Estudo sobre a padronização do exame de ultrassonografia morfológica de segundo trimestre
1. ESTUDO SOBRE A PADRONIZAÇÃO DO
EXAME DE ULTRASSONOGRAFIA
MORFOLÓGICA DE SEGUNDO TRIMESTRE
Rafael Frederico Bruns
Orientador Co-Orientador
Prof. Dr. Edward Araújo Jr Prof. Dr. Antonio Fernandes Moron
Chefe do Departamento Coordenador Pós-Graduação
Profa. Dra. Rosiane Mattar Prof. Dr. Nelson Sass
4. Introdução
Redução das Complicações Cirúrgicas Antes e Após a Implantação de um Checklist
Haynes et al. New England Journal of Medicine 2009
15
*
% de Complicação
10
*
5
* * Antes
Depois
0
Infecção Re-operação Pnemonia Óbito Qualquer
Legenda: * - p < 0,05 Tipo de Complicação
5. Introdução
RESOLUÇÃO CFM nº 1.958/2010
(Publicada no D.O.U. de 10 de janeiro de 2011, Seção I, p. 92)
Define e regulamenta o ato da consulta médica, a possibilidade de sua complementação e reconhece
que deve ser do médico assistente a identificação das hipóteses tipificadas nesta resolução.
Art. 1º Definir que a consulta médica compreende a anamnese, o exame
físico e a elaboração de hipóteses ou conclusões diagnósticas, solicitação de
exames complementares, quando necessários, e prescrição terapêutica como ato
médico completo e que pode ser concluído ou não em um único momento.
6. Introdução
Normatização dos Equipamentos e das
Técnicas para Realização de Exames de
Ultrassonografia Vascular
✓ Equipamento
✓ Cálculos
✓ Protocolo
✓ Posição do Paciente
✓ Sequência do Exame
Fonte: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2004/Normatizacao_Equip.pdf
8. Introdução
É vedado ao médico:
Art. 32: Deixar de usar todos os
meios disponíveis de diagnóstico e
tratamento, cientificamente
reconhecidos e a seu alcance, em
favor do paciente.
13. Introdução
PROCESSO DE PADRONIZAÇÃO
2 3
ESTADO ATUAL
14. Introdução
PROCESSO DE PADRONIZAÇÃO
3
ESTADO ATUAL DEFINIR PADRÕES
15. Introdução
PROCESSO DE PADRONIZAÇÃO
CONTROLAR
ESTADO ATUAL DEFINIR PADRÕES
PROCESSOS
16. Objetivo
Investigar como é feito o exame
ultrassonográfico morfológico de
segundo trimestre no Brasil
Avaliar a aceitabilidade de médicos
brasileiros a questionários online
17. Revisão Literatura
Levantamento Protocolos Existentes
Março de 2010
2.610 Associados da ISUOG
226 bounces
906 visualizações
185 respostas
18. Revisão Literatura
ORGANIZAÇÃO PROTOCOLO
American Institute of Ultrasound in AIUM Practice Guideline for the Performance of Obstetric Ultrasound
Medicine Examinations
Society of Obstetricians and
Content of a Complete Obstetrical Ultrasound Report
Gynaecologists of Canada
American College of Radiology Pratice Guideline for the Performance of Obstetrical Ultrasound
Australasian Society for Ultrasound in
Guidelines for the Mid Trimester Obstetric Scan
Medicine
Comite National Technique de Rapport du Comité national technique de l'échographie de dépistage prénatal
L’Echographie de Despistage Prenatal
Societá Italiana di Ecografia Obstetrica e
Linee Guida Societá Italiana di Ecografia Obstetrica e Ginecologica
Ginecologica
UK National Screening Committee - NHS 18+0 to 20+6 Weeks Fetal Anomaly Scan National Standards and Guidance for
Fetal Anomaly Screening Programme England
ISUOG Prenatal Ultrasound Screening Practice Guidelines for Performance of the Routine Mid-Trimester Fetal
Task Force Ultrasound Scan
19. Revisão Literatura
18+0 to 20+6 Weeks Fetal Anomaly Scan National Standards and Guidance for England
Medidas
- Circunferência Craniana
- Diâmetro Transverso Cerebelar
