O documento descreve a trajetória da televisão no Brasil desde sua chegada na década de 1950 até os dias atuais, passando por fases de instalação, expansão, consolidação e convergência. Também discute os desafios da transição para a TV digital, como a multiprogramação, interatividade e mobilidade.
2. A trajetória da TV no Brasil
Fase da instalação (1950-1964) – compreende o período de chegada da televisão
no Brasil, dominado por empresas vindas do rádio, como a Tupi e a Record, onde as
emissoras eram regionais e não havia redes.
Fase da expansão (1965-1984) – tem como marco a criação de TV Globo e da
Embratel. As emissoras começam a ser organizadas em rede, aproveitando a infraestrutura nacional de televisão instalada pelo governo militar. A televisão passa a se
tornar uma ferramenta importante de poder e de integração nacional.
Fase da consolidação (1985-2002) – com o fim da ditadura, a televisão se
consolida como um poder em si, nacionalmente, e passa a ocupar um espaço central
para o poder político regional. O período marca o auge da hegemonia criada durante
a fase anterior e também o início de seu declínio.
Fase da convergência (2003- ) – pela primeira vez, o poder da televisão encontrase em xeque, pelo poder econômico das empresas de telecomunicações e pelos
efeitos da convergência de meios.
2
Renato Cruz – Senac – 24/2/2014
3. Fase da consolidação (1985-2002)
Tancredo Neves submeteu o nome de cada um de seus ministros a Roberto
Marinho: “Eu brigo com o Papa, eu brigo com a Igreja Católica, eu brigo
com o PMDB, com todo mundo, eu só não brigo com o doutor Roberto”.
O nome de Maílson da Nóbrega para o Ministério da Fazenda, segundo
alguns relatos, foi escolhido por Roberto Marinho.
Durante a Constituinte, foram distribuídas 82 concessões de TV, sendo 43
no ano da votação da emenda dos cinco anos para Sarney, 30 delas para
parlamentares de partidos aliados do governo.
O ministro Antônio Carlos Magalhães recebeu sete concessões de TV e o
presidente José Sarney (1985-1990) três.
Em 1989, a Globo exibe um resumo favorável a Fernando Collor de Mello
do debate com Luiz Inácio Lula da Silva, no Jornal Nacional. O expresidente é dono da retransmissora da Globo em Alagoas.
3
Renato Cruz – Senac – 24/2/2014
5. Um pouco de história da TV digital
1994 – As emissoras brasileiras começam a estudar a tecnologia
1998 – A Anatel, recém-criada, passa a conduzir o processo
2000 – O Mackenzie compara os três padrões internacionais
2001 – A Anatel faz uma consulta pública sobre os testes
2003 – O governo propõe a criação de um sistema local
2005 – Os consórcios brasileiros terminam seus relatórios
2006 – O governo assina um acordo com os japoneses
2007 – A TV digital estreia em São Paulo
5
Renato Cruz – Senac – 24/2/2014
6. ISDB no mundo
Na América Latina:
Brasil, Argentina, Bolívia, Chile,
Costa
Rica, Equador, Guatemala, Hondur
as, Nicarágua, Paraguai, Peru, Uru
guai e Venezuela
Na Ásia: Japão, Filipinas e Ilhas
Maldivas
Na África: Botsuana
6
Renato Cruz – Senac – 24/2/2014
7. A TV digital
Alta definição – A qualidade da imagem é
superior à do DVD
Multiprogramação – Vários programas
podem ser transmitidos ao mesmo tempo, num
só canal
Interatividade – A TV passa a oferecer
serviços parecidos com os da internet
Mobilidade – Os aparelhos celulares podem
receber o sinal da TV aberta
7
Renato Cruz – Senac – 24/2/2014
10. Meios quentes e frios
“Um meio quente é aquele que prolonga um único de nossos sentidos
e em alta definição. Alta definição se refere a um estado de alta
saturação de dados. (...) Um meio quente envolve menos participação
do que um frio: uma conferência envolve menos do que um seminário,
e um livro menos que um diálogo.” - Marshall McLuhan (1964)
10
Renato Cruz – Senac – 24/2/2014
11. O aquecimento da televisão
“Tecnicamente, a TV tende a ser um meio de primeiros-planos.
No cinema, o close-up dá ênfase; na TV, é coisa normal. Uma foto
brilhante do tamanho do vídeo pode mostrar uma dúzia de caras com
muitos pormenores, mas uma dúzia de caras no vídeo forma
apenas uma mancha ” - Marshall McLuhan (1964)
11
Renato Cruz – Senac – 24/2/2014
13. O problema da interatividade
“Não existe outro lado. Isto é televisão, e não telefone.
A diferença é grande” - Willy Wonka
13
Renato Cruz – Senac – 24/2/2014