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Revista Canavieiros - Março de 2009

1
2

Revista Canavieiros - Março de 2009
Editorial

Crença e
confiança

N

esses tempos em que as palavras acreditar e confiar são
necessárias para enfrentar a
turbulência sem maiores danos, a Revista Canavieiros traz entrevista com o
presidente executivo da UDOP, Antonio Cesar Salibe. Mesmo com a crise,
ele se mantém otimista e se diz surpreso
com os negócios gerados durante a Feicana/Feibio, realizada em Araçatuba.
O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, faz uma análise positiva sobre as perspectivas para o setor
depois de dois importantes anúncios: os investimentos da Petrobrás
para ter participação em usinas e o
programa de financiamento de estoques com recursos do BNDES, denominado warrantagem.
Em Notícias Copercana temos os
treinamentos realizados pela Uname
durante o mês de fevereiro para funcionários e cooperados. Foram feitos
cursos em laboratórios e com equipamentos agrícolas e para os produtores do Projeto Amendoim Copercana.
A secção Notícias Canaoeste traz
o encontro sobre variedades de cana,
realizado na Estação Experimental de
Citricultura, em Bebedouro. O gerente técnico da Canaoeste, Gustavo
Nogueira, coordenou os trabalhos,
que contou com a participação de
pesquisadores do IAC, CTC e UFSCar/Ridesa.
Esta edição também traz o prêmio
Canasauro 2009, em que o presidente
da Canaoeste, Manoel Ortolan, foi
homenageado pelo trabalho de grande importância que realiza dentro do
setor sucroalcooleiro.
A Canaoeste também realizou no
mês de fevereiro sua Assembléia Geral Ordinária, quando foram feitas a

apresentação e prestação de contas do
exercício de 2008 aos seus associados.
Ainda em Notícias Canaoeste a revista aborda a nova parceria firmada
entre o Netto Campello Hospital e
Materinadade e a Associação de Proteção à Maternidade e a Infância- Maternidade Fernando Magalhães, de
Monte Azul Paulista, que trará benefícios para todos os seus associados
e aumentará a relação de cooperação.
Já em Bebedouro, a Canaoeste firmou
um novo contrato com a dentista
Rose Leone, que atenderá os associados à Canaoeste.
A Reportagem de Capa traz a mais
nova estimativa de safra, apresentada
pelo presidente da Datagro, Plinio
Nastari, em Araçatuba. O levantamento aponta um crescimento de 6,08% na
produção de cana, que poderá chegar
em 530 milhões de toneladas de cana.
O consultor da Canaoeste, Cléber
Moraes, traz em seu artigo técnico dicas importantes sobre como gerenciar os escassos recursos na produção
de cana-de-açúcar em momentos de
crise e também faz um alerta sobre os
cuidados que o fornecedor deve ter
antes de contratar serviços agrícolas.
Em Pragas e Doenças, a Canavieiros apresenta a Biocana, um laboratório de entomologia, formado no ano
passado na região de Campo Florido
para a criação de agentes de controle
biológico, como a “vespinha”, principal agente de combate às pragas
dos canaviais.
Para finalizar, o advogado da Canaoeste, dr Juliano Bortoloti, fala sobre a importância e a necessidade do Protocolo
Agroambiental para o setor canavieiro.
Boa leitura.
Conselho Editorial
Revista Canavieiros Março de 2009
Revista Canavieiros -- Março de 2009

3
Indice

EXPEDIENTE

Capa

CONSELHO EDITORIAL:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson

Safra é aberta com
previsão de crescimento
de 6,08%
Segundo a Datagro, a região
Centro-Sul deverá moer 530
milhões de toneladas de
cana; safra deve ter
remuneração maior

Pag.
Pag.

22

EDITORA:
Cristiane Barão – MTb 31.814
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Carla Rossini – MTb 39.788

DESTA
DESTA QUES

OUTRAS

Entrevista

CONSECANA

DIAGRAMAÇÃO:
Rafael H. Mermejo

DESTAQUE

FOTOS:
Carla Rossini
Rafael H. Mermejo

Antonio Cesar Salibe

Pag.

16

Presidente executivo da
UDOP
"Para o setor, a crise tem
prazo de validade", diz
Salibe
Pag.
Pag.

05

Pag.

19

INFORMAÇÕES
Pag.
SETORIAIS
24

Ponto de vista
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan

26

ARTIGOS
TÉCNICOS

Pag.

32

ASSUNTOS
LEGAIS

Pag.

34

PRAGAS E
DOENÇAS

Pag.

Presidente da Canaoeste
Boas notícias no meio
da crise
Pag.
Pag.

Notícias

09
09

10
Copercana
- Uname realiza treinamentos para
cooperados e funcionários
- Safra de grãos volta a crescer
Notícias

Pag.

Pag.

Notícias
Cocred
- Balancete Mensal

Pag.

CULTURA

Pag.

Pag.

TIRAGEM:
11.000 exemplares

35

36

AGENDE-SE
Pag.

37

CLASSIFICADOS
Pag.

38

Artigo Técnico

4
4

Revista Canavieiros - Março de 2009

DEPARTAMENTO DE MARKETING
E COMUNICAÇÃO:
Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues,
Carla Rossini, Daniel Pelanda,
Janaina Bisson, Letícia Pignata,
Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.
IMPRESSÃO:
São Francisco Gráfica e Editora

18

Estudo com Adubo Orgânico Líquido Contendo
Aminoácidos de Extrato de Peixe

COMERCIAL E PUBLICIDADE:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br

REPERCUTIU

12

Canaoeste
- Canaoeste realiza encontro sobre variedades de cana
- Manoel Ortolan recebe prêmio Canasauro
- Canaoeste realiza AGO
- Netto Campello firma novas parcerias

FOTO CAPA:
Divulgação Equipav

Pag.
Pag.

26

ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída
gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas
são de responsabilidade dos autores. A
reprodução parcial desta revista é
autorizada, desde que citada a fonte.
ENDEREÇO DA REDAÇÃO:
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311
www.revistacanavieiros.com.br
redacao@revistacanavieiros.com.br
Entrevista

Antonio Cesar Salibe
Presidente executivo da UDOP

"Para o setor, a crise tem
prazo de validade", diz Salibe
Da redação

O balanço dos negócios gerados
na Feicana/Feibio, realizada entre
os dias 10 e 12, em Araçatuba, ainda não foi fechado, mas deve ser
positivo, apesar da crise. É o que
acredita o presidente executivo da
UDOP (União dos Produtores de
Bioenergia), Antonio Cesar Salibe.
De acordo com ele, a feira sentiu a
crise, mas em menor grau do que
era esperado. No próximo ano o
evento deve ser realizado também
no Mato Grosso do Sul.
Para Salibe, o setor deve sair da
crise antes dos demais. Leia, a seguir, a entrevista que ele concedeu
à Canavieiros por e-mail.

Revista Canavieiros - Março de 2009
Revista Canavieiros - Março de 2009

5
5
Entrevista
Canavieiros: A expectativa para a previsão de aquecimento de consumo significativa no volume total produzido.
edição da Feicana/Feibio deste ano para este ano por diversos fatores, até o Mas o problema maior que o setor quesera repetir o volume de negócios do lançamento de motocicletas flex, o que tiona não é com referência ao tamanho
ano passado. Isso ocorreu?
deve abrir novos mercados e com isso do cheque, mas sim como esses recurAntonio Cesar Salibe: A Safra Even- haverá uma recuperação gradativa no sos vão chegar às usinas, uma vez que
tos, empresa que organiza a feira, ainda rendimento. Assim, temos convicção de as unidades estão com sérios problenão divulgou um balanço total de negó- que com muito trabalho o setor deva mas de crédito, com bancos tendo dificios firmados durante os três dias da sair antes que os demais da crise.
culdade em dar dinheiro novo a essas
Feicana/FeiBio. Acreditamos que o vousinas. Além disso, o custo desse dilume de contratos deva ter caído um
Canavieiros: No processo de ex- nheiro também preocupa e quando ele
pouco em decorrência do momento tur- pansão do setor, o noroeste paulista é estará disponível, pois se não chegar
bulento no mercado financeiro, que atin- o principal endereço das ampliações no início da safra, dificilmente surtirá
giu as usinas que sofrem com a falta de e construções de unidades industriais. seus efeitos. Como esses desafios sedinheiro, agravado pela crise e pela bai- O que mudou depois da crise?
rão vencidos é o principal ponto agora.
xa remuneração de seus dois principais
Salibe: A nosso ver nada se alterou,
produtos: o açúcar e o etanol. Mas sou- a não ser o adiamento de alguns projeCanavieiros: Quanto a região nobemos de inúmeros negócios, principal- tos que ainda estavam em fase embrio- roeste deve produzir de cana, açúcar
mente na área de máquinas agrícolas e nária, com o aguardo de licenças ambi- e etanol nesta próxima safra?
demais, que foram fechados durante a entais. Nesses casos deverá haver um
Salibe: Ainda não temos fechado o
feira e outras dezenas de contatos que adiamento momentâneo da instalação volume total de processamento de cana
foram firmados e que no
para a safra que deve cometempo certo serão concre- "Deverá haver um adiamento momentâneo çar nas primeiras semanas
tizados entre as partes. De
da instalação dessas unidades pelo tempo de abril. A dificuldade nestoda a forma, a maioria dos
sas previsões leva em conque durar essa restrição de créditos"
expositores que acreditou
ta uma série de fatores, como
na Feicana, mesmo diante
o volume de cana bisada da
da crise, saiu satisfeita com os negóci- dessas unidades pelo tempo que durar safra passada, que ainda não temos a
os e contatos realizados.
essa restrição de créditos. No mais, con- real dimensão, e o fato de ainda muitas
tinuamos sendo a região com melhores usinas não terem parado suas safras,
Canavieiros: De alguma forma, a condições para a expansão do setor, devendo emendar os dois períodos de
feira, que é uma das mais importantes com disponibilidade de terras, com to- colheita, o que dificulta qualquer estido setor, sentiu os efeitos da crise?
pografia, clima e logística inigualáveis, mativa a respeito. Acreditamos sim, que
Salibe: Como explicado anterior- mão-de-obra em abundância, enfim, com não haverá qualquer queda na produmente, a feira sentiu os efeitos da crise todas as condições que fizeram dessa ção para esta safra, mas quanto ao volusim, mas em menor grau do que se es- região o pólo bioenergético da região me maior ainda depende de outros fatoperava. Mais de 90% dos expositores Centro-Sul do Brasil.
res, como quando as novas usinas enque estavam na edição de 2008 mantitrarão efetivamente em operação etc.
veram seus estandes nesta edição, além
Canavieiros: Das unidades previsda entrada de outras empresas, perma- tas para entrarem em operação na
Canavieiros: Quais os planos para
necendo assim com um volume de 300 safra passada, quantas efetivamente a próxima edição da Feicana/Feibio?
expositores.
iniciaram a moagem? E para esta safra,
Salibe: Tradicionalmente a Feicana/
quantas devem iniciar?
FeiBio é responsável pela abertura do
Canavieiros: Dá para avaliar se o
Salibe: Conforme levantamento de ciclo de feiras do setor, sendo a única
setor está no começo, no meio ou no nosso departamento de economia e realizada durante o período onde tradicifim da crise?
estatística, o Oeste Paulista ganhou na onalmente ocorre a entressafra. Assim,
Salibe: Segundo nossos analistas, safra 2008/09 mais 13 unidades e para nossa expectativa é de que a feira contié difícil precisar em qual estágio da crise este ano deve ganhar outras quatro nue provendo o setor da melhor tecnoloenfrentamos hoje. Porém, uma coisa é unidades.
gia para enfrentar a crise e que, por meio
certa: para o setor, a crise tem prazo de
de parcerias sólidas, com a Datagro ou
validade. O açúcar começa a ter seu preCanavieiros: O senhor acha que os mesmo o ICOOI (Instituto de Cooperaço recuperado no mercado externo, de- recursos anunciados pelo governo ção Internacional) continuemos sendo
vido principalmente à quebra da safra para estocagem de etanol para a sa- palco das discussões sobre o futuro prona Índia, que passará neste ano de ex- fra 2009/10 são suficientes? O que o missor do setor e suas perspectivas.
portadora para importadora da commo- governo deve fazer ainda para esti- Além disso, estamos também com grandity. Quanto ao etanol, mesmo com os mular o setor?
de expectativa para a inauguração da
preços ainda pouco ou nada remuneraSalibe: O valor anunciado pelo go- Feicana no Estado do Mato Grosso do
dores, com quedas em plena entressa- verno – R$ 2,5 bilhões - é razoável, o Sul, ainda sem data certa, mas com previfra nas usinas paulistas, ainda há uma que permitirá uma estocagem bastante são de ser inaugurada em 2010.

“

6

Revista Canavieiros - Março de 2009
Revista Canavieiros - Março de 2009

7
Ponto de Vista

Boas notícias no meio da crise
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan*

E

m meio às notícias da crise financeira, duas deram uma injeção de ânimo ao setor sucroenergético nessas últimas semanas: os
investimentos da Petrobras para adquirir participação em usinas e o anúncio
do programa de financiamento de estoques, chamado de warrantagem, com
recursos do BNDES.
A PBio (Petrobras Biocombustíveis) quer abocanhar pelo menos 20%
do total do crescimento da produção
de etanol no mercado nacional por
meio da aquisição de até 40% de participação em usinas. Os planos de investimentos da Petrobras em biocombustíveis entre 2009 e 2013 envolvem
US$ 2,4 bilhões em produção, dos
quais cerca de US$ 400 milhões este
ano. O etanol receberá US$ 1,9 bilhão
e o biodiesel US$ 480 milhões.
Nos próximos dois meses a PBio
deve concluir a participação em pelo
menos quatro projetos de novas usinas no país. Outros cinco projetos estão previstos para entrarem em operação em 2012 e mais oito entram em
2013. Juntas, essas aquisições em participações em usinas representarão 1,9
bilhão de litros em 2013.
Além dos investimentos da PBio,
ainda serão destinados para a logística
dos biocombustíveis US$ 400 milhões,
e outros US$ 500 milhões em pesquisas, via o centro de pesquisas da Pe-

8

Revista Canavieiros - Março de 2009

trobras, o Cenpes, totalizando US$ 3,3
bilhões. Além da injeção de recursos no
setor nesse momento de turbulências,
a entrada da Petrobras, estatal brasileira de credibilidade no mercado mundial
e expertise em logística e exportação,
pode atrair ainda mais a atenção e interesse dos investidores estrangeiros.
Já o programa de financiamento
para estocagem foi anunciado pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, no último dia 5. O BNDES irá destinar R$ 2,5 bilhões para financiar a estocagem de cinco bilhões de litros de
etanol na safra 2009/10. Os detalhes
do programa estão sendo definidos e
a expectativa é que os recursos sejam
disponibilizados rapidamente, já que a
safra já está aí.
A formação de estoques de etanol
é um meio de reduzir a volatilidade excessiva dos preços e dos volumes comercializados ao longo do ano e evitar
desequilíbrios na remuneração da cadeia produtiva. Sem estoques, o combustível tende a ficar mais caro nas
bombas no período da entressafra ou
então o resultado é o que estamos vendo neste ano: com dificuldades de acesso ao crédito por conta da crise, muitas indústrias estão vendendo o produto a preços baixos para fazer caixa e
isso desequilibra o setor.
Essa ajuda do governo vem em boa
hora, mas é importante que a cadeia

produtiva também faça a sua parte,
buscando maior organização e ordenamento de seus elos. Os fundamentos do setor continuam positivos, apesar da crise mundial: deve haver recuperação nos preços do açúcar e aumento nas exportações brasileiras do produto e a demanda de etanol seguirá
crescente. O setor precisa aproveitar
esse bom momento e as medidas de
apoio para se reestruturar e contornar
dificuldades que sempre existiram,
como essas oscilações de preços que
desestabilizam toda a cadeia.
*presidente da Canaoeste
(Associação dos Plantadores de
Cana do Oeste do Estado de São Paulo)
Revista Canavieiros - Março de 2009

9
Notícias
Copercana

Uname realiza treinamentos
para cooperados e
funcionários
Carla Rodrigues

A

Unidade de Grãos da Copercana (Uname) realizou no mês
de fevereiro vários encontros
com profissionais para atender as necessidades técnicas dos cooperados e funcionários quando o assunto é amendoim.
O primeiro encontro falou sobre treinamento laboratorial e aconteceu no dia
5. O evento contou com a participação
dos consultores da ESALQ, Dra. Maria Antônia e Dr. Eduardo Micotti, que
juntamente com a equipe de qualidade
da Copercana destacaram a importância do trabalho de amostragem, análises físicas e químicas do amendoim e
competência para produzir o grão com
segurança e qualidade.
No mesmo dia, em Herculândia
houve um treinamento com os produtores daquela região realizado pela empresa Miac com o objetivo de treinar
os participantes para operar de forma
correta os equipamentos agrícolas, orientando sobre as regulagens, manutenções e normas de segurança.

O último treinamento aconteceu no
dia 13 de fevereiro para os produtores
do Projeto Amendoim Copercana e foi
ministrado em conjunto pela equipe de
qualidade da Copercana e pelo Engenheiro Pedro Faria.
O engenheiro Pedro Faria ressaltou
a importância da aplicação e utilização
da tabela de maturação do amendoim
para a estimativa do início da colheita.
Também foram abordados assuntos
relativos ao manejo correto na colheita
para evitar perdas e impurezas, assim

como o caderno de campo que é fundamental para a comprovação das boas práticas agrícolas, rastreabilidade e a importância da qualidade desde o campo.
Todos estes treinamentos têm
como objetivo fundamental a orientação e conscientização de todos os envolvidos no projeto do amendoim a
fim de atender as exigências do mercado consumidor (interno e externo).
Pois manter a rastreabilidade desde o
campo até o produto final é o diferencial que garante a qualidade dos produtos da Copercana.

Safra de grãos volta a crescer

A

pós cinco meses de quedas
consecutivas, a produção de
grãos no Brasil voltou a crescer. O sexto levantamento da safra 2008/
09, divulgado na segunda-feira (9 de
março) pela Conab, mostra que o país
vai colher 135,32 milhões de toneladas,
crescimento de 0,47% em relação à pesquisa do mês passado. Mesmo com
esta recuperação, a projeção é 6,1% menor que a do ciclo anterior.
O incremento nesta edição, em relação ao quinto estudo, está na segunda safra de feijão (safra da seca), que
passou de 1,41 para 1,55 milhão de toneladas (+9,9%), no arroz,de 12,35 para
12,52 milhões t(+1,3%), na soja, de
10

Revista Canavieiros - Março de 2009

57,21 para 57,63 milhões t (+0,7%), e
no milho total,de 50,30 para 50,37 milhões t (+0,1%).
Mesmo com o crescimento registrado de fevereiro para março, a maior parte dos estados terá produção menor que
a do ciclo passado, resultado do atraso
do plantio em algumas regiões e do clima adverso durante o desenvolvimento
das culturas. A estimativa para o período atual é de 57,63 milhões de toneladas
para soja (cerca de 50%colhida), 50,30
milhões t para o milho total (cerca de
45% do milho primeira safra colhidos),
12,52milhões de t para o arroz (cerca de
15% colhidos) e 3,73 milhões do feijão
total (primeira safra 100% colhida).

