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FORMAÇÃO DOCENTE X
ERA DO VIRTUAL:
NOVOS PARADIGMAS
Sônia PETITTO
Mestre em Educação pela UNESP de Marília - SP
OBJETIVO DAS
OFICINAS
repensar a
capacitação
pedagógica do
professor
envolvendo a sua
formação técnico-
científica, prática,
pedagógica, política bem como as tecnologias da
informação que impõe mudanças no paradigma da
produção e divulgação do conhecimento.
 Constantes críticas sobre a atuação dos educadores em exercício,
sem que se pense no social ou no óbvio: o mundo está em constante
transformação e a Educação não pode perder o compasso desse
tempo...
 Desde 1990, quando o Brasil participou da Conferência Mundial de
Educação para Todos, em Jomtien na Tailândia, a Educação no
Brasil não foi vista mais com o mesmo olhar. pela Organização das
Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Banco Mundial (BM) e
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com
a participação de países desenvolvidos e em desenvolvimento, tinha
como principal preocupação a
[...]satisfação das necessidades básicas de
aprendizagem para todos, capazes de tornar
universal a educação fundamental e de
ampliar as oportunidades de aprendizagem
para crianças, jovens e adultos (BRASIL,
1997, p. 14).
CONTEÚDO
 Existe a necessidade de uma transformação do ambiente escolar
dessa nova era, que identificamos como sendo a Era do Homem
Virtual, cuja geração do século XXI já pertence, pois, além de viver num
mundo irreal, propagado pelas mídias, esse homem é virtual - não é o
que acredita ser e sim o que o fazem acreditar que seja - cabendo à
Escola o papel de mediadora na descoberta de sua identidade
(PETITTO, 2003, p. 22).
Segundo Lévy (1996, p. 12-15), a
virtualização nada mais é do que:
[...] um processo de transformação
de um modo de ser num outro [...]
a pura e simples ausência da
existência.
Podemos observar
que geração do
Homem Virtual se
caracteriza:
 pela facilidade com que o
homem obtém a informação
que precisa, pois antes, para
ter acesso a ela era
necessário despender muito
tempo e dinheiro, tornando-se
necessário o deslocamento de
pessoas até os locais onde os
fatos ocorriam, para que,
algum tempo depois, eles
fossem divulgados.
Hoje, no momento exato em
que acontece um fato,
podemos presenciar a
história acontecendo diante
de nossos olhos, na tela do
aparelho de televisão de
nossa sala, através das
câmeras de vídeo
conectadas ao satélite.
Desenvolver o senso
crítico do aluno
 Mais do que ensinar é necessário que se
oriente essa geração a saber manipular a
informação de maneira correta, com
criticidade, com autonomia consciente.
 Para isso, o educador deve estar
preparado, acompanhar a evolução,
saber como é esse novo homem que senta
nos bancos da Universidade para aprender
- outro paradigma em transformação –
quando temos o aluno chegando à sala de
aula com informações atualizadas, obtidas
através dos canais de TV a cabo, da TV
tradicional, jornais e revistas, Internet.
 Informações essas que nem sempre o educador tem acesso, pela falta
de tempo em buscá-las - pois a maioria dos docentes ministra aulas em várias
instituições, deslocando-se de uma para outra, sem tempo para sua
atualização - ou por não possuir recursos financeiros que possibilitem a
compra dos instrumentos que irão oferecer a informação atualizada sobre o
assunto que está sendo discutido.
Cabe à
Escola
 a capacitação permanente do
educador, que deve ter possibilidad
de obter a informação precisa e
atualizada sobre o assunto abordad
com seus alunos, podendo ter aces
a ela tanto através dos meios de
comunicação de massa mais
populares como TV a cabo, quanto
pela navegação na teia da grande r
que interliga computadores em todo
mundo – a Internet.
 E, mais que isso, precisa ser
orientado na utilização desse
aparato tecnológico, tanto para si
quanto para o uso com seus alunos
projetos pedagógicos.
