1. TCAR- Opacidades
Parenquimatosas
Norberto Weber Werle
Serviço de Radiologia do HUSM
www.radiologiaufsm.com.br
2. Doenças Caracterizadas por
Opacificação do Parênquima
• Pneumonite por Hipersensibilidade;
• Doença Pulmonar Eosinofílica;
• Bronquiolite Obliterante com PNM em Organização;
• Pneumonia Intersticial Inespecífica;
• Bronquiolite Respiratória e BR-Doença Pulmonar Intersticial;
• Pneumonia Intersticial Descamativa;
• Pneumonia Intersticial Aguda;
• Proteinose Alveolar;
• Pneumonia Lipóide; 1ª Aula
• Pneumonia Difusa; 2ª Aula
• Hemorragia Pulmonar Difusa;
• Edema Pulmonar e SARA
3. DIVISÃO DIDÁTICA
BOOP, Pneumonia Eosinofílica Crônica e
Pneumonia
BacterianaPneumonite Por Hipersensibilidade,
PID, BR-DPI, PIA, PII, Proteinose Alveolar,
Pneumonias Difusas como Pneumocystis
jiroveci.
Edema Pulmonar, SARA, Doença Fúngica,
Pneumonite por Irradiação, TB, Pneumonias
Virais
4. Pneumonite por Hipersensibilidade
Alveolite Alérgica Extrínseca
• Causada pela inalação de antígenos com poeiras
orgânicas;
• Muito comum em fazendeiros, criadores de aves,
jardineiros (casca de árvores), trabalhadores de malte
e pacientes com tórax em tonel;
Clínica:
Aguda: Febre, calafrios, tosse seca e dispneia;
Crônica: Amplo Predomínio da Dispneia
5. ANORMALIDADES
RADIOGRÁFICAS
• Dependente do Estágio da Doença
CONSOLIDAÇÃO INFILTRADO POR
AGUDA MAL DEFIINIDA PMN
DIFUSA EDEMA
ASPECTO GRANULOMAS
SUBAGUDA NODULAR PEQUENOS
FINO ALVEOLITE
FIBROSE SEQUELA
CRÔNICO FAVEOLAMENTO* EVOLUTIVA
ANOS
6. PH AGUDA
• Consolidação Bilateral do Espaço Aéreo;
• Pequenas Opacidades Arredondadas (1-3cm);
• Opacidades Mal Definidas;
LEMBRE:
Nestes casos a TCAR acrescenta pouco
à radiografia convencional.
Diagnóstico Por RX
7. ACHADOS
Paciente 6 dias Pós- Estudante de Jardinagem
Exposição a Galinheiro Pós-Estágio
8. SUBAGUDA
• Semanas ou Meses pós-exposição;
Achados:
• Opacidades em VF difusas, esparsas e bilaterais,
predominando em campos inferiores (73%);
• Nódulos mal definidos (4mm), predominando em campos
médios e bases, centrolobulares (40%);
• Superposição Destes Achados;
• Áreas Lobulares de Diminuição da Atenuação;
• Perfusão em Mosaico;
• Cortes em Expiração com Aprisionamento;
– Bronquiolite associada;
• Fibrose;
15. HP CRÔNICA
Usualmente, sintomas há mais de 1 ano.
• Achados de fibrose
– Espessamento Intersticial Intralobular
– Interfaces Irregulares
– Espessamento Irregular dos Septos
Interlobulares
– Faveolamento(23%) +Subpleral
– Bronquiectasias de tração e
Bronquiolectasias
16. ACHADOS
Reexposições com
padrões sobrepostos
• Opacidades em Vidro Fosco superposta ou nódulos
centrolobulares (94/62%);
• Distribuição Esparsa das Anormalidades;
• Ausência de predominância específica dos achados
de fibrose;
• Ângulos costofrênicos e regiões basais usualmente
poupados x FPI;
• Áreas hipodensas de aprisionamento aéreo
Podem ocorrer
17. FPI X HP Crônica
Repare para as Bases Pulmonares!
X
Até 31 % das HP Crônicas podem acometer bases, mas FPI na
maior parte das vezes acomete.
18. ACHADOS Sobreposição
Homem, criador de aves, com
reagudização de dispneia crônica
19. UTILIDADE DA TCAR
• Remy-Jardin et al AMOSTRA=21
33% dos pacientes com HP subaguda tinham RX
alterado, mas todos TCAR anormal.