Área– A área total do plantio de
grãos será de 47,68 milhões de hectares, 0,5% maior que na safra passada.
Entre as lavouras que ganharam espaço estão o feijão (3,99 para 4,17 milhões ha) e o arroz (2,87 para2,89 milhões ha).
A pesquisa foi realizada entre os
dias 16 e 20 de fevereiro. A estatal ouviu produtores rurais, agrônomos e
técnicos de cooperativas, secretarias
de agricultura, órgãos de assistência
técnica e extensão rural e agentes financeiros dos principais municípios
produtores do país.
Fonte /Conab
Revista Canavieiros - Março de 2009

11
Notícias
Canaoeste

Canaoeste realiza encontro
sobre variedades de cana
Carla Rodrigues

A

Canaoeste promoveu, no dia
5 de março, o 2º Encontro Sobre Variedades de Cana-deaçúcar, realizado na Estação Experimental de Citricultura, em Bebedouro. O
evento contou com o apoio da FMC e
a participação de aproximadamente 200
associados.
O gerente técnico da Canaoeste,
Gustavo Nogueira, coordenou os trabalhos que teve a participação dos pesquisadores Marcos Landell, do IAC
(Instituo Agronômico), Carlos Suguitani, do CTC (Centro de Tecnologia
Canavieira) e Hermann Paulo Hoffmann, da UfsCar/Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento
do Setor Sucroalcooleiro).
O tema principal da reunião foi o
manejo e uso adequado das principais
variedades de cana-de-açúcar plantadas atualmente, destacando a região de
abrangência da Canaoeste. O pesquisador Carlos Suguitani falou sobre as
novas variedades que o CTC deve lançar ainda este ano.
Já o professor Hoffmann destacou que
o Brasil, pelo seu desempenho em relação
à inovação na produção de etanol, tem o

Carlos Suguitani (CTC), Marcos Landell (IAC), Éder, Prof. Dr. Hermann Paulo Hoffmann
(Ridesa / UFSCar), Gustavo Nogueira (Canaoeste) e Carlos Correa (FMC)

menor custo comparado a outros países.
Também aproveitou o momento para falar
sobre os ganhos obtidos com as variedades precoces: RB966928, RB925345,
RB855453 E NA56-79.
Landell falou sobre a importância do
trabalho realizado pelas instituições em
melhoramento genético da cana, a valorização das variedades com as quais o
solo já está acostumado e também comentou sobre as pré-variedades do IAC.
O evento teve como intuito aproximar cada vez mais o produtor de cana de

sua associação e dos pesquisadores que
trabalham para melhorar e facilitar o serviço do produtor. “Os fornecedores não
produzem como as usinas, então temos
que fazer o melhor possível por eles”,
comentou o pesquisador Carlos do CTC.
“Essas reuniões proporcionam a
aproximação dos centros de pesquisas
com os produtores, de forma que podemos esclarecer dúvidas e dar orientações diretas aos associados. Eu aprecio
muito isso, pois nos permite redirecionar as pesquisas de acordo com as necessidades deles”, afirmou Landell.
Notícias
Canaoeste

Manoel Ortolan recebe
prêmio Canasauro 2009

D

urante a realização da Feicana/Feibio, em Araçatuba, o presidente da Canaoeste, Manoel
Ortolan, recebeu o prêmio Canasauro 2009, que
reconhece o trabalho, a luta e a perseverança conquistados por profissionais que concretizaram o momento
de grande importância vivido pelo setor sucroenergético brasileiro.
Neste ano foram escolhidos 69 autoridades com
mais de 30 anos de experiência para serem homenageados, reunindo em um só espaço grandes nomes da
história do setor.

Canaoeste realiza
assembleia geral ordinária

A

diretoria da Canaoeste realizou no dia 13 de fevereiro a Assembleia Geral Ordinária para
apresentação e prestação de contas do
ano de 2008. O presidente da associação, Manoel Ortolan, comandou a pauta

que incluiu a leitura, discussão e votação do balanço, relatório da diretoria e
parecer do Conselho Fiscal e também falou sobre os serviços assistenciais prestados pela Canaoeste. Durante a assembleia, foram apresentadas pelo Departa-

mento de Planejamento da associação,
as projeções de ATR, valores para fechamento e números da safra 2008/2009.
Para finalizar, o diretor Luiz Carlos Tasso Júnior apresentou as posições do
Netto Campello Hospital e Maternidade.
14

Revista Canavieiros - Março de 2009
Revista Canavieiros - Março de 2009

15
Notícias
Canaoeste

Consecana

CIRCULAR Nº 15/08
27 de fevereiro de 2009

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

A

seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue
durante o mês de FEVEREIRO e ajuste parcial da safra 2008/2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de
FEVEREIRO, referente à Safra 2008/2009, é de R$ 0,2746.
O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de ABRIL de 2008 a FEVEREIRO de 2009 e
acumulados até FEVEREIRO, são apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado
externo (ABME e AVHP), do etanol anidro e hidratado carburantes (AAC e AHC), destinados à industria (AAI e AHI) e
destinados ao mercado externo (AAE e AHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de ABRIL de 2008 a FEVEREIRO
de 2009 e acumulados até FEVEREIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/08, são os seguintes:

16

Revista Canavieiros - Março de 2009
Notícias
Canaoeste

Netto Campello firma novas
parcerias para 2009
Carla Rodrigues

O

Netto Campello Hospital e Maternidade em parceria com a
Associação de Proteção à Maternidade e a Infância - Maternidade
Fernando Magalhães, de Monte Azul
Paulista, proporcionará a todos os associados da Canaoeste da região, preços especiais em consultas realizadas
na Maternidade Fernando Magalhães.
O objetivo desta parceria é aumentar a relação de cooperação, fazendo com que haja um maior movimento na Maternidade, e ocupar o
espaço que ela tem, explica o Dr. Paulo David, médico responsável e supervisor da entidade.
“Aqui os associados poderão encontrar disponibilidade e qualidade de
serviços oferecidos por nós e pelo Netto Campelo”, complementou Dr. Paulo.
Também através desta parceira, os

associados Canaoeste não precisarão mais se deslocar até Sertãozinho para serem atendidos,
somente em casos mais graves
quando for necessário uma estrutura hospitalar completa.
Para realizar uma consulta
através da Canaoeste, basta o
associado apresentar a carteira
de trabalho para comprovar o
vínculo com a associação.
Em Bebedouro, a Canaoeste firmou
um novo contrato para o atendimento
odontológico com a dentista, Rose
Leone, que passa a atender os associados à Canaoeste.
“Tudo o que é exigido para um
atendimento de qualidade nós temos
aqui. Em breve vamos aumentar o consultório e usá-lo para trazer benefícios a todos os meus pacientes e asso-

Rose Leone:
atendimento
odontológico
para os
associados de
Bebedouro

ciados”, disse Dra. Rose.
Todos os associados têm uma tabela de preços diferenciados para consultas. Os funcionários da associação
e filhos até 14 anos, recebem atendimento gratuito.
O consultório fica localizado na
Rua Antônio Toller, 368, Jardim Paraíso – Bebedouro/SP. O telefone é
(17)3343-6572.

Revista Canavieiros - Março de 2009

17
Notícias
Cocred
Balancete Mensal
Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana
de Sertãozinho BALANCETE - JANEIRO/2008
Valores em Reais

18

Revista Canavieiros - Março de 2009
Destaque

AGRISHOW 2009 terá
recorde de expositores
ABIMAQ prevê que AGRISHOW 2009 vai determinar a “hora da virada”
do agronegócio brasileiro

A

organização da AGRISHOW
2009 está entusiasmada com o
ritmo de fechamentos de contratos de compra e ampliação de espaço pelos expositores da 16ª edição da
maior feira de agronegócio da América
Latina, que será realizada no período
de 27 de abril a 2 de maio próximo, em
Ribeirão Preto/SP.
Neste ano, a área de exposição foi
projetada para ser maior que a edição
anterior. Serão 145 mil metros quadrados comportando cerca de 720 empresas e instituições que deverão apresentar em torno de 2 mil produtos de tecnologia de ponta, além de serviços indispensáveis, para os estimados 140 mil
visitantes qualificados, que virão de
várias partes do País e do Exterior interessados na realização de negócios.
Durante a feira, serão promovidos vários cafés matinais com os maiores produtores de cana, café, açúcar, grãos e
agropecuária, visando potencializar
negócios com os expositores da
AGRISHOW.
A estimativa de negócios para este
ano é chegar a R$ 870 milhões.
Para Luiz Aubert Neto, presidente
da ABIMAQ – Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos,
realizadora do evento em conjunto com
a ABAG - Associação Brasileira do Agribusiness, ANDA - Associação Nacional para Difusão de Adubos e SRB Sociedade Rural Brasileira, “a grande
procura, nas últimas semanas, por espaços dentro da AGRISHOW confirma
nossas expectativas, sinalizando que as
empresas expositoras continuam acreditando na força do agronegócio brasileiro e que não podem ficar de fora de
uma das três maiores feiras mundiais do
setor”. Ele assegura que “a AGRISHOW
2009 marcará a “hora da virada” do agronegócio em nosso País”.

Aubert considera que o produtor
brasileiro evoluiu muito, está mais
bem informado, tecnificado, experiente, seguro e preparado para os desafios. Lembra que “foi a agricultura
que tirou os Estados Unidos da de-

pressão de 1929 e restabeleceu o círculo virtuoso da economia americana e mundial. No Brasil, a agricultura
continua sendo a grande indutora do
desenvolvimento dos demais segmentos econômicos”.

Aumento de área e infra-estrutura
Os organizadores do evento assinalam que parte dos tradicionais e principais
expositores tem solicitado ampliação de
área para montagem de seus estandes.
Há também expressiva solicitação
de espaço por empresas que desejam
debutar nesta edição. Todos os segmentos do agronegócio estarão representados na AGRISHOW 2009, como
tratores, colheitadeiras, implementos
agrícolas, caminhões e implementos
rodoviários, pickups, autopeças, insumos (fertilizantes, adubos, sementes,
defensivos agrícolas), silagem, bancos
e outros, além de instituições como
Ministério da Agricultura e Pecuária,
Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Faesp, Embrapa, IAC, Apex, Universidades, Embaixadas, Câmaras de Comércio, entre outras.

Conforme destaca a ABIMAQ, a
ampliação da área de exposição continua exigindo novos investimentos
em infra-estrutura, em complemento
aos já realizados em 2008, como pavimentação, reforma de banheiros,
maior eficiência do sistema de captação de água, novo pátio de alimentação, reposicionamento de áreas
administrativas, ampliação dos estacionamentos – agora com serviço
VIP proporcionado por “valetes” -,
visando mais conforto para os milhares de visitantes do evento. A
questão segurança também foi levada em conta, através de plano que
está sendo elaborado em conjunto
com as autoridades policiais para
melhor proteção aos visitantes, dentro da feira e na área urbana de Ribeirão Preto. Durante a montagem do
evento, cerca de 5 mil empregos temporários serão criados.

Otimismo
A direção da ABIMAQ reforça sua certeza no crescimento da AGRISHOW
2009, ao citar alguns dos indicadores positivos do agronegócio no País:
- segundo os últimos dados divulgados pela Anfavea, as vendas de máquinas
e equipamentos agrícolas em janeiro deste ano foram 7,3% maiores que no mesmo
mês de 2008.
- as cotações internacionais da soja e de outros grãos se apresentaram em alta
durante todo mês de janeiro último.
- analistas dão como otimistas as estimativas de estabilidade dos mercados
consumidores de produtos brasileiros, como carne, frutas, açúcar e vinícolas.
- a atual cotação do dólar, 50% superior à média de 2008, tornou os produtos
brasileiros mais competitivos nos mercados internacionais.
- o governo brasileiro acena com a criação de um expressivo pacote de recursos e incentivos à produção agrícola, sem precedentes no País.
- o governo Barak Obama criou o maior pacote de recursos financeiros da
história para estabilização da economia americana, com reflexos diretos na economia mundial.
Revista Canavieiros - Março de 2009

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20

Revista Canavieiros - Março de 2009
Revista Canavieiros - Março de 2009

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Reportagem de Capa

Safra é aberta com previsão
Da redação

Segundo a Datagro, a região Centro-Sul deverá moer 530 milhões de toneladas de cana; safra
deve ter remuneração maior

A

safra 2009/10, aberta na região de Ribeirão pela Usina
Batatais no último dia 17,
deverá moer 530 milhões de toneladas de cana na região Centro-Sul,
um crescimento de 6,08% sobre as
499,6 milhões/ton processadas no
ciclo anterior. Já a produção brasileira deverá chegar a 598 milhões de
toneladas, 5,72% acima das 565,6 milhões/ton de 2008/09. É o que mostra a mais recente estimativa da Datagro, divulgada no último dia 9, durante a Feicana/FeiBio, em Araçatuba. Nesta nova safra, a produção
brasileira de açúcar deverá ser de

22

Revista Canavieiros - Março de 2009

35,2 milhões de toneladas, uma expansão de 11,38% sobre o ciclo anterior, quando foram produzidas 31,6
milhões/ton. Para o Centro-Sul, a Datagro estima uma produção de 30,1
milhões/ton, 12,5% acima das 26,7
milhões/ton da safra passada.

O expressivo crescimento nas exportações de açúcar é decorrente da redução na oferta da Índia, que de exportadora deverá passar a importadora. O
déficit mundial do produto está estimado em 4,27 milhões de toneladas e o
Brasil deverá ocupar esse espaço.

As exportações brasileiras de
açúcar devem crescer 19,21%, passando das 19,6 milhões/ton embarcadas no ciclo anterior para 23,4 milhões/ton. A região Centro-Sul deverá exportar 20,7 milhões/ton,
23,2% acima das 16,8 milhões/ton
da safra anterior.

Por conta do cenário positivo para
os preços do açúcar, o crescimento na
produção de etanol será de apenas
2,96%. Devem ser produzidos 27,905
bilhões de litros, contra os 27,098 bilhões de litros da safra anterior. A região Centro-Sul deve produzir 25,676
bilhões de litros, crescimento de 3,55%.
Reportagem de Capa

o de crescimento de 6,08%
A crise financeira mundial, a queda no preço do petróleo e a recessão nos Estados Unidos, principal
comprador do produto brasileiro,
devem reduzir os embarques de etanol para 3,75 bilhões de litros, 25,7%
menos. Na safra 2008/09 as exportações chegaram a 5,05 bilhões/l. O
Centro-Sul deverá exportar 3,5 bilhões de litros, redução de 24,7%
sobre a safra 2008/2009.

Foto divulgação Equipav

De acordo com a Datagro, a demanda total de álcool, somando o
mercado doméstico e as exportações,
deve ficar ajustada à oferta. A demanda deve atingir 27,82 bilhões de litros de álcool no Brasil e 24,8 bilhões
de litros no Centro-Sul, o que aponta para uma reserva de 100 milhões

de litros no País e de 859 milhões de
litros na região produtora.

58,46% no País e atingiu 60,26% no
Centro-Sul.

A queda nas exportações deve
ser compensada pelo aumento da demanda interna de etanol, já que são
previstos perto de 2 milhões de veículos flexíveis novos no país em
2009. “Mesmo com a queda de 21%
prevista para os veículos novos em
2009 sobre 2008, a demanda pelo álcool deve crescer”, disse Plínio Nastari, presidente da Datagro.

Segundo Nastari, a oferta de cana
será maior nesta safra e deverá haver sobra de matéria-prima. No ciclo
anterior, cerca de 20 milhões/ton de
cana deixaram de ser processadas.

Ainda de acordo com a Datagro,
o mix de destino da cana-de-açúcar
na nova safra deverá ser de 56,5%
para a produção de álcool no Brasil
e de 58,2% no Centro-Sul. Na safra
passada, o destino da matéria-prima para a produção de álcool foi de

Em relação à remuneração da safra de cana, Nastari estima um crescimento de 10% a 15% em relação ao
ciclo anterior devido à recuperação
dos preços do açúcar no mercado internacional. No entanto, ele observa
que esse cenário já considera o programa de financiamento de estoques,
anunciado no início do mês. Caso o
programa não seja implementado, a
remuneração poderá ser até menor do
que a da safra passada.

UNICA avalia como
“positiva e oportuna”
decisão do governo
de financiar
estocagem de etanol
O ministro da Agricultura, Reinhold
Stephanes, anunciou, no último dia 5,
que o governo irá liberar, via BNDES,
R$ 2,5 bilhões para financiar a estocagem de cinco bilhões de litros de etanol na safra 2009/10. O presidente da
Unica, Marcos Jank, avaliou a medida
como positiva e que ela vem em um
momento oportuno.”Hoje, se não houver o financiamento da estocagem, ou
a ‘warrantagem’, a tendência para a
safra 2009/2010 seria de um mercado
de etanol com preços deprimidos e um
mercado de açúcar mais demandante,
devido ao déficit internacional de produção. A warrantagem permitirá que a
próxima safra não seja tão açucareira,
pois passa a ser interessante a estocagem do etanol com financiamento público”, comentou.Para Jank, a warrantagem dará maior equilíbrio entre os

mercados de etanol e açúcar, permitindo que o país tire pleno proveito dos
melhores preços internacionais para o
açúcar. “Isto deve se refletir positivamente no aumento das exportações do
setor para 2009, em relação aos totais
do ano passado, beneficiando também
o mercado interno pois o fluxo de comercialização de etanol ao longo do
ano será mais regular, evitando-se uma
volatilidade excessiva de preços e volumes comercializados. Isto também
significa mais estabilidade de preços
ao longo do ano, e mais oferta durante
a entressafra”, completa Jank. Sem a
warrantagem, os estoques de etanol ficam essencialmente por conta das usinas produtoras, que suportam todo o
custo da estocagem de etanol que abastece o mercado ao longo de todo o ano,
especialmente durante a entressafra.
Revista Canavieiros - Março de 2009

23
Informações Setoriais

CHUVAS DE FEVEREIRO
e Prognósticos Climáticos
e Prognósticos Climáticos
No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de FEVEREIRO de 2009.

Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste

Durante FEVEREIRO a média das observações de chuvas
"ficou" bem próxima da média
das normais climáticas. Porém,
mostrou somas de chuvas inferiores às médias históricas na Açúcar Guarani, Algodoeira Donegá-Dumont, Andrade, Barretos, C.E. Moreno, Fazenda Santa Rita (que foi a metade da média), Faz Monte Verde, Usinas Batatais e MB, mostrando
irregularidade regional, principalmente entre EEC Bebedouro e proximidades.
Mapa 1: Água Disponível no Solo entre 12 a 15 de
FEVEREIRO de 2009.

O Mapa 1 acima, mostra que o índice de Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade e no período de 12 a 15
de FEVEREIRO, apresentava-se como médio a alto na área
sucroenergética na faixa Região Central e Leste do Estado
de São Paulo, mas ainda crítico em áreas da faixa Oeste.

24
24

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de
FEVEREIRO de 2008.