Competências do trabalho docente
 Sabemos também que o
trabalho docente
envolve competências
múltiplas que
transcendem o domínio
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científica.
 Esse domínio
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e, nesse sentido, é
necessário refletir sobre
a questão da formação
profissional do docente,
envolvendo todo um
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Formação Técnico-Científica
 domínio técnico do conteúdo a ser ensinado, específico
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assumir sempre uma postura de permanente
curiosidade, crítica, insatisfação e busca do novo. A
certeza de que o conhecimento é histórico e deve
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[a] pesquisa é, ao mesmo tempo, princípio
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professor,
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maior parte das críticas ao processo de ensino está
centrada na didática do professor, confirmadas em
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aprendizagem de um conjunto de técnicas a serem utilizadas em
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 É preciso repensar o trabalho de ensino como um todo e o
professor como educador (ENCONTRO, 1990).
 Por outro lado, não podemos esquecer que o avanço da tecnologia
da informação vai propiciar uma mudança no paradigma da
produção e da divulgação do conhecimento. Conseqüentemente,
isto fará repensar no papel tradicional do professor que, aliás,
jamais perderá a sua função de mestre, pois “[...] a qualidade
do aluno é função, antes de tudo, da qualidade do seu mestre
(GOMES, 1992, p. 4)”.
 A escola não será a única fonte de informações mas, não
perderá seu valor tradicional. Como bem assinala Mello (1998, p.
3),
[...] ele [o professor] será cada vez menos um guardião
de conceitos e passará a ser um facilitador da
integração e da significação, no contexto do ensino,
de conhecimentos acessíveis pelos mais diferentes
meios.
Mesmo afirmando que a interação professor-
aluno é um processo fundamental, Barros &
Silva (1993) reconhecem a importância dos
aparatos tecnológicos .........
 e a sua influência sobre o fazer didático-
pedagógico, colocando que a Universidade
precisa acompanhar e participar dos avanços da
civilização, de forma ágil e flexível;
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forma interdisciplinar novas metodologias,
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assessorar seus departamentos nas suas
necessidades didáticas específicas.
Vamos nos remeter, enfim, ao paradigma
desse processo estimulado pelos meios de
comunicação de massa, em especial pelo
computador:
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aquisição de conhecimento, cabendo
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metodológicos de ensino-aprendizagem
para que o aluno tenha subsídios no
fortalecimento de suas descobertas e
consiga transformar a informação - um
dado virtual - em conhecimento
adquirido, em saber incorporado, crítico
e consciente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 9394, 20 dez. 1996. Lei
de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Diário Oficial, Brasília, n. 248,
p.27833-27841, 1996. Seção 1.
BRASIL. Ministério da Educação e do
Desporto. Parâmetros Curriculares
Nacionais, v. 1 e 8. Brasília: MEC/SEF,
1997.
LÉVY, P. O que é o virtual? . São Paulo:
Editora 34, 1996.
PETITTO, S. Projetos de trabalho em
informática: desenvolvendo
competências. Campinas-SP: Papirus,
2003.
UNESCO. Pesquisa sobre a política de
mudança e desenvolvimento em
educação superior. Trad. A.R. Bissoli.
França: s.ed., 1995.

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Formação docente x era virtual

  • 1. FORMAÇÃO DOCENTE X ERA DO VIRTUAL: NOVOS PARADIGMAS Sônia PETITTO Mestre em Educação pela UNESP de Marília - SP
  • 2. OBJETIVO DAS OFICINAS repensar a capacitação pedagógica do professor envolvendo a sua formação técnico- científica, prática, pedagógica, política bem como as tecnologias da informação que impõe mudanças no paradigma da produção e divulgação do conhecimento.
