmico, analisando as relações de poder envolvido no uso destes dois
saberes.
(KNIJNIK, 2001, p.88)
Temos acima um conceito com conotações claramente sociais
interagindo com a formação do saber matemático e mostrando a
importância da Matemática em nossas vidas.
8. Como a prática pode usufruir na teoria
etnomatemática?
Pequenas ações podem ser colocadas em prática, como:
Valorizar o conhecimento que o aluno traz de casa;
Destacar situações do cotidiano onde a Matemática está
presente e nem sempre é notada;
Incentivar a criatividade.
9. O Conhecimento não é adquirido apenas na
escola
• A Etnomatematica vem, exatamente, cumprir esse papel: mostrar que
mesmo povos não escolarizados possuem conhecimentos
matemáticos e que “esse conhecimento não possui menor valor por
ter não sido aprendido na escola. Eles são diferentes, só isso ressalta
Isabel Lucena. Isso não quer dizer que a Etnomatematica despreza a
matemática cientifica, ela não propõe que os livros didáticos deixem
de ser usados. Apenas que os professores da disciplina de
Matemática percebam que o objetivo é tratar a matemática numa
linguagem mais próxima da realidade do aluno.
10. Exemplo:
• Um exemplo acontece em uma escola da Ilha do Combu no
Belém, como a matemática de ribeirinhos, onde a professora
utiliza recursos didáticos confeccionados com materiais da
própria região e trabalha a relação da cultura tradicional com
o conhecimento matemático do currículo escolar.
11. CONCLUSÃO
• Conclui-se que a etnomatemática, enaltece a matemática dos
distintos grupos culturais e recomenda uma enfatização maior dos
conceitos matemáticos informais desenvolvidos pelos educandos
através de seus conhecimentos, fora da conjuntura escolar na
vivência do seu cotidiano. Os povos com suas diferentes culturas,
têm múltiplas maneiras de trabalhar com o conceito matemático. A
Etnomatemática valoriza estas diferenças e afirma que toda a
construção do conhecimento matemático é válida e está
intimamente vinculada à tradição, à sociedade e à cultura de cada
povo.
12. REFERENCIAS
D'AMBRÓSIO, Ubiratan. Sociedade, cultura, matemática e seu ensino. Revista
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, p. 99-120, 2005.
KNIJNIK, Gelsa, WANDERER, Fernanda. “A vida deles é uma matemática”:
regimes de verdade sobre a educação matemática de adultos no campo.
Educação UNISINOS. Vol 10, n. 1, jan/abr 2006. São Leopoldo: UNISINOS.
BORBA, M.C. Etnomatemática e a cultura da sala de aula. Revista da
sociedade brasileira de educação matemática. N.1 (2º semestre), 1993.
SEBASTIANI FERREIRA, E. Os índios waimiri-atroari e a etnomatemática. In:
KNIJNIK, G et al. (Org.). Etnomatemática, currículo e formação. Santa Cruz
do Sul: EDUNISC. 2004.
13. CURSISTAS
• Gilmária Pires Cambuí Pereira
• Maria Zenaide Queiroz
• Rivânia Moura de Araujo Barros
• Rosimeire Silva Mendes
• Tatiane Nunes Dias Oliveira