O documento discute Descartes e o racionalismo. Ele aborda questões sobre a fonte do conhecimento, como podemos ter certeza do que conhecemos e não é um sonho, e apresenta Descartes como alguém que desenvolveu um método para o conhecimento científico moderno baseado na dúvida, razão e busca pela certeza.
2. Algumas perguntas...
Qual é a fonte de nossos conhecimentos?
É possível confiar em quem nos engana
uma vez?
Como podemos
ter certeza de que
estamos
acordados e que
tudo o que
vivemos não é um
sonho?
3. Quem é o sujeito?
Passamos agora por
mais uma virada na
história, a chegada da
filosofia moderna.
É com o francês René
Descartes (1596 – 1650)
que veremos como isso
começa. Fonte: FRATESCHI, Yara.
“Revolução Científica,
Mecanicismo e Método do
Conhecimento”. In: Curso de
Filosofia Política. São Paulo: Atlas,
2010
4. Um velho conhecido.
Descartes é (ou será) seu
conhecido pelas suas
importantes conquistas no
campo da matemática.
De onde você acha que vem o
plano cartesiano?
O filósofo também
contribuiu com a
Física (na Óptica) e
com a Astronomia
5. É preciso método para conhecer.
Descartes, contudo, é também aquele quem define o
método de investigação das ciências modernas, ou
seja, como elas procedem para conhecer a natureza.
Como podemos ser capazes de separar os
conhecimentos seguros, corretos e verdadeiros
daqueles falsos e enganosos?
Bastaria aceitar que
o conhecimento
vem de Deus e que
temos de aceitá-lo
apenas pela fé,
como diziam alguns
filósofos
medievais?
6. A busca pela certeza.
Com ele uma nova e importante forma de
se perguntar sobre o conhecimento surge:
como é possível o conhecimento da
verdade pelo homem?
O problema central não é mais saber definir o que as
coisas são (pergunta pelo OBJETO), mas antes como
nós podemos conhecê-las (pergunta pelo SUJEITO).
Como as coisas são conhecidas?
SUJEITO OBJETO
Como conhecemos as coisas?
7. Sozinho no seu quarto...
Sem mais o que fazer, Descartes inaugura a Filosofia
do Sujeito.
... Não encontrando nenhuma conversação que me
divertisse e não tendo, além disso, por felicidade,
preocupações ou paixões que me perturbassem,
ficava todo o dia fechado sozinho num cômodo
aquecido por uma estufa onde dispunha de todo o
tempo para me entreter com meus pensamentos
Veremos como no Discurso do método para
bem conduzir a razão e procurar a verdade
nas ciências (1637) Descartes se ocupa disso.
8. Entrando no Discurso
Note que este método de Descartes terá na
matemática um modelo, pois esta é capaz de
encontrar certezas fixas e imutáveis.
Descartes é influenciado pelo desenvolvimento
científico do renascimento e do surgimento de uma
concepção mecanicista do mundo e do homem.
De acordo com o método para conhecer é preciso:
1. Clareza e distinção (não tomar como
verdadeiro o que não eu não puder provar como
tal).
2. Análise (dividir um problema em quantas parte
for possível).
3. Ordem (conduzir os pensamentos a partir do
que há de mais fácil até o mais complexo).
4. Enumeração (enumerar de modo completo
para não perder nada do que se quer conhecer).
9. Da dúvida ao cogito.
Problema de partida: encontrar um caminho seguro para as
ciências (garantir que é possível o conhecimento verdadeiro)
Arma: a dúvida radical e hiperbólica (se algum
conhecimento for duvidoso, será tomado como falso. Algo
resistirá?)
Cogito, ergo sum: a condição para se duvidar é o
pensamento. Este não pode ser colocado em dúvida. O
pensar é a primeira certeza penso, logo existo
O conhecimento parte da razão: racionalismo
Garantia dos nossos conhecimentos: Deus (ele existe e é
necessário que exista)
Podemos pensar nas ideias de infinito e perfeição, mas de
onde tais ideias vem, se não vem dos sentidos e nem de nós
mesmos, que somos imperfeitos e finitos?
