2. 2 NBR13116/1994
NBR 9203 - Cimento Portland comum e clínquer -
Análise química por complexometria - Método de
ensaio
NBR 11578 - Cimento Portland composto - Espe-
cificação
NBR 11579 - Cimento Portland - Determinação da
finura por meio da peneira 75 µm (nº 200) - Método de
ensaio
NBR 11580 - Cimento Portland - Determinação da
água da pasta de consistência normal - Método de
ensaio
NBR 11581 - Cimento Portland - Determinação dos
tempos de pega - Método de ensaio
NBR 11582 - Cimento Portland - Determinação da
expansibilidade de Le Chatelier - Método de ensaio
NBR 11583 - Cimento Portland e matérias-primas -
Determinação de anidrido carbônico (CO2
) por
gasometria - Método de ensaio
NBR 12006 - Cimento - Determinação do calor de
hidratação pelo método da garrafa de Langavant -
Método de ensaio
3 Definições
Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1.
3.1 Cimento Portland de baixo calor de hidratação
Cimento Portland dos tipos CPI, CPII, CPIII, CPIV ou CPV-
ARI, que atenda à condição de baixa liberação de calor
durante a sua hidratação.
4 Condições gerais
4.1 Designação
Os cimentos Portland de baixo calor de hidratação de-
vem ser designados pelas sigla e classe originais de seu
tipo, acrescidas de “BC”. Por exemplo: CPI-S-32 BC,
CPIII-32 BC, CPIV-32 BC.
4.2 Composição
A composição dos cimentos Portland de baixo calor de
hidratação deve ser aquela prescrita para o seu tipo
original, indicada nas NBR 5732, NBR 5733, NBR 5735,
NBR 5736 ou NBR 11578, conforme o tipo de cimento
usado.
4.3 Embalagem, marcação e entrega
4.3.1 O cimento pode ser entregue em sacos, contêineres
ou a granel.
4.3.2 Quando o cimento for entregue em sacos, estes
devem ter impressos, de forma bem visível, em cada ex-
tremidade, a sigla e classe correspondentes, acrescidas
de “BC”, com 60 mm de altura no mínimo, e, no centro, a
denominação normalizada, o nome e a marca do fabri-
cante.
4.3.3 Os sacos devem conter 50 kg líquidos de cimento e
devem estar íntegros na ocasião da inspeção e do re-
cebimento.
4.3.4 No caso de entregas a granel ou por contêiner, a
documentação que deve acompanhar a entrega deve
conter a sigla e classe correspondentes, acrescidas de
“BC”, a denominação normalizada, o nome, a marca do
fabricante e a massa líquida do cimento entregue.
4.4 Armazenamento em sacos
Os sacos de cimento devem ser armazenados em locais
bem secos e bem protegidos, para preservação da qua-
lidade e de forma que permita fácil acesso à inspeção e
identificação de cada lote. As pilhas devem ser colocadas
sobre estrados secos e não devem conter mais de dez
sacos.
5 Condições específicas
5.1 Exigências químicas, físicas e mecânicas
5.1.1 Os cimentos Portland de baixo calor de hidratação
definidos em 3.1 devem atender às exigências químicas,
físicas e mecânicas indicadas nas NBR 573>, NBR 5733,
NBR 5735, NBR 5736 ou NBR 11578, conforme o tipo de
cimento usado.
5.1.2 Adicionalmente, para os fins específicos desta Nor-
ma, o cimento Portland de baixo calor de hidratação deve
atender às exigências indicadas na Tabela 1, de acordo
com os valores determinados segundo a NBR 12006.
Tabela 1 - Valores máximos de calor de hidratação para cimento Portland de baixo calor de
hidratação
Propriedade Unidade Valores máximos
três dias sete dias
Calor de hidratação (A)
Joules por grama (J.g-1
) 260 300
$
4. NBR13116/1994 3
6 Inspeção
6.1 Devem ser dadas ao consumidor todas as facilidades
para uma cuidadosa inspeção e amostragem do cimento
a ser entregue.
6.2 O cimento a ser ensaiado pelo consumidor deve ser
amostrado de acordo com a metodologia expressa na
NBR 5741, ressalvando-se o disposto em 6.3 a 6.5.
6.3 Considera-se um lote a quantidade máxima de 30 t,
referente ao cimento oriundo de um mesmo produtor,
entregue na mesma data e mantido nas mesmas condi-
ções de armazenamento.
6.4 Cada lote deve ser representado por uma amostra
composta de dois exemplares, com, aproximadamente,
25 kg cada um, pré-homogeneizados.
