SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1344
Baixar para ler offline
LETRISTAS EM CENA
Coletânea de Letras Musicais
Poetas brasileiros
Autores
Tirollo Branca et al
2ª Edição
Piracicaba/SP
Sotaques/Editora
18/03/2014
Coletânea de Letras Musicais
2
Letristas em Cena
3
PROJETO: LETRISTAS EM CENA 2ª EDIÇÃO
Copyright ©2014
Projetista: Branca Tirollo
Obra – Letristas em Cena
Coletânea de Letras musicais
2ª Edição
ISBN: 978-85-67263-03-8
Fotografia: Colaboração
Editor: Branca Tirollo
Sotaques/Editora
www.sotaques.com.br
Contato: falex@sotaques.com.br
Piracicaba/SP/Brasil
Todos os direitos reservados aos autores:
Ananias Domiciano Gomes, Ayrton Mugnaini Jr., A.
Singulares, Beto Clep, Branca Tirollo, Carlos Alberto
Collier Filho, Chico Pires, Dhiogo José Caetano, Etel Frota,
Gilbertto Costta, Iso Fischer, I. Malforea, Julio César
Nascimento, Kátya Chamma, Luiz Antônio Bergonso, Luiz
Menestrel, Marcelo Salvo, Marcelo Secco, Marcos Antonio
Passarelli, Neila Bittencourt Pereira, Nertan Silva-Maia,
Priscila Pettine, Renata Machado Gomide, Renato Brito,
Rolan Crespo, Rosangela Calza, Rosi Lopes, Samuel Neri,
Sonekka, Suzete Oliveira Camargo Dutra, Tato Fischer,
Telma Sanchez, Thiago Augusto Arlindo Tomaz da Silva
Crepaldi, Valéria Pisauro, Valdemir A. F. Barros,
Vuldembergue Farias, Wander Porto, Xavier Peteó, Zezinho
Nascimento, Zizen.
Coletânea de Letras Musicais
4
Letristas em Cena
5
APRESENTAÇÃO
QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER...
Os versos de Geraldo Vandré da canção “Pra não
dizer que não falei das flores” retratam muito bem a tarefa a
que Branca Tirollo se propôs, já no ano passado,
continuando agora a saga: editar um livro que contenha o
maior número de letras de música do Planeta Terra, coisa
para o GuinessBook.
Ano passado saiu a primeira edição virtual, em
impressão real a todos os interessados, e agora, em 2014, ela
se propõe a reeditar aquele, com novas letras de música
acopladas. Participante do Clube Caiubi de Compositores,
conclamou seus associados a participarem do feito, sendo
atendida por vários, e alguns deles se achegam para esta
segunda edição.
Quando se vê o trabalho pronto, parece que a tarefa
engendrada foi muito fácil; quem tem cabelos, sabe quanto
cai; quem tinha, também. Parabéns, Branca Tirollo!
Continue nessa pegada, hora dessas estaremos no Guiness
Book.
Quero ainda mais fortalecer seu empreendimento,
usando da máxima que aprendi como sendo de Regina Brett,
jornalista americana, com a qual compus uma canção, SER
FELIZ, por entender que tais palavras não serviriam apenas
para mim:
O QUE PENSAM DE VOCÊ NÃO É DA SUA CONTA!
Tato Fischer
São Paulo, 23 de janeiro de 2014.
Coletânea de Letras Musicais
6
Letristas em Cena
7
AGRADECIMENTOS
Ainda que saibamos o que as mazelas do orgulho
podem causar em nós, não hão de obscurecer jamais a
gratidão que reside em nossa alma, mesmo que muitos
orgulhosos creiam merecer todos os elogios maniqueístas só
para si.
Eis aqui o resultado de uma coletividade de
somadores de ideias; idealistas irrecuperáveis que debruçam
agradecimentos aos deuses de todas as inspirações, às musas
de todos os poetas e a todos os seres materializados que,
servindo de instrumento mágico e divino, tornam tudo
possível.
Somos gratos por mantermos nossa sanidade em meio
à loucura que é viver sonhando. Os Caiubistas vivem
sonhando, cantando e contando sonhos.
Aos nossos familiares queridos que sempre nos
incentivaram e apoiaram ainda que em noites boêmias vão
os nossos singelos agradecimentos.
Agradecemos humildemente a Branca Tirollo por todo
o esforço, dedicação e empenho que debruçou para tornar
esse projeto possível. Projeto este que, de início sendo de
um, tornou-se de todos como réplica de milagre divino que
multiplica todas as unidades e cria a propagação.
Somos gratos ao Pai Universal por permitir a nós todas
as possibilidades de realizações. Sem a liberdade de agir, de
Coletânea de Letras Musicais
8
se rebelar e manifestar que nos fora concedida, a arte não
seria possível, então somos gratos.
Por fim, não esgotamos aqui todas as possibilidades e
muitos outros textos serão criados, frutos de mentes
pensantes e de corações pulsantes. Portanto, agradecemos
aos nossos parceiros e leitores por permanecer acreditando
no trabalho de todos os Letristas que estão em cena e
daqueles que ainda estarão.
Priscila Pettine
Letristas em Cena
9
ÍNDICE
Autores
Ananias Domiciano Gomes
Ayrton Mugnaini Jr.
A. Singulares
Beto Clep
Branca Tirollo
Carlos Alberto Collier Filho
Chico Pires
Dhiogo José Caetano
Etel Frota
Gilbertto Costta
Iso Fischer
I. Malforea
Julio César Nascimento
Kátya Chamma
Luiz Antônio Bergonso
Luiz Menestrel
Marcelo Salvo
Marcelo Secco
Marcos Antonio Passarelli
Neila Bittencourt Pereira
Nertan Silva-Maia
Priscila Pettine
Renata Machado Gomide
Renato Brito
Rolan Crespo
Rosangela Calza
Rosi Lopes
Samuel Neri
Sonekka
Suzete Oliveira Camargo Dutra
Coletânea de Letras Musicais
10
Tato Fischer
Telma Sanchez
Thiago Augusto S. Crepaldi
Valdemir A. F. Barros
Valéria Pisauro
Vuldembergue Farias
Wander Porto
Xavier Peteó
Zezinho Nascimento
Zizen
***************************
Epílogo
Índice geral
Letristas em Cena
11
ANANIAS DOMICIANO GOMES
Banho de sol 0013
Cadê meu pandeiro 0014
Campeonato de preservação 0016
Coruja 0017
Demorou 0018
Funk dos manos 0019
Lele, lelo, lele, lela. 0021
Coletânea de Letras Musicais
12
Letristas em Cena
13
BANHO DE SOL
Hoje e sexta feira
O fim de semana esta inteiro
Planejei tudo certo
Para não dar o inverso
Vou gastar meu dinheiro
Vou pular na areia
Vou jogar futebol
Deixei tudo combinado
Para que nada de errado
Vou tomar banho de sol
Vou pegar um voo
Voar de avião
Voar o Brasil
Onde todos me viram
Vou até o Japão
Sou brasileiro
Di coração
Esse é o meu perfil
Sou mais Brasil
Pais dos campeões
Coletânea de Letras Musicais
14
CADÊ MEU PANDEIRO
Cadê meu pandeiro cadê, cadê
Estou querendo achar
Estou querendo achar
Hoje é fim de semana
Fim de semana
Estou querendo sambar
Vou chamar meus amigos
Meus amigos, todo o cidadão
Todo cidadão vai lá
Convocar o mundo inteiro
Pra festa da união
Trabalhei a semana Inteira
Semana inteira
Quase que não deu pra procurar
Eu senti uma dor no peito
Quero achar meu pandeiro
Pra fazer uma festa no jeito
Cadê meu pandeiro cadê, cadê
Estou querendo achar
Estou querendo achar
Hoje e fim de semana
Fim de semana
Estou querendo sambar
Esta tudo bem certinho
Bem certinho
Pra festa começar
Pra começar
Letristas em Cena
15
E no meio da bagunça
Perdi meu pandeiro
E não consigo achar
Cadê meu pandeiro cadê ,cadê
Não consigo achar
Não consigo achar
Hoje é fim de semana
Fim de semana
Estou querendo sambar
Coletânea de Letras Musicais
16
CAMPEONATO DE PRESERVAÇÃO
Levantei pensando
Que poderemos mudar
Para no futuro
Não passarmos sede.
