1. AS VIRTUDES DOS
SALVOS EM CRISTO
3º Trimestre de
2013
Lição 5
Pr. Moisés Sampaio de Paula
2. TEXTO ÁUREO
2Pr. Moisés Sampaio de Paula
"Porque Deus é o que opera em vós
tanto o querer como o efetuar,
segundo a sua boa vontade"
(Fp 2.13).
"Porque Deus é o que opera em vós
tanto o querer como o efetuar,
segundo a sua boa vontade"
(Fp 2.13).
3. VERDADE PRÁTICA
3Pr. Moisés Sampaio de Paula
A salvação é obra da graça de Deus,
garantida à humanidade mediante a
morte expiatória de Jesus.
A salvação é obra da graça de Deus,
garantida à humanidade mediante a
morte expiatória de Jesus.
4. OBJETIVOS
• Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• Conhecer a dinâmica da salvação.
• Analisar a operação da salvação.
• Saber que a salvação opera alegria e
contentamento no crente.
4Pr. Moisés Sampaio de Paula
5. Uma pergunta
• Você sabe como é a operação da
salvação?
• Você sabe como é a operação da
salvação?
Pr. Moisés Sampaio de Paula 5
7. I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (2.12,13)
1. O caráter dinâmico da salvação.
2. Deus é a fonte da vida.
3. A bondade divina.
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR (2.12-16)
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas".
2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros".
3. "Retendo a palavra da vida".
III. A SALVAÇÃO OPERA O CONTENTAMENTO E A ALEGRIA
(2.17,18)
1. O contentamento da salvação operada.
2. A alegria do povo de Deus.
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (2.12,13)
1. O caráter dinâmico da salvação.
2. Deus é a fonte da vida.
3. A bondade divina.
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR (2.12-16)
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas".
2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros".
3. "Retendo a palavra da vida".
III. A SALVAÇÃO OPERA O CONTENTAMENTO E A ALEGRIA
(2.17,18)
1. O contentamento da salvação operada.
2. A alegria do povo de Deus.
Esboço da Lição
7Pr. Moisés Sampaio de Paula
8. • Na lição de hoje, aprenderemos que
a obediência a Deus é uma virtude
que deve ser buscada por todos
aqueles que são salvos em Cristo. O
apóstolo Paulo não duvidava da
obediência dos irmãos filipenses,
contudo, ele reafirma aos crentes a
verdade de que a submissão ao
Evangelho de Cristo é uma das
principais virtudes dos salvos.
Assim, a intenção do apóstolo é
estimular os cristãos de Filipos a
continuar perseverando na
obediência ao Santo Evangelho. 8Pr. Moisés Sampaio de Paula
INTRODUÇÃO
9. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
1. Obra realizada e consumada na cruz. O brado de Cristo na cruz - "Está
consumado!"- representa o significado atemporal da salvação. Nele, somos salvos do
passado, guardados do presente, mas esperançosos no futuro. O pecado não tem mais
poder sobre a vida do discípulo de Cristo: "Portanto, agora, nenhuma condenação há para
os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1).
2. O progresso da operação da salvação. É bem verdade que não estamos plenamente
redimidos porque habitamos num corpo corrompido. Mas as palavras de Agostinho de
Hipona têm muito a nos dizer sobre como devemos lidar com essa tensão: "A
permanência da concupiscência em nós, é uma maneira de provarmos a Deus o nosso
amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento
radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor."
3. A plenitude da salvação. Vivemos a vida cristã numa tensão entre o "já' e o "ainda
não". Isto é, o reino de Deus está entre nós, mas não se manifestou plenamente. Temos a
esperança de uma transformação gloriosa que permeará toda a terra quando da vinda de
Jesus: "Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de
Deus" (Rm 8.19).
Pr. Moisés Sampaio de Paula 9
10. I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
(2.12,13)
10Pr. Moisés Sampaio de Paula
Por si só o crente não
pode ser salvo, pois é o
Espírito Santo quem
"opera" no homem o
desejo de salvação.
