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Grupos Sanguíneos
Grupo sanguíneo ABO

Karl Landsteiner (1900): O sangue pode ser classificado em tipos sanguíneos – A, B, e
O, segundo a presença ou não de tipos de glicoproteínas na superfície das hemácias.
Essas glicoproteínas funcionam como antígenos se introduzidas em indivíduos de
grupos diferentes e foram denominadas como aglutinogênios. As aglutininas são
substâncias presentes no plasma sanguíneo e que funcionam como anticorpos que
reagem com antígenos estranhos. Existem dois tipos de aglutininas: anti-A e anti-B.
Dessa forma, indivíduos de fenótipo A têm nas hemácias aglutinogênio A e no plasma
aglutinina anti-B. Os do grupo B têm nas hemácias aglutinogênio B e no plasma
aglutinina anti-A. Pessoas do fenótipo AB possuem dois aglutinogênios e nenhuma
das aglutininas. Finalmente, os indivíduos do grupo O não têm nenhum dos
aglutinogênios nas hemácias, porém, têm as duas aglutininas no plasma.

O contato entre um aglutinogênio e sua aglutinina correspondente provoca a
aglutinação do sangue. Assim, indivíduos com sangue Tipo A não podem doar sangue
para indivíduos do Tipo B, e vice-versa. Indivíduos do Tipo AB podem receber sangue
de qualquer grupo. Já os do Tipo O podem doar para qualquer grupo.




Os três genes alelos comuns para o lócus do grupo sanguíneo ABO são: o gene IA que
codifica o antígeno (aglutinogênio) A; o gene IB que codifica o antígeno (aglutinogênio)
B; e o gene i que não codifica nenhum antígeno.

Os genes IA e IB são co-dominantes e o i é recessivo.



Identificação: provas de aglutinação em lâminas com anti-soros (anti-B e anti-B)
contendo anticorpos de especificidade conhecida.

           –   Aglutinação com soro anti-A – grupo A

           –   Aglutinação com soro anti-B – grupo B

           –   Aglutinação com ambos os soros – grupo AB

           –   Sem aglutinação com ambos os soros – grupo O
Transfusão sanguínea

Pessoas com o sangue tipo A podem receber sangue de pessoas do tipo A e do tipo O,
pois o grupo O não possui aglutinogênios.

Pessoas com o sangue tipo B podem receber sangue de pessoas do tipo B e do tipo O,
pois o grupo O não possui aglutinogênios.

Pessoas do grupo AB podem receber sangue dos grupos A, B, AB e O, pois não
possuem aglutininas no plasma.

Pessoas do grupo O só podem receber sangue de pessoas do grupo O, pois possuem
aglutininas anti-A e anti-B.




Substância H

Precursora dos antígenos A e B.
Por exemplo, indivíduos com sangue tipo A produzem uma enzima que converte a
substância H em aglutinogênio A e indivíduos com sangue do tipo B produzem uma
enzima que convertem a substância H em aglutinogênio B.

È formada por uma cadeia de açúcares (N-acetilgalactosamina, D-galactose, N-
acetilgalactosamina e D-galactose) que se liga às hemácias.



Produção da substância H

Gene H (genótipo HH ou Hh) codifica uma enzima chamada alfa-1,2-fucosiltransferase
que catalisa uma reação a qual formará a substância H (liga molécula de L-fucose à D-
galactose terminal)

   •   Indivíduo do grupo A (genótipo IA IA ou IAi)


        gene H + gene A


       Produção de enzima que liga N-acetilgalactosamina à D-galactose terminal do
       antígeno H

   •   Indivíduo do grupo B (genótipo IB IB ou IBi)


       gene H + gene B


       Produção de enzima que liga D-galactose à D-galactose terminal do antígeno H

   •   Indivíduo do grupo AB (genótipo IA IB )

          gene H+ gene A + gene B



        Produção de enzima que liga N-acetilgalactosamina à D-galactose terminal do
       antígeno H e produção de enzima que liga D-galactose à D-galactose terminal do
       antígeno H
Efeito Bombaim

Indivíduos com genótipo hh não produzem a substância H, e como a
substância H não é produzida, não há produção dos antígenos A e/ou B.
Assim, a expressão dos alelos no lócus ABO depende do genótipo no lócus H.
Indivíduo do grupo O verdadeiro produz substância H.