Cultivando nossas matas
Limpando nossas nascentes
Preservando nosso verde
Nossa vida será mais bela
Com o espelho da natureza
Se trabalharmos todos juntos
Venceremos com certeza
Vamos convocar o mundo
Nação por nação
Para um grande campeonato
De preservação
Onde o premio e o verde
E quem preserva é campeão
Letristas em Cena
17
CORUJA
Gavião que cume
A coruja que esta
No toco
A bicha e feia que dói
Mexe e corrói
Vai pro toco
Cantou a noite inteira
E o gavião só de olho
O bicho vai pega
É asa que vai voar
Mostrar quem somos
Gavião acostumou
Voltar lá no toco
Coruja malvada
Esta desconfiada
Não quer mais sair do toco
Gavião montou campana
Armou sua barraca
Quando ela sair
O bicho vai subir
Quebrar a estaca
Coletânea de Letras Musicais
18
DEMOROU
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Inventaram um fuxico
Que eu tava traindo ela
Que eu ia pro cabaré
Invés de ir pra capela
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Inventaram um fuxico, que
Eu não gostava de trabalhar
Que o meu negocio
Era só beber e cantar
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Inventaram um fuxico
Que eu era meio bandido
Só vivia atrás de mulher
Largada do marido
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Letristas em Cena
19
FUNK DOS MANOS
Ola mulheres malucas que
Andou no meu carrão
Escutando funk ostentação
Com as rodas prateadas
Bancos de couros
E o meu tesouro
Nunca me deixa na mão
Dando volta na cidade
Em media velocidade
Medalhão amarelo no peito
Esse é meu jeito
Fazendo minha vontade
Cansei de andar de buzão
Enfrentando lotação
Então pensei
E pensando planejei
Entrei para funk ostentação
Hoje estou por cima
Só curtindo as meninas
Fazendo o que eu quero
Sem nem um mistério
Curtindo minha vida
Vou dar um conselho
Para os manos
Que só anda nos panos
Agora estou na área
Vou bater
Coletânea de Letras Musicais
20
E não falha
Mudei mudei minha aparência
Letristas em Cena
21
LELE, LELO, LELE, LELA.
Vamos brincar de esconde, esconde.
Só eu e você.
Sem ninguém, pra nos achar.
Onde só você mim acha
Eu acho você, só naquele escurinho.
Onde ninguém pode ver
Esse esconde, esconde.
Está dando o que fala
O povo já descobriu
Que e só eu e você
Que se encontra para brincar
Lele, lelo, lele, lela.
Vamos brincar de esconde, esconde.
Só eu e você sem ninguém, pra nos achar.
Esse esconde, esconde.
Está ficando complicado
Minha mãe quer ti conhecer
Seu pai quer me achar
Vamos dar um tempo
Se não o bicho vai pegar
lele, leo, lele, lea.
Vamos brincar de esconde, esconde.
Só eu e você sem ninguém, pra nos achar.
Coletânea de Letras Musicais
22
Letristas em Cena
23
AYRTON MUGNAINI JR.
A primeira última vez
Baianinha japonesa
Eu acabei de reler a sua carta
O homem da minha vida
Um tiro no escuro
Valsa para um sol medroso
0025
0026
0027
0028
0030
0032
Coletânea de Letras Musicais
24
Letristas em Cena
25
A PRIMEIRA ÚLTIMA VEZ
Minha memória é como eu
Deveria ser mais seletiva
Cada momento que a gente viveu
Pra mim é uma lembrança sempre viva
Ainda lembro muito bem
De tudo que a gente fez
De cada primeira e de cada última vez
Nosso primeiro beijo ao sol
Primeira noite de luar
Primeiro filme, depois primeiro jantar
Primeira festa, último show
A primeira flor que eu te dei
Primeira chuva, último livro que eu ganhei
Nossa primeira discussão
Primeira vez que eu disse não
Primeira vez que eu levei um bofetão
Lembro muito bem de cada instante
Até mesmo dos que eu não quero lembrar
Eu só aprendi
Após sofrer bastante
Que todo mundo gosta bastante de ti
Mas só mesmo tu pra te aguentar
Tem uma última coisa, meu amor
Que eu queria te dizer
Sem medo de ser brega ou me contradizer
Hoje eu queria te encontrar
Pra festejarmos com prazer
O meu primeiro ano longe de você
Coletânea de Letras Musicais
26
BAIANINHA JAPONESA
Baianinha japonesa
Minha linda, meu amor
Não vou ver maior beleza
Nem em Tóquio ou Salvador
Morou na Bahia
E ela é sansei
Vem pra minha cidade
É bom demais, meu rei
Que koibito
Baianinha japonesa
Meu tesouro, minha joia
Não vou ver maior beleza
Nem em Juazeiro ou Nagoya
Ela tem um charme
No olhar puxado
Que ajuda a me puxar
Pra ficar ao seu lado
E eu sempre vou
Não tem canto de alma
Que ela não atinja
Ama como gueixa
E trabalha como ninja
Que shigoto
Baianinha japonesa
Quanto love, sono crazy
Não vou ver maior beleza
Nem na Liberdade ou no Largo 13
Letristas em Cena
27
EU ACABEI DE RELER A SUA CARTA
Eu acabei de reler a sua carta
Você me diz que me amar é coisa boa
Eu reli letra por letra, até a data
Já faz três anos, mas como o tempo voa
De lá pra cá a gente foi brigar
Uma bobagem tão pequena que cresceu
Mas sei que se eu te perdoar
Nessa hora quem não me perdoa sou eu
A carta inclui uma foto, tu e o Nando
Sorrindo e se abraçando
Nem dá pra imaginar
Que se a máquina pegasse pensamento
Não só o filme, no momento
Até ela ia queimar
A resolução que a câmera não vê
É a pior que eu já vi
Não chega a 10 dpi
Releio a carta e penso em você
Vocês dois sempre brigaram
Quem sabe até se mataram
Ou pior, até se casaram
Coletânea de Letras Musicais
28
O HOMEM DA MINHA VIDA
Como é bom ser livre pra voar
E conhecer o amor e seus mistérios
Mas você não tinha que casar
Teu único jeito agora é o adultério
Não fui assistir seu casamento
Porque o centro da atenção ia mudar
Não quis estragar esse momento
Não fui pra ninguém me ver chorar
Hoje no meu título de eleitor
Está escrito que eu sou solteiro
Mas isso é mentira, meu amor
Só penso em você o tempo inteiro
A paixão e o desejo me consomem
Você também se sente consumida
Mulher de amigo meu pra mim é homem
Por isso você é o homem da minha vida
Você mudou seu título de eleitora
Ganhou o sobrenome do marido
Porém está me confessando agora
Que tem um segredo escondido
Foi tudo um fracasso, na verdade,
Porque você com ele não se encaixam
Ele exige alta fidelidade
Porém a impedância dele é baixa
Por isso eu fiquei maravilhado
Quando você nessa vida deu um basta
E hoje segue o velho ditado
Letristas em Cena
29
“Burro amarrado também pasta”
A paixão e o desejo me consomem
Você também se sente consumida
Mulher de amigo meu pra mim é homem
Por isso você é o homem da minha vida
Coletânea de Letras Musicais
30
UM TIRO NO ESCURO
(NO AR MAIS UM CAMPEÃO DE
VIOLÊNCIA)
Você está tão diferente
Você mudou tão de repente
Ficou nervosa e totalmente irada
É sorte minha que você não anda armada
O teu olhar duro me inibe
Parece a Lilian Witte Fibe
Já sei o que está acontecendo
São esses filmes que você anda vendo
Eles fazem muito mais mal
Que o Pernalonga e o Pica-Pau
E me dão até cefaleia
Tanta violência afligiu-me
Se você diz que é só um filme
Você pensa que é só plateia
Filme com tanta paulada e tiro
Me deixa aflito
Parece o ar que eu respiro
Sujo e gratuito
O mundo hoje só tem vício
Se puser cerca vira hospício
Se cobrir vira circo e não do bom
Se tirar foto vira anúncio da Benetton
Baixaria e violência
Dão cada vez mais audiência
Não tem problema se tanta gente morrer
Letristas em Cena
31
Porque sempre sobra mais alguém pra ver
Eu também estou mudado
E pra ninguém ficar chocado
Eu me previno bastante
Hoje só visto roupa rubra
Pois caso eu morra e alguém descubra
O sangue fica menos chocante
Filme com tanta paulada e tiro
Me deixa aflito
Parece o ar que eu respiro
Sujo e gratuito
Coletânea de Letras Musicais
32
VALSA PARA UM SOL MEDROSO
Hoje
O sol tá fraco
Brilhando opaco
Quase mal se vê
A causa
Sei desde cedo
Ele tem medo
De encontrar você
Que hoje
Tá irritada
Grita por nada
Um bicho te mordeu
Tá chata
E rabugenta
Quem é que aguenta?