- Circunferência Abdominal
- Comprimento do Fêmur
20. Metodologia
Desenho do estudo
• Pesquisa realizada com questionário
online
Seleção de Sujeitos
• Lista de E-mail Marketing
• FEBRASGO
• CETRUS
• SAMSUNG-MEDISON
21. Metodologia
Critério de Inclusão
• Médicos que realizem pelo menos 10
exames mês
Tamanho Amostral
• Número Máximo de questionários
respondidos
32. Metodologia
DETERMINAÇÃO DO N
Intervalo Margem de
População n
Confiança Erro
10,000 95% 5pp 370
100,000 95% 5pp 383
350,023 95% 5pp 384
350,023 99% 5pp 664
Médicos ativos no Brasil: 350.023, segundo site do Conselho Federal de Medicina
36. Resultados
QUESTIONÁRIOS EXCLUÍDOS (N=385)
2%
2%
Resposta Parcial
Não Faz Morfo
Até 10 Exames/Mês
46% 51% Não Aceitou TCE
37. Resultados
* AP <1%
AM < 1% PA 2%
MA 1% CE 3%
RN 1%
PB 1%
PI < 1% PE 4%
* RO < 1%
TO < 1%
AL < 1%
SE 2%
MT 2% BA 4%
GO 1%
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA MG 11%
DOS RESPONDENTES MS 2%
ES 2%
SP 29%
PR 9% RJ 5%
SEMELHANTE A:
Póvoa et al, Cad. Saúde Pública, 2006 SC 6%
RS 9%
38. Resultados
LOCAL DE TRABALHO
47%
53%
Capital
Interior
40. Resultados
EXAMES REALIZADOS/MÊS
300
225
150
75
0
Até 10 exames De 11 a 20 exames De 21 a 60 exames De 61 a 100 exames De 101 a 140 exames De 141 a 180 exames Mais de 180 exames
41. Resultados
TITULAÇÃO DOS RESPONDENTES
500
375
16% DA
250
AMOSTRA
125
0
TEGO RDI Fetal US GO US Geral Nenhum
42. Resultados
TEMPO RESERVADO EM
AGENDA PARA O EXAME (min)
Mín Máx P10 P25 P50 P75 P90
10 120 20 30 30 40 50
44. Resultados
Relação Entre Visualizações, Cliques e Tempo Após Envio do Convite
2,600
2,080
1,560
1,040
520
0
D0 D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8 D9 D10
Cliques Número de Dias
Visualizações
47. Resultados
MAIS DE 85%
• DIÂMETRO OCCIPTO-FRONTAL
MEDIDAS REALIZADAS • CEREBELO
DURANTE O EXAME • ÚMERO
RECOMENDADO* 70% A 85%
• DIÂMETRO BIPARIETAL • VENTRÍCULO LATERAL
• CIRCUNFERÊNCIA CRANIANA • CISTERNA MAGNA
• CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL • PREGA NUCAL
• FÊMUR • OSSO NASAL
• ÓRBITAS
MEDIDA BILATERAL 12% • RÁDIO, ULNA, TÍBIA
• PLACENTA
* POR TODOS OS PROTOCOLOS
48. Resultados
PLANOS RECOMENDADOS* RESULTADOS
✓
PLANO TRANSTALÂMICO
97 %
✓
PLANO TRANSCEREBELAR
97 %
PLANO TRANSVENTRICULAR
✗
83 %
* POR TODOS OS PROTOCOLOS
49. Resultados
PLANOS RECOMENDADOS* RESULTADOS
✓
QUATRO CÂMARAS
98 %
VIA DE SAÍDA DO VE
✗
78 %
VIA DE SAÍDA DO VD
✗
73 %
* POR TODOS OS PROTOCOLOS
52. Discussão
MEDIDAS
MENOS DO QUE MAIS DO QUE
IDEAL
NECESSÁRIO NECESSÁRIO
PLANOS
53. Discussão
MEDIDAS
MENOS DO QUE MAIS DO QUE
IDEAL
NECESSÁRIO NECESSÁRIO
PLANOS
54. Resultados
COLO UTERINO = 51%
TRANSABDOMINAL TRANSVAGINAL
Aspecto de colo longo e medida imprecisa
(Andersen, 1991) Melhor resolução da imagem
Falsa dilatação do OI (Brown et al, 1986; Andersen, 1991)
(Zemlyn, 1981) Não apresenta riscos clínicos
(Carlan et al ,1997)
Precisão de aproximadamente 100%
(Kurtzman et al, 1998; To et al, 2000)
55. Resultados
UTILIZAÇÃO DO DOPPLER
17%
83%
Usa Doppler
Não Usa Doppler
56. Resultados
COMO O DOPPLER É UTILIZADO
600
525
450
418
300 319 338
296
237
150
0
Color Coração Pulsado Coração Color Vasos (Renal) Doppler Uterina Doppler Umbilical Doppler ACM
57. Discussão
Possíveis situações de viés:
• Exibicionismo do Respondente
• Pressuposto falso contido na questão
• Constrangimento do Respondente
• Viés devido às características do
entrevistador
• Erro de Amostragem
59. Discussão
O DIAGNÓSTICO PRÉVIO DA MALFORMAÇÃO
ALTERA A CONDUTA?