Observa-se pelo Mapa 2 acima que, a Disponibilidade
de Água no Solo ao final de FEVEREIRO de 2008 mostravase entre média a alta no quadrilátero Centro-Nordeste e no
extremo Oeste do Estado, mas entre média a crítica nas regiões canavieiras de Araçatuba, Assis/Presidente Prudente e

Revista Canavieiros - Março de 2009
Revista Canavieiros - Março de 2009

ÁGUA, usar s
ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n
Protejam e preservem as n
Informações Setoriais
entre Piracicaba a Sorocaba. Enquanto que, ao final de FEVEREIRO de 2009
(Mapa 3), a área crítica de umidade do solo migrou do Oeste (Mapa 1) para o
Centro/(quase)Leste do Estado, onde tem-se observado comprometimento
do desenvolvimento dos canaviais, mesmo que ligeiro, referenciando no
(menor)porte das mudas de cana.
Mapa 3: Água Disponível no Solo, 50cm de profundidade, ao final de
FEVEREIRO de 2009.

Para a região de abrangência da CANAOESTE, a SOMAR Meteorologia assinala que as temperaturas médias poderão ser próximas das normais climáticas nos meses de março a maio. Quanto às chuvas, serão 25 a 35% inferiores
às respectivas médias históricas nos
meses de março a maio.

Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional
de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os
meses de março a maio.
Estes Institutos Meteorológicos indicam que o fenômeno La Niña está
perdendo força, possibilitando ocorrência de irregularidades na distribuição
de chuvas na Região Centro Sul do Brasil nos meses próximos.
· A temperatura média poderá ficar próxima a ligeiramente acima das médias nos estados da Região Centro Sul do Braisl;
· Quanto às chuvas para os meses de março a maio, como ilustrado pelo
Mapa 4 (abaixo), prevê-se que estas poderão “ficar” próximas às médias
históricas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste; enquanto que, na Região
Sul e faixa sul do Mato Grosso do Sul poderão ficar entre normal a abaixo das
respectivas médias.
· Como referência:- as médias históricas das chuvas, pelo Centro AptaIAC, para Ribeirão Preto e municípios vizinhos são de 165mm em março,
70mm em abril e 40mm em maio.
Mapa 4:- Prognósticos de chuvas para a Região Centro Sul, pelo Consórcio INMET e INPE, no trimestre março a maio (idêntico ao trimestre fevereiroabril), onde a cor azul corresponde a normalidade climática e ligeiramente
abaixo da média pela cor amarela. Elaboração CANAOESTE.

sem abusar !
sem abusar !

nascentes e cursos d’água.
nascentes e cursos d’água.

Em função destes prognósticos climáticos, dos custos das operações de
plantio e dos recomendados insumos e
utilização de tecnologia de produção, a
CANAOESTE sugere que evitem plantios tardios. Acreditar que possam ocorrer providenciais e salvadoras chuvas
(muito acima da média) em abril e maio é
apostar “muito alto” contra os altos custos de plantio e de produção.
Estes prognósticos serão revistos a
cada edição da Revista Canavieiros e fatos ou prognósticos climáticos relevantes serão noticiados em nosso site
www.canaoeste.com.br . Continuem
acompanhando !
A CANAOESTE sugere ainda que
mantenham os necessários monitoramentos da broca e de cigarrinha das raízes, bem como efetuar seus controles
quando os comprometedores índices de
infestações recomendar.
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco CANAOESTE.

Revista Canavieiros Março de 2009
Revista Canavieiros - -Março de 2009

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25
Artigo Técnico

Estudo com Adubo Orgâ
Aminoácidos de
*Prof. Dr. Luiz Carlos Ferreira da Silva
*Prof. Dr. Miguel Ângelo Maniero
*Prof. Dr. José Carlos Casagrande
*Prof. Dr. Rubismar Stolf
**Prof. Dr. Luiz Antonio Correa Margarido

R

ESUMO
No CCA/UFSCar, Araras, estudou-se o efeito de biofertilizante contendo aminoácidos originados a partir de extrato de peixe na fertilização de cana-de-açúcar, em 1ª soca.
As doses estudadas foram 4, 5 e 6
–!/ha do biofertilizante em complementação à adubação mineral, em 1ª soca
originada de cana-planta que recebeu
o referido biofertilizante. Estudou-se
também o efeito da aplicação de 4 –!/
ha do biofertilizante em complementação à adubação mineral em 1ª soca, originada de cana-planta que não recebeu o biofertilizante.
Observou-se pelos resultados obtidos que o biofertilizante estudado foi
eficiente na fertilização da cana soca e
que a dose de 4 –!/ha apresentou resultados semelhantes às demais e, também, que as elevações de produtividade, com a aplicação do biofertiliante,
ocorreram na cana-soca independente
da cana-planta ter recebido ou não o
produto.

1. INTRODUÇÃO
No campo da adubação e nutrição
vegetal, as pesquisas tem procurado,
de forma intensa, o conhecimento de
novos produtos e técnicas de uso que
proporcionem maior eficiência na produção agrícola. Além dos já tradicionais macros e micronutrientes essenciais, outras fontes de crescimento vegetal, como os biofertilizantes, tem despertado a atenção do meio agrícola.
Biofertilizante é um adubo orgânico líquido produzido em meio aeróbico ou anaeróbico a partir de diversos
materiais orgânicos, a partir de diferentes meios como farelos de arroz e
de trigo, fubá, rapadura, restos de peixe e outros.
26

Revista Canavieiros - Março de 2009

SILVA e colaboradores (2009), estudaram o efeito da utilização de aminoácidos em biofertilizantes a base de
peixes na adubação da cana-de-açúcar e observaram a elevação da pro-

dutividade da cultura em ciclo de canaplanta e, o objetivo do presente trabalho, foi o de dar continuidade ao estudo da utilização deste biofertilizante
em primeira soca.

MATERIAL
MÉTODOS
2. MATERIAL E MÉTODOS
A continuidade do ensaio inicial deu-se em 28/10/2007, após a colheita da
cana-planta, ou seja, em primeira soca, no CCA/UFSCar-Araras/SP, em solo Latossolo Vermelho Distroférrico típico (LVd), textura argilosa/muito argilosa, variedade RB 72-454. A colheita foi realizada em 29/10/2008. A análise do solo onde foi
desenvolvido o estudo encontra-se na Tabela 1.
Tabela 1 - Análise Química do Solo

O delineamento estatístico foi o de blocos ao acaso com 4 repetições. Cada
parcela foi composta por 6 linhas de cana com espaçamento de 1,40m e comprimentos de 10m. Para os cálculos de rendimentos foram consideradas as 3 linha centrais.
Os tratamentos encontram-se na tabela Tabela 2
Tabela 2. Tratamentos realizados em primeira soca.

OBS. Os tratamentos T2, T3 e T4 receberam na cana-planta 8L/ha do biofertilizante, em complementação à adubação mineral de 24-180-120 Kg/ha de N , P2O5
e K2O. O tratamento T5 recebeu na cana-planta a adubação mineral de 24-180-120
Kg/ha de N; P2O5 e K2O, sem complementação com o biofertilizante.
Artigo Técnico

ânico Líquido Contendo
Extrato de Peixe
Analisando-se os dados, observa-se pela Tabela 3, na coluna t cana/
ha, que nas condições estudadas
não ocorreram diferenças significativas entre os tratamentos que receberam o biofertilizante (T2 a T5), mas
sim entre eles e a testemunha, evidenciando o efeito positivo do biofertilizante na fertilização da cana-deaçúcar no ciclo de 1ª soca, em concordância com os resultados obtidos
anteriormente em cana-planta.
Outro resultado a ser destacado
é que houve acréscimo de produtividade de cana com a aplicação do biofertilizante logo após o primeiro
corte, independente da cana-planta
ter recebido ou não o produto (embora não tenha ocorrido diferenças
significativas entre T5 e os tratamentos T2, T3 e T4). Para toneladas de
pol por hectare (t pol/ha) os resultados não mostraram diferenças estatísticas significativas.
Por ocasião da instalação do ensaio (cana-planta), os tratamentos biofertilizantes aplicados foram:- T2(¹),
T3(²) e T4(³); 3, 4 e 5 –!/ha no sulco
de plantio e mesmas doses no fechamento da cultura, respectivamente.
Embora não se tenha a análise
estatística da soma das produtividades, observou-se significâncias
estatísticas, em separado, para t
cana/ha nos dois cortes efetuados,
evidenciando que a soma dos resultados de tratamentos com adubação
mineral e diversas dosagens de biofertilizante, são diferentes e superiores à da testemunha.

2.1. CARACTERÍSTICAS DO BIOFERTILIZANTE:
Estado físico: líquido

RESULT
3. RESUL TADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos encontram-se na tabela 3.
Tabela 3– Resultados médios de produtividade em toneladas de cana e de
pol por hectare (t cana e pol/ha), bem como a análise estatística do experimento.

Letras minúsculas diferentes nas colunas: significativo ao nível de 5%
Letras maiúsculas diferentes nas colunas: significativo ao nível de 1%
**significativo ao nível de 1%; DMS - Diferença Mínima Significativa; CV - Coeficiente de Variação.

Deve-se ressaltar que no mês de agosto, devido à forte ventania ocorreu tombamento da cana, o que pode ter provocado influência na qualidade tecnológica da
cultura. A seguir, na Tabela 4, são apresentados os dados das somas de produtividades de cana e de pol obtidas no primeiro corte e primeira soca.
Tabela 4– Soma dos resultados médios de produtividade em toneladas de cana e de pol
por hectare obtidos (t cana e pol/ha) em primeiro corte e primeira soca.

4. CONCLUSÕES
Nas condições estudadas o experimento permitiu as seguintes conclusões:
- O biofertilizante estudado foi eficiente na elevação da produtividade de cana em 1ª soca e na soma dos
dois cortes;
- A análise dos resultados obtidos mostra que entre as doses do biofertilizante estudadas, a de 4 –!/ha foi suficiente para
a fertilização da cana-de-açúcar no ciclo de 1ª soca e proporcionou resultados semelhantes às doses mais elevadas.
*
Professores do Depto. de Recursos Naturais e Proteção Ambiental do CCA/UFSCar.
** Professor do Depto. de Tecnologia Agroindustrial e Sócioeconomia Rural do CCA/UFSCar.

Revista Canavieiros - Março de 2009

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Artigo Técnico

Como gerenciar os escassos
Como gerenciar os escassos
recursos na produção de
recursos na produção de
cana-de-açúcar em
cana-de-açúcar em
momentos de crise?
momentos de crise?
Cleber Moraes
Consultor CANAOESTE
M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda

Q

uando os recursos para produção são escassos é preciso ter cuidado na hora de
gastar e priorizar os desembolsos é
fundamental para minimizar as perdas de produção e maximizar os resultados da produção agrícola.
Havendo poucos recursos, onde
eles devem ser gastos?
Primeiramente vamos a dois conceitos importantes: Eficiência e Eficácia.

Eficiência significa “fazer certo as
coisas” e Eficácia significa “fazer a
coisa certa”. Pode-se ser eficiente
adubando todo o canavial, mas, se o
adubo for aplicado onde não havia
necessidade, não se foi eficaz. Isto é,
adubou-se corretamente, fez-se certo, da forma correta a adubação, mas
não se fez a coisa certa, que seria adubar somente onde era necessário.
Com a experiência pode-se ser
sempre muito eficiente, mas, sem conhecimento técnico, dificilmente é
possível ser eficaz. O agrônomo ou
engenheiro agrônomo tem a responsabilidade de tornar o produtor agrícola eficaz, porque, a maioria, com sua
experiência têm plenas condições de
ser eficiente.
A primeira preocupação é o controle de mato, assim devemos priorizar o controle de ervas daninhas, em
especial para as áreas de cortes mais
jovens. Por conseqüência os equipamentos de aplicação (tratores e pulverizadores) devem receber forte
atenção. Prioritariamente os bicos
pulverizadores devem ser revisados
28

Revista Canavieiros - Março de 2009

avaliando o controle dos volumes de
vazão e a eficiência e eficácia distribuição do produto. A utilização de
vazão reduzida com maior concentração dos produtos proporciona economia de horas tratores na aplicação,
combustível, lubrificantes e desgaste dos equipamentos.
Se ainda houver recursos disponíveis, a adubação do canavial deverá ser muito mais criteriosa e a utilização de análises de solo é fundamental para priorizar as áreas que deverão
receber maior atenção, sempre procurando preservar a produtividade das
glebas de corte mais jovens.
Com o avanço da colheita mecanizada e a procura por custos de colheita menores, podemos muitas vezes ser iludidos com custos de colheita menores e perdas de colheita
que jogam no lixo todo o “ganho”
obtido com o preço menor pelo serviço. Vamos a um exemplo:
Em um canavial tem-se 100 t/ha
(cem tonelada por hectare) de cana-

de-açúcar a serem colhidas, dois prestadores de serviços poderão realizar
a colheita. Um oferece um determinado preço em R$/t colhida, que chamaremos de X e o outro X+R$1,00/t.
Depois de realizada as operações,
o primeiro de valor X, buscou a maior eficiência possível de seu conjunto de colheita, sem se preocupar com
a eficiência do sistema com um todo,
e obteve 12% de perdas de colheita,
portanto colheu, das 100 t/ha disponíveis, apenas 88 t/ha (oitenta e oito
toneladas por hectare) de cana-deaçúcar como produtividade real.
O segundo de X+R$1,00/t, garantiu em contrato perdas de colheita de até 6% e das 100 t/ha disponíveis colheu 94 t/ha (oitenta e oito
toneladas por hectare) de cana-deaçúcar como produtividade real.
Não vamos levar em conta, neste
exemplo, os custos de tratos culturais, amortização da formação do canavial, nem de transporte ou outros
custos. O objetivo é encontrar a di-
Artigo Técnico
ferença da combinação de preços dos
serviços de colheita versus perdas
de colheita.
Para fazermos os cálculos, vamos
admitir o teor de ATR em 140 Kg/t
para as 88 t/ha e para a cana recuperada, ou seja, as 6 t/ha adicionais,
vamos admitir um teor médio de 120
Kg/t, assim a produção de 94 t/ha terá
138,72 Kg de ATR/t. Usaremos o preço de R$ 0,2800 por Kg de ATR. Assim teremos:

Fórmula: Caso = Receita – Custo
de colheita
Caso 1= 88 t/ha x 140,00 Kg/t x R$
0,2800/Kg - 88 t/ha x X= R$ 3449,60 –
88 x X
Caso 2= 94 t/ha x 138,72 Kg/t x R$
0,2800/Kg - 94 t/ha x (X+R$ 1,00/t)=
R$ 3.557,11 - 94 x X
Veja na tabela abaixo qual o
ganho obtido no caso 2.

Tabela ganhos obtidos no Caso 2 por hectare
para diversos valores de X
Preço de Colheita
Caso 1
(R$/t)

Caso2
(R$/t)

Resultados
(Receita – CCT)
Caso1
Caso2
(R$/ha)
(R$/ha)

10,00
11,00
12,00
13,00

11,00
12,00
13,00
14,00

2.569,60
2.481,60
2.393,60
2.305,60

2.617,11
2.523,11
2.429,11
2.335,11

Diferença
(Caso 2 – Caso 1)
(R$/ha)
47,51
41,51
35,51
29,51

Entretanto não basta que o prestador de serviços garanta perdas menores, é preciso fazer constar em contrato e
acompanhar as perdas de colheita no
campo com metodologia definida e aceita previamente entre as partes com participação de ambos ou de seus representantes no momento do levantamento.
Em resumo, maiores perdas de colheita representam perdas de produção. Produção esta que estavam à mão
para ser colhida e escorrerão pelos
dedos em uma só operação.
Sempre é importante nos atentarmos para a qualidade das operações
agrícolas, a adequação dos tratores aos
implementos, a aferição dos equipamentos, mas, principalmente, nos momentos de menor disponibilidade de
recursos, a atenção a estes itens deve
ser redobrada para melhoria da eficácia dos insumos e operações realizadas e nesta hora o acompanhamento
de um agrônomo ajudando a “fazer a
coisa certa” é fundamental.

Revista Canavieiros - Março de 2009

29
Artigo Técnico

Contratação de Serviços
Contratação de Serviços
Agrícolas
Agrícolas
Cleber Moraes
Consultor CANAOESTE
M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda

A

contratação de serviços agrícolas exige que o fornecedor
de cana fique atento a alguns
passos que devem ser tomados antes
que seja assinado o contrato de prestação de serviços ou mesmo se inicie
a prestação dos serviços na lavoura.

ção de cláusulas que tragam ônus desproporcionais ao produtor de cana ou
mesmo cláusulas abusivas.

Passo 1: Solicitar orçamento detalhado dos serviços a serem prestados, discriminando: operações mecanizadas, de
transporte ou de mão-de-obra a serem
realizadas; equipamentos a serem utilizados no caso das operações mecanizadas e de transporte; rendimento operacional (horas para tratores por hectare,
quilômetros rodados para veículos e diárias para rurícolas); custo por unidade
de medida (horas, quilômetros ou diárias). No caso de insumo, discriminar o
insumo, a dose, o custo e o valor total.

Os casos mais comuns são os seguintes:
1. Pagamento dos serviços em unidade industrial. É extremamente imcana: Normalmente quando os serviços portante estabelecer no contrato um
são pagos em cana, faz-se a conversão valor de CCT para o primeiro ano, um
do valor do serviço em reais, dividindo índice de reajuste para este valor (IGPpelo valor da cana com teor de ATR de M, IPC, INPC ou qualquer outro), que
121,97 Kg por tonelada. Acontece que representará o valor máximo a ser coa cana entregue na unidade industrial brado nas safras seguintes e, ainda,
terá em média 145,00 Kg de ATR por abrir a possibilidade do fornecedor
tonelada, podendo chegar a mais de contratar outro prestador de serviços
160,00 Kg de ATR por tonelada. A dife- para realizar a colheita entregando a
rença de ATR deverá cobrir os custos cana obviamente na unidade industride CCT (colheita) da cana fornecida a al que prestou o serviço de plantio,
título de pagamento da prestação de caso o valor sugerido pela unidade inserviços, pois, do contrário, estará re- dustrial esteja acima de qualquer oupresentando a cobrança de juros, por tro orçamento.
sinal bastante elevado.
4. Definição do método do paga2. Valor dos serviços de mão-de- mento de cana: Pelos Manuais do CONobra: Os valores dos serviços de mão- SECANA é preciso que conste em conde-obra rurícola provêm de um acordo trato que a metodologia de pagamento
coletivo feito pelos sindicatos rurais, de cana a ser adotada é o CONSECAque acrescidos dos encargos tributá- NA. No Manual do CONSECANA, que
rios e trabalhistas, são chamados ge- pode ser baixado pelos associados da
nericamente de encargos sociais. Es- CANAOESTE da internet através do
tes exigem que a prestação dos servi- site da ORPLANA, existe um capítulo
ços tenha um valor mínimo para preen- com as Regras Mínimas para Elaboracher todos os requisitos legais. Assim ção do Contrato de Compra e Venda de
valores de plantio muito baratos po- Cana-de-Açúcar. O fato de estabelecerdem implicar em ônus futuros com se valores tetos ou garantidos de teor
ações trabalhistas, pois o contratante, de ATR, expresso em Kg de ATR por
no caso o fornecedor, tem obrigação tonelada e/ou valor de ATR, expresso
subsidiária ao prestador de serviços.
em reais por Kg, não impossibilita a
adoção do método CONSECANA. Por3. Valor do CCT (colheita) a ser tanto, é fundamental a elaboração de
cobrado nas safras futuras: Quando a um contrato sempre.
prestação de serviços de plantio é feita por uma unidade industrial e não é
No mais e para outras dúvidas procobrado à vista, esta obriga que o for- cure o Departamento de Planejamento
necedor entregue toda a produção, e Controle da CANAOESTE através do
deste ciclo da lavoura plantada, em sua telefone (16) 3946-3300 ramal 2100.

