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Reading images: the grammar of visual design
                                      Kress & van Leewen


INTRODUÇÃO

O objetivo do livro é concentrar-se em ‘gramática’ e ‘sintaxe’, na forma
pela qual esses elementos são combinados em unidades de sentido.

A gramática visual descreverá a forma pela qual elementos como pessoas,
coisas etc. combinam-se em “declarações” visuais de maior e menos
complexidade e extensão.

Procura-se fornecer descrições utilizáveis de estruturas de composição mais
significativas que se tornaram convenções no curso da história ocidental da
semiótica visual e analisar como elas são usadas para produzir significados
pelos produtores de imagens contemporâneos.



      Inspirados nos trabalhos de Halliday, procura-se ver as formas
       gramaticais como recursos para codificar interpretações de
       experiência e formas de (inter)ação social.




http://www.estadao.com.br/noticias/geral,hopi-hari-reabre-apos-22-dias-com-menos-tres-
atracoes,853194,0.htm

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1067020-hopi-hari-reabre-apos-22-dias-e-doa-
ingressos-a-funcionarios.shtml1




1
  Os links acima mostram como a questão da escolha de palavras em manchetes pode atribuir diferentes sentidos e impressões a
quem lê.
 Expressar algo visual ou verbalmente faz diferença.


http://www.washingtonpost.com/ac2/wp-dyn?
pagename=article&contentId=A14035-2001Sep11&notFound=true




Por mais que a manchete de Washington Post seja marcante pela escolha
das palavras, as imagens também transmitem enorme significado.



    Letramento visual se tornará cada vez mais essencial.
Ensinar as habilidades visuais não acarretará o fim da arte visual, assim
como o ensino da escrita não incompatibiliza o término do processo
criativo da escrita literária.




                   No que consiste a gramática visual?

   • Descreve um recurso social de um grupo específico, o conhecimento
     explícito e implícito desse grupo sobre este recurso, e seu uso nas
     práticas desse grupo.

   • É uma gramática bem ampla, uma vez que se trata de algo que
     abarca todas as expressões visuais.

   • A gramática visual não é universal, possui balizas culturais.




A unidade das linguagens é uma construção social, um produto da teoria e
de histórias sociais e culturais. Quando não há tanto policiamento por
sistemas educacionais (a academia, por exemplo), as línguas evoluem de
forma mais livre (pidgin, creole), como ocorreu com a comunicação visual.
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO SÓCIO-SEMIÓTICA



A noção mais importante em qualquer semiótica é a de signo, sendo neste
livro discutida a criação de signos.



Progresso e exemplificação da criação de signos:
Percebemos os signos como conjunções motivadas – não arbitrárias – de
significantes (formas) e significados (sentidos).

Signos nunca são arbitrários e a motivação deve sempre ser formulada em
relação ao criador de signos e o contexto no qual o signo é criado.

Criadores de signos usam formas que eles consideram ser aptas para
expressar significado, em qualquer meio em que se possa criar signos.

Crianças, assim como adultos, criam seus próprios recursos de
representação. Estes não são adquiridos, mas criados pelo criador de
signos. Exemplo do “heavy hill” da criança em contraponto ao “steep hill”
do adulto.



    Convenções não negam novas criações, mas procuram limitar o
     âmbito semiótico de combinações.
Imagens retiradas do livro “Le Petit Prince”, Saint-Exupéry.

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  • 1. Reading images: the grammar of visual design Kress & van Leewen INTRODUÇÃO O objetivo do livro é concentrar-se em ‘gramática’ e ‘sintaxe’, na forma pela qual esses elementos são combinados em unidades de sentido. A gramática visual descreverá a forma pela qual elementos como pessoas, coisas etc. combinam-se em “declarações” visuais de maior e menos complexidade e extensão. Procura-se fornecer descrições utilizáveis de estruturas de composição mais significativas que se tornaram convenções no curso da história ocidental da semiótica visual e analisar como elas são usadas para produzir significados pelos produtores de imagens contemporâneos.  Inspirados nos trabalhos de Halliday, procura-se ver as formas gramaticais como recursos para codificar interpretações de experiência e formas de (inter)ação social. http://www.estadao.com.br/noticias/geral,hopi-hari-reabre-apos-22-dias-com-menos-tres- atracoes,853194,0.htm http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1067020-hopi-hari-reabre-apos-22-dias-e-doa- ingressos-a-funcionarios.shtml1 1 Os links acima mostram como a questão da escolha de palavras em manchetes pode atribuir diferentes sentidos e impressões a quem lê.
  • 2.  Expressar algo visual ou verbalmente faz diferença. http://www.washingtonpost.com/ac2/wp-dyn? pagename=article&contentId=A14035-2001Sep11&notFound=true Por mais que a manchete de Washington Post seja marcante pela escolha das palavras, as imagens também transmitem enorme significado.  Letramento visual se tornará cada vez mais essencial.
  • 3. Ensinar as habilidades visuais não acarretará o fim da arte visual, assim como o ensino da escrita não incompatibiliza o término do processo criativo da escrita literária. No que consiste a gramática visual? • Descreve um recurso social de um grupo específico, o conhecimento explícito e implícito desse grupo sobre este recurso, e seu uso nas práticas desse grupo. • É uma gramática bem ampla, uma vez que se trata de algo que abarca todas as expressões visuais. • A gramática visual não é universal, possui balizas culturais. A unidade das linguagens é uma construção social, um produto da teoria e de histórias sociais e culturais. Quando não há tanto policiamento por sistemas educacionais (a academia, por exemplo), as línguas evoluem de forma mais livre (pidgin, creole), como ocorreu com a comunicação visual.
  • 4. TEORIA DA REPRESENTAÇÃO SÓCIO-SEMIÓTICA A noção mais importante em qualquer semiótica é a de signo, sendo neste livro discutida a criação de signos. Progresso e exemplificação da criação de signos:
  • 5. Percebemos os signos como conjunções motivadas – não arbitrárias – de significantes (formas) e significados (sentidos). Signos nunca são arbitrários e a motivação deve sempre ser formulada em relação ao criador de signos e o contexto no qual o signo é criado. Criadores de signos usam formas que eles consideram ser aptas para expressar significado, em qualquer meio em que se possa criar signos. Crianças, assim como adultos, criam seus próprios recursos de representação. Estes não são adquiridos, mas criados pelo criador de signos. Exemplo do “heavy hill” da criança em contraponto ao “steep hill” do adulto.  Convenções não negam novas criações, mas procuram limitar o âmbito semiótico de combinações.
  • 6. Imagens retiradas do livro “Le Petit Prince”, Saint-Exupéry.