1. O caráter dinâmico da salvação.
2. Deus é a fonte da vida.
3. A bondade divina.
1. O caráter dinâmico da salvação.
2. Deus é a fonte da vida.
3. A bondade divina.
11. • Três aspectos da salvação operada
em nossa vida pelo Senhor Jesus.
1. A obra foi realizada e consumada
de forma suficiente na cruz do
Calvário. É a salvação da pena do
pecado. Não somos mais escravos,
e sim libertos em Cristo (Rm 8.1).
11Pr. Moisés Sampaio de Paula
1. O caráter dinâmico da salvação.1. O caráter dinâmico da salvação.
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
(2.12,13)
12. 2. Caráter progressivo da salvação
na vida do crente. Mesmo que o
nosso corpo ainda não tenha sido
transformado, resistimos ao
pecado e este não mais nos
domina (Rm 8.9; cf. 1 Jo 2.1,2).
12Pr. Moisés Sampaio de Paula
1. O caráter dinâmico da salvação.1. O caráter dinâmico da salvação.
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
(2.12,13)
Não obstante o fato de a salvação eterna
vir de Deus, Paulo diz que o Senhor nos
chama a zelar e a "desenvolvê-la" em
nosso cotidiano.
13. 3. Plenitude da salvação,
quando finalmente o nosso
corpo receberá uma
redenção gloriosa e não
mais teremos dor, angústia
ou lágrima, pois estaremos
para sempre com o Senhor
(1 Ts 4.14-17).
13Pr. Moisés Sampaio de Paula
1. O caráter dinâmico da salvação.1. O caráter dinâmico da salvação.
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
(2.12,13)
14. • Por si só o crente não pode ser
salvo (Fp 2.13), pois é o Espírito
Santo quem "opera" no homem a
salvação (Jo 16.8-11).
• Sem o Senhor, a humanidade
está cega, morta no pecado e
carente da iluminação do Espírito
para o arrependimento.
14Pr. Moisés Sampaio de Paula
2. Deus é a fonte da vida.2. Deus é a fonte da vida.
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
(2.12,13)
15. • Se na vida dos ímpios Satanás
opera instigando-os à prática das
obras más (2 Ts 2.9), é o Espírito
de Deus quem opera nos crentes
a vida eterna (Jo 16.7-12; cf. Rm
8.9,14).
• Dessa forma, o salvo torna-se um
instrumento de justiça num
mundo corrompido.
15Pr. Moisés Sampaio de Paula
2. Deus é a fonte da vida.2. Deus é a fonte da vida.
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
(2.12,13)
16. • A ideia que a salvação tem um caráter
seletivo não é bíblica.
• Todos têm o direito de recebê-la.
• O querer e o efetuar de Deus não
anulam esse direito, pelo contrário, a
operação do Eterno habilita qualquer
pessoa à salvação através da
iluminação do Evangelho (Jo 1.9),
tornando-se posteriormente útil ao
Corpo de Cristo (Ef 4.11-16; 1 Co 12.7). 16Pr. Moisés Sampaio de Paula
3. A bondade divina.3. A bondade divina.
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
(2.12,13)
18. II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM
TEMOR E TREMOR (2.12-16)
18Pr. Moisés Sampaio de Paula
De acordo com o ensino
do apóstolo Paulo,
quem guarda a Palavra
não murmura, não cria
contendas e vive em
sinceridade.
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros".
3. "Retendo a palavra da vida".
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros".
3. "Retendo a palavra da vida".
19. • No versículo 14, o apóstolo Paulo
destaca duas posturas nocivas à
predisposição dos filipenses:
a) Murmurações.
b) Contendas.
19Pr. Moisés Sampaio de Paula
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM
TEMOR E TREMOR (2.12-16)
20. a) Murmurações.