Passo 2: Consultar o agrônomo da
CANAOESTE, em quaisquer dos escritórios regionais, para verificar se as
operações e insumos sugeridos no orçamento estão adequados para a condição de solo, relevo e clima de sua propriedade. Lembre-se que como, prestador de serviço, quanto mais operações
e insumos melhor. Todos os custos já
vêm acrescidos de um adicional que
representa o lucro da prestação de serviços, pois ninguém trabalha de graça,
mesmo que o discurso seja diferente.
Passo 3: Enviar uma cópia do orçamento ao Departamento de Planejamento e Controle, situado na sede da CANAOESTE em Sertãozinho, para avaliar se os valores sugeridos estão adequados, elevados ou se contêm, de
fato, algum benefício ao fornecedor.
Passo 4: Aprovado o orçamento,
pedir uma “minuta” do contrato (primeira redação feita pelo prestador de
serviços sem a revisão do contratante). Enviar esta minuta ao Departamento Jurídico para uma avaliação e corre30

Revista Canavieiros - Março de 2009

Passo 5: Acompanhar no campo a execução das operações e aplicação dos insumos, conforme descrito no orçamento.
Talvez este seja o passo mais importante.

O fornecedor também deve estar
ciente de algumas questões extremamente relevantes para não ser surpreendido com possíveis ações judiciais
(ação de cobrança, reclamação trabalhista), decorrentes da má confecção
do contrato.
Revista Canavieiros - Março de 2009

31
Assuntos Legais

Protocolo agroambiental
um desafio necessário ao setor
canavieiro

F

oi amplamente divulgado pela
imprensa e também por esta revista, n’outras edições, sobre o
Protocolo e Cooperação Agroambiental entabulado pelo Governo do Estado de São Paulo, através de suas Secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura, com o setor sucroalcooleiro
(unidades industriais e produtores de
cana-de-açúcar), tendo a CANAOESTE - Associação dos Plantadores de
Cana do Oeste do Estado de São Paulo, aderido em 22 de julho de 2008.
Referido protocolo antecipa os prazos, para o fim das queimadas nos canaviais do Estado de São Paulo, em áreas de produtores independentes de
cana-de-açúcar de 2021 para 2014 nas
áreas mecanizáveis e, de 2031 para 2017,
nas áreas não mecanizáveis, além de
determinar outras providências, todas
já previstas em leis, como a proibição
da queima da palha pós colheita, conservação do solo, conservação da
água, proteção de matas ciliares e nascentes e descarte adequado de embalagens de agrotóxicos;
Para o êxito do acordo, os produtores independentes de cana-de-açúcar, proprietários, possuidores, arrendatários ou parceiros, deverão conhecer, aderir e, sob sua responsabilidade, cumprir voluntária e individualmente o plano de ação proposto pelas
associações de classe junto ao Governo Estadual;
Apesar de ser uma adesão voluntária, os produtores que não a fizerem
poderão enfrentar grandes dificuldades
com os órgãos de fiscalização ambiental, inclusive com a possibilidade de
recusa e/ou corte da autorização de
queima e, também, quando da venda
de seus produtos (cana-de-açúcar) junto às usinas, pois estas estão passando por processo de auditoria e certificação ambiental e social para viabilizar
a comercialização do etanol brasileiro.
32

Revista Canavieiros - Março de 2009

Desta forma, para evitar problemas no decorrer desta safra e das demais, para com o órgãos de fiscalização e, inclusive, para com as unidades industriais receptoras da cana-deaçúcar que, de igual forma, aderiram ao protocolo agroambiental, sugere-se que o produtor de cana-de-açúcar procure a
sua associação representativa para, através dela, aderir ao
referido protocolo, cumprindo, assim, ao que foi avençado
entre o setor canavieiro e o Governo de São Paulo.
Sertãozinho-SP, 16 de Março de 2009.

Juliano Bortoloti - Advogado
Departamento Jurídico Canaoeste

Assunto: Recadastramento de Produtor Rural Pessoa
Física – Estado de Minas Gerais.
Prezado cooperado,
Desde o dia 2 de Março de 2009, os produtores rurais do
Estado de Minas Gerais inscritos no antigo Cadastro de Produtor Rural devem se
cadastrar no recém-criado Cadastro de Produtor Rural Pessoa Física, nos termos
do artigo 3º, do Decreto nº 45.030, de 29 de Janeiro de 2009.
Conforme divulgado pela Subsecretaria da Receita Estadual, por força do Comunicado SRE nº 2, de 27.02.2009, os prazos inicialmente previstos naquele Decreto foram prorrogados para as seguintes datas:
- o último dia útil do mês de abril de 2009 para as inscrições terminadas em 1;
- o último dia útil do mês de maio de 2009 para as inscrições terminadas em 2, 3 e 4;
- o último dia útil do mês de junho de 2009 para as inscrições terminadas em 5, 6 e 7; e,
- o último dia útil do mês de julho de 2009 para as inscrições terminadas em 8, 9 e 0.
Para fazer o recadastramento, o contribuinte deverá emitir
um Termo de Responsabilidade, utilizando formulário próprio disponibilizado no
site da Secretaria de Estado de Fazenda, www.fazenda.mg.gov.br, valendo ressaltar ainda que a inscrição atualmente existente no antigo Cadastro de Produtor
Rural será substituída no dia seguinte às datas acima estabelecidas, perdendo
sua validade na mesma data.
Portanto, vem a Copercana comunicar o produtor com propriedade rural no Estado de Minas Gerais para as providências que se fazem
necessárias, solicitando, ainda, que tão logo seja efetivado o recadastramento,
seja enviado ao Departamento de Cadastro a nova inscrição no Cadastro de
Produtor Rural Pessoa Física, sem a qual não será possível a emissão das notas
fiscais em seu nome.
Em caso de dúvidas, procure o Departamento de Cadastro,
no fone (0xx16) 3946-3300, ramais 2218 / 2286, para maiores esclarecimentos.
Atenciosamente,
DEPARTAMENTO DE CADASTRO
Revista Canavieiros - Março de 2009

33
Pragas e Doenças

Controle biológico avança
para Minas Gerais e Goiás
Carla Rodrigues

Fornecedores ampliam laboratório especializado na criação de vespinhas, que combatem a broca

A

cana-de-açúcar está exposta a
vários tipos de pragas que prejudicam o resultado de toda
uma colheita, que foi planejada pelos
seus produtores.
A broca-da-cana (Diatraea saccharalis) é hoje uma das pragas principais da cultura e atinge os canaviais
de todo o país. Esta broca é um inseto
que penetra a planta, causando grandes reduções nas produtividades. Seu
ataque é feito durante todo o ciclo da
cana e pode ser menor no período em
que a cana ainda é jovem, devido à
ausência de entrenós formados.
O caminho mais procurado para
combater esta praga é por meio de
controle biológico. O agente de maior eficiência para o combate a broca
é a introdução da vespa (Cotesia flavipes), presente no Brasil desde a década de 70.
Preocupados com a saúde de seu
canavial, os fornecedores de cana
Marco Aurélio dos Reis Rao e Antônio César Mendes Ribeiro, montaram a Biocana, um laboratório de
entomologia especializado na criação de vespinhas, localizado em
Campo Florido-MG.

34

Revista Canavieiros - Março de 2009

Broca de cana-de-açúcar e Cotesia flavipes

“Resolvemos investir no laboratório devido ao aumento da área plantada
com corte mecanizado, que aumenta a
infestação da praga e principalmente por
causa da dificuldade em adquirir agentes de controle”, explica Marco.
A Biocana está em funcionamento
há menos de um ano e hoje conta com
um quadro de 60 funcionários e uma produção de 1.000 copos de cotésias por
dia, contendo 1.500 vespas por copo.
A partir do mês de abril o laboratório pretende aumentar sua produção
para dois mil copos por dia, visando
atender usinas e produtores de cana

Liberação da Cotesia no canavial

da região do Triângulo Mineiro, Pontal do Triângulo, norte de Minas e Goiás, além de investir em outros agentes
de controle biológico, segundo os proprietários.
Repercutiu

“O cumprimento da meta (de tornar a matriz energética paulista mais
limpa) exige um acréscimo de 10%
na oferta de energia não-poluente. Etanol e bioeletricidade são agendas da
sustentabilidade”, afirmou Francisco
Graziano Neto, o Xico Graziano, engenheiro agrônomo e secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo,
em artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, em 17/02/2009.

“Isto deve se refletir positivamente no aumento das exportações do setor para 2009, em relação aos totais do
ano passado, beneficiando também o
mercado interno, pois o fluxo de comercialização de etanol ao longo do
ano será mais regular, evitando-se uma
volatilidade excessiva de preços e volumes comercializados. Isto também
significa mais estabilidade de preços
ao longo do ano, e mais oferta durante
a entressafra”, comentou Marcos
Jank, presidente da UNICA em entrevista, em relação wanrrantagem.

“Queremos ampliar a participação dos renováveis na nossa matriz
energética, primeiro a biomassa
(etanol, bioeletricidade e biodiesel) e
depois a eólica”, disse Dilma Roussef,
ministra da Casa Civil, durante a
palestra de abertura do Seminário
Internacional sobre Desenvolvimento em Brasília.

Revista Canavieiros - Março de 2009

35
Biblioteca

Cultura

Cultivando
a Língua Portuguesa

“GENERAL ÁLVARO
TAVARES CARMO”
9º Congresso Nacional da Stab
Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil

Esta coluna tem a intenção de maneira didática,
esclarecer algumas dúvidas a respeito do português
“A verdade envelhece mas não muda a sua razão”
A .D
Dúvida sobre o Novo Acordo Ortográfico - esclarecendo.
1) Pedro explanou sua “IDÉIA” para a equipe da empresa.

Renata Carone
Sborgia*

Ninguém gostou da idéia, agora, escrita de forma incorreta.
O Novo Acordo Ortográfico detestou...
—Prezado Amigo Leitor como ficam nossas “idéias”?
Corretamente, segundo o Acordo, SEM ACENTO: IDEIA.
Mas é preciso relembrar a regra, pois caso contrário ficará difícil o entendimento posto pelo Novo Acordo Ortográfico.
Vejamos a NOVA REGRA: Desaparecem os ditongos abertos ÉI e ÓI das
palavras paroxítonas.
RELEMBRANDO:
Paroxítonas palavras que têm a penúltima sílaba mais forte.
Ditongo: É a junção de vogal mais semivogal( ou semivogal mais vogal) na
mesma sílaba.
ANTES: idéia, jóia, platéia, heróico.
DEPOIS: IDEIA, JOIAPLATEIA, HEROICO...(AGORAESCRITAS CORRETAS)
Dica: as semivogais são o i e u quando aparecem ligados a uma vogal, formando sílaba com ela.
As semivogais são pronunciadas mais “fracamente” do que as vogais.
Ex.:
AMEIXA= A-MEI-XA = MEI= e (vogal) i (semivogal)
OUTRO=OU-TRO = OU = o (vogal) u (semivogal)
2) Pedro encontrou a certidão “ANEXO” no processo.
Com certeza, a certidão não foi encontrada no processo com o erro.
DICA FÁCIL:
ANEXO: adjetivo, variável, concorda com o substantivo
EM ANEXO:expressão que não varia, não concorda com o substantivo
Veja, prezado leitor, os exemplos corretos:
... a certidão ANEXA no processo...
...o documento ANEXO no processo...
... a certidão EM ANEXO no processo...
... o documento EM ANEXO no processo...
3) Maria foi demitida “ HAJA VISTO” os problemas causados na empresa.
...não só na empresa, bem como na Língua Portuguesa!!!
HAJA VISTA expressão correta , invariável.
Lembrando: Por favor, prezado amigo leitor:
sempre MENOS.( menos é invariável)
Ex.: Vieram MENOS pessoas na comemoração que o esperado.
* Advogada e Prof.ª de Português e Inglês
Mestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em
Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)
com Miriam M. Grisolia

36

Revista Canavieiros - Março de 2009

O

livro de mais de 900 páginas foi feito
pela Stab (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil), buscando
reunir todos os assuntos que foram discutidos no 9º Congresso Nacional da Stab, realizado no período de 16 a 21 de novembro de
2008.
A obra é composta por estudos e pesquisas dos mais notórios profissionais da área,
que se dedicaram para a preparação deste
encontro científico. Também há a participação de empresários, administradores e técnicos, que juntos apresentaram os avanços mais
recentes na área agrícola, industrial e administrativa do setor sucroalcooleiro do Brasil.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar
a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto
Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone
(16)3946-3300 - Ramal 2016
Agende-se
Abril

de 2009

AGRISHOW RIBEIRÃO PRETO 2009
Empresa Promotora: ABIMAQ, ABAG, SRB e ANDA
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 27/04/2009
Fim do Evento: 02/05/2009
Cidade: Ribeirão Preto - Estado: SP
Localização do Evento: Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro - Leste Anel Viário Km 321
Informações com: Reed Exhibitions Alcantara Machado
Site: www.agrishow.com.br
Telefone: 011 3060-5000
E-mail: comunicacao@reedalcantara.com.br
VI SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM
LOGÍSTICAAGROINDUSTRIAL
Empresa Promotora: ESALQ-LOG - Grupo de Pesquisa e Extensão em
Logística Agroindustrial
Tipo de Evento: Seminário / Jornada
Início do Evento: 06/04/2009
Fim do Evento: 08/04/2009
Cidade: Piracicaba - Estado: SP
Localização do Evento: ESALQ/USP
Informações com: Walter Paes, Carolina Yuri e Daniel Eisijnk
Site: log.esalq.usp.br/home/pt/seminario.php
Telefone: (19) 3429-4580
E-mail: seminario@esalqlog.esalq.usp.br
75ª EXPOZEBU
Empresa Promotora: ABCZ - Associação Brasileira dos Criadores de Zebu
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 28/04/2009
Fim do Evento: 10/05/2009
Cidade: Uberaba - Estado: MG
Localização do Evento: Parque Fernando Costa
Informações com: ABCZ
Site: www.expozebu.org.br/2009
Telefone: (34) 3319-3900
E-mail: marketing@abcz.org.br
13º TREINAMENTO EM SUPLEMENTAÇÃO PARA BOVINOS DE
CORTE EM PASTAGEM
Empresa Promotora: FEALQ
Tipo de Evento: Curso / Treinamento
Início do Evento: 14/04/2009
Fim do Evento: 16/04/2009
Cidade: Piracicaba - Estado: SP
Localização do Evento: Esalq - Centro de Treinamento
Informações com: FEALQ
Site: www.fealq.org.br
Telefone: 019 3417.6604
E-mail: cdt@fealq.org.br
Revista Canavieiros - Março de 2009

37
Vende-se
- Trator Agrícola NH - TL 65 E - 4x4 ANO 2002 - 800 horas - R$ 47.000,00
- Trator de Esteira KOMATSU - D50A
- ANO 86 revisado pronto pra trabalhar
- R$ 135.000,00. Fotos por e-mail.
Contatos: 34 9196-1237 - E-mail e MSN:
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(CRECI 84540-F).
- 56 alq. em GO com mina de Cristal a 6
km da cidade, R$ 500.000,00 - Aceita-se
imóveis como parte de pagamento (CRECI 84540-F).
- 62 alq. com cana arrendado para a
usina na base de 20% sobre a renda bruta, na região de Araras-SP, 10 km da UsiVende-se
na, R$ 65.000,00/alq (CRECI 84540-F)
- 1 transformador de 15 KVA
- 150 alq. com cana própria na beira da
- 1 transformador de 45 KVA
rodovia Anhanguera, na região de Ara- 1 transformador de 75 KVA
ras-SP, com ótima localização, R$
- tijolos antigos e telhas
130.000,00/alq (CRECI 84540-F)
- lascas, palanques e mourões de aroeira Tratar com José Paulo - (19) 3541 5318
- 1 sulcador de 2 linhas DMB
ou (19) 9154 8674
- postes de aroeira, terças, caibros e porteiras
Tratar com Wilson - (17)9739 2000
Vende-se
- Terraceador de 14 discos (novos) hiVende-se
dráulico - marca Tatu - R$ 4.000,00
- Cultivador DMB tríplice operação re- - Cobridor de cana de 2 linhas marca
formado
DMB - R$ 5.000,00
- Sulcador de uma linha
- Adubadeira - marca nogueira (distri- Carreta 4 tn borda alta
buidora de calcário e grãos para 600 kg - Cultivador quebra lombo
R$ 1.200,00
- 20 discos de 32"
- Triturador marca Penha TH-3.500, mo- 50 discos de 30"
tor 15 ap, c/chave triângulo - R$ 1.000,00
Tratar com Eduardo - (16) 3942 2895
- moto bomba de 15 ap - R$ 1.000,00
- carroceria de ferro de 8 mts p/plantio
Vende-se
de cana - R$ 4.000,00
- Valmet 785 simples ano 95 - R$ - carroceria de ferro de 8 mts p/cana
25.000,00
inteira c/cambão e cabos de aço (com- MF 275/4 ano 96 - R$ 32.000,00
pleta) - R$ 5.000,00
- Valtra 985/4 ano 2000 - R$ 43.000,00
- carroceria de ferro p/plantio de cana,
- Valtra 1180 S ano 97 - R$ 45.000,00 nova e reforçada - R$ 8.000,00
- Trator de esteiras Komatsu D-30 ano, - carroceria de ferro p/cana inteira-mar86, motor Mercedes na garantia - R$ ca fachini c/cabos de aço e cambão, ano/
60.000,00
2000 - a combinar.
- Valmet 880 simples, ano 88 - R$ - mesa circular c/serra e motor veg de
22.000,00
7,5HP - R$ 300,00
- NH TL 75 simples ano 2003 - R$ - cambão p/descarga de cana inteira
26.000,00
de 7 mts - R$ 200,00
Tratar com José Paulo (19) 3541 5318 - cultivador de cana - marca dmb de 2
ou (19) 9154 8674
linhas completo - R$1.500,00
- 2 jogos de pesos p/trator mf-275
Vende-se
completo - R$ 250,00 cada
- 8000 há no TO, com pastagem nati- - julieta marca noma reforçada, pneus
va e mata, excelente localização, beira novos, c/cambão cabos de aço - ano/
da pista, R$ 3.000.000,00. Aceita-se 2007 - R$ 32.000,00
38