Ah, eu sei... só eu
Te amo
Também agora
Não só nas horas
Em que estás feliz
E o choro
Nunca foi gafe
Pois desabafe
Até ficar feliz
Grite
Se descabele
Cubra minha pele
Até me soterrar
Mesmo
Letristas em Cena
33
Soterrado e exangue
Um beijo grande
Inda vou te mandar
Sabemos
Que amanhã cedo
Teu jeito azedo
Já terá passado
Não só
Tua beleza,
Tua fortaleza
Me deixa abismado
Se o Sol
Estiver chocho
Direi “seu frouxo,
Tá pensando o quê?
Esta
Mulher-maravilha
Todo dia brilha
Mais do que você!”
Coletânea de Letras Musicais
34
Letristas em Cena
35
A. SINGULARES
Do teu beijo
Escala
Sobre o dia e a noite
A volta que não acontece
0037
0038
0039
0040
Coletânea de Letras Musicais
36
Letristas em Cena
37
DO TEU BEIJO
Quero tua boca
Tão minha, tão nua
A minha, tua
O instante do beijo encostado
Beijo não calado, pintado, talhado
Beijo gravado
Aquele que fica na boca, segue a gente em cada
passo beijo de artista, beijo de palhaço
Beijo sem pecado, beijo na boa
Roubado ou doado
espero um beijo nunca acabado
Como o vento, que - só de fazer um movimento -
logo está ao seu lado
Lábios que acolhem os meus
Quero beijo sem adeus, nem até breve
Beijo que sorri em mim
faz o meu também sorrir (e beijar mais), sem fazer
greve
Quero teu beijo, sou sapo
desfaz o meu estado e me faz nobre
Quero teu beijo, sou fraco
Depois me dá um abraço e me traz sorte
Me dê outro beijo e quantos mais quiser
Grudado, lambido, molhado - aceito o beijo que
vier
Selo do momento estado, perpetuado
Beijo que salivo, me beije o quanto puder
Coletânea de Letras Musicais
38
ESCALA
Dança em mim, chacoalha
Me batalha em sorte e suor
Desperte, nessa toada
o que me colore melhor
Deita no meu azul
vamos sumir em violetas
A sua paz esquenta
Nessa paleta perfeita
Assim como faz o vento
quando te beija e não pede licença
farei o mesmo contigo
noite adentro, cores intensas
Dilui minha tinta no seu gosto
Me desenhe em seu papel
Azul embaixo, sou seu mar
Em cima, um rascunho do céu
Me escala em tua escala
Pinta meus móveis, minha casa
pinta meu corpo, meus sonhos
Deixa seu quadro risonho
decorando minha parede
esquentando nossa amizade
Seu vermelho me acende
nele tem a sua imagem.
Letristas em Cena
39
SOBRE O DIA E A NOITE
O dia
se você não sabe
é a noite
vestida de claro
Quando se cansa
tira sua bata
cerúleo
para esconder-se
no escuro
E veste uma camisola
de estrelas
para ser noite
inteira
Coletânea de Letras Musicais
40
A VOLTA QUE NÃO ACONTECE
Piano que toca
na noite que encosta
Esperando alguém que partiu
Saudade que encosta,
a lágrima toca
Escorrendo no rosto como um rio
A Lua enquadrada, sozinha, amarela
Estampada na janela aberta
Espelho - me vejo e fecho a cortina
Escureço sozinho em sentinela
Espero de olhos vermelhos, fechados,
a volta que não acontece
É como andar na chuva molhado
perdido, onde não se conhece
É ser assaltado, agredido
Não ter sábado ou domingo
É como não ter feriado, descanso
Sem sua voz me chamando no ouvido
É como não ver as flores de Maio, de Junho e de
pano
É noite sem lua, a vida, um engano
É praia sem mar, surfista sem onda,
é ovelha sem rebanho
É ter o copo vazio,
não se sufocar em goles de vinho
Letristas em Cena
41
Quintal sem criança, é vaso sem planta
é céu sem o azul, é palco sem dança
É sapo sem lago, Sapato molhado,
é fita amarrada sem laço
É quadro sem cor, dinheiro sem valor
É sentir frio e não ter cobertor
É dedo sem aliança
É gol sem torcida vibrando
É show de Rock sem banda
pandeiro, sem samba, tocando
É letra sem música, só ímpar, sem par
Palavra jogada sem poesia
É quadro sem tinta, é desabafar
os versos com a parede fria
É desaprender a andar
De asas quebradas, não posso voar
Lembranças dos beijos roubados
Estalam na boca, mas não mais molhados
É estar parado, apagado
Viver sem sonho, no mundo jogado,
ao meio-fio estirado
Cachorro sem dono, maltratado
Piano que toca, saudade que encosta
Na noite que encosta, a lágrima toca
Esperando alguém que partiu
Coletânea de Letras Musicais
42
Letristas em Cena
43
BETO CLEP
Bem melhor do que sonhei
Com você
Dias de frio
Folhas e flores
O final vai ser feliz
Por que não? (tentar ser feliz)
Sem você
Seus maiores segredos
Tudo acabou
Tudo que sei
Vivemos?
Vou acreditar
0045
0047
0049
0051
0053
0054
0056
0058
0059
0060
0062
0064
Coletânea de Letras Musicais
44
Letristas em Cena
45
BEM MELHOR DO QUE SONHEI
Para Rose Farias
Eu tive tenta sorte
Em te conhecer
Pra dar sentido em minha vida
Razão do meu viver
Agora estou tão feliz
Você chegou, eu sei
Pra preencher o vazio
Que só crescia no meu coração
Você é tão especial
Diferente eu sei
Algo tão bom pra mim
Bem melhor do que sonhei
Em poucas palavras
Eu tento dizer
O quanto te amo
O quanto eu gosto de você
Eu tenho tanto medo
De um dia te perder
Se isso acontecesse
Não saberia o que fazer
Pois a minha vida
Só é completa com você
E pra sempre do seu lado
Eu quero viver.
Coletânea de Letras Musicais
46
Eu te amo tanto
Não sei nem como explicar
Então eu fiz essa canção
Pra me declarar
Em poucas palavras
Eu tento dizer
O quanto te amo
O quanto amo você
Letristas em Cena
47
COM VOCÊ
A tristeza que eu sentia antes
Hoje eu não sinto, não
Você trouxe de volta
A paz no meu coração
Não me diga que tudo é mentira
Me diga que tenho razão
Você faz tão bem pra mim
Quero estar sempre assim
Eu tenho muito que viver,
Eu tenho tanto que aprender.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com você.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com você.
Com você, com você, com você
Com você, com você, com você.
Eu lembro bem, você me disse
A vida tem muitos segredos
Eu não queria fingir,
Então aprendi a sorrir,
Só pra te agradar.
Você faz tão bem pra mim
Quero estar sempre assim
Coletânea de Letras Musicais
48
Eu tenho muito que viver,
Eu tenho tanto que aprender.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com você.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com você.
Com você, com você, com você
Com você, com você, com você.
Letristas em Cena
49
DIAS DE FRIO
A chuva que corroem
A ferida que não dói
O tempo que destrói
O resto de sonhos
A vergonha do espelho
A imagem que me inibi
Um barulho na esquina
O medo eu sei que existe
Dias de frio
Noites de inverno
Só o silêncio
Ninguém por perto
Dias de frio
Noites de inverno
Só o silêncio
Ninguém por perto
O medo é permanente
Os dias não têm fim
A segurança inexistente
Minha vida é assim
A solidão me incomoda
E o sol quem me acorda
Tudo que um dia foi perdido
Tem certeza não tem volta
Coletânea de Letras Musicais
50
Dias de frio
Noites de inverno
Só o silêncio
Ninguém por perto
Dias de frio
Noites de inverno
Só o silêncio
Ninguém por perto
Letristas em Cena
51
FOLHAS E FLORES
Leve pra sempre contigo
A lembrança de um sorriso
Sem se esquecer de um grande amor
Que nunca deixou de existir
Lembre livros folhas e flores
E paredes desenhadas
Juras de amor não entendidas
Lições de vida, não decoradas
Nossa vida nossa casa
Um retrato no portão
A despedida a partida
Não entendi qual a razão
Eu tive medo eu tive insônia
Eu não consegui dormir
A minha vida indo embora
Não consigo mais sorrir
Se um dia perceber
Que eu estou fazendo falta
Pode vir pode voltar
Mas por favor não faça hora
Lembre só das coisas boas
Esqueça as coisas ruins
Tenha certeza de uma coisa
Nosso amor não terá fim.