• O Antigo Testamento descreve a
murmuração dos judeus como uma
atitude de rebelião. Quando os israelitas
atravessaram o deserto, sob a liderança
de Moisés, passaram a reclamar da
pessoa do líder hebreu. Para eles, Moisés
jamais deveria ter estimulado a saída do
povo judeu do Egito (Nm 11.1; 14.1-4;
20.2-5).
20Pr. Moisés Sampaio de Paula
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM
TEMOR E TREMOR (2.12-16)
21. a) Murmurações.
• Esse ato constrangeu o homem mais
manso da face da terra, e os israelitas
receberam dele a alcunha de "geração
perversa e rebelde" (Dt 32.5,20).
• Mesmo não se aplicando aos filipenses,
o apóstolo Paulo os exortou a fazer
todas e quaisquer coisas sem
murmurações ou queixas, tal como
convém aos mansos.
21Pr. Moisés Sampaio de Paula
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM
TEMOR E TREMOR (2.12-16)
22. Pense Nisso!
• Provérbios 16:24 - As
palavras suaves são
favos de mel, doces para
a alma, e saúde para os
ossos.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 22
23. Murmuração
1. A murmuração torna a vida amarga
2. A murmuração impede o povo de
caminhar com o líder
3 – A Murmuração Causa divisão
4 – A Murmuração Acaba com a
amizade
5 – A Murmuração Paralisa o trabalho
da igreja
6. A murmuração rouba a promessa
Pr. Moisés Sampaio de Paula 23
24. PORQUE AS PESSOAS
MURMURAM?
1. Deixam de vigiar.
• O diabo criará situações para fazer você murmurar.
• O diabo coloca uma venda nos olhos da pessoa para ela não
ver o que é bom.
2. As pessoas murmuram porque perderam o amor.
3. As pessoas murmuram porque são oprimidas por demônios.
• O demônio da insatisfação.
• Pessoa eximia em criticar o culto e os pastores!
4. O murmurador não vai morar no céu. Lá vai a prostituta e o
ladrão salvo morar, mas não vimos na Bíblia nem um caso de
murmurador salvo.
5. Todo murmurador é mentirosoPr. Moisés Sampaio de Paula 24
25. Como deter a murmuração
1. Os murmuradores acabam quando não há que
os escute.
2. Quando nos damos conta que ao escuta-los nos
tornamos cúmplices.
3. Quando reconhecemos que a murmuração
beneficia unicamente ao diabo.
4. Quando se reconhece que a murmuração
interrompe a obra de Deus – salmo 133:1,3.5 –
5. Quando se aceita que ao murmurar do que tem
a imagem de Deus, se esta murmurando do
próprio Deus – Tiago 3:9.6 –
6. Quando reconhecemos que é pecado e gerado
no inferno( Tiago 3.6).Pr. Moisés Sampaio de Paula 25
26. b) Contendas.
• Em o Novo Testamento, a expressão grega
para contendas é dialogismos. Essa
expressão descreve as disputas e os
debates inúteis que geram dúvidas e
separações na igreja local. É o mesmo
que discussões, litígios e dissensões.
Infelizmente, muitos hoje as promovem
levando, inclusive, seus irmãos aos
tribunais (1 Co 6.1-8). Esta,
definitivamente, não é a vontade de Deus
para a sua Igreja. 26Pr. Moisés Sampaio de Paula
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas".
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM
TEMOR E TREMOR (2.12-16)
27. • O apóstolo apela aos filipenses
para que se achem
irrepreensíveis e sinceros.
• Ser irrepreensível - significa
conduzir-se de forma correta e
moralmente pura, não
necessitando de repreensão.
• É alguém que dominou a
carne, pois anda no Espírito (Gl
5.16,17). 27Pr. Moisés Sampaio de Paula
2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros".2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros".
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM
TEMOR E TREMOR (2.12-16)
28. • A sinceridade é outra virtude
que se opõe ao mal, ao dolo,
ao engano e à má fé.
• A pessoa sincera pauta-se pela
lealdade, a lisura e a boa fé.
• Nada menos que isso é o que o
Eterno espera do seu povo.
