O documento descreve a anatomia e principais patologias da órbita. Apresenta detalhes sobre estruturas anatômicas como nervo óptico, músculos oculares e vasos sanguíneos. Aborda traumatismos, infecções, neoplasias e anormalidades vasculares e congênitas mais comuns na região orbital.
3. ANATOMIA
• Canal óptico
• Fissura orbital superior
– V. orbital superior.
– N. oculomotor (III), troclear (IV), abducente (VI) e divisão
oftálmica do trigêmeo (V1).
– Conduto para seio cavernoso.
• Fissura orbital inferior
– N. infraorbital (ramo de V2), zigomático
– Conexão venosa entre a v. oftálmica superior e o plexo
pterigoide.
– Conexão com a fossa pterigopalatina e espaço
mastigatório/fossa infratemporaldisseminação de
processos faciais profundos.
5. ANATOMIA
– Reto Superior
– Reto Inferior
– Reto Medial
– Reto Lateral
– Oblíquo Superior
– Oblíquo Inferior
– Levantador da pálpebra
6. ANATOMIA
• Nervo óptico
– Segmento orbital é
coberto pelas mesmas
bainhas meníngeas do
cérebro.
– <4mm
• Septo orbital
– Membrana desde os
tarsos até as
margens das órbitas.
7. ANATOMIA
• Glândula lacrimal
– Espaço extraconal.
– Sobre os ms. levantador da
pálpebra e reto lateral.
– Saco lacrimal Ducto lacrimal
válvula de Hasner (inferior ao
corneto nasal inferior).
8. ANATOMIA
• Artéria Oftálmica
– Carótida interna em sua saída no
seio cavernoso.
– Canal óptico.
– Cruza o N.Óptico superiormente.
• Carótida externa
• Veia Oftálmica Superior
– > veia visualizável à TC ou RM.
9. TÉCNICAS DE AQUISIÇÃO DE IMAGEM
• TC:
– Delineamento de estruturas ósseas e de calcificações.
– Requer tempo curto de aquisição.
• RM:
– Contraste de tecidos moles superior à TC.
– Importante para avaliar anormalidades intracranianas e
nervo óptico.
• Angiografia por TC ou RM
10. TÉCNICAS DE AQUISIÇÃO DE IMAGEM
• TC:
– Espessura de corte= 1mm
– Intervalo de reconstrução= 0,5mm
– Extensão da aquisição=
• Superior: pelo menos 1cm acima do teto orbitário
• Inferior: pelo menos 1cm abaixo do assoalho orbitário
– Aquisição craniocaudal
– Sem angulação do Gantry (paralelo a linha infraorbitomeatal)
– Fases pré e pós-contraste
• 50-70ml
• Dçs inflamatórias, infecciosas, neoplásicas e vasculares.
11. TÉCNICAS DE AQUISIÇÃO DE IMAGEM
• TC:
– Analisar as imagens com filtro ósseo e de partes moles.
– Imagens coronais:
• Estruturas em transversal
• Obrigatório para avaliar disseminação de processos a partir
de estruturas vizinhas.
– Suspeita de varizes orbitais sem e com Manobra de Valsalva.
12.
13.
14.
15.
16.
17. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Localizar a lesão:
– Globo ocular
– Complexo nervo óptico-bainha
– Espaço intracone
– Espaço extracone
• Associação ou não com glândula lacrimal
– Intra e extracone: tratamentos diferentes
– Lesões da glândula lacrimal são mais comumente processos
inflamatórios benignos.
18. TRAUMATISMOS
• TC é a modalidade de escolha.
• Fratura das paredes orbitais (mais frequente).
• Hemorragia de globo ocular.
• Lesões penetrantes.
• Contusão ou avulsão da bainha do nervo óptico.
• Fratura por explosão:
– ↑ da pressão intraorbital transmitida às paredes orbitais.
– Paredes inferiores e mediais.
– Conteúdos de tecidos moles podem herniar
encarceramento muscular.
• Corpos estranhos
– Presença de ar
19.
20. INFECÇÕES
• Extensão direta a partir de estruturas adjacentes ou via
hematogênica.
– Sinusite ou celulite periorbitária superficial da face.
– Crianças: a partir de células etmoidais.
– Adultos: a partir do seio frontal.
– Streptococcus pneumoniae e estreptococo ᵦ -hemolítico.
• Pré-septal ou extracone ATB.
• Pós-septal ou intracone risco de lesão neurovascular e de
disseminação intracraniana.
• Identificar abscessos orbitais intervenção.
• TC é a escolha alterações inflamatórias de tecidos moles,
coleções líquidas/abscessos, alterações ósseas (osteomielite).
22. OFTALMOPATIA ASSOCIADA À
TIREÓIDE
• Processo inflamatório dos músculos extraoculares e dos
tecidos conectivos periorbitais.