  • 3.  Constantes críticas sobre a atuação dos educadores em exercício, sem que se pense no social ou no óbvio: o mundo está em constante transformação e a Educação não pode perder o compasso desse tempo...  Desde 1990, quando o Brasil participou da Conferência Mundial de Educação para Todos, em Jomtien na Tailândia, a Educação no Brasil não foi vista mais com o mesmo olhar. pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Banco Mundial (BM) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com a participação de países desenvolvidos e em desenvolvimento, tinha como principal preocupação a [...]satisfação das necessidades básicas de aprendizagem para todos, capazes de tornar universal a educação fundamental e de ampliar as oportunidades de aprendizagem para crianças, jovens e adultos (BRASIL, 1997, p. 14).
  • 4. CONTEÚDO  Existe a necessidade de uma transformação do ambiente escolar dessa nova era, que identificamos como sendo a Era do Homem Virtual, cuja geração do século XXI já pertence, pois, além de viver num mundo irreal, propagado pelas mídias, esse homem é virtual - não é o que acredita ser e sim o que o fazem acreditar que seja - cabendo à Escola o papel de mediadora na descoberta de sua identidade (PETITTO, 2003, p. 22). Segundo Lévy (1996, p. 12-15), a virtualização nada mais é do que: [...] um processo de transformação de um modo de ser num outro [...] a pura e simples ausência da existência.
  • 5. Podemos observar que geração do Homem Virtual se caracteriza:  pela facilidade com que o homem obtém a informação que precisa, pois antes, para ter acesso a ela era necessário despender muito tempo e dinheiro, tornando-se necessário o deslocamento de pessoas até os locais onde os fatos ocorriam, para que, algum tempo depois, eles fossem divulgados. Hoje, no momento exato em que acontece um fato, podemos presenciar a história acontecendo diante de nossos olhos, na tela do aparelho de televisão de nossa sala, através das câmeras de vídeo conectadas ao satélite.
  • 6. Desenvolver o senso crítico do aluno  Mais do que ensinar é necessário que se oriente essa geração a saber manipular a informação de maneira correta, com criticidade, com autonomia consciente.  Para isso, o educador deve estar preparado, acompanhar a evolução, saber como é esse novo homem que senta nos bancos da Universidade para aprender - outro paradigma em transformação – quando temos o aluno chegando à sala de aula com informações atualizadas, obtidas através dos canais de TV a cabo, da TV tradicional, jornais e revistas, Internet.  Informações essas que nem sempre o educador tem acesso, pela falta de tempo em buscá-las - pois a maioria dos docentes ministra aulas em várias instituições, deslocando-se de uma para outra, sem tempo para sua atualização - ou por não possuir recursos financeiros que possibilitem a compra dos instrumentos que irão oferecer a informação atualizada sobre o assunto que está sendo discutido.
  • 7. Cabe à Escola  a capacitação permanente do educador, que deve ter possibilidad de obter a informação precisa e atualizada sobre o assunto abordad com seus alunos, podendo ter aces a ela tanto através dos meios de comunicação de massa mais populares como TV a cabo, quanto pela navegação na teia da grande r que interliga computadores em todo mundo – a Internet.  E, mais que isso, precisa ser orientado na utilização desse aparato tecnológico, tanto para si quanto para o uso com seus alunos projetos pedagógicos.
  • 8. Competências do trabalho docente  Sabemos também que o trabalho docente envolve competências múltiplas que transcendem o domínio de conhecimentos ou a capacitação científica.  Esse domínio representa condição importante, mas não suficiente, para que ocorra a aprendizagem e, nesse sentido, é necessário refletir sobre a questão da formação profissional do docente, envolvendo todo um conjunto de habilidades. Tais habilidades se traduzem em:
  • 9. Formação Técnico-Científica  domínio técnico do conteúdo a ser ensinado, específico da disciplina que o professor ministra. Ele deverá assumir sempre uma postura de permanente curiosidade, crítica, insatisfação e busca do novo. A certeza de que o conhecimento é histórico e deve acompanhar o movimento da realidade. Portanto, [a] pesquisa é, ao mesmo tempo, princípio científico e educativo. Temos a tendência de ver apenas o lado científico, esquecendo que a universidade também é lugar de educação. O que qualifica esta educação é mediar-se pela produção científica e vice-versa. (DEMO, 1993, p. 144)
  • 10. Formação Prática  se refere ao conhecimento que o professor deve ter da prática profissional para a qual está formando os seus alunos.  Cortês & Huerga (1986, p.77) afirmam que, para o professor, [...]é necessário um profundo domínio do conteúdo de sua matéria de ensino, um conhecimento substancial das ciências que a embasam e, além disso, a riqueza da experiência adquirida cumulativamente em sua atividade profissional específica.