28Pr. Moisés Sampaio de Paula
2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros".2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros".
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM
TEMOR E TREMOR (2.12-16)
29. • Para o apóstolo, reter a Palavra de
Deus não é apenas assimilá-la, mas,
sobretudo praticá-la, pois o poder
da Palavra gera vida (Hb 4.12).
• Por isso, Paulo encoraja os
filipenses a guardarem a Palavra,
pois além de promover a vida no
presente, ela ainda nos garante
esperança e vida eterna para o
futuro próximo.
29Pr. Moisés Sampaio de Paula
3. "Retendo a palavra da vida".3. "Retendo a palavra da vida".
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM
TEMOR E TREMOR (2.12-16)
30. Pense Nisso!
• Provérbios 13:3 - O que
guarda a sua boca
conserva a sua alma,
mas o que abre muito
os seus lábios se destrói.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 30
32. Pense Nisso!
• Você sabia que a
salvação opera alegria
e contentamento no
crente?!
• Veja se isso está
ocorrendo na sua vida.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 32
33. III. A SALVAÇÃO OPERA O
CONTENTAMENTO E A ALEGRIA
(2.17,18)
33Pr. Moisés Sampaio de Paula
A salvação opera no
povo de Deus a alegria
e o contentamento.
1. O contentamento da salvação operada.
2. A alegria do povo de Deus.
1. O contentamento da salvação operada.
2. A alegria do povo de Deus.
34. III. A SALVAÇÃO OPERA O
CONTENTAMENTO E A ALEGRIA
(2.17,18)
• O apóstolo Paulo reporta-se ao
Antigo Testamento para mostrar
aos filipenses como, a fim de servi-
los, ele entregou sua vida:
"ainda que seja oferecido por libação
sobre o sacrifício e serviço da
vossa fé" (v.17).
34Pr. Moisés Sampaio de Paula
1. O contentamento da salvação operada.1. O contentamento da salvação operada.
35. III. A SALVAÇÃO OPERA O
CONTENTAMENTO E A ALEGRIA
(2.17,18)
• O apóstolo está ciente das privações
que impôs a si mesmo para edificar o
Corpo de Cristo em Filipos.
• Ele, porém, se regozija e alegra-se pelo
privilégio de servir aos filipenses. Em
outras palavras, a essa altura, o
sacrifício e os desgastes do apóstolo
são superados pela alegria de
contemplar, naquela comunidade, o
fruto da sua vocação dada por Cristo
Jesus: a salvação operada em sua vida
também operou na dos filipenses. 35Pr. Moisés Sampaio de Paula
1. O contentamento da salvação operada.1. O contentamento da salvação operada.
36. III. A SALVAÇÃO OPERA O
CONTENTAMENTO E A ALEGRIA
(2.17,18)
• O apóstolo estimula os filipenses a
celebrarem juntamente com ele
esta tão grande salvação (Hb 2.3).
O apelo de Paulo é contagiante:
"regozijai-vos e alegrai-vos comigo
por isto mesmo" (v.18).
36Pr. Moisés Sampaio de Paula
2. A alegria do povo de Deus.2. A alegria do povo de Deus.
37. III. A SALVAÇÃO OPERA O
CONTENTAMENTO E A ALEGRIA
(2.17,18)
• A alegria de Paulo é proveniente
do fato de que uma vez que Jesus
nos salvou mediante o seu
sacrifício no Calvário, agora o
Mestre nos chama para
testemunharmos a verdade desta
mesma salvação operada em nós
(v.13). Portanto, alegremo-nos e
regozijemo-nos nisto.
37Pr. Moisés Sampaio de Paula
2. A alegria do povo de Deus.2. A alegria do povo de Deus.
38. Pense Nisso!
• I Corintios 10:10- E não
murmureis, como
também alguns deles
murmuraram, e
pereceram pelo
destruidor.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 38
39. Conclusão
• O Evangelho nos convoca a
desenvolvermos a salvação recebida
por Deus através de Cristo Jesus.