• Graves, Hashimoto, carcinoma da tireoide e a irradiação do
pescoço.
• Aumento fusiforme dos músculos extraoculares, sendo
poupadas as fixações tendíneas(difícil de diferenciar quando
há grande aumento do músculo) reto inferior, reto medial e
complexo reto superior levantador da pálpebra.
• Alterações inflamatórias no tecido adiposo intraorbital.
• Bilaterais, pode ser assimétrico.
• Compressão secundária da bainha do nervo óptico.
24. PSEUDOTUMOR ORBITAL
• Doença inflamatória orbital idiopática.
• Processo inflamatório dos músculos extraoculares (difusamente)
e dos tecido adiposo periorbitais.
• Raro envolver outras estruturas orbitais.
• Com frequência unilateral e há extensão às fixações tendinosas.
• Doloroso.
• Resposta rápida aos esteróides.
26. SARCOIDOSE
• Pode acometer qualquer parte da via óptica.
• Comumente glândulas lacrimais, camada anterior do globo
ocular e as pálpebras.
• Pode simular pseudotumor.
Quiasma
Pedúnculo
cerebral
Corpo
Colículo geniculado
superior lateral
T1 axial com gadolíneo T1 axial com gadolíneo
27. GRANULOMATOSE DE WEGNER
• Envolvimento orbital ocorre em cerca de 50% dos pacientes.
• Qualquer estrutura orbital pode ser afetada episclerite,
esclerite, uveíte, vasculite do nervo óptico, oclusão da artéria
da retina, obstrução do ducto nasolacrimal.
• TC :
– Nódulos ou infiltrado inespecíficos no espaço retrobulbar.
– Realce pelo contaste presente.
• RM:
– Massas retrobulbares podem demonstrar hipodensidade
acentuada (não específico).
28. NEURITE ÓPTICA
• Inflamação inespecífica do nervo óptico infecções, doenças
granulomatosas, pseudotumor, estado pós-radiação ou
doenças desmielinizantes, idiopática.
• 50% dos pacientes esclerose múltipla.
• RM:
– Intensificação pelo
contraste e prolongamento
no tempo de T2.
– Incluir o cérebro inteiro
na avaliação.
Spin-eco rápido com recuperação da inversão
29. NEOPLASIAS
LINFOMA
• Neoplasia mais comum (50%); tipo LNH cel B;
• TC/RM – massa bem definida no cone muscular; Pode massa
extra-orbitária ou infiltração difusa do tecido gorduroso
orbital;
• Pode acometer glândula lacrimal;
• DDX – pseudo-tumor e mtx;
30.
31.
32. GLIOMA ÓPTICO
• Crianças (2-6a); Associação com neurofibromatose tipo 1;
• Benignos (minoria é agressivo);
• Envolve o aparelho óptico anterior;
• Não são lesões calcificadas;
• RM – melhor exame – avalia extensão intracraniana;
33. • RM – avalia extensão intracraniana;
• T1 hipointensa e hiper em T2; não sofre ou sofre tenue realce
pelo contraste;
• TC – avalia alterações ósseas e expansão para canal óptico;
34. MENINGIOMA DA BAINHA DO NERVO ÓPTICO
• 7% dos tumores orbitais; mulheres; associação com
neurofibromatose tipo 2;
• Sofrem realce pelo contraste; geralmente contem
calcificações;
• RM escolha;
37. MELANOMA
• Lesão ocular com origem no trato uveal, podendo estender-se
para o restante da órbita;
• TC – massas focais de tecido mole com realce leve a
moderado;
• RM – lesão hiperintensa em T1 e hipo em T2;
• Sofrem realce pelo contraste;
38.
39.
40. METÁSTASES
• Ca mama e pulmão;
• Crianças – neuroblastoma, leucemia, Ewing;
• Imagens – espessamento focal do globo ocular; lesões
destrutivas;
41.
42.
43. RETINOBLASTOMA
• Lactentes;
• Diagnóstico precoce – sobrevida 90% em 5 anos;
• Se houver extensão além do globo ocular – mortalidade
100%;
• Pode ser uni/bilateral ou ainda “trilateral” – bilateral + linha
média;
• São lesões com calcificações; sofrem realce pelo contraste
44.
45. RABDOMIOSARCOMA
• Crianças;
• TC – massa de tecidos moles com realce pelo contraste,
apresentando destruição óssea associada;
• RM – iso/hipointenso T1 e iso/hiperintenso T2;
46.
47. HISTIOCITOSE DE CEL. LANGERHANS
• Não é uma neoplasia; transtorno reticuloendotelial sem
causa conhecida;
• Mais comum em crianças;
• Imagens podem simular o rabdomiosarcoma;
• TC - massa de tecidos moles iso/hiperdensa com realce pelo
contraste e frequentemente há alterações ósseas líticas
associadas;
• RM - massa de tecidos moles iso/hipointensa em T1 e
iso/hiperintensa T2;
48. TERATOMA
• Lesão benigna - rara na órbita;
• Massa contendo elementos endo/meso/ectodérmicos;
• Geralmente tem calcificações e ocorre em neonatos;
49.