Nossa vida nossa casa
Coletânea de Letras Musicais
52
Um retrato no portão
A despedida a partida
Não entendi qual a razão
Eu tive medo eu tive insônia
Eu não consegui dormir
A minha vida indo embora
Não consigo mais sorrir
Letristas em Cena
53
O FINAL VAI SER FELIZ
Acorde cedo
Para ver o sol raiar
Respire fundo
E não deixe de sonhar
Eu sei que as coisas
Não andam assim tão bem
Mas ficar triste
Nada vai adiantar
A vida é um grande Quebra – cabeça
Cheio de peças para montar
As peças se encontram se encaixam
Mesmo não sendo do mesmo lugar
Quando parece
O final vai ser feliz
Você descobre
A peça estava no lugar errado
Hora de começar tudo de novo
Ou quem sabe, talvez .
Tentar outra vez
Mas só se tem uma certeza
O final vai ser feliz.
Você merece
Você precisa
Você será
Muito feliz
Coletânea de Letras Musicais
54
POR QUE NÃO? (TENTAR SER FELIZ)
Te fiz uma canção
Com palavras doces
Pra te trazer alivio
Amenizar as suas dores
Te fiz uma canção
Com todo sentimento
Pra te fazer sorrir
E eternizar esse momento.
Então, por que não?
Tentar ser feliz
Por que não?
Então, por que não?
Tentar ser feliz
Por que não?
Abra a janela,
Olha lá fora,
O dia está lindo,
Levanta, acorda.
Vamos lá fora
Curtir e viver,
Felicidade existe
Só depende de você.
Então, por que não?
Tentar ser feliz
Por que não?
Letristas em Cena
55
Então, por que não?
Tentar ser feliz
Por que não?
Coletânea de Letras Musicais
56
SEM VOCÊ
Estrelas Rutilantes
Sentidos sem razão
Vontade de sumir
Mudar de direção
Pular de paraquedas
Da asa de avião.
Não sei por que me sinto assim
Às vezes eu quero fugir
E esquecer o que sofri
E o que ainda vou sofrer
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem você
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem você
Sem você, sem você, sem você
Sem você, sem você, sem você
Esqueço de viver os dias tristes
Pensando em ir dormir mais cedo
Quando penso em fugir Eu procuro dormir
Quem sabe amanhã tudo irá mudar
Não sei por que me sinto assim
Às vezes eu quero fugir
E esquecer o que sofri
E o que ainda vou sofrer
Letristas em Cena
57
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem você
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem você
Sem você, sem você, sem você
Sem você, sem você, sem você.
Coletânea de Letras Musicais
58
SEUS MAIORES SEGREDOS
Não importa o dia ,
Não importa a hora,
Não importa a intensidade
O desejo e a vontade.
Eu quero te dizer
Eu quero estar só com você
Mais do que isso eu preciso
Ter você para sempre comigo.
Eu quero estar com você
O maior tempo possível
Descobrir seus maiores segredos
Ser muito mais que um amigo.
É a mais pura verdade
É a minha realidade
Eu respiro fundo
Me encho de coragem
Só pra te dizer
Eu quero estar só com você
Mais do que isso eu preciso
Ter você para sempre comigo.
Eu quero estar com você
O maior tempo possível
Descobrir seus maiores segredos
Ser muito mais que um amigo.
Letristas em Cena
59
TUDO ACABOU
Seus olhos não me dizem mais nada
Apenas caminhos perdidos
Lembranças doces e amargas
Bocas dentes e sorrisos
Todo tempo passado
Não foi um tempo perdido
As lembranças boas
Guardo sempre comigo
O que foi ... Um sorriso
O que foi ... O paraíso
Um sonho...
Eu não queria acordar
Aprender a recomeçar
Não cometer mais os mesmos erros
Saber escutar
Ninguém é perfeito
Como todo sonho bom
Acabou ao amanhecer
Tive grandes momentos
Felizes com você
O que foi ... Um sorriso
O que foi ... O paraíso
Um sonho...
Eu não queria acordar
Apague a luz desliga o rádio
Tudo acabou
Coletânea de Letras Musicais
60
TUDO QUE SEI
Eu Aprendi coisas inúteis
Já me esqueci de coisas fúteis
Se viver já me ensinaram
Aprendi tudo errado
Perdi tanto o meu tempo
Futuro e passado
Melhor viver correndo
Do que ficar parado
Tudo Que sei Não serve pra nada
E nada que sei e muito impreciso
Tudo que sei não serve pra nada
E o nada que sei e puro improviso
Estudei mais de dez anos
E mal sei escrever
Quase tudo que me ensinaram
Não precisava aprender
A vida é um jogo
Perder e ganhar
E esse grande jogo
Estou aprendendo a jogar
Tudo que sei não serve pra nada
E nada que sei e muito impreciso
Tudo que sei não serve pra nada
E o nada que sei e puro improviso
Se o começo foi torto e desastroso
Letristas em Cena
61
O fim pode ser melhor.
E cada dia o mundo gira,
O mundo gira ao meu redor
E já que estou só
Vou dormir mais meia hora
Tudo Que sei não serve pra nada
E nada que sei e muito impreciso
Tudo que sei não serve pra nada
E o nada que sei e puro improviso
Coletânea de Letras Musicais
62
VIVEMOS?
Vivemos no país do futuro
Aonde o futuro nunca chega
Vivemos uma vida turbulenta
Recheada de incertezas
Eu tenho medo do que pode acontecer
O que será de mim ou de você
Viver esta cada vez mais difícil
Como vamos sobreviver
Queremos um país melhor
Sonhamos esperamos
Mas não sabemos até quando
Não sabemos até quando
Só temos deveres
Não temos direitos
Aqui tudo se compra
Aqui tudo tem seu preço
Então continuamos
Vivendo do avesso
Um dia se vive mais
No outro se vive menos
Vivemos enjaulados
Numa quase liberdade
Se hoje estamos livres
Não estamos de verdade
Não existe segurança
Letristas em Cena
63
Quem me da explicação
Não saio mais de casa
Tenho medo de ladrão
Vivemos num país tão desigual
Qualquer barbaridade já parece normal
Vivemos no país da impunidade
Onde não existe igualdade
Mas perante a lei
Somos todos iguais
Será que isso é verdade?
A verdade existe
Mas nem sempre é real
Queremos fazer o bem
Mas quem manda nos falar
Coletânea de Letras Musicais
64
VOU ACREDITAR . . .
Hoje estou tão triste
Nem eu mesmo sei por quê
Deve ser passageiro
Vou tentar esquecer
Pensei em mudar
Por alguns dias
Mais atitudes impensadas
Não levariam a nada
Estou cheio de problemas
Não adianta fugir
Vou ficar e encarar de frente
Vou acreditar . . .
Essa vida é passageira
Não tenho tempo a perder
Eu não quero ficar mais triste
Eu não quero mais sofrer
Os anos se passaram
Me deixaram bem mais forte
Hoje eu traço meu destino
Eu decido a minha sorte
As marcas do tempo
Não vão me incomodar
Eu serei assim
Eu vou lutar até o fim
Estou cheio de problemas
Letristas em Cena
65
Não adianta fugir
Vou ficar e encarar de frente
Vou acreditar . . .
Essa vida é passageira
Não tenho tempo a perder
Eu não quero ficar mais triste
Eu não quero mais sofrer
Coletânea de Letras Musicais
66
Letristas em Cena
67
BRANCA TIROLLO
Acasalamento 0069
Amor à moda da casa 0071
Amor inocente 0072
Asas de poeta 0073
Ataques sem nexo 0074
Brasil 0076
Cadê o meu café 0077
Calçadas 0078
Choro bruto 0079
Coelhinho da Páscoa 0080
Coisa 0081
Cômodo demais 0083
Democracia obscura 0084
Desafiando limites 0085
Devastação 0087
Dondoca 0089
E assim desejo-te 0091
Fera racional 0092
O formidável do amor 0093
Fuga no mensalão 0094
Hino: Academia de Letras do Brasil 0096
Imposto macabro 0097
Inferno no inverno 0099
Coletânea de Letras Musicais
68
Ladrão de galinha 0101
Malandro 0102
Memórias de um Caipiracicabano 0103
Mensagem das Caras pintadas 0105
Mistério 0108
Mudei a formalidade do amor 0109
Mutilação 0111
Não sou inventor do meu destino 0113
Noite 0116
Olhos de ouro 0117
Pássaro da madrugada 0119
Pirado 0120
Pirataria 0122
Policial do futuro 0124
Prepare o anzol 0126
Que mal que tem 0127
Refúgio 0128
Revolução 0129
Rua Brasil 0131
O sabor da amizade 0133
Samba do povo 0135
Saudade Tua 0136
Seu amor é ilusão de ótica 0138
Somente por amor 0139
Telhados de vidro 0140
Vai, vai, Brasil! 0141
Vegetação 0143
Letristas em Cena
69
ACASALAMENTO
Ser masculino ou feminino
Não importa...