Devemos ser santos, como santo é
o Senhor nosso Deus.
• Para isso, precisamos nos afastar de
todas as murmurações e contendas
e abrigarmo-nos no Senhor, vivendo
uma vida irrepreensível, sincera e
que retenha a palavra da vida (Fp
2.16). Somente assim a alegria do
Senhor inundará a nossa alma e
testemunharemos do seu poder
salvador para toda a humanidade.Pr. Moisés Sampaio de Paula 39
41. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Filosófico Cristão
"Que é virtude?
A Bíblia dá maior importância à virtude moral e ao caráter, do que às regras
de conduta. O homem justo e o puro de coração são eternamente bem-
aventurados. E o fruto do Espírito Santo descrito em Gálatas 5 são as virtudes
[...].
Que é virtude? Há pouco me referi aos motivos, intenções e disposições
subjacentes, o que têm em comum, visto que são estados interiores e não
comportamentos visíveis; e porque são estados afetivos e não puramente
cognitivos. Virtude é uma disposição interior para o bem, e disposição é uma
tendência a agir de acordo com certos padrões. A disposição é mais básica,
duradoura e penetrante do que o motivo ou intenção existente por trás de
uma certa ação. É diferente de um impulso momentâneo, por ser um hábito
mental estabelecido, um traço interior e muitas vezes reflexivo. As virtudes
são traços gerais do caráter que formulam sanções interiores sobre nossos
motivos, intenções e conduta exterior" (HOLMES, Arthur F. Ética: As decisões
Morais à Luz da Bíblia.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.138-39).Pr. Moisés Sampaio de Paula 41
42. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"O ALCANCE DA OBRA SALVÍFICA DE CRISTO
Há entre cristãos uma diferença significativa de opiniões quanto à extensão da obra salvífica de Cristo. Por quem
Ele morreu? Os evangélicos, de modo global, rejeitam a doutrina do universalismo absoluto (isto é, o amor divino
não permitirá que nenhum ser humano ou mesmo o diabo e os anjos caídos permaneçam eternamente
separados dEle). O universalismo postula que a obra salvífica de Cristo abrange todas as pessoas, sem exceção.
Além dos textos bíblicos que demonstram ser a natureza de Deus de amor e de misericórdia, o versículo chave do
universalismo é Atos 3.21, onde Pedro diz que Jesus deve permanecer no Céu 'até aos tempos da restauração de
tudo'. Alguns entendem que a expressão grega apokastaseõs pantõn ('restauração de todas as coisas') tem
significado absoluto, ao invés de simplesmente 'todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus
santos profetas'. Embora as Escrituras realmente se refiram a uma restauração futura (Rm 8.18-15; 1 Co 15.24-
26; 2 Pe 3.13), não podemos, à luz dos ensinos bíblicos sobre o destino eterno dos seres humanos e dos anjos,
usar esse versículo para apoiar o universalismo. Fazer assim seria uma violência exegética contra o que a Bíblia
tem a dizer deste assunto.
Entre os evangélicos, a diferença acha-se na escolha entre o particularismo, ou expiação limitada (Cristo morreu
somente pelas pessoas soberanamente eleitas por Deus), e o universalismo qualificado (Cristo morreu por todos,
mas sua obra salvífica é levada a efeito somente naqueles que se arrependem e creem). O fato de existir uma
nítida diferença de opinião entre crentes bíblicos igualmente devotos aconselha-nos a evitar a dogmatização
extrema que temos visto no passado e ainda hoje. Os dois pontos de vista, cada um pertencente a uma doutrina
específica da eleição, têm sua base na Bíblia e na lógica. Nem todos serão salvos. Os dois concordam que, direta
ou indiretamente, todas as pessoas receberão benefícios da obra salvífica de Cristo. O ponto de discórdia está na
intenção divina: tornar a salvação possível a todos ou somente para os eleitos?" (HORTON, Stanley (Ed.).
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.358-59).
Pr. Moisés Sampaio de Paula 42