Se podemos saber que Deus existe, é possível o
conhecimento de objetos metafísicos.
OBS: Sobre Deus: ver 2º exercício de vestibular
10. Trabalhando com o texto – Discurso do Método
Na leitura da quarta parte do
Discurso do Método a seguir
procure identificar os passos da
argumentação de Descartes. As
seguintes perguntas podem servir
como guia de leitura. Mas só pense
nelas após uma primeira leitura do
texto.
• Qual o problema colocado por
Descartes?
• O que é necessário afastar na
busca por seu objetivo? Por que
Descartes segue a ordem que
segue?
• O que Descartes consegue
alcançar de certo e seguro?
Lembre-se, a divisão do texto pode
auxiliar sua compreensão!
11. Trabalhando com o texto – Discurso do Método
QUARTA PARTE
[1] Não sei se deva falar-vos das primeiras meditações que aí realizei; pois são tão
metafísicas e tão pouco comuns, que não serão, talvez, do gosto de todo mundo. E,
todavia, a fim de que se possa julgar se os fundamentos que escolhi são bastante firmes,
vejo-me, de alguma forma, compelido a falar-vos delas. De há muito observará que,
quanto aos costumes, é necessário às vezes seguir opiniões, que sabemos serem muito
incertas, tal como se fossem indubitáveis, como já foi dito acima; mas, por desejar
ocupar-me somente com a pesquisa da verdade, pensei que era necessário agir
exatamente ao contrário, e rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que
pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, após isso, não restaria algo em meu
crédito, que fosse inteiramente indubitável. Assim, porque os nossos sentidos nos
enganam às vezes, quis supor que não havia coisa alguma que fosse tal como eles nos
fazem imaginar. E, porque há homens que se equivocam ao raciocinar, mesmo no tocante
às mais simples matérias de Geometria, e cometem aí paralogismos, rejeitei como falsas,
julgando que estava sujeito a falhar como qualquer outro, todas as razões que eu tomara
até então por demonstrações. E enfim, considerando que todos os mesmos pensamentos
que temos quando despertos nos podem também ocorrer quando dormimos, sem que
haja nenhum, nesse caso, que seja verdadeiro, resolvi fazer de conta que todas as coisas
que até então haviam entrado no meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões
de meus sonhos. Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que
tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E,
notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as
mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que
podia aceita-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava.
12. Trabalhando com o texto – Discurso do Método
[2] Depois, examinado com atenção o que eu era, e vendo que
podia supor que não tinha corpo algum e que não havia
qualquer mundo, ou qualquer lugar onde eu existisse, mas que
nem por isso podia supor que não existia; e que, ao contrário,
pelo fato mesmo de eu pensar em duvidar da verdade das
outras coisas, seguia-se mui evidente e mui certamente que eu
existia; ao passo que, se apenas houvesse cessado de pensar,
embora tudo o mais que alguma vez imaginara fosse
verdadeiro, já não teria razão alguma de crer que eu tivesse
existido; compreendi por aí que eu era uma substância cuja
essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para
ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer
coisa material. De sorte que esse eu, isto é, a alma, pela qual
sou o que sou, é inteiramente distinta do corpo e, mesmo, que
é mais fácil de conhecer do que ele, e, ainda que este nada
fosse, ela não deixaria de ser tudo o que é.
13. Trabalhando com o texto – Discurso do Método
[3] Depois disso, considerei em geral o que é
necessário a uma proposição para ser
verdadeira e certa; pois, como acabava de
encontrar uma que eu sabia ser exatamente
assim, pensei que devia saber também em que
consiste essa certeza. E, tendo notado que nada
há no eu penso, logo existo, que me assegure de
que digo a verdade, exceto que vejo muito
claramente que, para pensar, é preciso existir,
julguei poder tomar por regra geral que as
coisas que concebemos mui clara e mui
distintamente são todas verdadeiras, havendo
apenas alguma dificuldade em notar bem quais
são as que concebemos distintamente.