Revista Canavieiros - Março de 2009

- carregadeira marca Santal em trator
Valmet/85, pneus ótimos estado, mangueiras, pistões, parte elétrica, revisados e completos -R$ 20.000,00
- caminhão Ford cargo plataforma, modelo 2626 e ano 2003, semi - novo, com
120.000 km, cor prata, pneus semi-novos, com facilidade p/pagamento.
- pneus p/ caminhão 1000 / 1100 c/
câmaras e protetores
Tratar com Marcus Aurélio Vergamini, Nelson ou Marinho - (17) 3281 5120
Procura-se:
Executivo(s) de Vendas: Máquinas e
Implementos Agrícolas (para cidades da
região de Ribeirão Preto)
Experiência mínima de 1 ano e seis
meses na área de vendas de maquinários, insumos e implementos agrícolas;
Habilidade para organizar documentos e realizar cadastro de clientes;
Profissional empreendedor, com
pró-atividade, dinamismo, habilidade
de argumentação e negociação, facilidade na tomada de decisões e trabalho em equipe;
Oportunidade de crescimento profissional e de consolidar carreira em empresa;
Necessário possuir veículo ou condição de adquirir rapidamente;
Disponibilidade total de horários e
para curtas viagens à cidades pertencentes à região de Ribeirão Preto.
A Cia. oferece Capacitação Profissional pela Fábrica e Treinamento Técnico
constante (pelo seu Centro de Treinamento na Matriz), além de desafios na
área comercial, trabalhando por metas e
objetivos, obtendo segurança por tratar-se de empresa sólida, estável e consolidada no mercado.
Interessados: enviarem currículo completo com salário atual e pretensão para
oportunidade@mantuaniconsultoria.com.br,
colocar no campo assunto a sigla: EV.
Maiores informações pelo telefone
(16) 9786-3826 ou (16) 9787-0858
Revista Canavieiros - Março de 2009

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Revista Canavieiros - Março de 2009

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Para o setor, a crise tem prazo de validade, diz presidente da UDOP sobre perspectivas