Indivíduos “falsos O” não produzem a substância H e podem transmitir os
genes A e/ou B para seus descendentes, os quais poderão expressar-se na
presença de pelo menos um alelo H.




Secreção dos antígenos A, B e H em líquidos humanos

Antígenos A, B e H também podem ser produzidos em líquidos orgânicos
(saliva, leite materno, sêmen, urina, sucos gástricos) devido à presença de um
gene secretor (Se) com caráter autossômico dominante.

SeSe ou Sese são secretores; sese são não-secretores (suscetibilidade várias
doenças infecciosas).

80% dos caucasianos são secretores.



Frequência

A distribuição dos grupos sanguíneos na população humana não é uniforme. O
mais comum é 0+, enquanto que o mais raro é o AB-.

Além disso, há variações na distribuição nos diferentes grupos étnicos:

Nos aborígenes da Austrália, 68 % são 0 e 32 % são A
Nos esquimós, 86 % são 0
Nos asiáticos, a grande maioria da população é do grupo B.
Percentual de Ocorrência




Tipo Sanguíneo Rhesus (Landsteiner & Wiener, 1940)

Um terceiro sistema de grupos sanguíneos foi descoberto a partir dos experimentos
desenvolvidos por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero
Rhesus. Esses pesquisadores verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco
em cobaias, havia produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas.
Ao centrifugar o sangue das cobaias obteve-se o soro que continha anticorpos anti-Rh
e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As Conclusões daí obtidas
levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh
(Rhesus), que existia nesta espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto,
estimulavam a produção anticorpos, denominados anti-Rh.

Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou
que, ao misturar gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca
de 85% dos indivíduos apresentavam aglutinação e 15% não apresentavam. Definiu-
se, assim, “o grupo sanguíneo Rh+” (apresentavam o antígeno Rh), e “o grupo Rh-“ (
não apresentavam o antígeno Rh).

No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh. O anticorpo, no entanto, pode
ser formado se uma pessoa do grupo Rh-, recebe sangue de uma pessoa do grupo
Rh+.

A presença do antígeno Rh é determinada por genes no cromossomo 1p.
As proteínas que carregam os antígenos Rhesus são proteínas transmembrana, cuja
estrutura sugere que sejam canais de íons.

Os principais antígenos são: C, D, E, c, e. Codificados por dois loci adjacentes, os
genes RHD e RHCE. Os indivíduos que tem em suas hemácias um ou mais dos
antígenos C, D ou E, será considerado portador do antígeno Rh; este indivíduo é Rh
positivo (+).




Grupo sanguíneo MNSs (Landsteiner & Levine, 1927)

Definido por genes no cromossomo 4, com mais de 40 antígenos já detectados.

Os cinco mais importantes são: M, N, S, s, U, associados com reações de transfusão.

Pode ser dividido em dois grupos: antígenos MN e antígenos S, s, U.

Os dois grupos são muito próximos e herdados juntos (ligação gênica). Grande
importância como marcador genético

O Sistema Duffy

O sistema Duffy tem também um único locus com dois antígenos, Fya e Fyb e quatro
fenótipos: Fy(a+b+), Fy(a+b-), Fy(a-b+) e Fy(a-b-). O único fenótipo raro é Fy (a-b-),
que tem uma grande frequência em países onde há alta incidência de plasmodium
falciparium, malária. Esse fenótipo é responsável por uma queda na imunidade da
pessoa em relação à doença porque o parasita da malária requer antígenos Duffy para
entrar nas hemácias. Anticorpos Duffy são quase exclusivamente IgG. Esse sistema é
nomeado depois da família do produtor de anticorpos, Duffy.