14. Exercícios de vestibular
(UEL-2004)
“Tomemos [...] este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colméia: ele não perdeu
ainda a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi
recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se
nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente
fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado
do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua
figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o podemos
tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após
essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é,
pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode
ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas
que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição,
encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece.” (DESCARTES, René.
Meditações. Trad. De Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 272.)
Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes:
a) Os sentidos nos garantem o conhecimento dos objetos, mesmo considerando as alterações em sua
aparência.
b) A causa da alteração dos corpos se encontra nos sentidos, o que impossibilita o conhecimento dos
mesmos.
c) A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes
excede o conhecimento sensitivo.
d) A constante variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos comprova a
inexistência dos mesmos.
e) A existência e o conseqüente conhecimento dos corpos têm como causa os sentidos.
15. COMENTÁRIO
Nesta passagem sobre o pedaço de será nota-se que a questão central abordada por
Descartes diz respeito aos conhecimentos que os sentidos nos fornecem dos objetos. O
filósofo aponta diversas características presentes na cera que podem ser percebidas
pelos sentidos: sua doçura (paladar), seu odor (olfato), sua forma física (tato, visão),
entre outras. No entanto, uma vez que se aproxime a cera do fogo esta será submetida a
algumas transformações, de modo que todas as características inicialmente percebidas
desaparecem: “o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se
modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se,
mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá”. O
conhecimento trazido pelos sentidos é fugaz, não permanece, pois certas qualidades
sensíveis de um corpo podem se alterar ou se esvair deste.
Descartes então se pergunta se a mesma cera permanece, ao que responde que sim,
afinal, embora derretida, ainda teremos cera. Mas afinal, o que “se conhecia deste
pedaço de cera com tanta distinção”, ou seja, se todas as coisas que percebemos com
nossos sentidos antes de queimarmos a cera agora se foram, mas ainda a reconhecemos
como cera, que é esse conhecimento que permanece? Esta é a passagem fundamental,
pois a partir desta questão Descartes irá questionar os sentidos como fonte de todo o
conhecimento. O que de fato conhecemos da cera então? Descartes diz: “não pode ser
nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que
se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição, encontravam-se
mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece”, logo, o conhecimento dos objetos
deve depender de algo que esteja para além dos sentidos. Isso nos conduz a alternativa
C.
RESP: C
16. (UEL-2005)
“E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e
dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus,
apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato
de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo
esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha
depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não
penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e
certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento
Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.)
Com base no texto, é correto afirmar:
a) O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que
esta idéia possa ser conhecida com evidência.
b) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de
si mesmo, enquanto um ser que pensa.
c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao
conhecimento de Deus.
d) A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é
uma conseqüência dos limites do espírito humano.
e) A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser
provada.
17. COMENTÁRIO
Descartes começa o fragmento lembrando do fato de que ele é um
ser que duvida (lembre-se, a dúvida radical e metódica é o caminho
seguido por Descartes para por à prova os conhecimentos); afirma
em seguida que por duvidar é algo incompleto e dependente. Pensar
nisso lhe conduz a ideia de que haja algo contrário: se há algo
incompleto, como ele, deve haver algo que seja completo; se há algo
dependente, como ele, deve haver algo independente – este ser não
será algo que tem duvidas, tal como o filósofo. A ideia de um ser
completo e independente então encontra-se no filósofo – tal como a
ideia de que ele é um ser pensante – e por pensar nisto, na ideia de
um ser como este, completamente oposto a ele, Descartes, pode
concluir que há um Deus, que é este ser. Conclui então que Deus
pode ser conhecido, sendo um ser completo e independente,
diferente do ser humano e de quem a existência humana depende:
“concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha
depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida”. Por
fim conclui que este conhecimento de Deus é aquele que o espírito
humano pode alcançar com mais certeza e clareza
RESP: D
18. UNESP 2012 – 2ª FASE
Texto 1
Segundo Descartes, a realidade é dividida em duas vertentes claramente distintas e irredutíveis
uma à outra: a res cogitans (substância pensante) no que se refere ao mundo espiritual e a res
extensa (substância material) no que concerne ao mundo material. Não existem realidades
intermediárias. A força dessa proposição é devastadora, sobretudo em relação às concepções de
matriz animista, segundo as quais tudo era permeado de espírito e vida e com as quais eram
explicadas as conexões entre os fenômenos e sua natureza mais recôndita. Não há graus
intermediários entre a res cogitans e a res extensa. A exemplo do mundo físico em geral, tanto o
corpo humano como o reino animal devem encontrar explicação suficiente no mundo da
mecânica, fora e contra qualquer doutrina mágico-ocultista.