Atitude compõe-se em versos
Felinos... São exóticos
Macho ou fêmea...
Devoram-se...
Em suas dimensões
O poeta adormece
Sobre a página alinhada
O compositor desperta a canção
Masculino ou feminino
Seres se cruzam no tempo.
Das mais variadas
Paixões
Filosofia de vida
Que marca datas
E contradições
Enquanto a poesia se acalma
Na doce missão
Do toque sagrado
De um violão.
Leva-se a vida
Na serenidade
Da consolação.
Desafios e contrastes
Coletânea de Letras Musicais
70
Nos acordes, nas rimas.
A métrica é eletrização
Escrevo meu verso
Você ao inverso
Compõe a canção
Felinos são exóticos
Macho ou fêmea
Devoram-se em suas dimensões
Seres se cruzam no tempo
Das mais variadas paixões
Filosofia de vida
Que marca datas
E contradições
Letristas em Cena
71
AMOR À MODA DA CASA
Os tempos mudaram, e os amantes, também.
Uns jogam com a sorte, outros vão e vem.
Há quem viveu um amor de verão
E outros sequer conseguiram amar...
Na trilha do amor, muitos querem aconchego.
Mas nem sempre acontece, a vida é um mistério.
Tudo tem seu preço, nada vai mudar.
Neste vai e vem, também aprendi.
Que não vale a pena sofrer tanta dor
Nas desilusões, que tanto insisti.
Neste vai vem, trocando de amor.
Hoje sou feliz, não sou inseguro.
Meu amor é consciente, e vivo melhor.
O amor, à moda da casa.
É tudo que tenho, e que dou valor.
Não me arrisco mais buscando estilhaços
Pois tenho ao meu lado, a mais bela flor.
Meu prato do dia, meu ar, minha luz.
Minha alegria, meu cantar afinado.
Não percebo se faltar o sal
Tudo ao seu jeito é bem refinado.
Coletânea de Letras Musicais
72
AMOR INOCENTE
Espia a lua mais bela
Sondando teus olhos azuis
Pela fresta da janela
O Arco Iris se vai
Depois da chuva que cai
Sobre teu pé de alecrim.
Joga um beijo da janela
Encena á luz de vela
Que o vento traz
Para mim...
Mande um sorriso de lembrança
Uma ponta do jardim
Umas gotas perfumadas
Com cheiro desse alecrim
Faça um pacote de abraços
Com muitos laços de amor
Escreva um poema intenso
Que me encante, por favor...
Enlaça teus sonhos nos meus
Deixa o amor propor um brinde
Debaixo das asas do vento
Até que a vida se finde
Letristas em Cena
73
ASAS DE POETA
Poeta é terra é mar
Poesia é flor em botão
Abrindo as asas da vida
No ritmo e na canção
Poesias são as ondas do mar
Avançando as areias tão calmas
Lavando a alma do homem
Que vive a chorar suas magoas
Poetas são as veias dos versos
Jorrando no verso da sorte
O clamor
Lamúrias que fazem qualquer um.
Chorar
Na voz de qualquer cantador
Coletânea de Letras Musicais
74
ATAQUES SEM NEXO
Entrei na dança da onça pra ver
Se ela ainda zombava do meu SER
Notei uma fera insistente, mas nada valente.
Areia movediça.
Enquanto surtava ponto.com
As loucuras da gente
Ela se lembrou:
-São artistas!
Consegui enfim por um fim
Sem deitar-me aos seus pés
Conectei meu arsenal
E consegui ver sorrindo
No jornal
Pra fera,
Pro baixo astral
Para os meus amigos
Dediquei meu arsenal
Que legal!
Vou... Dar uma volta ao Mundo
Num segundo de euforia
Cantar, dançar, sem ataques.
Comemorar a alegria
E poder viver
Pra fera me ver todo dia.
Letristas em Cena
75
Para os meus amigos
Dediquei meu arsenal
Que legal!
Comemorar a alegria
E poder viver
Que legal!
Comemorar a alegria
E poder viver
Coletânea de Letras Musicais
76
BRASIL
És
Terra
Gigante
Um
País
Falante
O
Brasil
Avante
Letristas em Cena
77
CADÊ O MEU CAFÉ
( musicada por Luciane Casaretto)
Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro
Que sabor é esse? Que palha é essa?
Canta meu Brasil: Isso não me interessa
Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro
Tá tirando onda, no capitalismo.
Tá nos bancos das Ilhas fazendo turismo
Tá na boca do lobo. Tá no estrangeiro
Tá dentro da linha da corrupção
Num pulo de gato, guardado em galpão.
Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro?
Tá na foto que a Nonna tirou no terreiro
Na roda de samba, no tom do pandeiro.
Devolvam o sabor do café.
Do meu Café Brasileiro
Coletânea de Letras Musicais
78
CALÇADAS
Corta o vento, vento corta.
Povo sofrido, temido.
A procurar sensações
Uns buscam casa, comida.
Outros, festas, foliões.
Há quem procura remédio
Curador e orações
Estes são os mais aflitos
Sem pausa pras refeições.
Pois enquanto vela a reza
Esquecem as obrigações.
Há quem trabalha e cavalga
Dividindo tempo e questões
Trocando em cada esquina
Sábias informações.
Mas há quem, tagarelando.
Não consegue encontrar
O mapa da sua vida
E um lugar para ficar.
Estes servem de tropeço
Pra aqueles que irão chegar
Ainda sem pensamento
Se vão ou não, se juntar.
Com o povo que cavalga
Sempre no mesmo lugar.
Letristas em Cena
79
CHORO BRUTO
Oh! Quão grande é minha angústia
Que de leve, venta e leva:
Alegrias, pipas, gritos,
Risos tensos, sem iguais.
Das palavras ainda não ditas
O pensamento é quem fica
Sobrepondo pesos mais.
Quão grande é minha angústia.
Que de leve, aumenta os ais.
Oh! Quão grande alegria que se esvai...
Coletânea de Letras Musicais
80
COELHINHO DA PÁSCOA
Coelhinho da Páscoa
Que trouxe pra mim
Uma música bela,
Desafio sem fim
Se há um amigo
Não há pranto e dor
Desafiando os limites do amor
Nesse tempo de crise
Em que tudo não são flores
Preservar os amores
É estar numa marquise
Esperando em paz
Pelas graças dos céus
Recarregando de gás
Enchendo-me de Deus
Se essa passagem existir mesmo
Não há como resistir
Mesmo que eu fique a esmo
O perdão vou LHE pedir
Letristas em Cena
81
COISA
Jogaram na lama o meu quintal
Minha cozinha está na lua
Enxugaram o Pantanal
Molharam a mão da minha rua
Toma cuidado vão molhar a sua
Queimaram os meus neurônios
E adulteram os livros principais
Trocaram educação moral e cívica
Por duas matérias que dão mais
Sexo e Box, na escola são reais.
Meu filho cursando a quarta B
Está de olho no vídeo game
Que está na vitrine da loja 3D
Ainda me fala sem medo
Papai: eu ganhei um E
Jogaram a merda na TV
Obrigam-me a ouvir mentiras
E ainda falam mal de você
Enquanto você pira
Os ratos ficam na mira
Eu quero fama, quero mina, quero minha grana.
Não preciso mais de tempo pra pensar
Já sou velho na cor dos cabelos
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Coletânea de Letras Musicais
82
Você! Você! Você!
Você! Você! Você!
Livra-se desta coisa
Eu quero um país inteiro pra me ouvir
Você! Você! Você!
Leva pro facebook
Tweeds pro mundo
No e-mail da titia
Pra aquela gata
Que te deu mole
Diga para o papai
Que a sua mãe
Já sabe
Fale pro teu filho
Se livrar desta coisa
E não se esqueça de
Avisar os jornais
Que não estamos aqui
Pra brincar.
