Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
A importância da cultura das ruas e da expressão artística
1. 2º ano: Apostila 03 / Aula 16
Professor Claudio Henrique Ramos Sales
FILOSOFIA
2. Jean Paul Basquiat. O homem de Nápoles, acrílico e colagens sobre
madeiras,1982
3. QUAL A
IMPORTÂNCIA DE
CONHECER ESTA
IMAGEM?
Ela nos faz
pensar no
alcance da
cultura das
ruas, dos
guetos, e na
pichação
como
importante
fenômeno
cultural
urbano.
4. Qual o significado da pintura e escrita
em muros? Existe diferença entre
pichação e grafitagem?
Você acha que é uma forma autentica
de expressão? Qual é o papel da
linguagem escritas nas manifestações?
Este quadro – década de 80 – época de
efervescência nas ruas.
5. DIFERENÇA ENTRE
PICHAÇÃO E
GRAFITAGEM
Pichação: nome
de indivíduo ou
gangue em local
de difícil acesso;
Pichação se
mistura ao feio;
É quase uma
vingança contra o
espaço urbano
discriminatório,
perpetrada por
grupos de
pichadores que,
muitas vezes,
vivem nas
periferias.
Karas e patifes!
6. GRAFITAGEM
Uso da cor,
busca de uma
expressão
plástica mais
elaborada,
diálogo com o
entorno,
aspecto lúdico.
•O grafite
incorpora o
feio, tentando
superá-lo.
7. O que você vai ser quando crescer? Que carreira
pretende seguir? Em que faculdade quer estudar?
Perguntas como essas, às quais você já deve ter
respondido inúmeras vezes, pressupõem a idéia de
que cada pessoa é responsável pelo próprio futuro
e de que é possível assumir o controle da própria
vida. Porém, essa é uma situação nova na História
da humanidade. Até pelo menos o século XIX, a
maior parte das pessoas vivia num mundo
“imutável”, em que as condições dadas pelo
nascimento eram decisivas para determinar
praticamente todos os aspectos da existência de
um indivíduo. Você consegue imaginar como seria
viver uma realidade como essa?
8. A liberdade para alguns é limitada pela exclusão
social;
Algumas pessoas, apesar de excluídas, mantêm a
crença na possibilidade de ascensão, nas
“carreiras abertas ao talento”.
Mídia exalta casos de ascensão social: Ronaldo,
Neimar, Silvio Santos.
Para cada “Ronaldinho” que faz sucesso na
Europa, há centenas que levam uma existência de
sonho e desilusão (e os holofotes estão sempre
voltados para o “Neimar” ou para outro herói do
momento).
9. O que você quer ser
quando crescer?
Que carreira pretende
seguir?
Em que faculdade
quer estudar
Cada pessoa é
responsável pelo
próprio futuro.
É possível assumir o
controle da própria
vida.
Até o séc. XIX:
Mundo imutável
Condições de vida
eram dadas pelo
nascimento
Decisivas para
determinar
praticamente todos os
aspectos da existência
dos indivíduos.
10. Nossa experiência de vida é
chamada de modernidade;
Tem origem nas mudanças
econômicas e sociais: revolução
Francesa e Revolução Industrial.
Permite ao indivíduo tomar atitudes
que podem transformar seu destino e
o mundo onde vive.
11. Relacionada ao capitalismo – compra
e venda de produtos;
Venda da força de trabalho – para
quem não possui outra propriedade;
Abolição dos privilégios de nascimento;
Universalização do princípio de
igualdade perante a lei.
É voltar-se para o futuro e não
para o passado
12. Maravilhas do progresso geram
problemas: criação de jardins e de
desertos, muita mercadoria,
devastação da natureza, construção
de fortunas e multiplicação da
miséria.
13. Leva a perda de sentido –
conhecimento torna-se cada vez
mais técnico e especializado;
Perde-se a visão do todo;
Prisão de ferro
Homens são convertidos em
“especialistas sem espírito, sensualistas
sem coração”
14. O Sonho da Razão Produz Monstros, de Goya
Este quadro faz parte da série
chamada Caprichos. Nela, o
artista retratou-se sentado,
dormindo sobre suas
anotações. O seu corpo está
contorcido e transmite a ideia
de desconforto, da transição
entre o estado alerta e um sono
que não pode ser evitado.