  • 1. Revista Canavieiros - Março de 2009 1
  • 2. 2 Revista Canavieiros - Março de 2009
  • 3. Editorial Crença e confiança N esses tempos em que as palavras acreditar e confiar são necessárias para enfrentar a turbulência sem maiores danos, a Revista Canavieiros traz entrevista com o presidente executivo da UDOP, Antonio Cesar Salibe. Mesmo com a crise, ele se mantém otimista e se diz surpreso com os negócios gerados durante a Feicana/Feibio, realizada em Araçatuba. O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, faz uma análise positiva sobre as perspectivas para o setor depois de dois importantes anúncios: os investimentos da Petrobrás para ter participação em usinas e o programa de financiamento de estoques com recursos do BNDES, denominado warrantagem. Em Notícias Copercana temos os treinamentos realizados pela Uname durante o mês de fevereiro para funcionários e cooperados. Foram feitos cursos em laboratórios e com equipamentos agrícolas e para os produtores do Projeto Amendoim Copercana. A secção Notícias Canaoeste traz o encontro sobre variedades de cana, realizado na Estação Experimental de Citricultura, em Bebedouro. O gerente técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira, coordenou os trabalhos, que contou com a participação de pesquisadores do IAC, CTC e UFSCar/Ridesa. Esta edição também traz o prêmio Canasauro 2009, em que o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, foi homenageado pelo trabalho de grande importância que realiza dentro do setor sucroalcooleiro. A Canaoeste também realizou no mês de fevereiro sua Assembléia Geral Ordinária, quando foram feitas a apresentação e prestação de contas do exercício de 2008 aos seus associados. Ainda em Notícias Canaoeste a revista aborda a nova parceria firmada entre o Netto Campello Hospital e Materinadade e a Associação de Proteção à Maternidade e a Infância- Maternidade Fernando Magalhães, de Monte Azul Paulista, que trará benefícios para todos os seus associados e aumentará a relação de cooperação. Já em Bebedouro, a Canaoeste firmou um novo contrato com a dentista Rose Leone, que atenderá os associados à Canaoeste. A Reportagem de Capa traz a mais nova estimativa de safra, apresentada pelo presidente da Datagro, Plinio Nastari, em Araçatuba. O levantamento aponta um crescimento de 6,08% na produção de cana, que poderá chegar em 530 milhões de toneladas de cana. O consultor da Canaoeste, Cléber Moraes, traz em seu artigo técnico dicas importantes sobre como gerenciar os escassos recursos na produção de cana-de-açúcar em momentos de crise e também faz um alerta sobre os cuidados que o fornecedor deve ter antes de contratar serviços agrícolas. Em Pragas e Doenças, a Canavieiros apresenta a Biocana, um laboratório de entomologia, formado no ano passado na região de Campo Florido para a criação de agentes de controle biológico, como a “vespinha”, principal agente de combate às pragas dos canaviais. Para finalizar, o advogado da Canaoeste, dr Juliano Bortoloti, fala sobre a importância e a necessidade do Protocolo Agroambiental para o setor canavieiro. Boa leitura. Conselho Editorial Revista Canavieiros Março de 2009 Revista Canavieiros -- Março de 2009 3
  • 4. Indice EXPEDIENTE Capa CONSELHO EDITORIAL: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson Safra é aberta com previsão de crescimento de 6,08% Segundo a Datagro, a região Centro-Sul deverá moer 530 milhões de toneladas de cana; safra deve ter remuneração maior Pag. Pag. 22 EDITORA: Cristiane Barão – MTb 31.814 JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carla Rossini – MTb 39.788 DESTA DESTA QUES OUTRAS Entrevista CONSECANA DIAGRAMAÇÃO: Rafael H. Mermejo DESTAQUE FOTOS: Carla Rossini Rafael H. Mermejo Antonio Cesar Salibe Pag. 16 Presidente executivo da UDOP "Para o setor, a crise tem prazo de validade", diz Salibe Pag. Pag. 05 Pag. 19 INFORMAÇÕES Pag. SETORIAIS 24 Ponto de vista Manoel Carlos de Azevedo Ortolan 26 ARTIGOS TÉCNICOS Pag. 32 ASSUNTOS LEGAIS Pag. 34 PRAGAS E DOENÇAS Pag. Presidente da Canaoeste Boas notícias no meio da crise Pag. Pag. Notícias 09 09 10 Copercana - Uname realiza treinamentos para cooperados e funcionários - Safra de grãos volta a crescer Notícias Pag. Pag. Notícias Cocred - Balancete Mensal Pag. CULTURA Pag. Pag. TIRAGEM: 11.000 exemplares 35 36 AGENDE-SE Pag. 37 CLASSIFICADOS Pag. 38 Artigo Técnico 4 4 Revista Canavieiros - Março de 2009 DEPARTAMENTO DE MARKETING E COMUNICAÇÃO: Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues, Carla Rossini, Daniel Pelanda, Janaina Bisson, Letícia Pignata, Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva. IMPRESSÃO: São Francisco Gráfica e Editora 18 Estudo com Adubo Orgânico Líquido Contendo Aminoácidos de Extrato de Peixe COMERCIAL E PUBLICIDADE: (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 comercial@revistacanavieiros.com.br REPERCUTIU 12 Canaoeste - Canaoeste realiza encontro sobre variedades de cana - Manoel Ortolan recebe prêmio Canasauro - Canaoeste realiza AGO - Netto Campello firma novas parcerias FOTO CAPA: Divulgação Equipav Pag. Pag. 26 ISSN: 1982-1530 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. ENDEREÇO DA REDAÇÃO: Rua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680 Fone: (16) 3946 3311 www.revistacanavieiros.com.br redacao@revistacanavieiros.com.br
  • 5. Entrevista Antonio Cesar Salibe Presidente executivo da UDOP "Para o setor, a crise tem prazo de validade", diz Salibe Da redação O balanço dos negócios gerados na Feicana/Feibio, realizada entre os dias 10 e 12, em Araçatuba, ainda não foi fechado, mas deve ser positivo, apesar da crise. É o que acredita o presidente executivo da UDOP (União dos Produtores de Bioenergia), Antonio Cesar Salibe. De acordo com ele, a feira sentiu a crise, mas em menor grau do que era esperado. No próximo ano o evento deve ser realizado também no Mato Grosso do Sul. Para Salibe, o setor deve sair da crise antes dos demais. Leia, a seguir, a entrevista que ele concedeu à Canavieiros por e-mail. Revista Canavieiros - Março de 2009 Revista Canavieiros - Março de 2009 5 5
  • 6. Entrevista Canavieiros: A expectativa para a previsão de aquecimento de consumo significativa no volume total produzido. edição da Feicana/Feibio deste ano para este ano por diversos fatores, até o Mas o problema maior que o setor quesera repetir o volume de negócios do lançamento de motocicletas flex, o que tiona não é com referência ao tamanho ano passado. Isso ocorreu? deve abrir novos mercados e com isso do cheque, mas sim como esses recurAntonio Cesar Salibe: A Safra Even- haverá uma recuperação gradativa no sos vão chegar às usinas, uma vez que tos, empresa que organiza a feira, ainda rendimento. Assim, temos convicção de as unidades estão com sérios problenão divulgou um balanço total de negó- que com muito trabalho o setor deva mas de crédito, com bancos tendo dificios firmados durante os três dias da sair antes que os demais da crise. culdade em dar dinheiro novo a essas Feicana/FeiBio. Acreditamos que o vousinas. Além disso, o custo desse dilume de contratos deva ter caído um Canavieiros: No processo de ex- nheiro também preocupa e quando ele pouco em decorrência do momento tur- pansão do setor, o noroeste paulista é estará disponível, pois se não chegar bulento no mercado financeiro, que atin- o principal endereço das ampliações no início da safra, dificilmente surtirá giu as usinas que sofrem com a falta de e construções de unidades industriais. seus efeitos. Como esses desafios sedinheiro, agravado pela crise e pela bai- O que mudou depois da crise? rão vencidos é o principal ponto agora. xa remuneração de seus dois principais Salibe: A nosso ver nada se alterou, produtos: o açúcar e o etanol. Mas sou- a não ser o adiamento de alguns projeCanavieiros: Quanto a região nobemos de inúmeros negócios, principal- tos que ainda estavam em fase embrio- roeste deve produzir de cana, açúcar mente na área de máquinas agrícolas e nária, com o aguardo de licenças ambi- e etanol nesta próxima safra? demais, que foram fechados durante a entais. Nesses casos deverá haver um Salibe: Ainda não temos fechado o feira e outras dezenas de contatos que adiamento momentâneo da instalação volume total de processamento de cana foram firmados e que no para a safra que deve cometempo certo serão concre- "Deverá haver um adiamento momentâneo çar nas primeiras semanas tizados entre as partes. De da instalação dessas unidades pelo tempo de abril. A dificuldade nestoda a forma, a maioria dos sas previsões leva em conque durar essa restrição de créditos" expositores que acreditou ta uma série de fatores, como na Feicana, mesmo diante o volume de cana bisada da da crise, saiu satisfeita com os negóci- dessas unidades pelo tempo que durar safra passada, que ainda não temos a os e contatos realizados. essa restrição de créditos. No mais, con- real dimensão, e o fato de ainda muitas tinuamos sendo a região com melhores usinas não terem parado suas safras, Canavieiros: De alguma forma, a condições para a expansão do setor, devendo emendar os dois períodos de feira, que é uma das mais importantes com disponibilidade de terras, com to- colheita, o que dificulta qualquer estido setor, sentiu os efeitos da crise? pografia, clima e logística inigualáveis, mativa a respeito. Acreditamos sim, que Salibe: Como explicado anterior- mão-de-obra em abundância, enfim, com não haverá qualquer queda na produmente, a feira sentiu os efeitos da crise todas as condições que fizeram dessa ção para esta safra, mas quanto ao volusim, mas em menor grau do que se es- região o pólo bioenergético da região me maior ainda depende de outros fatoperava. Mais de 90% dos expositores Centro-Sul do Brasil. res, como quando as novas usinas enque estavam na edição de 2008 mantitrarão efetivamente em operação etc. veram seus estandes nesta edição, além Canavieiros: Das unidades previsda entrada de outras empresas, perma- tas para entrarem em operação na Canavieiros: Quais os planos para necendo assim com um volume de 300 safra passada, quantas efetivamente a próxima edição da Feicana/Feibio? expositores. iniciaram a moagem? E para esta safra, Salibe: Tradicionalmente a Feicana/ quantas devem iniciar? FeiBio é responsável pela abertura do Canavieiros: Dá para avaliar se o Salibe: Conforme levantamento de ciclo de feiras do setor, sendo a única setor está no começo, no meio ou no nosso departamento de economia e realizada durante o período onde tradicifim da crise? estatística, o Oeste Paulista ganhou na onalmente ocorre a entressafra. Assim, Salibe: Segundo nossos analistas, safra 2008/09 mais 13 unidades e para nossa expectativa é de que a feira contié difícil precisar em qual estágio da crise este ano deve ganhar outras quatro nue provendo o setor da melhor tecnoloenfrentamos hoje. Porém, uma coisa é unidades. gia para enfrentar a crise e que, por meio certa: para o setor, a crise tem prazo de de parcerias sólidas, com a Datagro ou validade. O açúcar começa a ter seu preCanavieiros: O senhor acha que os mesmo o ICOOI (Instituto de Cooperaço recuperado no mercado externo, de- recursos anunciados pelo governo ção Internacional) continuemos sendo vido principalmente à quebra da safra para estocagem de etanol para a sa- palco das discussões sobre o futuro prona Índia, que passará neste ano de ex- fra 2009/10 são suficientes? O que o missor do setor e suas perspectivas. portadora para importadora da commo- governo deve fazer ainda para esti- Além disso, estamos também com grandity. Quanto ao etanol, mesmo com os mular o setor? de expectativa para a inauguração da preços ainda pouco ou nada remuneraSalibe: O valor anunciado pelo go- Feicana no Estado do Mato Grosso do dores, com quedas em plena entressa- verno – R$ 2,5 bilhões - é razoável, o Sul, ainda sem data certa, mas com previfra nas usinas paulistas, ainda há uma que permitirá uma estocagem bastante são de ser inaugurada em 2010. “ 6 Revista Canavieiros - Março de 2009
  • 7. Revista Canavieiros - Março de 2009 7
  • 8. Ponto de Vista Boas notícias no meio da crise Manoel Carlos de Azevedo Ortolan* E m meio às notícias da crise financeira, duas deram uma injeção de ânimo ao setor sucroenergético nessas últimas semanas: os investimentos da Petrobras para adquirir participação em usinas e o anúncio do programa de financiamento de estoques, chamado de warrantagem, com recursos do BNDES. A PBio (Petrobras Biocombustíveis) quer abocanhar pelo menos 20% do total do crescimento da produção de etanol no mercado nacional por meio da aquisição de até 40% de participação em usinas. Os planos de investimentos da Petrobras em biocombustíveis entre 2009 e 2013 envolvem US$ 2,4 bilhões em produção, dos quais cerca de US$ 400 milhões este ano. O etanol receberá US$ 1,9 bilhão e o biodiesel US$ 480 milhões. Nos próximos dois meses a PBio deve concluir a participação em pelo menos quatro projetos de novas usinas no país. Outros cinco projetos estão previstos para entrarem em operação em 2012 e mais oito entram em 2013. Juntas, essas aquisições em participações em usinas representarão 1,9 bilhão de litros em 2013. Além dos investimentos da PBio, ainda serão destinados para a logística dos biocombustíveis US$ 400 milhões, e outros US$ 500 milhões em pesquisas, via o centro de pesquisas da Pe- 8 Revista Canavieiros - Março de 2009 trobras, o Cenpes, totalizando US$ 3,3 bilhões. Além da injeção de recursos no setor nesse momento de turbulências, a entrada da Petrobras, estatal brasileira de credibilidade no mercado mundial e expertise em logística e exportação, pode atrair ainda mais a atenção e interesse dos investidores estrangeiros. Já o programa de financiamento para estocagem foi anunciado pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, no último dia 5. O BNDES irá destinar R$ 2,5 bilhões para financiar a estocagem de cinco bilhões de litros de etanol na safra 2009/10. Os detalhes do programa estão sendo definidos e a expectativa é que os recursos sejam disponibilizados rapidamente, já que a safra já está aí. A formação de estoques de etanol é um meio de reduzir a volatilidade excessiva dos preços e dos volumes comercializados ao longo do ano e evitar desequilíbrios na remuneração da cadeia produtiva. Sem estoques, o combustível tende a ficar mais caro nas bombas no período da entressafra ou então o resultado é o que estamos vendo neste ano: com dificuldades de acesso ao crédito por conta da crise, muitas indústrias estão vendendo o produto a preços baixos para fazer caixa e isso desequilibra o setor. Essa ajuda do governo vem em boa hora, mas é importante que a cadeia produtiva também faça a sua parte, buscando maior organização e ordenamento de seus elos. Os fundamentos do setor continuam positivos, apesar da crise mundial: deve haver recuperação nos preços do açúcar e aumento nas exportações brasileiras do produto e a demanda de etanol seguirá crescente. O setor precisa aproveitar esse bom momento e as medidas de apoio para se reestruturar e contornar dificuldades que sempre existiram, como essas oscilações de preços que desestabilizam toda a cadeia. *presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo)
  • 9. Revista Canavieiros - Março de 2009 9
  • 10. Notícias Copercana Uname realiza treinamentos para cooperados e funcionários Carla Rodrigues A Unidade de Grãos da Copercana (Uname) realizou no mês de fevereiro vários encontros com profissionais para atender as necessidades técnicas dos cooperados e funcionários quando o assunto é amendoim. O primeiro encontro falou sobre treinamento laboratorial e aconteceu no dia 5. O evento contou com a participação dos consultores da ESALQ, Dra. Maria Antônia e Dr. Eduardo Micotti, que juntamente com a equipe de qualidade da Copercana destacaram a importância do trabalho de amostragem, análises físicas e químicas do amendoim e competência para produzir o grão com segurança e qualidade. No mesmo dia, em Herculândia houve um treinamento com os produtores daquela região realizado pela empresa Miac com o objetivo de treinar os participantes para operar de forma correta os equipamentos agrícolas, orientando sobre as regulagens, manutenções e normas de segurança. O último treinamento aconteceu no dia 13 de fevereiro para os produtores do Projeto Amendoim Copercana e foi ministrado em conjunto pela equipe de qualidade da Copercana e pelo Engenheiro Pedro Faria. O engenheiro Pedro Faria ressaltou a importância da aplicação e utilização da tabela de maturação do amendoim para a estimativa do início da colheita. Também foram abordados assuntos relativos ao manejo correto na colheita para evitar perdas e impurezas, assim como o caderno de campo que é fundamental para a comprovação das boas práticas agrícolas, rastreabilidade e a importância da qualidade desde o campo. Todos estes treinamentos têm como objetivo fundamental a orientação e conscientização de todos os envolvidos no projeto do amendoim a fim de atender as exigências do mercado consumidor (interno e externo). Pois manter a rastreabilidade desde o campo até o produto final é o diferencial que garante a qualidade dos produtos da Copercana. Safra de grãos volta a crescer A pós cinco meses de quedas consecutivas, a produção de grãos no Brasil voltou a crescer. O sexto levantamento da safra 2008/ 09, divulgado na segunda-feira (9 de março) pela Conab, mostra que o país vai colher 135,32 milhões de toneladas, crescimento de 0,47% em relação à pesquisa do mês passado. Mesmo com esta recuperação, a projeção é 6,1% menor que a do ciclo anterior. O incremento nesta edição, em relação ao quinto estudo, está na segunda safra de feijão (safra da seca), que passou de 1,41 para 1,55 milhão de toneladas (+9,9%), no arroz,de 12,35 para 12,52 milhões t(+1,3%), na soja, de 10 Revista Canavieiros - Março de 2009 57,21 para 57,63 milhões t (+0,7%), e no milho total,de 50,30 para 50,37 milhões t (+0,1%). Mesmo com o crescimento registrado de fevereiro para março, a maior parte dos estados terá produção menor que a do ciclo passado, resultado do atraso do plantio em algumas regiões e do clima adverso durante o desenvolvimento das culturas. A estimativa para o período atual é de 57,63 milhões de toneladas para soja (cerca de 50%colhida), 50,30 milhões t para o milho total (cerca de 45% do milho primeira safra colhidos), 12,52milhões de t para o arroz (cerca de 15% colhidos) e 3,73 milhões do feijão total (primeira safra 100% colhida). Área– A área total do plantio de grãos será de 47,68 milhões de hectares, 0,5% maior que na safra passada. Entre as lavouras que ganharam espaço estão o feijão (3,99 para 4,17 milhões ha) e o arroz (2,87 para2,89 milhões ha). A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 20 de fevereiro. A estatal ouviu produtores rurais, agrônomos e técnicos de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural e agentes financeiros dos principais municípios produtores do país. Fonte /Conab
  • 11. Revista Canavieiros - Março de 2009 11
  • 12. Notícias Canaoeste Canaoeste realiza encontro sobre variedades de cana Carla Rodrigues A Canaoeste promoveu, no dia 5 de março, o 2º Encontro Sobre Variedades de Cana-deaçúcar, realizado na Estação Experimental de Citricultura, em Bebedouro. O evento contou com o apoio da FMC e a participação de aproximadamente 200 associados. O gerente técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira, coordenou os trabalhos que teve a participação dos pesquisadores Marcos Landell, do IAC (Instituo Agronômico), Carlos Suguitani, do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) e Hermann Paulo Hoffmann, da UfsCar/Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro). O tema principal da reunião foi o manejo e uso adequado das principais variedades de cana-de-açúcar plantadas atualmente, destacando a região de abrangência da Canaoeste. O pesquisador Carlos Suguitani falou sobre as novas variedades que o CTC deve lançar ainda este ano. Já o professor Hoffmann destacou que o Brasil, pelo seu desempenho em relação à inovação na produção de etanol, tem o Carlos Suguitani (CTC), Marcos Landell (IAC), Éder, Prof. Dr. Hermann Paulo Hoffmann (Ridesa / UFSCar), Gustavo Nogueira (Canaoeste) e Carlos Correa (FMC) menor custo comparado a outros países. Também aproveitou o momento para falar sobre os ganhos obtidos com as variedades precoces: RB966928, RB925345, RB855453 E NA56-79. Landell falou sobre a importância do trabalho realizado pelas instituições em melhoramento genético da cana, a valorização das variedades com as quais o solo já está acostumado e também comentou sobre as pré-variedades do IAC. O evento teve como intuito aproximar cada vez mais o produtor de cana de sua associação e dos pesquisadores que trabalham para melhorar e facilitar o serviço do produtor. “Os fornecedores não produzem como as usinas, então temos que fazer o melhor possível por eles”, comentou o pesquisador Carlos do CTC. “Essas reuniões proporcionam a aproximação dos centros de pesquisas com os produtores, de forma que podemos esclarecer dúvidas e dar orientações diretas aos associados. Eu aprecio muito isso, pois nos permite redirecionar as pesquisas de acordo com as necessidades deles”, afirmou Landell.
  • 13. Notícias Canaoeste Manoel Ortolan recebe prêmio Canasauro 2009 D urante a realização da Feicana/Feibio, em Araçatuba, o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, recebeu o prêmio Canasauro 2009, que reconhece o trabalho, a luta e a perseverança conquistados por profissionais que concretizaram o momento de grande importância vivido pelo setor sucroenergético brasileiro. Neste ano foram escolhidos 69 autoridades com mais de 30 anos de experiência para serem homenageados, reunindo em um só espaço grandes nomes da história do setor. Canaoeste realiza assembleia geral ordinária A diretoria da Canaoeste realizou no dia 13 de fevereiro a Assembleia Geral Ordinária para apresentação e prestação de contas do ano de 2008. O presidente da associação, Manoel Ortolan, comandou a pauta que incluiu a leitura, discussão e votação do balanço, relatório da diretoria e parecer do Conselho Fiscal e também falou sobre os serviços assistenciais prestados pela Canaoeste. Durante a assembleia, foram apresentadas pelo Departa- mento de Planejamento da associação, as projeções de ATR, valores para fechamento e números da safra 2008/2009. Para finalizar, o diretor Luiz Carlos Tasso Júnior apresentou as posições do Netto Campello Hospital e Maternidade.
  • 14. 14 Revista Canavieiros - Março de 2009
  • 15. Revista Canavieiros - Março de 2009 15
  • 16. Notícias Canaoeste Consecana CIRCULAR Nº 15/08 27 de fevereiro de 2009 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de FEVEREIRO e ajuste parcial da safra 2008/2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de FEVEREIRO, referente à Safra 2008/2009, é de R$ 0,2746. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de ABRIL de 2008 a FEVEREIRO de 2009 e acumulados até FEVEREIRO, são apresentados a seguir: Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP), do etanol anidro e hidratado carburantes (AAC e AHC), destinados à industria (AAI e AHI) e destinados ao mercado externo (AAE e AHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de ABRIL de 2008 a FEVEREIRO de 2009 e acumulados até FEVEREIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/08, são os seguintes: 16 Revista Canavieiros - Março de 2009
  • 17. Notícias Canaoeste Netto Campello firma novas parcerias para 2009 Carla Rodrigues O Netto Campello Hospital e Maternidade em parceria com a Associação de Proteção à Maternidade e a Infância - Maternidade Fernando Magalhães, de Monte Azul Paulista, proporcionará a todos os associados da Canaoeste da região, preços especiais em consultas realizadas na Maternidade Fernando Magalhães. O objetivo desta parceria é aumentar a relação de cooperação, fazendo com que haja um maior movimento na Maternidade, e ocupar o espaço que ela tem, explica o Dr. Paulo David, médico responsável e supervisor da entidade. “Aqui os associados poderão encontrar disponibilidade e qualidade de serviços oferecidos por nós e pelo Netto Campelo”, complementou Dr. Paulo. Também através desta parceira, os associados Canaoeste não precisarão mais se deslocar até Sertãozinho para serem atendidos, somente em casos mais graves quando for necessário uma estrutura hospitalar completa. Para realizar uma consulta através da Canaoeste, basta o associado apresentar a carteira de trabalho para comprovar o vínculo com a associação. Em Bebedouro, a Canaoeste firmou um novo contrato para o atendimento odontológico com a dentista, Rose Leone, que passa a atender os associados à Canaoeste. “Tudo o que é exigido para um atendimento de qualidade nós temos aqui. Em breve vamos aumentar o consultório e usá-lo para trazer benefícios a todos os meus pacientes e asso- Rose Leone: atendimento odontológico para os associados de Bebedouro ciados”, disse Dra. Rose. Todos os associados têm uma tabela de preços diferenciados para consultas. Os funcionários da associação e filhos até 14 anos, recebem atendimento gratuito. O consultório fica localizado na Rua Antônio Toller, 368, Jardim Paraíso – Bebedouro/SP. O telefone é (17)3343-6572. Revista Canavieiros - Março de 2009 17
