Este documento descreve a história da poluição em Cubatão e os esforços subsequentes de controle da poluição. Nos anos 1950 e 1960, a cidade se industrializou rapidamente sem preocupação com o meio ambiente, causando poluição extrema do ar e da água. Isso levou a "Vale da Morte" e doenças graves na população. Nas décadas seguintes, medidas rígidas de controle da poluição foram implementadas, custando mais de US $ 1 bilhão. Isso levou a uma recuperação significativa da qualidade ambiental.
1. Cubatão – da poluição ao exemplo
de controle da poluição
Grupo: Rafael Mossolin, João Júlio, Mirian e Mara
2. Cubatão – da poluição ao exemplo
de controle da poluição
• Cubatão localiza-se 57 km da capital paulista, pertence a região
da Baixada Santista
3. Industrialização de Cubatão/SP
Fonte: "Entre estatais e transnacionais: o Pólo Industrial de Cubatâo“-Tese de doutorado (UNICAMP) Joaquim
Miguel Couto
• Em 1955 forte industrialização da cidade, iniciou a atividade de
refino de petróleo; Refinaria Presidente Bernardes -
Cubatão (RPBC)
• Início dos anos 1960 a instalação da Companhia Siderúrgica
Paulista (Cosipa); bairro de Piaçaguera.
4. Fonte: Instalações da Cosipa em Cubatão
Foto: Cosipa, cerca de 1990
• Desmatamento de 4 milhões km para construção da COPISA; e
dos mangues,
• Construção do Complexo Portuário da Cosipa em
Cubatão, atingindo a vida marítima,
5. • Caso Rhodia ( produção tetracloreto de carbono e
pencloroetileno).
- Em 1974, morte de dois funcionários mortos por intoxicação de
penclroetileno,
- Em junho de 1993, depois de encontrado um lixão de quinze mil
toneladas de resíduos químicos quase puros, dentro da fábrica da
Rhodia,
6. • Nas décadas seguintes muitas indústrias sem
preocupação ambiental instalaram nas proximidade da
COPISA.
• Química Industrial Medicinalis (1949) proximidade do
Rio Perequê, produção de cloro e soda cáustica
• Cimento Santa Rita (1968)
• Ultrafértil S/A - Indústria e Comércio de Fertilizantes
(1970), optou-se por uma área bem próxima à raiz da
Serra do Mar, maiores produtor mundial de
fertilizantes nitrogenados
7. “Vale da Morte” – Chuva acida e
doenças
• Um levantamento da poluição do ar na década de 80, apontava para o
lançamento de cerca de 1.300 toneladas por dia de poluentes particulados
líquidos e gasosos na atmosfera de Cubatão.
• Por décadas, as cerca de 25 indústrias do município lançaram toneladas de
resíduos petroquímicos, siderúrgicos, de fertilizantes e diversos produtos
químicos altamente poluentes na atmosfera, nos rios, solo e manguezais.
8. • Nas décadas de 70 e 80, o polo industrial de Cubatão, na baixada santista
em São Paulo, ficou conhecido como a região mais poluída do mundo. O
solo, os rios e os manguezais, que formam o ecossistema da
região, receberam indiscriminadamente outras toneladas de resíduos
poluentes e contaminantes.
10. Chuva-Ácida em Cubatão
• Em CUBATÃO as partículas são transportadas pelos ventos
precipitando sobre a FLORESTA DA SERRA DO MAR.
11. Doenças da Poluição
• A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam no solo. Esses metais podem
alcançar rios. A ingestão de água potável acidificada, por longos períodos, pode
causar a doença de Parkinson e de Alzheimer, a hipertensão, problemas
renais, pulmonares e principalmente danos ao cérebro. Em Cubatão, provocou o
nascimento de muitas bebes anencefálicas.
Fonte:
12. O combate à poluição em Cubatão
• Generalização: os problemas de Cubatão não se manifestavam de forma
semelhante em todas as regiões.
• 1972: primeira rede de monitoramento de qualidade do ar – apenas monitores
passivos.
taxa de sulfuração
poeira sedimentável.
• 1977: medições das concentrações de SO2 e poeira total em suspensão - amostras
coletadas a cada 24 horas.
13. • 1981: rede automática de monitoramento, com dados obtidos a cada hora.
• 1984: plano de controle de emissões atmosféricas
levantamento inicial das fontes de poluição ambiental.
níveis toleráveis no prazo de 5 anos
atividades junto as empresas da região - reduzir e monitorar a poluição.
CETESB: especificou equipamentos, instalações e procedimentos de
produção, para que cada fonte atendesse aos padrões estipulados.
• Os gastos com controle da poluição atmosférica chegaram aos US$ 700
milhões, mas os resultados foram altamente positivos.