O Sistema KIDD (JK)

Outro sistema de locus único, dois grupos de antígenos (Jka e Jkb). Existem quatro
fenótipos possíveis: Jk (a-b-); Jk (a+b-); Jk (a-b+); Jk (a+b+). Jk (a-b-) é um fenótipo
raro. Anticorpos do antígeno Kidd são quase exclusivamente IgG.

Incompatibilidade na transfusão ou na gravidez pode levar a formação de anticorpos
para todos esses grupos sanguíneos, se o receptor/mãe não possui o antígeno
relevante. É possível detectar todos os anticorpos das hemácias usando um painel de
detecção de anticorpos e outras diferentes técnicas. (Alguns anticorpos,
frequentemente a classe IgG, reagem melhor em temperatura ambiente ou um pouco
mais frio, e alguns a 37graus centígrados). Se um anticorpo é detectado em um soro,
as hemácias desse paciente são testadas pela presença de antígenos. Técnicas de
detecção de antígenos também variam com a natureza da interação anticorpo-
antígeno. A presença de um anticorpo particular exclui o paciente de carregar esse
antígeno.

Sistema Kell

Os antígenos do sistema Kell são expressos na glicoproteína transmembrana N-
glicosilada Kell, produto do gene KEL localizado no cromossomo 7. É uma enzima
conversora da endotelina, que cliva a endotelina-3 para produzir uma forma ativa que
e um potente vasoconstritor. Está associado ao sistema XK (cromossomo X) o qual
apresenta apenas um antígeno, o Kx. A gligoproteína que contém os antígenos Kell se
liga ao antígeno Kx por meio de pontes dissulfídricas.. Função pode estar relacionada
a transporte transmembrana. A glicoproteína Kell e expressa principalmente na
linhagem eritroide, testículos e menor expressão no cérebro, tecidos linfoides e tecido
muscular.

Os anticorpos anti-Kell são geralmente da classe IgG. Mais imunogênicos do que
ABO e Rh. Podem causar reações transfusionais e DHRN.

Grupo sanguíneo Lewis

Um grupo sanguíneo baseado em genes no cromossomo 19, ambos com atividade
fucosiltranferase.

Dois principais tipos: Lewis a e Lewis b.

Não são produzidos pelas hemácias, sendo componentes das secreções exócrinas
epiteliais, e normalmente adsorvidos na superfície das hemáceas.

Qualquer combinação dos tipos é possível, sendo Le a+, Le b- a mais comum.

A ligação entre o grupo Lewis e antígenos do ABO foi talvez o primeiro exemplo de
efeitos múltiplos de um gene humano.

A presença de fucosiltransferase converte o antígeno Lewis a em Lewis b.

Pessoas com antígenos Lewis a normalmente são não-secretoras de ABH, e a
presença de antígenos Lewis b faz com que sejam secretoras.

Lewis negativos (Le a-, Le b-) podem ser tanto secretores ou não-secretores.



Eritroblastose fetal

Incompatibilidade entre os grupos sanguíneos da mãe e do feto.

Pode ocorrer por meio de vários tipos sanguíneos: ABO, Rhesus, Kell, Kidd, Lewis,
Duffy, MN, P e outros).