33%
67%
Alterou Conduta
Não Alterou Conduta
Adaptado de Crombleholme et al, in Pediatr Surg 1996
60. Discussão
MALFORMAÇÕES CUJO DIAGNÓSTICO PRÉ-
NATAL ALTERA O PROGNÓSTICO
HIPOPLASIA VE
TRANSPOSIÇÃO GRANDES ARTÉRIAS
COARCTAÇÃO DE AORTA
TUMORES OBSTRUTIVOS DA TRAQUÉIA
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA
MIELOMENINGOCELE
TERATOMAS COM HIDROPSIA
TUMORES PULMONARES COM HIDROPSIA
61. ✓ ✓ ✓
PLANO TRANSCEREBELAR COLUNA QUATRO CÂMARAS
ANÁLISE ✓
PLANO TRANSVENTRICULAR RINS VIA DE SAÍDA DO VE
✗ ✗
QUANTITATIVA
• DIÂMETRO BIPARIETAL
✓
BEXIGA VIA DE SAÍDA DO VD
• CIRCUNFERÊNCIA ✗ ✗
CRANIANA
• CIRCUNFERÊNCIA
ABDOMINAL
✗
INSERÇÃO CORDÃO
• FÊMUR
62. Discussão
PERSPECTIVAS FUTURAS
Simetria
Simetria
Estômago visualizado Extremidades visíveis
Tálamo visualizado
Seio portal visualizado < 45 de angulação
CSP visualizado
Rins não visualizados Fêmur ocupando mais de 50% da imagem
Cerebelo não visualizado
Abdomê ocupando mais de 50% da Calipers posicionados corretamente
Cabeça ocupando mais de 50% da imagem
imagem
Calipers posicionados corretamente
Calipers posicionados corretamente
63. Revisão Literatura
IDENTIFICAÇÃO DE DIFICULDADES
Critério com Escore Zero (Polo Cefálico)
80
60
40
%
20
0
Simetria Tálamo CSP Cerebelo Magnificação Calipers
Adaptado de Salomon et al, in Ultrasound Obstet Gynecol 2006
64. Revisão Literatura
IDENTIFICAÇÃO DE DIFICULDADES
Escore de Imagem Obtido por Diferentes Examinadores
6
4.5
*
3 * * I
II
1.5 III
IV
0
Polo Cefálico Abdome Fêmur
Legenda: * - p < 0,05
Adaptado de Salomon et al, in Ultrasound Obstet Gynecol 2006
66. Discussão
EFEITO DA AUDITORIA NA QUALIDADE DE IMAGEM
Resultados de Auditoria da Medida da Circunferência Abdominal
100
75
Percentual
50
25 Rejeitada
Insatisfatória
Satisfatória
0
Auditoria 1 Auditoria 2
Adaptado de Dudley & Chapman, in Ultrasound Obstet Gynecol 2002
67. Discussão
REPRODUTIBILIDADE INTRA-OBSERVADOR
Escore Atribuído pelo Mesmo Examinador em 2 Avaliações Distintas
30
20
24.1 23.9
10
0
Revisão 1 Revisão 2
p > 0,05
Adaptado de Salomon et al, in Prenatal Diagnosis 2008
68. Discussão
Detection and Measurement of Fetal Anatomies from Ultrasound
Images using a Constrained Probabilistic Boosting Tree
Treino Automatização Correlação
CO(%) r
DBP 3.07 0.985
CC 1.71 0.996
CA 2.91 0.991
CF 3.6 0.982
UM 3.52 0.982
CCN 2.40 0.983
Adaptado de Carneiro et al, in IEEE Transactions on Medical Imaging 2008
69. Discussão
Automático Manual
RECONHECIMENTO DE
ÓRGÃOS E ESTRUTURAS
Automatic segmentation of the cerebellum
of fetuses on 3D ultrasound images, using a
3D Point Distribution Model
Automático
Manual
Adaptado de Benjamín-Gutiérrez et al, in IEEE EMBS 2010
70. Discussão
Definir Planos
Definir Características dos Planos
Estudos sobre Reprodutibilidade
Estudos sobre Auditorias
Sistemas de Auditoria Automatizada
71. Conclusões
Medidas de ossos muito valorizadas
em detrimento a análise anatômica de
estruturas importantes
Aceitabilidade a questionários online é
semelhante a de outros estudos