Letristas em Cena
83
CÔMODO DEMAIS
Hoje acordei a mil por hora
Tinha tantos afazeres
E acabei por esquecer
Do nosso amor.
Tudo o que eu
Tinha a fazer
Era em torno
De ti?
Oh! Oh! Oh!
Cômodo demais
Eu só quero liberdade e Paz
Oh! Oh! Oh!
Cômodo demais...
Coletânea de Letras Musicais
84
DEMOCRACIA OBSCURA
Democracia. Parada, quebrada, estação
sem luz.
É feita de rombos, boicote, panela,
insanidade total.
Barreira na vida, beco sem saída, dinheiro,
roubada.
Malandragem, picaretas, escola do mau.
Quem mandou virar o jogo fui eu
Eu quero silêncio agora.
Eu quero é ser feliz, acordar e dormir.
Sem barulho, sem buzinas.
Sem bolso que domine a Lei
A lei que se aplica
No que não se tem
Eu quero viajar
E fugir
Quero ver
O amanhecer
Dormir.
Sou Patriota brasileiro
Quero ver a democracia
Democraticamente, fluir.
Letristas em Cena
85
DESAFIANDO LIMITES
Caminhos incertos, dedos incertos, desertos.
Sombras que desaparecem ao meio dia
Quando o sol divide o céu em partes iguais.
A lua flutua, não é prata nem cinza, nem preta.
Nem branca, vaidade ou mentira, não é ilusão.
É tão somente a lua em sua estação.
Na vida há segredo há coragem e medo.
Cada um do seu jeito sente sua emoção.
Na minha parede não tem calendário
Sou eu quem marca o dia do meu carnaval
O natal que foi ontem comemoro amanhã
Neste manjar de fé provo a minha avelã
Rega meu seco jardim o pranto de outros
Daqueles que nunca choraram por mim
Não existem fronteiras é um desafio sem fim,
Desafio sem fim
Neste moçar peço que as pedras não rolem
Mas devagar murmurando, uma a uma se vão.
E vou passando meia face anjo meia face fera
Desafiando a espada a enfrentar a guerra
Às vezes penso que estou morta e voltei
Terminar meu choro, pra quem.
Ainda não me viu chorar
São incertos os passos, que tento.
Encenar neste compasso
Coletânea de Letras Musicais
86
Sonho por razões desconhecidas, desconhecidas.
Embora eu cante alto, no palco sombrio da vida.
Tudo que exala do meu ser dizem ser vergonha
Eu digo que apesar das barganhas
Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas
Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas
Moro num lago formado das águas, do meu pranto.
Cada canto é um endereço. Ai, ai, a vida é essa.
Se eu afundar neste chão aqui vai, o meu apreço.
Meu pranto já virou tinta. Não será em absoluto
Desconhecido da sorte, do mal, do bem, da morte.
Serei sempre uma estrela viva, a colorir um luto.
Rega meu seco jardim o pranto de outros
Daqueles que nunca choraram por mim
Não existem fronteiras é um desafio sem fim,
Desafio sem fim
Letristas em Cena
87
DEVASTAÇÃO
Olho com tristeza, os campos e as matas.
O rio que pingando não faz serenatas
O asfalto que corta além dos sertões
E os animais em extinções
As aves no céu não cantam em festa.
Os homens magoados não fazem canções
Inspirados na lei da floresta
Os filhos de outrora eram educados
Pelas famílias e seus professores
Hoje o governo quer ensiná-los
Aplicando Leis com tais dissabores
Não valorizam os Mestres e a escola
Separam todos por classes sociais
Crianças, os jovens e velhos.
Aplicando sem piedade
Golpes, e mais golpes fatais.
Querem cobrar respeito e ordem
Falam muito em preservação
Mas vivem em plena desordem
Destruindo os povos e a própria nação
Vendem a alma do povo e da terra
Queimam o verde, desbarrancam os morros.
Colocam na mesa do trabalhador
O pão da dor e a morte sem socorro.
Sem terra, sem teto, sem dignidade.
Coletânea de Letras Musicais
88
Sem ambição, o povo se isola.
Caindo na cova que o governo cavou
Pra matar o pobre, preso na gaiola.
Não há outro jeito, o povo precisa.
Lutar com a espada, e vencer o dragão.
Para acalmar a fúria que sente
Partindo pra guerra, defendendo a nação.
Letristas em Cena
89
DONDOCA
Dondoca...
É isso o que você é
Folgada, maliciosa
Só pensa em raspar o pé
Vive pintando os olhos
E a sobrancelha, tá ué.
Dondoca...
Nada vai te consertar
Você precisa de cafuné
E eu...
De um bom jantar
Não me venha reclamar
Que as unhas estão lascadas
Que o fogão não é pra você
Eu comprei pensando no nosso jantar...
E o que me aguarda
É o seu blasfemar!
Dondoca...
Você é o que é...
Vive pra se embonecar
Mas não serve nem
Pra lavar os meus pés.
Dondoca...
Hoje você vai pagar
O preço da sua vaidade
Vou te botar na calçada
Fechar a porta da entrada
E assistir o seu penar
Coletânea de Letras Musicais
90
Ver você na arte bancada
Roendo as unhas e se lembrar de mim
Vai aprender que a vida não se vive assim.
Dondoca...
É isso o que você é
Vai sentir a barriga vazia
E esquecer, de raspar os pés.
Vai me pedir arrego
E preparar o melhor jantar
Aí quem sabe eu me apego
Na hora do amor te farei cafuné.
Dondoca...
É isso, o que você é!
Letristas em Cena
91
E ASSIM DESEJO-TE
Não quero que seja meu deus
Nem meu demônio nem ateu.
Nem meu sonho nem meu eu.
Seja apenas, meu.
Seja meu homem, meu prazer.
Mas não seja minha vida
Eu quero desfrutar do que é bom
Eu quero apenas uma ida
À volta não me interessa
Eu quero voltar só, sem pressa.
Coletânea de Letras Musicais
92
FERA RACIONAL
Eis que febril queima, este corpo meu.
Num instante dócil - quando me toca o seu.
Estes teus braços - em laços, em plumas.
Teus encantos - espantos espumam.
Teus olhos domados - em risos, em versos.
Teus pecados meigos - de afagos, e beijos.
Eis que a ti revelo - meus sonhos em gritos.
Num súbito instante - de amores, e dores.
Por teus insultos - deboches, rumores,
Nestes negros olhos - de glória, delírios.
De pegadas duras - desvairadas loucuras,
Deste pranto falso - de torturas, castigos.
Eis que tu tão farto - tão nítido e puro.
No tapete enrola - teu corpo, tua face,
Nestas melodias - sussurros, desgastes.
Destas noites loucas - de pasmo contraste.
Tuas fantasias de sonhos malucos,
Tua frente fria - de tristes desastres.
Eis que tu voltas sereno, calado.
Num olhar carente - de intrigas e abraços:
Destas peles rubras, de apertos, marcadas.
No meu corpo sadio, e esgotado.
Neste alívio fértil - que exala, espalha,
Descansa-te nu, sereno e domado.
Letristas em Cena
93
O FORMIDÁVEL DO AMOR
Um consolo romântico me adormece
No sonho eu me ponho a rezar
O som da oração segue o vento
Abrindo a janela do teu aposento
A lua sonda-te e pousa
No luar do teu sonhar
O eco da minha prece te chama
A essência do meu amor te perfuma
É o formidável das loucuras de quem ama
Se levantar e tocar na maçaneta
Não te assuste. Acaricie meu sonhar
Que pelas madrugadas vagueia,
Tentando deliciar seus meigos olhos
Para teus doces beijos roubar.
Coletânea de Letras Musicais
94
FUGA NO MENSALÃO
(reservada para Gustavo de Godoy)
Contradição
Omissão e obscuridade.
Cacos estilhados, papéis picados.
Engavetados, mofados
O brasileiro
Cobrou resultado
Vergonha nacional
E segue afora.
Um fora da Lei.
Mais uma vez
Pega o ladrão
Ele quer se safar
Do camburão
Pega o ladrão
Vergonha nacional
E segue afora.
Um fora da Lei
Mais uma vez
Tenha certeza: o jornal sabia
E a sua tia, também.
O seu melhor amigo
Com certeza acoitou
O Brasileiro viveu a fantasia
Letristas em Cena
95
Que o país poderia mudar
Por um dia
Vergonha nacional.
E segue afora.