Exemplo com Rhesus:

           –   Filho Rh+ com mãe Rh- estimulando produção de anti-Rh pela mãe
               uma vez que seus glóbulos vermelhos venham a escapar da circulação
               fetal.
           –   1º filho geralmente não sofre a ação dos anticorpos maternos
–   2º filho pode ser prejudicado – destruição das hemácias, anemia,
    liberação de hemácias imaturas no sangue, acúmulo de bilirrubina
    causando icterícia.
–   Monitoramento e tratamento
        • Dosagem periódica de anticorpos no soro materno durante a
            gestação
        • Transfusão de sangue Rh- à criança no útero ou logo após
            nascimento
        • Uso de anticorpos anti-Rh na mãe antes ou até três dias depois
            do parto – destruição das hemácias Rh+ do feto presentes na
            circulação materna, evitando produção de anticorpos pela mãe,
            e posterior memória imunológica.
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  • 2. Grupo sanguíneo ABO Karl Landsteiner (1900): O sangue pode ser classificado em tipos sanguíneos – A, B, e O, segundo a presença ou não de tipos de glicoproteínas na superfície das hemácias. Essas glicoproteínas funcionam como antígenos se introduzidas em indivíduos de grupos diferentes e foram denominadas como aglutinogênios. As aglutininas são substâncias presentes no plasma sanguíneo e que funcionam como anticorpos que reagem com antígenos estranhos. Existem dois tipos de aglutininas: anti-A e anti-B. Dessa forma, indivíduos de fenótipo A têm nas hemácias aglutinogênio A e no plasma aglutinina anti-B. Os do grupo B têm nas hemácias aglutinogênio B e no plasma aglutinina anti-A. Pessoas do fenótipo AB possuem dois aglutinogênios e nenhuma das aglutininas. Finalmente, os indivíduos do grupo O não têm nenhum dos aglutinogênios nas hemácias, porém, têm as duas aglutininas no plasma. O contato entre um aglutinogênio e sua aglutinina correspondente provoca a aglutinação do sangue. Assim, indivíduos com sangue Tipo A não podem doar sangue para indivíduos do Tipo B, e vice-versa. Indivíduos do Tipo AB podem receber sangue de qualquer grupo. Já os do Tipo O podem doar para qualquer grupo. Os três genes alelos comuns para o lócus do grupo sanguíneo ABO são: o gene IA que codifica o antígeno (aglutinogênio) A; o gene IB que codifica o antígeno (aglutinogênio) B; e o gene i que não codifica nenhum antígeno. Os genes IA e IB são co-dominantes e o i é recessivo. Identificação: provas de aglutinação em lâminas com anti-soros (anti-B e anti-B) contendo anticorpos de especificidade conhecida. – Aglutinação com soro anti-A – grupo A – Aglutinação com soro anti-B – grupo B – Aglutinação com ambos os soros – grupo AB – Sem aglutinação com ambos os soros – grupo O
  • 3. Transfusão sanguínea Pessoas com o sangue tipo A podem receber sangue de pessoas do tipo A e do tipo O, pois o grupo O não possui aglutinogênios. Pessoas com o sangue tipo B podem receber sangue de pessoas do tipo B e do tipo O, pois o grupo O não possui aglutinogênios. Pessoas do grupo AB podem receber sangue dos grupos A, B, AB e O, pois não possuem aglutininas no plasma. Pessoas do grupo O só podem receber sangue de pessoas do grupo O, pois possuem aglutininas anti-A e anti-B. Substância H Precursora dos antígenos A e B.