6.5 Cada um dos exemplares deve ser acondicionado em
recipiente hermético e impermeável, de material não-
reagente com o cimento, devidamente identificado, sen-
do um enviado ao laboratório para ensaios e outro man-
tido em local seco e protegido, como testemunho para
eventual comprovação de resultados.
6.6 Quando a amostra não for retirada da fábrica, deve
ser acompanhada de informações do fornecedor, data de
recebimento e condições de armazenamento.
6.7 O prazo decorrido entre a coleta e a chegada do
exemplar ao laboratório de ensaio deve ser de, no máxi-
mo, dez dias.
6.8 A contar da data de amostragem, os resultados do
ensaio de resistência à compressão devem estar dispo-
níveis ao solicitante dentro dos prazos descritos na Ta-
bela 2.
Tabela 2 - Prazo máximo para obtenção dos
resultados do ensaio de resistência
à compressão
Idades do ensaio Prazo máximo
três dias 13 dias
sete dias 17 dias
28 dias 38 dias
6.9 O prazo para entrega do resultado do ensaio de calor
de hidratação e dos demais resultados de ensaios de ca-
racterização do produto não deve ultrapassar o fixado em
6.8 para o ensaio de resistência à compressão aos 28 dias.
6.10 Os ensaios devem ser realizados de acordo com os
seguintes métodos:
a) perda ao fogo ...................................... NBR5743;
b) resíduo insolúvel .................NBR5744,NBR8347;
c) trióxido de enxofre .............................. NBR5745;
d) óxido de magnésio ............. NBR5742,NBR9203;
e) óxido de alumínio ............... NBR5742,NBR9203;
f) óxido de ferro ..................... NBR5742,NBR9203;
g) finura ................................................. NBR11579;
h) área específica .................................... NBR7224;
i) expansibilidade ................................. NBR11582;
j) tempo de pega .................................. NBR11581;
k) resistência à compressão ................... NBR7215;
l) anidrido carbônico ............................ NBR11583;
m) teor de escória de alto-forno ............... NBR5754;
n) águadapastadeconsistêncianormal..NBR11580;
o) atividade do material pozolânico ........ NBR5752;
p) determinação do calor de hidratação..NBR 12006.
7 Aceitação e rejeição
7.1 O lote deve ser automaticamente aceito sempre que os
resultados dos ensaios atenderem às exigências desta
Norma.
7.2 Quando os resultados não atenderem às condições
específicas constantes desta Norma, o impasse deve ser
resolvido por meio da utilização do exemplar reservado
para a repetição dos ensaios, que devem ser efetuados em
laboratório escolhido por consenso entre as partes.
7.3 Independentemente das exigências anteriores, não
devem ser aceitos os cimentos entregues em sacos ras-
gados, molhados ou avariados durante o transporte. Do
mesmo modo, não devem ser aceitos cimentos trans-
portados a granel ou em contêiner, quando houver sinais
evidentes de contaminação.
7.4 O cimento armazenado a granel ou em contêiner por
mais de seis meses, ou armazenado em sacos por mais de
três meses, deve ser reensaiado, podendo ser rejeitado
se não satisfizer a qualquer exigência desta Norma.
7.5 Sacos que apresentarem variação superior a 2% para
mais ou para menos, dos 50 kg líquidos, devem ser re-
jeitados. Se a massa média dos sacos, em qualquer lote
obtido pela pesagem de 30 unidades, tomadas ao acaso,
for menor que 50 kg, todo o lote deve ser rejeitado.
/ANEXO
6. NBR13116/1994 5
A conformidade do cimento produzido deve ser verificada
regularmente, através de amostras médias diárias, por en-
saios efetuados pelo fornecedor segundo o regulamento
específico do órgão certificador.
A-1 Classe de resistência
O critério de conformidade para os cimentos Portland CPI,
CPII, CPIII, CPIV e CPV-ARI, de baixo calor de hidratação,
para efeito da verificação da conformidade às classes de
resistência, deve atender ao critério de conformidade das
respectivas normas.
A-2 Calor de hidratação
A-2.1 Os cimentos Portland de baixo calor de hidratação
devem ser ensaiados, para efeito da verificação da
conformidade ao calor de hidratação, de acordo com a
NBR 12006.
A-2.2 O calor de hidratação deve ser objeto de um con-
trole estatístico, dentro da hipótese de uma distribui-
ção gaussiana, assegurando-se que o valor seja inferior
ou igual a 260 J.g-1
aos três dias e inferior ou igual a
300 J.g-1
aos sete dias, com 97% de probabilidade de es-
tes limites serem atendidos, isto é, a probabilidade de os
limites não serem atingidos é de 3%.
ANEXO - Critérios de conformidade