Um fora da Lei
Mais uma vez
Coletânea de Letras Musicais
96
HINO DA ACADEMIA DE
LETRAS DO BRASIL
(Musicada por Vuldembergue Farias)
Sobre um brado pensamento glorioso
Na passagem do milênio então surgiu
Agregando valores conquistamos
Academia de Letras do Brasil
Despertai-vos há tempo, vamos seguir.
Escreva seu verso, para o universo servir.
Tua tese, seu cântico, sua escrita, teu encanto.
Pelo bem da humanidade, por um novo porvir.
Avante, sempre vamos escrevendo.
Tentando a humanidade, humanizar.
Na Ordem de Platão, despertando talentos.
Levante a Bandeira, vamos atuar.
Pela paz, pelo amor, pela evolução.
Abrace o livro, a informação.
Desperte os talentos, e os pensamentos.
Através da escrita, eis a revolução.
Diga não a fome e a miséria
Plante arvore frutífera, sementes de feijão.
Projetando o futuro dos filhos da terra
Que breve vem pra colher este quinhão.
Letristas em Cena
97
IMPOSTO MACABRO
(Reservada para Gustavo Godoy)
Cortei a maioria dos gastos
O orçamento aos pedaços.
Não dá pra infringir a Lei
Preciso pagar os credores
Mas, não sei:
Se eu pago os impostos,
Ou se continuo a comer
Eu gosto muito do meu Ser.
Remédios! Remédios, mais remédios.
Meu coração precisa bater.
Nas minhas contas eu noto
Remédios, remédios, remédios.
Quarenta e oito por cento
De impostos.
Este é o meu dilema
Não foi a TV
Nem a geladeira
Muito menos o carro
Eu moro num beco
E ando a pé
Não dá pra infringir a Lei
Preciso pagar os credores
Mas, não sei:
Se eu pago os impostos,
Ou se continuo a comer
Não há remédio pra se viver
Não há remédio, pra esquecer.
Coletânea de Letras Musicais
98
Não há remédio no SUS, vai ver.
Vai ver e comprove, faça a prova dos nove.
Se eu contar não vão acreditar
Não passa na TV, nos jornais, nem na roda
de samba.
Mas vale a pena relembrar.
Eu era apenas uma criança
Que nem trança sabia fazer
Tudo o que eu fazia era plantar e colher
Na era do café, tudo era mandado.
E quando o ano findava, o governo arrecadava.
Cinquenta por cento de todo mingau
Que eu tinha pra comer.
De grão em grão, mesmo sem razão.
No Palácio do governo pode conferir se quiser
Cada tijolo assentado é parte do meu quinhão.
Só não ouço falar de onde veio
Só não leio nos jornais de onde veio
Ninguém comenta a realidade
Só não ouço falar de onde veio
Só não leio nos jornais de onde veio
Só não ouço falar de onde veio
Letristas em Cena
99
INFERNO NO INVERNO
Foi-se o verão
Chegou o outono em sua palidez
Ouve um gemido distante, o sol se apagou.
Manhã agonizante, estranhos flutuantes.
Não eram trovões, nem a chuva caia.
Sobre a terra abrasada, houve grande motim.
Crianças gritavam, por todo lugar.
Grávidas morriam em plena agonia.
O medo chegou bem perto de mim
Olhei para os lados, não compreendia.
Liguei a TV, não funcionava.
Não tinha mais água, nem energia.
Não eram bandidos, nem o fim do mundo.
As prisões abriam-se as portas
Os presos temidos voltavam às celas
Num passo ligeiro entre idas e voltas.
Tive sede procurei por água.
Encontrei soldados da Força Armada
Tentei falar com o governo do estado
Mas Brasília já estava calada
As prisões abriram as portas
Para os homens de bem abrigar
Seus filhos e netos ainda pequeninos
Soldados estavam às beiras das fontes
Guardando as águas que haviam roubado.
Coletânea de Letras Musicais
100
Notei que a morte então se alastrava
E sem esperança, com sede eu sofria.
Não mais que dez dias, já sem força alguma.
Velei meu enterro, enquanto eu morria.
Letristas em Cena
101
LADRÃO DE GALINHA
Você conhece o ladrão de galinha
Que abriu um comércio na rua ao lado
Ele passou quatro anos roubando
De galinha em galinha, ele fez um sobrado.
Adquiriu uma fazendo em Minas
Na praia construiu sua mansão.
Comprou uma gata de estilo invocado.
De repente o povo resolveu acordar
De prontidão a sondar o safado
E todo mundo começou a gritar
Pega o ladrão, mas tomem cuidado.
O cabra tem capanga e cunha forte
Bala de borracha e spray de pimenta
Não é difícil conhecer o pau mandado
Ele usa botina e farda cinzenta.
Não sobrou cidadão sem ser lesado
Coletânea de Letras Musicais
102
MALANDRO
Malandro...
É isso o que você é
Não serve nem pra massagear os meus pés
Cansados...
Por tantos vai e vem na cozinha
Preparando, seu café, seu jantar.
Enquanto você...
Dá em cima da vizinha
Malandro...
Você não serve pra nada
Não trabalha, não estuda.
Só pensa nas coxas das mocinhas
E no jantar, come as coxas da minha galinha.
Malandro...
Vou botar você pra fora
E aí, quero ver quem vai abrir.
A porta da casa pra você dormir
Vou assistir de camarote
De olhar cabisbaixo, sentado em caixote.
Aí... Vai me pedir arrego
Tentar... Me convencer de que mudou...
Mas eu... Não vou cair na armadilha
Pois malandro igual a você
Não passa mais na minha trilha.
Malandro!
Letristas em Cena
103
MEMÓRIAS DE UM CAIPIRACICABANO
(Declamado)
Este é um pequeno trecho - guardo e prezo -
O verde lar dos bichos, borboletas coloridas.
Beija-flor encantado, beijando a flor do capim.
Bando de andorinhas riscando o céu nublado
Garças tranquilamente, cruzando o véu prateado.
A encantar querubins
Paraíso que Deus criou, cheio de verso e canção.
Descanso de nossos filhos, a nossa roça de pão.
Recanto de enamorados, calçados com os pés no chão.
Não se via aqui miséria, nenhuma reclamação.
O céu estava na terra, e as estrelas sobre as mãos.
Passaram por este trecho, homens de terras distantes.
Não plantaram semente, mas espalharam corantes.
Não criaram versos e rimas - sequer uma melodia
Roubaram nossas canções, sufocando a poesia.
Cantaram nossas canções - grande astúcia -
Destruíram um paraíso pra provocar a angústia
Hoje o Caipira chora, memorizando o passado.
Belezas mui fulgurantes, que nada tinha de errado.
Falo do verde das matas, que deitavam nas cascatas.
Do tom que as pedras e as águas exibiam serenatas
Reclamam por não ouvir, o barulho das correntezas.
Que no velho engenho ecoava com muita delicadeza.
Coletânea de Letras Musicais
104
Quando passam por estas bandas - frias e quebrantadas.
Lagrimas velam o penoso chão – coagida é a boca-
A confessar o que extravasa em cada coração.
Onde os gringos navegaram, entre as colinas e os portos.
Navegam na lama quente, milhares de peixes mortos.
E neste trecho de pedras, caminha o triste Caipira.
Em meio às impurezas, movido pela incerteza.
Abandonado, o Caipira. Vive como alma penada
Passando fome e sede, sentado a beira de um rio.
Memorizando a paisagem. Do antigo Rio Piracicaba.
Letristas em Cena
105
MENSAGEM DAS CARAS PINTADAS
Gente! Somos gente. Nesta terra de Deus
Brasil! Pátria amada. Terra sagrada.
Somos gente implorando, os nossos quinhões.
Entre os mais de cento, e noventa milhões.
Se livre das drogas! Faça como eu
Ame a si próprio corra atrás do que é seu.
Se livre dos reis, que esta terra é de Deus.
Raça de gente, gente valente.
Cara pintada, cara amarrada.
Cara de fome, cara drogada.
Cara de raiva, cara forjada.
É gente sofrida, buscando na vida.
Pão e guarida, de cara pintada.
Esconde o rosto, por que tem vergonha.
A noite anda e de dia sonha.
Esperando do céu socorro e perdão.
Onde tudo é limpo não existe pão.
E ainda deve pra sociedade.
Uma vida de satisfação.
Se bater na porta do rei ele grita:
- Sai daqui malandro! Trabalhar é bom.
Mas não dão emprego pro tal cidadão.
Gente valente vira cara pintada.
Busca socorro na maior perdição.
Envolve-se nas drogas, e vira ladrão.