• Linch el al AMOSTRA = 11
45% dos pacientes com biópsia ou lavado indicativo
de HP, tinham TCAR anormal. 9% tinham RX
anormal.
• Swensen el al AMOSTRA=85
TCAR alterada + Clínica 78% dos
radiologistas firmaram o diagnóstico e 100% deles
incluiram HP nas suas 3 principais HD’s.
20. DOENÇA PULMONAR
EOSINOFÍLICA
• Impregnação de eosinófilos no interstício
e via aérea.
Eosinofilia
RX/TC
Sugestivo
LBA
Diagnóstico Firmado
22. Eosinofilia Pulmonar Simples
• Síndrome de Loeffler Parasitária
• Reações a Drogas
• Consolidações Focais em Geral Transitórias visíveis
ao RX.
• As consolidações em geral são migratórias e
desaparecem em 1 mês;
• TCAR pode apresentar VF/ Consolidações com
nódulos e sinal do halo, predominantes na peri-
feria.
24. Pneumonia Eosinofílica Crônica
• Preenchimento de Alvéolos por infiltrado de
eosinófilos.
• Geralmente duram 3 ou mais meses.
• Respondem muito bem à terapêutica com esteróides,
sendo justificada como teste diagnóstico/terapêutico.
• Não necessitam biópsia pulmonar;
Ao RX, o padrão sugestivo
Consolidações Periféricas
25. ACHADOS À TCAR
• Consolidações periféricas em geral esparsas;
• VF periférica e esparsa, podendo ter pavimentação
em mosaico;
• Opacidades lineares/bandas Subpleurais Resolução;
Correspondem a Microatelectasias
• Predomínio das Anormalidades em lobos
superiores;
Diagnóstico Diferencial com S. de Loeffler. Esta desaparece
usualmente em 7 dias. BOOP predomina em áreas inferiores.
Sarcoidose, PII, PID simulam mas não tem eosinofilia.
28. Pneumonia Eosinofílica Aguda
• Afecção febril aguda, rapidamente progressiva,
podendo implicar em falência respiratória.
• Manifestações radiográficas análogas ao edema
pulmonar. Opacidades reticulares, linhas B de Kerley,
incluindo para consolidação do espaço aéreo
predominantemente inferiores e pequenos derrames
pleurais.
29. Síndrome Hipereosinofílica
• 40 % dos casos denotam acometimento
pulmonar;
• Opacidades Mal
RX Definidas transitórias.
• Áreas de Consolidação;
• Nódulos 1cm bilaterais.
TCAR • VF na em volta de
nódulos periféricos;
31. Síndrome de Churg-Strauss
Histórico de Atopia, Eosinofilia, Anormalidades Sinusais, rash,
Eosinófilos à Biópsia, Opacidades Pulmonares Migratórias e Transitórias
34. BRONQUIOLITE OBLITERANTE COM PNEUMONIA
EM ORGANIZAÇÃO (BOOP)
• Pólipos de granulação dentro da via aérea
e áreas esparsas de pneumonia em
organização;
• Geralmente idiopática ou ( G. Wegener,
drogas, inalação de fumaça?);
Dispneia, Tosse,
Fraqueza, Febre
Baixa
35. ACHADOS
• Consolidações Esparsas (80% dos casos), Bilaterais
(74%);
• Opacidades em VF peribrônquicas ou subpleurais
(60% dos casos);
• Nódulos pequenos e mal definidos peribrônquicos ou
peribronquiolares;
• Grandes nódulos ou massas;
• Espessamento das paredes brônquicas ou dilatação
em áreas pulmonares anormais;
• Mosaico + VF e Espessamento Septal Interlobular;
AMPLO PREDOMÍNIO DE PORÇÕES PULMONARES
INFERIORES
37. ACHADOS
• As opacidades nodulares com 1 a 10 mm de diâmetro
são comuns e encontradas em 50 % dos pacientes
distribuídas mais em região subpleural ou
peribroncovascular;
• As massas ou nódulos pulmonares usualmente são
bastante irregulares e apresentam broncograma aéreo
(45%), espiculados (35%);
• Pequenos derrames pleurais ( 35%);
• Faveolamento é incomum, mas possível;
44. PNEUMONIA
INTERSTICIAL INESPECÍFICA
• Caracterizada por inflamação e fibrose envolvendo as
paredes alveolares, mas sem algumas características
específicas de outras patologias.