Atrás do artista estão morcegos
e corujas, criaturas noturnas
que espreitam o sono do pintor.
Essas criaturas são interpretadas
como os fantasmas, medos e
obsessões de Goya, conhecido
por pinturas enigmáticas e de
sentimentos fortes.
15. O Gabinete do Dr.
Galigari, Alemanha,
1919/1920.
Direção: Robert Wiene.
16.
17. 1.Em duplas, discutam acerca do
filme e da imagem.
2.Anotem os pontos levantados.
3.Discussão em grupo.
25. Para Habermas...
• ...não é a relação de um sujeito solitário com
algo no mundo objetivo que pode ser
representado e manipulado mas a relação
intersubjetiva, que sujeitos que falam e
atuam, assumem quando buscam o
entendimento entre si, sobre algo. Ao fazer
isto, os atores comunicativos movem-se por
meio de uma linguagem natural, valendo-se
de interpretações culturalmente transmitidas
e referem-se a algo simultaneamente em um
mundo objetivo, em seu mundo social
comum e em seu próprio mundo subjetivo.
26. Logo...
• na estrutura da linguagem
cotidiana, está embutida uma
exigência de racionalidade pois,
com a primeira frase proferida, o
homem já manifestava uma
pretensão de ser compreendido,
uma busca de entendimento.
27. Para Habermas quando alguém fala alguma
coisa para outras pessoas pretende-se que
aquilo que se fala seja válido!
Teoria:
28.
29. Dentro da ação comunicativa
existem diversos tipos de falas:
Atos
de fala
Constatadores
RepresentativosReguladores
Afirmar, narrar,
prever, explicar ...
Ordem ,
desculpa,
advertência,
conselhos...
Revelar,
admitir,
omitir,
enganar ...
30.
31.
32.
33.
34.
35. Teoria do Agir Comunicativo
• A inserção de uma perspectiva crítica
recupera a dimensão de uma
racionalidade não instrumental,
fundada no agir comunicativo entre
os homens livres, ou seja, em uma
razão comunicativa, que emancipa
os indivíduos do seu estado de
dominação técnica.
36. Teoria do Agir Comunicativo
• Portanto, Habermas constrói a teoria
do Agir comunicativo, segundo a qual
a crítica, como substrato da
linguagem, deve encontrar-se livre
das distorções originadas pela
ideologia, se pretendermos que ela
conduza o homem no caminho de
sua liberdade de convicção.
37. Pensamento de Habermas –parte da virada
linguística do séc.XX.
Importância da linguagem para o
pensamento;
Linguagem – representa o pensamento e
influencia o pensamento.
Escolha de palavras – pode influenciar a
forma como pensamos e até as nossas
ações.
Uma mudança na linguagem = mudanças
culturais mais abrangentes.
39. A correção da linguagem passou a ser
considerada uma forma de corrigir uma visão
estereotipada e preconceituosa que muitas vezes
assumimos de forma inconsciente;
Ao corrigirmos a linguagem evitando “rótulos” e
termos pejorativos, estaríamos, na verdade,
ampliando os direitos e as oportunidades de
indivíduos que são objetos dessas denominações;
A nova linguagem, fundada no emprego de
termos escolhidos ou aceitos pelos grupos
envolvidos, passou a ser chamada de
politicamente correta.
40. "Logo criarão uma lei que proibirá as
mulheres de serem bonitas em nome da
auto estima das feias e proibirão os homens
bem-sucedidos de terem carrões em
defesa da dignidade do ônibus ou do
metrô. Duvida? Basta um mentiroso
inventar que isso é necessário para um
convívio democrático. Isso se chama a
ditadura dos ofendidos."
Luiz Felipe Pondé
41.
42. 1. CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo,
Atual, 2004
2. FREITAG, Bárbara. Habermas. São Paulo, Editora
Ática, 3ª edição, 2001.
3. HABERMAS, Jürgen. Conhecimento e Interesse. São
Paulo, Abril Cultural, 1975.