(Giovanni Reale e Dario Antiseri. História da filosofia, 1990. Adaptado.)
Texto 2
Se você, do nada, começar a sentir enjoo, mal-estar, queda de pressão, sensação de desmaio ou
dores pelo corpo, pode ter se conectado a energias ruins. Caso decida procurar um médico, ele
possivelmente terá dificuldade para achar a origem do mal e pode até fazer um diagnóstico
errado. Nessa hora, você pode rezar e pedir ajuda espiritual. Se não conseguir, procure um
centro espírita e faça a sua renovação energética. Pode ser que encontre dificuldades para
chegar lá, pois, no primeiro momento, seu mal-estar poderá até se intensificar. No entanto, se
ficar firme e persistir, tudo desaparecerá como em um passe de mágica e você voltará ao
normal.
(Zibia Gasparetto. http://mdemulher.abril.com.br. Adaptado.)
A recomendação apresentada por Zibia Gasparetto sobre a cura espiritual é compatível com as
concepções cartesianas descritas no primeiro texto? Explique a compatibilidade ou a
incompatibilidade entre ambas as concepções, tendo em vista o mecanicismo cartesiano e a
diferença entre substância espiritual e substância material.
19. COMENTÁRIO
O exercício segue a estrutura de comparação entre textos, no caso um texto de manual de
filosofia e outro jornalístico. Analisando a questão ela exige que se avalie a
compatibilidade ou incompatibilidade entre ambos os textos tomando por base a posição
de Zíbia Gasparetto sobre a cura espiritual em comparação com as posições filosóficas de
Descartes.
O primeiro texto busca mostrar a concepção dual de mundo de Descartes, de acordo com
há um mundo material, onde se localiza a substância material e um mundo espiritual,
onde se localiza a substância pensante. Há apenas essas duas realidades, não há outras
intermediárias, e elas não podem ser reduzidas uma a outra. Ao formular esta concepção
dualista Descartes ataca as chamadas “concepções de matriz animista”, ou seja, aquelas
formas de compreender o mundo que tomam os objetos da natureza como seres
animados, que tem alma. Para aquele que se assustar com a expressão, veja que o
próprio texto a explica; estas concepções de matriz animista são aquelas “segundo as
quais tudo era permeado de espírito e vida e com as quais eram explicadas as conexões
entre os fenômenos e sua natureza mais recôndita”. Por fim, os autores expõem uma
consequência desta separação: se a alma não pode mais ser considerada como atributo do
mundo físico, este deve ser explicado de acordo com suas própria lógica e apenas através
dos objetos que contem, ou seja, não se deve recorrer a explicações de ordem espiritual
para responder a algo no mundo físico.
Assim é notável que há uma contraposição com o texto 2 de Zíbia Gasparetto. Para ela os
problemas do mundo físico como mal estar, dores, enjôos, entre outras mazelas devem
ter por causa eventos sobrenaturais, ou ainda, explicações que derivam de um mundo
espiritual. Também é este, e primordialmente este, que deve fornecer a solução para os
problemas do mundo físico. Para Zíbia então o mundo espiritual é não só a causa do que
ocorre no mundo físico ou material, mas a fonte das soluções.
A articulação da resposta deve considerar então a incompatibilidade entre os textos:
enquanto Descartes separa rigidamente o mundo físico do espiritual, dizendo que o
primeiro não pode ser explicado através do segundo, uma vez que são domínios distintos
e irredutíveis, Zíbia diz o contrário, que o mundo espiritual exerce determinações, efeitos,
sobre o físico, contrapondo-se a concepção dualista de mundo de Descartes e a sua forma
de explicação mecanicista do mundo material.