• Pode ser idiopática ou reacional por PH ou doenças
colágeno-vasculares.
Dispnéia e Tosse
por 8 meses.
Pacientes com
média de 50 anos.
FPI OU PII?
45. ACHADOS- RX
• Opacidades consolidativas predominantes e zonas
inferiores;
• Padrão reticular ou combinação de intersticial e
alveolar;
• 10 % dos RX são normais.
46. TCAR + comum achado
• Opacidades em Vidro Fosco Esparsas; + Periféricas
• Consolidações do Espaço Aéreo ( 71%);
• Opacidades Reticulares Irregulares ( 29%);
• Faveolamento (incomum); PIU é bem mais;
• Predominância Periférica e nas zonas pulmonares
inferiores;
• A maioria dos achados são subpleurais;
Apesar disso, o diagnóstico é difícil pela imagem,
Devido à sobreposição de achados da PIU, PIA,
PID e BOOP;
47. Homem de 60 anos com
dispneia. Envolvimento difuso
e subpleural
48. UTILIDADE
• Diagnóstico geralmente não consegue ser firmado
pela TCAR.
• Paciente com VF e Consolidações Subpleurais
Valorizar mais PII à PIU. Neste caso, indica-se
biópsia.
• Se faveolamento, considerar PIU à PII. Geralmente
biópsia não é indicada.
• TCAR é bom exame para acompanhar
Evolução do tto.
85% dos casos confirmados por biópsia
apresentam significativa melhora radiológica pós
tto
49. BRONQUIOLITE RESPIRATÓRIA
• BR é Típica de tabagistas;
• Geralmente não está associada a sintomas específicos;
• Acúmulo de macrófagos nos broquíolos repletos de
substância marrom oriunda dos cigarro;.
• Pode predispor os pacientes a anormalidades crônicas
das vias aéreas ou enfisema centrolobular;
50. ACHADOS TCAR-BR
• Na maioria dos pacientes TCAR normal;
• Quando alterada, aparecem nódulos centrolobulares
de 3 a 5 mm mal definidos ( 10%) e VF multifocal
(28%);
• Achados esparsos, predominantes em lobos
superiores e zonas médias;
• Enfisema centrolobular;
52. BR-DOENÇA PULMONAR
INTERSTICIAL
• Acomete o parênquima de forma esparsa, contudo
pode preservar lóbulos isoladamente;
Pacientes na 4º década de vida,
dispnéia e tosse crônica há 1 ano;
Dificuldade de difusão
pronunciada
PROGNÓSTICO BOM!
53. CONSIDERAÇÕES
• Parar de fumar melhora a sintomatologia de grande
parte dos pacientes;
• Aqueles com queixas persistentes melhoram com
esteróides VO.
• RX usualmente normal ou opacidades irregulares,
bilaterais, predominantemente inferiores.
54. ACHADOS TCAR DA BR-DPI
• Normal ou
• Nódulos Centrolobulares (76%) ;
• Opacidades em VF ( 82%);
• Espessamento das Paredes brônquicas ( 94%);
• Predomínio nos lobos superiores ( 59%);
• Raramente fibrose ( padrão reticular) mais em zonas
pulmonares inferiores;
57. PNEUMONIA INTERSTICIAL
DESCAMATIVA
• Presença maciça de macrófagos no interior da via
aérea;
• 90% dos pacientes são fumantes;
• Envolvimento difuso dos espaços aéreos, mas pode
simular BR-DPI com predomínio peribronquiolar.
30-50 anos de idade
Dispneia de esforço
e tosse seca
RX possui opacidades em VF em zonas
pulmonares inferiores. 20% das PID
confirmadas tem RX normal
58. ACHADOS TCAR- PID
• Opacidades em VF, esparsas, bilaterais, com fibrose
mínima;
• Predominância basal e subpleural;
• Opacidades reticulares;
• Faveolamento;
• Associação com fumo, predispõe para enfisema
centrolobular;
O padrão relativamente análogo entre BR, BR-DPI e PID
sugerem que essas entidades clinico-radiológicas integram
diferentes espectros da mesma doença
59. Homem, 39 anos, PID comprovada por biópsia
VF não está associado à
atelectasias de decúbito