  • 4. Por exemplo, indivíduos com sangue tipo A produzem uma enzima que converte a substância H em aglutinogênio A e indivíduos com sangue do tipo B produzem uma enzima que convertem a substância H em aglutinogênio B. È formada por uma cadeia de açúcares (N-acetilgalactosamina, D-galactose, N- acetilgalactosamina e D-galactose) que se liga às hemácias. Produção da substância H Gene H (genótipo HH ou Hh) codifica uma enzima chamada alfa-1,2-fucosiltransferase que catalisa uma reação a qual formará a substância H (liga molécula de L-fucose à D- galactose terminal) • Indivíduo do grupo A (genótipo IA IA ou IAi) gene H + gene A Produção de enzima que liga N-acetilgalactosamina à D-galactose terminal do antígeno H • Indivíduo do grupo B (genótipo IB IB ou IBi) gene H + gene B Produção de enzima que liga D-galactose à D-galactose terminal do antígeno H • Indivíduo do grupo AB (genótipo IA IB ) gene H+ gene A + gene B Produção de enzima que liga N-acetilgalactosamina à D-galactose terminal do antígeno H e produção de enzima que liga D-galactose à D-galactose terminal do antígeno H
  • 5. Efeito Bombaim Indivíduos com genótipo hh não produzem a substância H, e como a substância H não é produzida, não há produção dos antígenos A e/ou B. Assim, a expressão dos alelos no lócus ABO depende do genótipo no lócus H.
  • 6. Indivíduo do grupo O verdadeiro produz substância H. Indivíduos “falsos O” não produzem a substância H e podem transmitir os genes A e/ou B para seus descendentes, os quais poderão expressar-se na presença de pelo menos um alelo H. Secreção dos antígenos A, B e H em líquidos humanos Antígenos A, B e H também podem ser produzidos em líquidos orgânicos (saliva, leite materno, sêmen, urina, sucos gástricos) devido à presença de um gene secretor (Se) com caráter autossômico dominante. SeSe ou Sese são secretores; sese são não-secretores (suscetibilidade várias doenças infecciosas). 80% dos caucasianos são secretores. Frequência A distribuição dos grupos sanguíneos na população humana não é uniforme. O mais comum é 0+, enquanto que o mais raro é o AB-. Além disso, há variações na distribuição nos diferentes grupos étnicos: Nos aborígenes da Austrália, 68 % são 0 e 32 % são A Nos esquimós, 86 % são 0 Nos asiáticos, a grande maioria da população é do grupo B.
  • 7. Percentual de Ocorrência Tipo Sanguíneo Rhesus (Landsteiner & Wiener, 1940) Um terceiro sistema de grupos sanguíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas. Ao centrifugar o sangue das cobaias obteve-se o soro que continha anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As Conclusões daí obtidas levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos, denominados anti-Rh. Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos apresentavam aglutinação e 15% não apresentavam. Definiu- se, assim, “o grupo sanguíneo Rh+” (apresentavam o antígeno Rh), e “o grupo Rh-“ ( não apresentavam o antígeno Rh). No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh. O anticorpo, no entanto, pode ser formado se uma pessoa do grupo Rh-, recebe sangue de uma pessoa do grupo Rh+. A presença do antígeno Rh é determinada por genes no cromossomo 1p.
  • 8. As proteínas que carregam os antígenos Rhesus são proteínas transmembrana, cuja estrutura sugere que sejam canais de íons. Os principais antígenos são: C, D, E, c, e. Codificados por dois loci adjacentes, os genes RHD e RHCE. Os indivíduos que tem em suas hemácias um ou mais dos antígenos C, D ou E, será considerado portador do antígeno Rh; este indivíduo é Rh positivo (+). Grupo sanguíneo MNSs (Landsteiner & Levine, 1927) Definido por genes no cromossomo 4, com mais de 40 antígenos já detectados. Os cinco mais importantes são: M, N, S, s, U, associados com reações de transfusão. Pode ser dividido em dois grupos: antígenos MN e antígenos S, s, U. Os dois grupos são muito próximos e herdados juntos (ligação gênica). Grande importância como marcador genético O Sistema Duffy O sistema Duffy tem também um único locus com dois antígenos, Fya e Fyb e quatro fenótipos: Fy(a+b+), Fy(a+b-), Fy(a-b+) e Fy(a-b-). O único fenótipo raro é Fy (a-b-), que tem uma grande frequência em países onde há alta incidência de plasmodium falciparium, malária. Esse fenótipo é responsável por uma queda