  • 18. Notícias Cocred Balancete Mensal Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana de Sertãozinho BALANCETE - JANEIRO/2008 Valores em Reais 18 Revista Canavieiros - Março de 2009
  • 19. Destaque AGRISHOW 2009 terá recorde de expositores ABIMAQ prevê que AGRISHOW 2009 vai determinar a “hora da virada” do agronegócio brasileiro A organização da AGRISHOW 2009 está entusiasmada com o ritmo de fechamentos de contratos de compra e ampliação de espaço pelos expositores da 16ª edição da maior feira de agronegócio da América Latina, que será realizada no período de 27 de abril a 2 de maio próximo, em Ribeirão Preto/SP. Neste ano, a área de exposição foi projetada para ser maior que a edição anterior. Serão 145 mil metros quadrados comportando cerca de 720 empresas e instituições que deverão apresentar em torno de 2 mil produtos de tecnologia de ponta, além de serviços indispensáveis, para os estimados 140 mil visitantes qualificados, que virão de várias partes do País e do Exterior interessados na realização de negócios. Durante a feira, serão promovidos vários cafés matinais com os maiores produtores de cana, café, açúcar, grãos e agropecuária, visando potencializar negócios com os expositores da AGRISHOW. A estimativa de negócios para este ano é chegar a R$ 870 milhões. Para Luiz Aubert Neto, presidente da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, realizadora do evento em conjunto com a ABAG - Associação Brasileira do Agribusiness, ANDA - Associação Nacional para Difusão de Adubos e SRB Sociedade Rural Brasileira, “a grande procura, nas últimas semanas, por espaços dentro da AGRISHOW confirma nossas expectativas, sinalizando que as empresas expositoras continuam acreditando na força do agronegócio brasileiro e que não podem ficar de fora de uma das três maiores feiras mundiais do setor”. Ele assegura que “a AGRISHOW 2009 marcará a “hora da virada” do agronegócio em nosso País”. Aubert considera que o produtor brasileiro evoluiu muito, está mais bem informado, tecnificado, experiente, seguro e preparado para os desafios. Lembra que “foi a agricultura que tirou os Estados Unidos da de- pressão de 1929 e restabeleceu o círculo virtuoso da economia americana e mundial. No Brasil, a agricultura continua sendo a grande indutora do desenvolvimento dos demais segmentos econômicos”. Aumento de área e infra-estrutura Os organizadores do evento assinalam que parte dos tradicionais e principais expositores tem solicitado ampliação de área para montagem de seus estandes. Há também expressiva solicitação de espaço por empresas que desejam debutar nesta edição. Todos os segmentos do agronegócio estarão representados na AGRISHOW 2009, como tratores, colheitadeiras, implementos agrícolas, caminhões e implementos rodoviários, pickups, autopeças, insumos (fertilizantes, adubos, sementes, defensivos agrícolas), silagem, bancos e outros, além de instituições como Ministério da Agricultura e Pecuária, Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Faesp, Embrapa, IAC, Apex, Universidades, Embaixadas, Câmaras de Comércio, entre outras. Conforme destaca a ABIMAQ, a ampliação da área de exposição continua exigindo novos investimentos em infra-estrutura, em complemento aos já realizados em 2008, como pavimentação, reforma de banheiros, maior eficiência do sistema de captação de água, novo pátio de alimentação, reposicionamento de áreas administrativas, ampliação dos estacionamentos – agora com serviço VIP proporcionado por “valetes” -, visando mais conforto para os milhares de visitantes do evento. A questão segurança também foi levada em conta, através de plano que está sendo elaborado em conjunto com as autoridades policiais para melhor proteção aos visitantes, dentro da feira e na área urbana de Ribeirão Preto. Durante a montagem do evento, cerca de 5 mil empregos temporários serão criados. Otimismo A direção da ABIMAQ reforça sua certeza no crescimento da AGRISHOW 2009, ao citar alguns dos indicadores positivos do agronegócio no País: - segundo os últimos dados divulgados pela Anfavea, as vendas de máquinas e equipamentos agrícolas em janeiro deste ano foram 7,3% maiores que no mesmo mês de 2008. - as cotações internacionais da soja e de outros grãos se apresentaram em alta durante todo mês de janeiro último. - analistas dão como otimistas as estimativas de estabilidade dos mercados consumidores de produtos brasileiros, como carne, frutas, açúcar e vinícolas. - a atual cotação do dólar, 50% superior à média de 2008, tornou os produtos brasileiros mais competitivos nos mercados internacionais. - o governo brasileiro acena com a criação de um expressivo pacote de recursos e incentivos à produção agrícola, sem precedentes no País. - o governo Barak Obama criou o maior pacote de recursos financeiros da história para estabilização da economia americana, com reflexos diretos na economia mundial. Revista Canavieiros - Março de 2009 19
  • 20. 20 Revista Canavieiros - Março de 2009
  • 21. Revista Canavieiros - Março de 2009 21
  • 22. Reportagem de Capa Safra é aberta com previsão Da redação Segundo a Datagro, a região Centro-Sul deverá moer 530 milhões de toneladas de cana; safra deve ter remuneração maior A safra 2009/10, aberta na região de Ribeirão pela Usina Batatais no último dia 17, deverá moer 530 milhões de toneladas de cana na região Centro-Sul, um crescimento de 6,08% sobre as 499,6 milhões/ton processadas no ciclo anterior. Já a produção brasileira deverá chegar a 598 milhões de toneladas, 5,72% acima das 565,6 milhões/ton de 2008/09. É o que mostra a mais recente estimativa da Datagro, divulgada no último dia 9, durante a Feicana/FeiBio, em Araçatuba. Nesta nova safra, a produção brasileira de açúcar deverá ser de 22 Revista Canavieiros - Março de 2009 35,2 milhões de toneladas, uma expansão de 11,38% sobre o ciclo anterior, quando foram produzidas 31,6 milhões/ton. Para o Centro-Sul, a Datagro estima uma produção de 30,1 milhões/ton, 12,5% acima das 26,7 milhões/ton da safra passada. O expressivo crescimento nas exportações de açúcar é decorrente da redução na oferta da Índia, que de exportadora deverá passar a importadora. O déficit mundial do produto está estimado em 4,27 milhões de toneladas e o Brasil deverá ocupar esse espaço. As exportações brasileiras de açúcar devem crescer 19,21%, passando das 19,6 milhões/ton embarcadas no ciclo anterior para 23,4 milhões/ton. A região Centro-Sul deverá exportar 20,7 milhões/ton, 23,2% acima das 16,8 milhões/ton da safra anterior. Por conta do cenário positivo para os preços do açúcar, o crescimento na produção de etanol será de apenas 2,96%. Devem ser produzidos 27,905 bilhões de litros, contra os 27,098 bilhões de litros da safra anterior. A região Centro-Sul deve produzir 25,676 bilhões de litros, crescimento de 3,55%.
  • 23. Reportagem de Capa o de crescimento de 6,08% A crise financeira mundial, a queda no preço do petróleo e a recessão nos Estados Unidos, principal comprador do produto brasileiro, devem reduzir os embarques de etanol para 3,75 bilhões de litros, 25,7% menos. Na safra 2008/09 as exportações chegaram a 5,05 bilhões/l. O Centro-Sul deverá exportar 3,5 bilhões de litros, redução de 24,7% sobre a safra 2008/2009. Foto divulgação Equipav De acordo com a Datagro, a demanda total de álcool, somando o mercado doméstico e as exportações, deve ficar ajustada à oferta. A demanda deve atingir 27,82 bilhões de litros de álcool no Brasil e 24,8 bilhões de litros no Centro-Sul, o que aponta para uma reserva de 100 milhões de litros no País e de 859 milhões de litros na região produtora. 58,46% no País e atingiu 60,26% no Centro-Sul. A queda nas exportações deve ser compensada pelo aumento da demanda interna de etanol, já que são previstos perto de 2 milhões de veículos flexíveis novos no país em 2009. “Mesmo com a queda de 21% prevista para os veículos novos em 2009 sobre 2008, a demanda pelo álcool deve crescer”, disse Plínio Nastari, presidente da Datagro. Segundo Nastari, a oferta de cana será maior nesta safra e deverá haver sobra de matéria-prima. No ciclo anterior, cerca de 20 milhões/ton de cana deixaram de ser processadas. Ainda de acordo com a Datagro, o mix de destino da cana-de-açúcar na nova safra deverá ser de 56,5% para a produção de álcool no Brasil e de 58,2% no Centro-Sul. Na safra passada, o destino da matéria-prima para a produção de álcool foi de Em relação à remuneração da safra de cana, Nastari estima um crescimento de 10% a 15% em relação ao ciclo anterior devido à recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional. No entanto, ele observa que esse cenário já considera o programa de financiamento de estoques, anunciado no início do mês. Caso o programa não seja implementado, a remuneração poderá ser até menor do que a da safra passada. UNICA avalia como “positiva e oportuna” decisão do governo de financiar estocagem de etanol O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, anunciou, no último dia 5, que o governo irá liberar, via BNDES, R$ 2,5 bilhões para financiar a estocagem de cinco bilhões de litros de etanol na safra 2009/10. O presidente da Unica, Marcos Jank, avaliou a medida como positiva e que ela vem em um momento oportuno.”Hoje, se não houver o financiamento da estocagem, ou a ‘warrantagem’, a tendência para a safra 2009/2010 seria de um mercado de etanol com preços deprimidos e um mercado de açúcar mais demandante, devido ao déficit internacional de produção. A warrantagem permitirá que a próxima safra não seja tão açucareira, pois passa a ser interessante a estocagem do etanol com financiamento público”, comentou.Para Jank, a warrantagem dará maior equilíbrio entre os mercados de etanol e açúcar, permitindo que o país tire pleno proveito dos melhores preços internacionais para o açúcar. “Isto deve se refletir positivamente no aumento das exportações do setor para 2009, em relação aos totais do ano passado, beneficiando também o mercado interno pois o fluxo de comercialização de etanol ao longo do ano será mais regular, evitando-se uma volatilidade excessiva de preços e volumes comercializados. Isto também significa mais estabilidade de preços ao longo do ano, e mais oferta durante a entressafra”, completa Jank. Sem a warrantagem, os estoques de etanol ficam essencialmente por conta das usinas produtoras, que suportam todo o custo da estocagem de etanol que abastece o mercado ao longo de todo o ano, especialmente durante a entressafra. Revista Canavieiros - Março de 2009 23
  • 24. Informações Setoriais CHUVAS DE FEVEREIRO e Prognósticos Climáticos e Prognósticos Climáticos No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de FEVEREIRO de 2009. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Assessor Técnico Canaoeste Durante FEVEREIRO a média das observações de chuvas "ficou" bem próxima da média das normais climáticas. Porém, mostrou somas de chuvas inferiores às médias históricas na Açúcar Guarani, Algodoeira Donegá-Dumont, Andrade, Barretos, C.E. Moreno, Fazenda Santa Rita (que foi a metade da média), Faz Monte Verde, Usinas Batatais e MB, mostrando irregularidade regional, principalmente entre EEC Bebedouro e proximidades. Mapa 1: Água Disponível no Solo entre 12 a 15 de FEVEREIRO de 2009. O Mapa 1 acima, mostra que o índice de Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade e no período de 12 a 15 de FEVEREIRO, apresentava-se como médio a alto na área sucroenergética na faixa Região Central e Leste do Estado de São Paulo, mas ainda crítico em áreas da faixa Oeste. 24 24 Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de FEVEREIRO de 2008. Observa-se pelo Mapa 2 acima que, a Disponibilidade de Água no Solo ao final de FEVEREIRO de 2008 mostravase entre média a alta no quadrilátero Centro-Nordeste e no extremo Oeste do Estado, mas entre média a crítica nas regiões canavieiras de Araçatuba, Assis/Presidente Prudente e Revista Canavieiros - Março de 2009 Revista Canavieiros - Março de 2009 ÁGUA, usar s ÁGUA, usar s Protejam e preservem as n Protejam e preservem as n
  • 25. Informações Setoriais entre Piracicaba a Sorocaba. Enquanto que, ao final de FEVEREIRO de 2009 (Mapa 3), a área crítica de umidade do solo migrou do Oeste (Mapa 1) para o Centro/(quase)Leste do Estado, onde tem-se observado comprometimento do desenvolvimento dos canaviais, mesmo que ligeiro, referenciando no (menor)porte das mudas de cana. Mapa 3: Água Disponível no Solo, 50cm de profundidade, ao final de FEVEREIRO de 2009. Para a região de abrangência da CANAOESTE, a SOMAR Meteorologia assinala que as temperaturas médias poderão ser próximas das normais climáticas nos meses de março a maio. Quanto às chuvas, serão 25 a 35% inferiores às respectivas médias históricas nos meses de março a maio. Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de março a maio. Estes Institutos Meteorológicos indicam que o fenômeno La Niña está perdendo força, possibilitando ocorrência de irregularidades na distribuição de chuvas na Região Centro Sul do Brasil nos meses próximos. · A temperatura média poderá ficar próxima a ligeiramente acima das médias nos estados da Região Centro Sul do Braisl; · Quanto às chuvas para os meses de março a maio, como ilustrado pelo Mapa 4 (abaixo), prevê-se que estas poderão “ficar” próximas às médias históricas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste; enquanto que, na Região Sul e faixa sul do Mato Grosso do Sul poderão ficar entre normal a abaixo das respectivas médias. · Como referência:- as médias históricas das chuvas, pelo Centro AptaIAC, para Ribeirão Preto e municípios vizinhos são de 165mm em março, 70mm em abril e 40mm em maio. Mapa 4:- Prognósticos de chuvas para a Região Centro Sul, pelo Consórcio INMET e INPE, no trimestre março a maio (idêntico ao trimestre fevereiroabril), onde a cor azul corresponde a normalidade climática e ligeiramente abaixo da média pela cor amarela. Elaboração CANAOESTE. sem abusar ! sem abusar ! nascentes e cursos d’água. nascentes e cursos d’água. Em função destes prognósticos climáticos, dos custos das operações de plantio e dos recomendados insumos e utilização de tecnologia de produção, a CANAOESTE sugere que evitem plantios tardios. Acreditar que possam ocorrer providenciais e salvadoras chuvas (muito acima da média) em abril e maio é apostar “muito alto” contra os altos custos de plantio e de produção. Estes prognósticos serão revistos a cada edição da Revista Canavieiros e fatos ou prognósticos climáticos relevantes serão noticiados em nosso site www.canaoeste.com.br . Continuem acompanhando ! A CANAOESTE sugere ainda que mantenham os necessários monitoramentos da broca e de cigarrinha das raízes, bem como efetuar seus controles quando os comprometedores índices de infestações recomendar. Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco CANAOESTE. Revista Canavieiros Março de 2009 Revista Canavieiros - -Março de 2009 25 25
  • 26. Artigo Técnico Estudo com Adubo Orgâ Aminoácidos de *Prof. Dr. Luiz Carlos Ferreira da Silva *Prof. Dr. Miguel Ângelo Maniero *Prof. Dr. José Carlos Casagrande *Prof. Dr. Rubismar Stolf **Prof. Dr. Luiz Antonio Correa Margarido R ESUMO No CCA/UFSCar, Araras, estudou-se o efeito de biofertilizante contendo aminoácidos originados a partir de extrato de peixe na fertilização de cana-de-açúcar, em 1ª soca. As doses estudadas foram 4, 5 e 6 –!/ha do biofertilizante em complementação à adubação mineral, em 1ª soca originada de cana-planta que recebeu o referido biofertilizante. Estudou-se também o efeito da aplicação de 4 –!/ ha do biofertilizante em complementação à adubação mineral em 1ª soca, originada de cana-planta que não recebeu o biofertilizante. Observou-se pelos resultados obtidos que o biofertilizante estudado foi eficiente na fertilização da cana soca e que a dose de 4 –!/ha apresentou resultados semelhantes às demais e, também, que as elevações de produtividade, com a aplicação do biofertiliante, ocorreram na cana-soca independente da cana-planta ter recebido ou não o produto. 1. INTRODUÇÃO No campo da adubação e nutrição vegetal, as pesquisas tem procurado, de forma intensa, o conhecimento de novos produtos e técnicas de uso que proporcionem maior eficiência na produção agrícola. Além dos já tradicionais macros e micronutrientes essenciais, outras fontes de crescimento vegetal, como os biofertilizantes, tem despertado a atenção do meio agrícola. Biofertilizante é um adubo orgânico líquido produzido em meio aeróbico ou anaeróbico a partir de diversos materiais orgânicos, a partir de diferentes meios como farelos de arroz e de trigo, fubá, rapadura, restos de peixe e outros. 26 Revista Canavieiros - Março de 2009 SILVA e colaboradores (2009), estudaram o efeito da utilização de aminoácidos em biofertilizantes a base de peixes na adubação da cana-de-açúcar e observaram a elevação da pro- dutividade da cultura em ciclo de canaplanta e, o objetivo do presente trabalho, foi o de dar continuidade ao estudo da utilização deste biofertilizante em primeira soca. MATERIAL MÉTODOS 2. MATERIAL E MÉTODOS A continuidade do ensaio inicial deu-se em 28/10/2007, após a colheita da cana-planta, ou seja, em primeira soca, no CCA/UFSCar-Araras/SP, em solo Latossolo Vermelho Distroférrico típico (LVd), textura argilosa/muito argilosa, variedade RB 72-454. A colheita foi realizada em 29/10/2008. A análise do solo onde foi desenvolvido o estudo encontra-se na Tabela 1. Tabela 1 - Análise Química do Solo O delineamento estatístico foi o de blocos ao acaso com 4 repetições. Cada parcela foi composta por 6 linhas de cana com espaçamento de 1,40m e comprimentos de 10m. Para os cálculos de rendimentos foram consideradas as 3 linha centrais. Os tratamentos encontram-se na tabela Tabela 2 Tabela 2. Tratamentos realizados em primeira soca. OBS. Os tratamentos T2, T3 e T4 receberam na cana-planta 8L/ha do biofertilizante, em complementação à adubação mineral de 24-180-120 Kg/ha de N , P2O5 e K2O. O tratamento T5 recebeu na cana-planta a adubação mineral de 24-180-120 Kg/ha de N; P2O5 e K2O, sem complementação com o biofertilizante.
  • 27. Artigo Técnico ânico Líquido Contendo Extrato de Peixe Analisando-se os dados, observa-se pela Tabela 3, na coluna t cana/ ha, que nas condições estudadas não ocorreram diferenças significativas entre os tratamentos que receberam o biofertilizante (T2 a T5), mas sim entre eles e a testemunha, evidenciando o efeito positivo do biofertilizante na fertilização da cana-deaçúcar no ciclo de 1ª soca, em concordância com os resultados obtidos anteriormente em cana-planta. Outro resultado a ser destacado é que houve acréscimo de produtividade de cana com a aplicação do biofertilizante logo após o primeiro corte, independente da cana-planta ter recebido ou não o produto (embora não tenha ocorrido diferenças significativas entre T5 e os tratamentos T2, T3 e T4). Para toneladas de pol por hectare (t pol/ha) os resultados não mostraram diferenças estatísticas significativas. Por ocasião da instalação do ensaio (cana-planta), os tratamentos biofertilizantes aplicados foram:- T2(¹), T3(²) e T4(³); 3, 4 e 5 –!/ha no sulco de plantio e mesmas doses no fechamento da cultura, respectivamente. Embora não se tenha a análise estatística da soma das produtividades, observou-se significâncias estatísticas, em separado, para t cana/ha nos dois cortes efetuados, evidenciando que a soma dos resultados de tratamentos com adubação mineral e diversas dosagens de biofertilizante, são diferentes e superiores à da testemunha. 2.1. CARACTERÍSTICAS DO BIOFERTILIZANTE: Estado físico: líquido RESULT 3. RESUL TADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos encontram-se na tabela 3. Tabela 3– Resultados médios de produtividade em toneladas de cana e de pol por hectare (t cana e pol/ha), bem como a análise estatística do experimento. Letras minúsculas diferentes nas colunas: significativo ao nível de 5% Letras maiúsculas diferentes nas colunas: significativo ao nível de 1% **significativo ao nível de 1%; DMS - Diferença Mínima Significativa; CV - Coeficiente de Variação. Deve-se ressaltar que no mês de agosto, devido à forte ventania ocorreu tombamento da cana, o que pode ter provocado influência na qualidade tecnológica da cultura. A seguir, na Tabela 4, são apresentados os dados das somas de produtividades de cana e de pol obtidas no primeiro corte e primeira soca. Tabela 4– Soma dos resultados médios de produtividade em toneladas de cana e de pol por hectare obtidos (t cana e pol/ha) em primeiro corte e primeira soca. 4. CONCLUSÕES Nas condições estudadas o experimento permitiu as seguintes conclusões: - O biofertilizante estudado foi eficiente na elevação da produtividade de cana em 1ª soca e na soma dos dois cortes; - A análise dos resultados obtidos mostra que entre as doses do biofertilizante estudadas, a de 4 –!/ha foi suficiente para a fertilização da cana-de-açúcar no ciclo de 1ª soca e proporcionou resultados semelhantes às doses mais elevadas. * Professores do Depto. de Recursos Naturais e Proteção Ambiental do CCA/UFSCar. ** Professor do Depto. de Tecnologia Agroindustrial e Sócioeconomia Rural do CCA/UFSCar. Revista Canavieiros - Março de 2009 27
  • 28. Artigo Técnico Como gerenciar os escassos Como gerenciar os escassos recursos na produção de recursos na produção de cana-de-açúcar em cana-de-açúcar em momentos de crise? momentos de crise? Cleber Moraes Consultor CANAOESTE M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda Q uando os recursos para produção são escassos é preciso ter cuidado na hora de gastar e priorizar os desembolsos é fundamental para minimizar as perdas de produção e maximizar os resultados da produção agrícola. Havendo poucos recursos, onde eles devem ser gastos? Primeiramente vamos a dois conceitos importantes: Eficiência e Eficácia. Eficiência significa “fazer certo as coisas” e Eficácia significa “fazer a coisa certa”. Pode-se ser eficiente adubando todo o canavial, mas, se o adubo for aplicado onde não havia necessidade, não se foi eficaz. Isto é, adubou-se corretamente, fez-se certo, da forma correta a adubação, mas não se fez a coisa certa, que seria adubar somente onde era necessário. Com a experiência pode-se ser sempre muito eficiente, mas, sem conhecimento técnico, dificilmente é possível ser eficaz. O agrônomo ou engenheiro agrônomo tem a responsabilidade de tornar o produtor agrícola eficaz, porque, a maioria, com sua experiência têm plenas condições de ser eficiente. A primeira preocupação é o controle de mato, assim devemos priorizar o controle de ervas daninhas, em especial para as áreas de cortes mais jovens. Por conseqüência os equipamentos de aplicação (tratores e pulverizadores) devem receber forte atenção. Prioritariamente os bicos pulverizadores devem ser revisados 28 Revista Canavieiros - Março de 2009 avaliando o controle dos volumes de vazão e a eficiência e eficácia distribuição do produto. A utilização de vazão reduzida com maior concentração dos produtos proporciona economia de horas tratores na aplicação, combustível, lubrificantes e desgaste dos equipamentos. Se ainda houver recursos disponíveis, a adubação do canavial deverá ser muito mais criteriosa e a utilização de análises de solo é fundamental para priorizar as áreas que deverão receber maior atenção, sempre procurando preservar a produtividade das glebas de corte mais jovens. Com o avanço da colheita mecanizada e a procura por custos de colheita menores, podemos muitas vezes ser iludidos com custos de colheita menores e perdas de colheita que jogam no lixo todo o “ganho” obtido com o preço menor pelo serviço. Vamos a um exemplo: Em um canavial tem-se 100 t/ha (cem tonelada por hectare) de cana- de-açúcar a serem colhidas, dois prestadores de serviços poderão realizar a colheita. Um oferece um determinado preço em R$/t colhida, que chamaremos de X e o outro X+R$1,00/t. Depois de realizada as operações, o primeiro de valor X, buscou a maior eficiência possível de seu conjunto de colheita, sem se preocupar com a eficiência do sistema com um todo, e obteve 12% de perdas de colheita, portanto colheu, das 100 t/ha disponíveis, apenas 88 t/ha (oitenta e oito toneladas por hectare) de cana-deaçúcar como produtividade real. O segundo de X+R$1,00/t, garantiu em contrato perdas de colheita de até 6% e das 100 t/ha disponíveis colheu 94 t/ha (oitenta e oito toneladas por hectare) de cana-deaçúcar como produtividade real. Não vamos levar em conta, neste exemplo, os custos de tratos culturais, amortização da formação do canavial, nem de transporte ou outros custos. O objetivo é encontrar a di-