14. • 230 fontes de poluição do ar.
• Exigências de controle para cada fonte - padrões de emissão .
• O programa foi posto em prática, visando abater:
Poluentes que acarretam situações episódicas e/ou violações de padrões legais de
qualidade do ar;
Poluentes fitotóxicos, visando proteger a vegetação da Serra do Mar;
Poluentes odoríferos causadores de incomodo à população.
• 1985/1987: medição de taxas de sulfatação.
• Maiores índices: área industrial, diminuindo gradativamente em direção ao
planalto.
15. • SO2: já não se apresentava como um problema de poluição
primária.
• Final de 1990: 206 fontes já se encontravam sobre controle
16. • Pontos fortes
Inventário de fontes de emissão bem estabelecido entre a Cetesb e as
indústrias, e atualizado anualmente.
Controle eficiente das emissões atmosféricas, com procedimentos de
acompanhamento, análise e auditoria dos sistemas de controle.
• Pontos fracos
Situação geográfica e climática desfavorável à dispersão dos poluentes do ar.
Tendências de aumento do tráfego de veículos pesados com reflexos na
qualidade do ar por emissões difusas.
17. • Estudos identificaram os poluentes mais críticos, o que
permitiu orientar as ações de controle da poluição com
vistas à proteção dos ecossistemas afetados.
• Medidas de contenção das encostas, proteção das
drenagens e de revegetação da Serra do Mar, por meio de
plantios manuais e de semeaduras aéreas,
complementaram as ações de recuperação ambiental de
Cubatão.
• Outra estratégia consistiu na elaboração de um Programa
de Educação Ambiental, incentivando a participação da
comunidade na gestão e no controle do seu próprio meio.
18. Cubatão na década de 2000
Medidas de controle ambiental
• Redução da poluição do ar e da água;
• Proteção das drenagens e da revegetação da Serra do Mar;
• Contenção das encostas;
• Foram criados programas de gerenciamento de riscos;
• E implantação de planos de ação e emergência;
Fonte: Revista Veja – Setembro/2011
19. Investimento das industrias na questão
ambiental
• Os investimentos foram superiores a um bilhão de dólares
• Os sistemas de controle foram implantados em 100% das fontes
• Maior ponto positivo foi no ecossistema aquático e para pesca.
Foto: Final de tarde no sambaqui do Cubatão, local para camping
20. Monitoramento do controle da
poluição
• Monitoramento on-line pela Cetesb.
• Contratação de empresas especializadas.
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
21. Nova ameaça ao ar de Cubatão
• Crescimento do tráfego de caminhões no sistema Anchieta
Imigrantes.
• Aumento do comércio exterior.
• Infraestrutura de acesso na chegada a região.
Foto da Rodovia Anchieta - ImigrantesFonte: http://www.abtlp.org.br
22. Referência Bibliográfica
• A história da poluição do sedimento na Baixada Santista. Disponível em:
http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=715. Acesso em: 20 abr. 2010.
• ALONSO, Cláudio D.; GODINHO, R. A Evolução da Qualidade do Ar em Cubatão. Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental – CETESB. São Paulo, 1992.
• CRESPILHO, Frank Nelson. Desenvolvimento sustentável para um Brasil limpo. Universidade de São
Paulo, Instituto Química de São Carlos, 2002.
• COUTO, Joaquim Miguel Histórias e Lendas de Cubatão. Tese de Doutorado Disponível em:
http://www.novomilenio.inf.br/ cubatao/ch014e.htm. Acesso em: 18 abr. 2010.
• FILHO, João Baptista Galvão. O Fenômeno Cubatão. O Estado de São Paulo. Março1987. Disponível em:
www.consultoriaambiental.com.br. Acesso em: 20 ABR 2010.
• Poluição em Cubatão – Qualidade do ar, das águas e riscos ambientais. 2008. In:
HTTP://poluicaoemcubatao.blogspot.com acessado em 19 jun. 2012.
• Revista Cidades do Brasil. Recuperação Ambiental. Fevereiro 2000. Edição 06. Disponível em:
http://www.cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/indice.cgi?cl=099105100097100101098114. Acesso em: 19 ABR 2010.
• ROSA, Andreza Mirella; NASS, Bárbara Ayako; PACHECO, José Dimas C. Santos. Responsabilidade sócio ambiental.
Lins – SP, 2009.
• SILVA, Wanilson Luiz; MATOS, Rosa Helena R. Geoquimica e índice de geoacumulação de mercurio em
sedimentos em superficie do estuário de Santos – Cubatão (SP). Quim. Nova, Vol. 25, No. 5, 753-756, 2002.
• VARELA, Carmen Augusta. Instrução de politicas ambientais, casos de aplicação e seus impactos.
EAESP/FGV/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES, 2001.