A Águia e o Condor: aves rapineiras que não podem voar juntas

A ÁGUIA E O CONDOR Juciara R. Santos

Fazendo do céu meu palco, E do mundo minha platéia; Flutuo livre e ardilosa, Bailando por sobre a terra!

Sou ave de rapina, Sou insígnia de bandeira; Fui símbolo dos romanos, De constelação, sou estrela!

Pairando elegantemente, Mostrando meu porte e vigor; Surpresa, e muito contente, Encontrei-me com um condor!

Abutre de grande porte, Morador das Cordilheiras. Belo, majestoso, e forte, Somos aves rapineiras!

Astuciosos por natureza, Buscamos na caça, o torpor; Depois de avistar a presa, Atacam; a Águia e o Condor!

Duas aves traiçoeiras, Jamais poderão ocupar; O mesmo espaço na terra, Nem o mesmo espaço no ar!

Somos aves solitárias, Em ventos que vêm e que vão... Se tocam nossas almas num momento; E se afastam em contrária direção!

Embora tão parecidas, Não podemos nos juntar. Aves raras e esquecidas; No mesmo céu à voar!

Segue, Condor, o teu caminho; E busca nunca esquecer; Que a suplicar o teu carinho; Ficou a Águia à sofrer!!!

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