  • 29. Artigo Técnico ferença da combinação de preços dos serviços de colheita versus perdas de colheita. Para fazermos os cálculos, vamos admitir o teor de ATR em 140 Kg/t para as 88 t/ha e para a cana recuperada, ou seja, as 6 t/ha adicionais, vamos admitir um teor médio de 120 Kg/t, assim a produção de 94 t/ha terá 138,72 Kg de ATR/t. Usaremos o preço de R$ 0,2800 por Kg de ATR. Assim teremos: Fórmula: Caso = Receita – Custo de colheita Caso 1= 88 t/ha x 140,00 Kg/t x R$ 0,2800/Kg - 88 t/ha x X= R$ 3449,60 – 88 x X Caso 2= 94 t/ha x 138,72 Kg/t x R$ 0,2800/Kg - 94 t/ha x (X+R$ 1,00/t)= R$ 3.557,11 - 94 x X Veja na tabela abaixo qual o ganho obtido no caso 2. Tabela ganhos obtidos no Caso 2 por hectare para diversos valores de X Preço de Colheita Caso 1 (R$/t) Caso2 (R$/t) Resultados (Receita – CCT) Caso1 Caso2 (R$/ha) (R$/ha) 10,00 11,00 12,00 13,00 11,00 12,00 13,00 14,00 2.569,60 2.481,60 2.393,60 2.305,60 2.617,11 2.523,11 2.429,11 2.335,11 Diferença (Caso 2 – Caso 1) (R$/ha) 47,51 41,51 35,51 29,51 Entretanto não basta que o prestador de serviços garanta perdas menores, é preciso fazer constar em contrato e acompanhar as perdas de colheita no campo com metodologia definida e aceita previamente entre as partes com participação de ambos ou de seus representantes no momento do levantamento. Em resumo, maiores perdas de colheita representam perdas de produção. Produção esta que estavam à mão para ser colhida e escorrerão pelos dedos em uma só operação. Sempre é importante nos atentarmos para a qualidade das operações agrícolas, a adequação dos tratores aos implementos, a aferição dos equipamentos, mas, principalmente, nos momentos de menor disponibilidade de recursos, a atenção a estes itens deve ser redobrada para melhoria da eficácia dos insumos e operações realizadas e nesta hora o acompanhamento de um agrônomo ajudando a “fazer a coisa certa” é fundamental. Revista Canavieiros - Março de 2009 29
  • 30. Artigo Técnico Contratação de Serviços Contratação de Serviços Agrícolas Agrícolas Cleber Moraes Consultor CANAOESTE M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda A contratação de serviços agrícolas exige que o fornecedor de cana fique atento a alguns passos que devem ser tomados antes que seja assinado o contrato de prestação de serviços ou mesmo se inicie a prestação dos serviços na lavoura. ção de cláusulas que tragam ônus desproporcionais ao produtor de cana ou mesmo cláusulas abusivas. Passo 1: Solicitar orçamento detalhado dos serviços a serem prestados, discriminando: operações mecanizadas, de transporte ou de mão-de-obra a serem realizadas; equipamentos a serem utilizados no caso das operações mecanizadas e de transporte; rendimento operacional (horas para tratores por hectare, quilômetros rodados para veículos e diárias para rurícolas); custo por unidade de medida (horas, quilômetros ou diárias). No caso de insumo, discriminar o insumo, a dose, o custo e o valor total. Os casos mais comuns são os seguintes: 1. Pagamento dos serviços em unidade industrial. É extremamente imcana: Normalmente quando os serviços portante estabelecer no contrato um são pagos em cana, faz-se a conversão valor de CCT para o primeiro ano, um do valor do serviço em reais, dividindo índice de reajuste para este valor (IGPpelo valor da cana com teor de ATR de M, IPC, INPC ou qualquer outro), que 121,97 Kg por tonelada. Acontece que representará o valor máximo a ser coa cana entregue na unidade industrial brado nas safras seguintes e, ainda, terá em média 145,00 Kg de ATR por abrir a possibilidade do fornecedor tonelada, podendo chegar a mais de contratar outro prestador de serviços 160,00 Kg de ATR por tonelada. A dife- para realizar a colheita entregando a rença de ATR deverá cobrir os custos cana obviamente na unidade industride CCT (colheita) da cana fornecida a al que prestou o serviço de plantio, título de pagamento da prestação de caso o valor sugerido pela unidade inserviços, pois, do contrário, estará re- dustrial esteja acima de qualquer oupresentando a cobrança de juros, por tro orçamento. sinal bastante elevado. 4. Definição do método do paga2. Valor dos serviços de mão-de- mento de cana: Pelos Manuais do CONobra: Os valores dos serviços de mão- SECANA é preciso que conste em conde-obra rurícola provêm de um acordo trato que a metodologia de pagamento coletivo feito pelos sindicatos rurais, de cana a ser adotada é o CONSECAque acrescidos dos encargos tributá- NA. No Manual do CONSECANA, que rios e trabalhistas, são chamados ge- pode ser baixado pelos associados da nericamente de encargos sociais. Es- CANAOESTE da internet através do tes exigem que a prestação dos servi- site da ORPLANA, existe um capítulo ços tenha um valor mínimo para preen- com as Regras Mínimas para Elaboracher todos os requisitos legais. Assim ção do Contrato de Compra e Venda de valores de plantio muito baratos po- Cana-de-Açúcar. O fato de estabelecerdem implicar em ônus futuros com se valores tetos ou garantidos de teor ações trabalhistas, pois o contratante, de ATR, expresso em Kg de ATR por no caso o fornecedor, tem obrigação tonelada e/ou valor de ATR, expresso subsidiária ao prestador de serviços. em reais por Kg, não impossibilita a adoção do método CONSECANA. Por3. Valor do CCT (colheita) a ser tanto, é fundamental a elaboração de cobrado nas safras futuras: Quando a um contrato sempre. prestação de serviços de plantio é feita por uma unidade industrial e não é No mais e para outras dúvidas procobrado à vista, esta obriga que o for- cure o Departamento de Planejamento necedor entregue toda a produção, e Controle da CANAOESTE através do deste ciclo da lavoura plantada, em sua telefone (16) 3946-3300 ramal 2100. Passo 2: Consultar o agrônomo da CANAOESTE, em quaisquer dos escritórios regionais, para verificar se as operações e insumos sugeridos no orçamento estão adequados para a condição de solo, relevo e clima de sua propriedade. Lembre-se que como, prestador de serviço, quanto mais operações e insumos melhor. Todos os custos já vêm acrescidos de um adicional que representa o lucro da prestação de serviços, pois ninguém trabalha de graça, mesmo que o discurso seja diferente. Passo 3: Enviar uma cópia do orçamento ao Departamento de Planejamento e Controle, situado na sede da CANAOESTE em Sertãozinho, para avaliar se os valores sugeridos estão adequados, elevados ou se contêm, de fato, algum benefício ao fornecedor. Passo 4: Aprovado o orçamento, pedir uma “minuta” do contrato (primeira redação feita pelo prestador de serviços sem a revisão do contratante). Enviar esta minuta ao Departamento Jurídico para uma avaliação e corre30 Revista Canavieiros - Março de 2009 Passo 5: Acompanhar no campo a execução das operações e aplicação dos insumos, conforme descrito no orçamento. Talvez este seja o passo mais importante. O fornecedor também deve estar ciente de algumas questões extremamente relevantes para não ser surpreendido com possíveis ações judiciais (ação de cobrança, reclamação trabalhista), decorrentes da má confecção do contrato.
  • 31. Revista Canavieiros - Março de 2009 31
  • 32. Assuntos Legais Protocolo agroambiental um desafio necessário ao setor canavieiro F oi amplamente divulgado pela imprensa e também por esta revista, n’outras edições, sobre o Protocolo e Cooperação Agroambiental entabulado pelo Governo do Estado de São Paulo, através de suas Secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura, com o setor sucroalcooleiro (unidades industriais e produtores de cana-de-açúcar), tendo a CANAOESTE - Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, aderido em 22 de julho de 2008. Referido protocolo antecipa os prazos, para o fim das queimadas nos canaviais do Estado de São Paulo, em áreas de produtores independentes de cana-de-açúcar de 2021 para 2014 nas áreas mecanizáveis e, de 2031 para 2017, nas áreas não mecanizáveis, além de determinar outras providências, todas já previstas em leis, como a proibição da queima da palha pós colheita, conservação do solo, conservação da água, proteção de matas ciliares e nascentes e descarte adequado de embalagens de agrotóxicos; Para o êxito do acordo, os produtores independentes de cana-de-açúcar, proprietários, possuidores, arrendatários ou parceiros, deverão conhecer, aderir e, sob sua responsabilidade, cumprir voluntária e individualmente o plano de ação proposto pelas associações de classe junto ao Governo Estadual; Apesar de ser uma adesão voluntária, os produtores que não a fizerem poderão enfrentar grandes dificuldades com os órgãos de fiscalização ambiental, inclusive com a possibilidade de recusa e/ou corte da autorização de queima e, também, quando da venda de seus produtos (cana-de-açúcar) junto às usinas, pois estas estão passando por processo de auditoria e certificação ambiental e social para viabilizar a comercialização do etanol brasileiro. 32 Revista Canavieiros - Março de 2009 Desta forma, para evitar problemas no decorrer desta safra e das demais, para com o órgãos de fiscalização e, inclusive, para com as unidades industriais receptoras da cana-deaçúcar que, de igual forma, aderiram ao protocolo agroambiental, sugere-se que o produtor de cana-de-açúcar procure a sua associação representativa para, através dela, aderir ao referido protocolo, cumprindo, assim, ao que foi avençado entre o setor canavieiro e o Governo de São Paulo. Sertãozinho-SP, 16 de Março de 2009. Juliano Bortoloti - Advogado Departamento Jurídico Canaoeste Assunto: Recadastramento de Produtor Rural Pessoa Física – Estado de Minas Gerais. Prezado cooperado, Desde o dia 2 de Março de 2009, os produtores rurais do Estado de Minas Gerais inscritos no antigo Cadastro de Produtor Rural devem se cadastrar no recém-criado Cadastro de Produtor Rural Pessoa Física, nos termos do artigo 3º, do Decreto nº 45.030, de 29 de Janeiro de 2009. Conforme divulgado pela Subsecretaria da Receita Estadual, por força do Comunicado SRE nº 2, de 27.02.2009, os prazos inicialmente previstos naquele Decreto foram prorrogados para as seguintes datas: - o último dia útil do mês de abril de 2009 para as inscrições terminadas em 1; - o último dia útil do mês de maio de 2009 para as inscrições terminadas em 2, 3 e 4; - o último dia útil do mês de junho de 2009 para as inscrições terminadas em 5, 6 e 7; e, - o último dia útil do mês de julho de 2009 para as inscrições terminadas em 8, 9 e 0. Para fazer o recadastramento, o contribuinte deverá emitir um Termo de Responsabilidade, utilizando formulário próprio disponibilizado no site da Secretaria de Estado de Fazenda, www.fazenda.mg.gov.br, valendo ressaltar ainda que a inscrição atualmente existente no antigo Cadastro de Produtor Rural será substituída no dia seguinte às datas acima estabelecidas, perdendo sua validade na mesma data. Portanto, vem a Copercana comunicar o produtor com propriedade rural no Estado de Minas Gerais para as providências que se fazem necessárias, solicitando, ainda, que tão logo seja efetivado o recadastramento, seja enviado ao Departamento de Cadastro a nova inscrição no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Física, sem a qual não será possível a emissão das notas fiscais em seu nome. Em caso de dúvidas, procure o Departamento de Cadastro, no fone (0xx16) 3946-3300, ramais 2218 / 2286, para maiores esclarecimentos. Atenciosamente, DEPARTAMENTO DE CADASTRO
  • 33. Revista Canavieiros - Março de 2009 33
  • 34. Pragas e Doenças Controle biológico avança para Minas Gerais e Goiás Carla Rodrigues Fornecedores ampliam laboratório especializado na criação de vespinhas, que combatem a broca A cana-de-açúcar está exposta a vários tipos de pragas que prejudicam o resultado de toda uma colheita, que foi planejada pelos seus produtores. A broca-da-cana (Diatraea saccharalis) é hoje uma das pragas principais da cultura e atinge os canaviais de todo o país. Esta broca é um inseto que penetra a planta, causando grandes reduções nas produtividades. Seu ataque é feito durante todo o ciclo da cana e pode ser menor no período em que a cana ainda é jovem, devido à ausência de entrenós formados. O caminho mais procurado para combater esta praga é por meio de controle biológico. O agente de maior eficiência para o combate a broca é a introdução da vespa (Cotesia flavipes), presente no Brasil desde a década de 70. Preocupados com a saúde de seu canavial, os fornecedores de cana Marco Aurélio dos Reis Rao e Antônio César Mendes Ribeiro, montaram a Biocana, um laboratório de entomologia especializado na criação de vespinhas, localizado em Campo Florido-MG. 34 Revista Canavieiros - Março de 2009 Broca de cana-de-açúcar e Cotesia flavipes “Resolvemos investir no laboratório devido ao aumento da área plantada com corte mecanizado, que aumenta a infestação da praga e principalmente por causa da dificuldade em adquirir agentes de controle”, explica Marco. A Biocana está em funcionamento há menos de um ano e hoje conta com um quadro de 60 funcionários e uma produção de 1.000 copos de cotésias por dia, contendo 1.500 vespas por copo. A partir do mês de abril o laboratório pretende aumentar sua produção para dois mil copos por dia, visando atender usinas e produtores de cana Liberação da Cotesia no canavial da região do Triângulo Mineiro, Pontal do Triângulo, norte de Minas e Goiás, além de investir em outros agentes de controle biológico, segundo os proprietários.
  • 35. Repercutiu “O cumprimento da meta (de tornar a matriz energética paulista mais limpa) exige um acréscimo de 10% na oferta de energia não-poluente. Etanol e bioeletricidade são agendas da sustentabilidade”, afirmou Francisco Graziano Neto, o Xico Graziano, engenheiro agrônomo e secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, em artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, em 17/02/2009. “Isto deve se refletir positivamente no aumento das exportações do setor para 2009, em relação aos totais do ano passado, beneficiando também o mercado interno, pois o fluxo de comercialização de etanol ao longo do ano será mais regular, evitando-se uma volatilidade excessiva de preços e volumes comercializados. Isto também significa mais estabilidade de preços ao longo do ano, e mais oferta durante a entressafra”, comentou Marcos Jank, presidente da UNICA em entrevista, em relação wanrrantagem. “Queremos ampliar a participação dos renováveis na nossa matriz energética, primeiro a biomassa (etanol, bioeletricidade e biodiesel) e depois a eólica”, disse Dilma Roussef, ministra da Casa Civil, durante a palestra de abertura do Seminário Internacional sobre Desenvolvimento em Brasília. Revista Canavieiros - Março de 2009 35
  • 36. Biblioteca Cultura Cultivando a Língua Portuguesa “GENERAL ÁLVARO TAVARES CARMO” 9º Congresso Nacional da Stab Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português “A verdade envelhece mas não muda a sua razão” A .D Dúvida sobre o Novo Acordo Ortográfico - esclarecendo. 1) Pedro explanou sua “IDÉIA” para a equipe da empresa. Renata Carone Sborgia* Ninguém gostou da idéia, agora, escrita de forma incorreta. O Novo Acordo Ortográfico detestou... —Prezado Amigo Leitor como ficam nossas “idéias”? Corretamente, segundo o Acordo, SEM ACENTO: IDEIA. Mas é preciso relembrar a regra, pois caso contrário ficará difícil o entendimento posto pelo Novo Acordo Ortográfico. Vejamos a NOVA REGRA: Desaparecem os ditongos abertos ÉI e ÓI das palavras paroxítonas. RELEMBRANDO: Paroxítonas palavras que têm a penúltima sílaba mais forte. Ditongo: É a junção de vogal mais semivogal( ou semivogal mais vogal) na mesma sílaba. ANTES: idéia, jóia, platéia, heróico. DEPOIS: IDEIA, JOIAPLATEIA, HEROICO...(AGORAESCRITAS CORRETAS) Dica: as semivogais são o i e u quando aparecem ligados a uma vogal, formando sílaba com ela. As semivogais são pronunciadas mais “fracamente” do que as vogais. Ex.: AMEIXA= A-MEI-XA = MEI= e (vogal) i (semivogal) OUTRO=OU-TRO = OU = o (vogal) u (semivogal) 2) Pedro encontrou a certidão “ANEXO” no processo. Com certeza, a certidão não foi encontrada no processo com o erro. DICA FÁCIL: ANEXO: adjetivo, variável, concorda com o substantivo EM ANEXO:expressão que não varia, não concorda com o substantivo Veja, prezado leitor, os exemplos corretos: ... a certidão ANEXA no processo... ...o documento ANEXO no processo... ... a certidão EM ANEXO no processo... ... o documento EM ANEXO no processo... 3) Maria foi demitida “ HAJA VISTO” os problemas causados na empresa. ...não só na empresa, bem como na Língua Portuguesa!!! HAJA VISTA expressão correta , invariável. Lembrando: Por favor, prezado amigo leitor: sempre MENOS.( menos é invariável) Ex.: Vieram MENOS pessoas na comemoração que o esperado. * Advogada e Prof.ª de Português e Inglês Mestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras) com Miriam M. Grisolia 36 Revista Canavieiros - Março de 2009 O livro de mais de 900 páginas foi feito pela Stab (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil), buscando reunir todos os assuntos que foram discutidos no 9º Congresso Nacional da Stab, realizado no período de 16 a 21 de novembro de 2008. A obra é composta por estudos e pesquisas dos mais notórios profissionais da área, que se dedicaram para a preparação deste encontro científico. Também há a participação de empresários, administradores e técnicos, que juntos apresentaram os avanços mais recentes na área agrícola, industrial e administrativa do setor sucroalcooleiro do Brasil. Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone (16)3946-3300 - Ramal 2016
  • 37. Agende-se Abril de 2009 AGRISHOW RIBEIRÃO PRETO 2009 Empresa Promotora: ABIMAQ, ABAG, SRB e ANDA Tipo de Evento: Exposição / Feira Início do Evento: 27/04/2009 Fim do Evento: 02/05/2009 Cidade: Ribeirão Preto - Estado: SP Localização do Evento: Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro - Leste Anel Viário Km 321 Informações com: Reed Exhibitions Alcantara Machado Site: www.agrishow.com.br Telefone: 011 3060-5000 E-mail: comunicacao@reedalcantara.com.br VI SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM LOGÍSTICAAGROINDUSTRIAL Empresa Promotora: ESALQ-LOG - Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial Tipo de Evento: Seminário / Jornada Início do Evento: 06/04/2009 Fim do Evento: 08/04/2009 Cidade: Piracicaba - Estado: SP Localização do Evento: ESALQ/USP Informações com: Walter Paes, Carolina Yuri e Daniel Eisijnk Site: log.esalq.usp.br/home/pt/seminario.php Telefone: (19) 3429-4580 E-mail: seminario@esalqlog.esalq.usp.br 75ª EXPOZEBU Empresa Promotora: ABCZ - Associação Brasileira dos Criadores de Zebu Tipo de Evento: Exposição / Feira Início do Evento: 28/04/2009 Fim do Evento: 10/05/2009 Cidade: Uberaba - Estado: MG Localização do Evento: Parque Fernando Costa Informações com: ABCZ Site: www.expozebu.org.br/2009 Telefone: (34) 3319-3900 E-mail: marketing@abcz.org.br 13º TREINAMENTO EM SUPLEMENTAÇÃO PARA BOVINOS DE CORTE EM PASTAGEM Empresa Promotora: FEALQ Tipo de Evento: Curso / Treinamento Início do Evento: 14/04/2009 Fim do Evento: 16/04/2009 Cidade: Piracicaba - Estado: SP Localização do Evento: Esalq - Centro de Treinamento Informações com: FEALQ Site: www.fealq.org.br Telefone: 019 3417.6604 E-mail: cdt@fealq.org.br Revista Canavieiros - Março de 2009 37
  • 38. Vende-se - Trator Agrícola NH - TL 65 E - 4x4 ANO 2002 - 800 horas - R$ 47.000,00 - Trator de Esteira KOMATSU - D50A - ANO 86 revisado pronto pra trabalhar - R$ 135.000,00. Fotos por e-mail. Contatos: 34 9196-1237 - E-mail e MSN: jcarlosjcf@hotmail.com imóveis como parte de pagamento (CRECI 84540-F). - 56 alq. em GO com mina de Cristal a 6 km da cidade, R$ 500.000,00 - Aceita-se imóveis como parte de pagamento (CRECI 84540-F). - 62 alq. com cana arrendado para a usina na base de 20% sobre a renda bruta, na região de Araras-SP, 10 km da UsiVende-se na, R$ 65.000,00/alq (CRECI 84540-F) - 1 transformador de 15 KVA - 150 alq. com cana própria na beira da - 1 transformador de 45 KVA rodovia Anhanguera, na região de Ara- 1 transformador de 75 KVA ras-SP, com ótima localização, R$ - tijolos antigos e telhas 130.000,00/alq (CRECI 84540-F) - lascas, palanques e mourões de aroeira Tratar com José Paulo - (19) 3541 5318 - 1 sulcador de 2 linhas DMB ou (19) 9154 8674 - postes de aroeira, terças, caibros e porteiras Tratar com Wilson - (17)9739 2000 Vende-se - Terraceador de 14 discos (novos) hiVende-se dráulico - marca Tatu - R$ 4.000,00 - Cultivador DMB tríplice operação re- - Cobridor de cana de 2 linhas marca formado DMB - R$ 5.000,00 - Sulcador de uma linha - Adubadeira - marca nogueira (distri- Carreta 4 tn borda alta buidora de calcário e grãos para 600 kg - Cultivador quebra lombo R$ 1.200,00 - 20 discos de 32" - Triturador marca Penha TH-3.500, mo- 50 discos de 30" tor 15 ap, c/chave triângulo - R$ 1.000,00 Tratar com Eduardo - (16) 3942 2895 - moto bomba de 15 ap - R$ 1.000,00 - carroceria de ferro de 8 mts p/plantio Vende-se de cana - R$ 4.000,00 - Valmet 785 simples ano 95 - R$ - carroceria de ferro de 8 mts p/cana 25.000,00 inteira c/cambão e cabos de aço (com- MF 275/4 ano 96 - R$ 32.000,00 pleta) - R$ 5.000,00 - Valtra 985/4 ano 2000 - R$ 43.000,00 - carroceria de ferro p/plantio de cana, - Valtra 1180 S ano 97 - R$ 45.000,00 nova e reforçada - R$ 8.000,00 - Trator de esteiras Komatsu D-30 ano, - carroceria de ferro p/cana inteira-mar86, motor Mercedes na garantia - R$ ca fachini c/cabos de aço e cambão, ano/ 60.000,00 2000 - a combinar. - Valmet 880 simples, ano 88 - R$ - mesa circular c/serra e motor veg de 22.000,00 7,5HP - R$ 300,00 - NH TL 75 simples ano 2003 - R$ - cambão p/descarga de cana inteira 26.000,00 de 7 mts - R$ 200,00 Tratar com José Paulo (19) 3541 5318 - cultivador de cana - marca dmb de 2 ou (19) 9154 8674 linhas completo - R$1.500,00 - 2 jogos de pesos p/trator mf-275 Vende-se completo - R$ 250,00 cada - 8000 há no TO, com pastagem nati- - julieta marca noma reforçada, pneus va e mata, excelente localização, beira novos, c/cambão cabos de aço - ano/ da pista, R$ 3.000.000,00. Aceita-se 2007 - R$ 32.000,00 38 Revista Canavieiros - Março de 2009 - carregadeira marca Santal em trator Valmet/85, pneus ótimos estado, mangueiras, pistões, parte elétrica, revisados e completos -R$ 20.000,00 - caminhão Ford cargo plataforma, modelo 2626 e ano 2003, semi - novo, com 120.000 km, cor prata, pneus semi-novos, com facilidade p/pagamento. - pneus p/ caminhão 1000 / 1100 c/ câmaras e protetores Tratar com Marcus Aurélio Vergamini, Nelson ou Marinho - (17) 3281 5120 Procura-se: Executivo(s) de Vendas: Máquinas e Implementos Agrícolas (para cidades da região de Ribeirão Preto) Experiência mínima de 1 ano e seis meses na área de vendas de maquinários, insumos e implementos agrícolas; Habilidade para organizar documentos e realizar cadastro de clientes; Profissional empreendedor, com pró-atividade, dinamismo, habilidade de argumentação e negociação, facilidade na tomada de decisões e trabalho em equipe; Oportunidade de crescimento profissional e de consolidar carreira em empresa; Necessário possuir veículo ou condição de adquirir rapidamente; Disponibilidade total de horários e para curtas viagens à cidades pertencentes à região de Ribeirão Preto. A Cia. oferece Capacitação Profissional pela Fábrica e Treinamento Técnico constante (pelo seu Centro de Treinamento na Matriz), além de desafios na área comercial, trabalhando por metas e objetivos, obtendo segurança por tratar-se de empresa sólida, estável e consolidada no mercado. Interessados: enviarem currículo completo com salário atual e pretensão para oportunidade@mantuaniconsultoria.com.br, colocar no campo assunto a sigla: EV. Maiores informações pelo telefone (16) 9786-3826 ou (16) 9787-0858
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  • 40. 40 Revista Canavieiros - Março de 2009