na imunidade da pessoa em relação à doença porque o parasita da malária requer antígenos Duffy para entrar nas hemácias. Anticorpos Duffy são quase exclusivamente IgG. Esse sistema é nomeado depois da família do produtor de anticorpos, Duffy. O Sistema KIDD (JK) Outro sistema de locus único, dois grupos de antígenos (Jka e Jkb). Existem quatro fenótipos possíveis: Jk (a-b-); Jk (a+b-); Jk (a-b+); Jk (a+b+). Jk (a-b-) é um fenótipo raro. Anticorpos do antígeno Kidd são quase exclusivamente IgG. Incompatibilidade na transfusão ou na gravidez pode levar a formação de anticorpos para todos esses grupos sanguíneos, se o receptor/mãe não possui o antígeno relevante. É possível detectar todos os anticorpos das hemácias usando um painel de detecção de anticorpos e outras diferentes técnicas. (Alguns anticorpos, frequentemente a classe IgG, reagem melhor em temperatura ambiente ou um pouco mais frio, e alguns a 37graus centígrados). Se um anticorpo é detectado em um soro, as hemácias desse paciente são testadas pela presença de antígenos. Técnicas de detecção de antígenos também variam com a natureza da interação anticorpo-
  • 9. antígeno. A presença de um anticorpo particular exclui o paciente de carregar esse antígeno. Sistema Kell Os antígenos do sistema Kell são expressos na glicoproteína transmembrana N- glicosilada Kell, produto do gene KEL localizado no cromossomo 7. É uma enzima conversora da endotelina, que cliva a endotelina-3 para produzir uma forma ativa que e um potente vasoconstritor. Está associado ao sistema XK (cromossomo X) o qual apresenta apenas um antígeno, o Kx. A gligoproteína que contém os antígenos Kell se liga ao antígeno Kx por meio de pontes dissulfídricas.. Função pode estar relacionada a transporte transmembrana. A glicoproteína Kell e expressa principalmente na linhagem eritroide, testículos e menor expressão no cérebro, tecidos linfoides e tecido muscular. Os anticorpos anti-Kell são geralmente da classe IgG. Mais imunogênicos do que ABO e Rh. Podem causar reações transfusionais e DHRN. Grupo sanguíneo Lewis Um grupo sanguíneo baseado em genes no cromossomo 19, ambos com atividade fucosiltranferase. Dois principais tipos: Lewis a e Lewis b. Não são produzidos pelas hemácias, sendo componentes das secreções exócrinas epiteliais, e normalmente adsorvidos na superfície das hemáceas. Qualquer combinação dos tipos é possível, sendo Le a+, Le b- a mais comum. A ligação entre o grupo Lewis e antígenos do ABO foi talvez o primeiro exemplo de efeitos múltiplos de um gene humano. A presença de fucosiltransferase converte o antígeno Lewis a em Lewis b. Pessoas com antígenos Lewis a normalmente são não-secretoras de ABH, e a presença de antígenos Lewis b faz com que sejam secretoras. Lewis negativos (Le a-, Le b-) podem ser tanto secretores ou não-secretores. Eritroblastose fetal Incompatibilidade entre os grupos sanguíneos da mãe e do feto. Pode ocorrer por meio de vários tipos sanguíneos: ABO, Rhesus, Kell, Kidd, Lewis, Duffy, MN, P e outros). Exemplo com Rhesus: – Filho Rh+ com mãe Rh- estimulando produção de anti-Rh pela mãe uma vez que seus glóbulos vermelhos venham a escapar da circulação fetal. – 1º filho geralmente não sofre a ação dos anticorpos maternos
  • 10. 2º filho pode ser prejudicado – destruição das hemácias, anemia, liberação de hemácias imaturas no sangue, acúmulo de bilirrubina causando icterícia. – Monitoramento e tratamento • Dosagem periódica de anticorpos no soro materno durante a gestação • Transfusão de sangue Rh- à criança no útero ou logo após nascimento • Uso de anticorpos anti-Rh na mãe antes ou até três dias depois do parto – destruição das hemácias Rh+ do feto presentes na circulação materna, evitando produção de anticorpos pela mãe, e posterior memória imunológica.