50. ANORMALIDADES VASCULARES
FÍSTULA CAROTIDOCAVERNOSA
• Comunicação entre carótida e seio cavernoso, dividida em 2
tipos:
• Direta = Carótida interna – seio cavernoso ( + comum) –
ruptura da carótida ;
• Indireta = Carótida externa – seio cavernoso;
• Direta x Indireta – Angiografia;
51. • TC/RM – proptose, ingurgitamente da veia oftálmica superior
e das veias facais;
52. VARIZES VENOSAS
• Dilatações das veias orbitais; a veia oftálmica superior é a
mais acometida;
• TC com contraste sem e com valsalva – visualiza-se veia
grande, tortuosa ou confluência de pequenas veias lobuladas,
que sofre realce pelo contraste;
53.
54. HEMANGIOMAS
• 2 tipos: cavernosos e capilares;
• CAVERNOSOS – massa orbital mais comum (intraconal,
encapsulados, com margens bem definidas); ocorre em
adultos;
• TC – hiperdensos com realce pelo contraste; pode flebólitos;
• RM – T1 – variável, se hiperintenso ( pensar em trombose); T2
– hiperintenso; realce pelo contraste;
55.
56. • CAPILARES – lactentes/ 1ª ano; tendem a regredir com a
idade; suprimento arterial via sistema carotídeo;
• TC – massa lobulada hiperdensa e com realce pelo contraste;
• RM – massa lobulada; T1 – isointensa; T2 – hiperintensa;
61. • COLOBOMA – defeito congênito do globo ocular na inserção
do nervo óptico; pode ser bilateral;
• TC/RM – evaginação cística do vítreo no local onde o nervo
óptico se fixa; pode ocorrer cisto retro-ocular associado;
62. • DOENÇA DE COATS – malformação vascular congênita da
retina, caracterizada por múltiplos vasos telangiectásicos;
• TC – hiperdensidade em parte ou em todo o vítreo; raro
calcificações;
• RM – T2 – hiperintensa
• Realce das partes descoladas da retina é comum
63. • CISTOS DERMÓIDES – lesões benignas mais comuns na órbita;
• 1ª década;
• Local mais comum – sutura frontozigomática e fossa lacrimal;
• Cistos com paredes definidas, com realce variável. Contém
tecido adiposo (nível gordura-líquido – patognomônico);
• RM – T 1 - hiperintensa;
64.
65. • CISTOS EPIDERMÓIDES – não contém gordura;
• RM – T1 – hipointenso, mas pode ser hiperintensas se
hemorragia ou infecção;
67. • TÍSICA BULBAR – estágio final de qlq lesão do globo ocular;
• Globo ocular diminuído, atrofiado e deformado, calcificações
são comuns;
68. • DRUSAS DO NERVO ÓPTICO – coleções de material hialino no
disco óptico; calcificações são comuns;
• A lesão pode se evidenciar por abaulamento do disco óptico
(pseudopapiledema);
• 75% casos são bilaterais;
69. • DESLOCAMENTO DA RETINA E DA COROIDE – 3 camadas do
globo ocular = membrana hialina posterior, retina sensorial,
camadas de epitélio pigmentado da retina;
• Deslocamento posterior – separação da membrana hialina da
retina sensorial;
• Deslocamento da retina – separação da retina sensorial do
epitélio pigmentado;
• Deslocamento coroidal – separação da coróide da esclera;
• Geralmente a retina fixa-se em forma de V, com uma pequena
fixação no disco óptico;
70.
71. • ESTAFILOMA – evaginação focal dos revestimentos
escleróticos uveais do globo ocular; defeito adquirido por
fraqueza dos revestimentos uveais;
• Evaginação está localizada fora do centro do disco óptico,
tipicamente em posição temporal;
• Associação com glaucoma, trauma, infecção ocular anterior;
72. GLÂNDULA LACRIMAL E APARELHO LACRIMAL
• Processos inflamatórios (mais comuns), neoplásicos e
traumáticos;
• Aumento glandular é comum a várias patologias;
• Realce pelo contraste não diferencia lesão benigna de
maligna;
• ADENITE VIRÓTICA AGUDA – em jovens; GRANULOMATOSE
DE WEGENER; DOENÇAS AUTOIMUNES (Sjogren...)
74. ENVOLVIMENTO INDIRETO DA ÓRBITA E DAS VIAS ÓPTICAS
• Lesões da sela turca e das regiões parasselares podem
acometer a órbita;
• DDX – macroadenoma hipófise, meningioma,
craniofaringioma, mtx, aneurismas....