  • 11. Formação Pedagógica  De acordo com Balzan (1988) e Barros & Silva (1993), a maior parte das críticas ao processo de ensino está centrada na didática do professor, confirmadas em relatórios de diversas pesquisas. Frases do tipo: a didática dos professores deixa muito a desejar, aparecem freqüentemente.  O problema da didática ganha dimensões quando se considera que ela não se restringe às relações que têm lugar na sala de aula, dizendo respeito à definição de objetivos, à relação de conteúdos, à distribuição de atividades, ao processo de avaliação, enfim, ao planejamento dos cursos e à elaboração de programas das diferentes disciplinas.
  • 12.  Portanto, a formação didática abrange mais do que a aprendizagem de um conjunto de técnicas a serem utilizadas em sala de aula, dependendo da concepção que se tem sobre educação, do tipo de aluno que se quer formar e com que se conta para trabalhar.  É preciso repensar o trabalho de ensino como um todo e o professor como educador (ENCONTRO, 1990).  Por outro lado, não podemos esquecer que o avanço da tecnologia da informação vai propiciar uma mudança no paradigma da produção e da divulgação do conhecimento. Conseqüentemente, isto fará repensar no papel tradicional do professor que, aliás, jamais perderá a sua função de mestre, pois “[...] a qualidade do aluno é função, antes de tudo, da qualidade do seu mestre (GOMES, 1992, p. 4)”.  A escola não será a única fonte de informações mas, não perderá seu valor tradicional. Como bem assinala Mello (1998, p. 3), [...] ele [o professor] será cada vez menos um guardião de conceitos e passará a ser um facilitador da integração e da significação, no contexto do ensino, de conhecimentos acessíveis pelos mais diferentes meios.
  • 13. Mesmo afirmando que a interação professor- aluno é um processo fundamental, Barros & Silva (1993) reconhecem a importância dos aparatos tecnológicos .........  e a sua influência sobre o fazer didático- pedagógico, colocando que a Universidade precisa acompanhar e participar dos avanços da civilização, de forma ágil e flexível;  fomentando a pesquisa, desenvolvendo de forma interdisciplinar novas metodologias, com o apoio de tecnologia disponível para assessorar seus departamentos nas suas necessidades didáticas específicas.
  • 14. Vamos nos remeter, enfim, ao paradigma desse processo estimulado pelos meios de comunicação de massa, em especial pelo computador:  ter acesso à informação não garante a transformação da mesma em aquisição de conhecimento, cabendo ao educador bem qualificado - através de constante capacitação e/ou atualização - trabalhar conceitos metodológicos de ensino-aprendizagem para que o aluno tenha subsídios no fortalecimento de suas descobertas e consiga transformar a informação - um dado virtual - em conhecimento adquirido, em saber incorporado, crítico e consciente.
  • 15. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n. 9394, 20 dez. 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial, Brasília, n. 248, p.27833-27841, 1996. Seção 1. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais, v. 1 e 8. Brasília: MEC/SEF, 1997. LÉVY, P. O que é o virtual? . São Paulo: Editora 34, 1996. PETITTO, S. Projetos de trabalho em informática: desenvolvendo competências. Campinas-SP: Papirus, 2003. UNESCO. Pesquisa sobre a política de mudança e desenvolvimento em educação superior. Trad. A.R. Bissoli. França: s.ed., 1995.