Miséria que queima a mente e a alma.
Coletânea de Letras Musicais
106
Seca o corpo e traz desespero.
Vai cegando gente de cara pintada.
Que é obrigado, assumir todo erro.
Saia da roubada, isso é confusão.
Ninguém te entende, o se ta na prisão.
Caia na real, você, você, você é gente.
Não faça cumprir a ordem do rei.
Levanta a cabeça, e de sua mão.
A favor da guerra contra a corrupção
Não ouça o rei, ele é folgado.
Ele não cheira, não injeta, não traga.
Envolve-te no vicio, por uma migalha.
Ele enche o bolso do seu rosto suado.
O seu fica furado, funde sua mente.
O rei vira passado, você o presente.
Você vira culpado, o rei o inocente.
Não tenha medo seja esperto
Cheire uma flor e sinta o perfume.
Erga para o rei, um sinal vermelho.
Levanta tua cara, olhe no espelho.
Fuja da dor, encontre o amor.
Não seja tolo, o rei é seu pavor.
Ele bebe teu sangue, te enterra.
Vive mais que você, muitas primaveras.
Usa gravata, carro importado, terno bom.
E você drogado, ganha sete palmo de chão.
Pra você não tem lei, ninguém tem pena.
Quem te condena não tem coração.
Letristas em Cena
107
É o próprio rei que te da à cama.
Pra você dormir deitado na lama.
O rei te ilude pra uma vida melhor.
Muda de cara, te prega moral.
E por baixo do pano te joga na pior.
Gente! Livre-se da ilusão.
Devolva o troco pro seu inimigo.
Se livre do castigo dizendo não.
Não se esconda na sombra do medo.
Que a vida passa e você se acaba.
Sem saber por que viveu.
Ninguém se importa se ler no jornal.
Na primeira, página que você morreu.
O próprio rei tomando whisky
Vai ironizar sorrir e dizer:
-Quem é esse? Que bom! Não foi dessa vez.
Este eu não o conheço! Graças a Deus
Agora eu quero ver, você que ta assistindo.
Abrir espaço na primeira página.
Contar para mundo que me viu sorrindo
Anuncie! Põe no seu jornal.
Trate a gente de igual pra igual
Não quero ler que alguém morreu.
Aqui quem fala é um cara pintada
Saindo da roubada.
Graças a Deus
(Peça Teatral ensaiada na periferia. Apoio negado pelos
governantes). Um grupo de adolescentes envolvidos
sofreram em questão. Na época atual é lamentável a
situação dos jovens, na maioria)
Coletânea de Letras Musicais
108
MISTÉRIO
Do meu jeito doce acontece
A todo vapor, em busca do amor.
Que traga, escurece, amanhece
E pro lado da cama se mexe
Querendo falar.
Tolices. Dos acordos, loucuras.
Acordes, leituras:
Bilhetes malvados
Da sua insanidade
Sou anjo da noite macabra
Você me protege, no embalo.
Me faz delirar.
Me faz delirar
(Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos, o
palco da vida. Aprovado pelo Ministério da Cultura
[Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas
empresas por não constar na ficha técnica artistas da
grande mídia)
Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos
aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à
Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de
empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que
parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de
Renda devido.
(Esta história precisa ser mudada. Justiça Social.
Direitos iguais para todos).
Letristas em Cena
109
MUDEI A FORMALIDADE DO AMOR
(musicada por Vinne Decco)
E o vento levou
Meu único verbo!
Amar! Amar!
Antes era o amor,
Nosso verbo predileto.
Eu amava, ele amava,
Amávamo-nos.
Éramos dois em um.
Um para o outro
Dois sem terceiros.
Depois começamos:
Se der vamos!
Hoje vou pensar,
Se ainda te quero.
Muitos verbos
Aproximaram-se
Invadiram
Dominaram
Hoje está assim:
Eu amei, adorei,
Louvei, me casei.
Vivi ,sofri ,cansei.
Pensei resolver.
Larguei e sumi.
Coletânea de Letras Musicais
110
Voltei!
Acha! Pra que?
Um time de futebol?
Somente um artilheiro
Meu amor! Sem verbo.
Letristas em Cena
111
MUTILAÇÃO
Noto que o tempo não se importa
Vai passando pela minha porta
Devagar. ..
Eu corro e invento a minha vida
Se para uma estrada sem saída
Eu não sei...
Prefiro ficar. Delirando...
E sonhar...
Não conheço mais a brisa mansa
Nem o sorriso da roseira em flor
Não tenho encontrado a primavera
E o verão já se foi.
Devagar...
Passou a guerra e desconheço
O que chamam de céu e de luar
Não me lembro de mais estrelas
Nem de mar.
Devagar...
Eu sonho ser aquela criança
Balançando firme a sua trança
Na esperança de encontrar.
Seu par.
Devagar...
Abraço a meu brinquedo e choro.
Quase sempre, eu sei não me engano.
A fome é pontual e chega na hora do jantar
Coletânea de Letras Musicais
112
Devagar...
Olho o pão escasso sobre a mesa.
Já não sei se quero mais rezar
Num instante noto que a pobreza
Paira sobre o ar.
Devagar...
Aguardo o momento
Pra ver os aviões de guerra
Retirando nossa água
Da terra
Devagar...
Submundo profundo
Nem seu quinhão conseguiu.
Em troca da moeda forte
Venderam a alma do Brasil.
Devagar...
Eu corro e invento a minha vida
Se para uma estrada sem saída
Eu não sei.
Prefiro ficar delirando.
E sonhar...
Devagar.
Cabeça maluca, a cuca explodiu.
Em troca da moeda forte.
Venderam a alma do Brasil.
Devagar...devagar...devagar...
Letristas em Cena
113
NÃO SOU INVENTOR DO MEU DESTINO
Alo irmandade. Chegam aí irmãos. Na paz.
Não sou do mal. Sou pau mandado.
Menino desprezado. Que um dia sorriu
Nesta terra de ninguém. Toda galera viu
Ouvir a quem? Fuji da escola eu não tinha mochila,
Lápis de cor. Nas cores do meu mundo
Pintei o sete, manchei.
Não conheço meu pai, minha mãe morreu.
Minha tia me acolheu. E pra sobreviver
Ela me mandava pedir nos bairros nobres
Onde nunca a porta eu vi abrir
Com muita sorte eu conseguia fugir do camburão
Homens armados, atirando em todo lado.
Sem ao menos perguntar:
Quem é você? Cidadão.
Mas eu falava: Sou da paz. Menino fujão.
Segura essa irmão! Você ensina com perfeição.
Como se mira uma arma pra um cidadão
Agora eu cresci, sai nos jornais, na primeira página.
Fiquei famoso. Pinto a cara pra ninguém saber
Quando pego o jornal pra me ver.
Hipocrisia! Eu não nasci assim. Eu levo a vida
Que traçaram pra mim. Chumbo trocado não dói.
Dizem que sou chapadão. Pera aí, meu irmão!
Coletânea de Letras Musicais
114
Não quero matar. Mas, também não quero morrer.
Eu sou da paz, pego pra comer. Vendo pra ganhar,
Uso pra esquecer. Nesta área não falta patrão
Há muito eu quero saber. Alguém pode informar?
Fala ai sociedade! Onde arrumo um emprego legal
E uma faculdade.
Onde posso me curar? Procura-se um medico
entendido
Sobre abandono, corpo e alma feridos.
Sobre hipocrisia, caligrafia fácil.
Que um cérebro aguente
Com fome e cansaço
Fala aí doutor! Se há remédio pra esta dor?
Dizem que sou chapadão.
Pera aí, meu irmão!
Não quero matar
Mas também não quero morrer
Eu sou da paz, pego pra comer.
Vendo pra ganhar, uso pra esquecer.
Nesta área não falta patrão
Há muito eu quero saber. Alguém pode informar?
Fala ai sociedade! Onde arrumo emprego
E uma faculdade.
Onde posso me curar
Procura-se um medico entendido
Sobre abandono, corpo e alma feridos.
Sobre hipocrisia, caligrafia fácil.
Letristas em Cena
115
Que um cérebro aguente
Com fome e cansaço
Fala aí doutor! Há remédio pra esta dor?
(Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos.
Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079
515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não
constar na ficha técnica artistas da grande mídia)
Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos
aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à
Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de
empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que
parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de
Renda devido.
(Esta história precisa ser mudada. Justiça Social.
Direitos iguais para todos).
Coletânea de Letras Musicais
116
NOITE
Noite! Poema e canção
Rima de cólera e dor
Divina noite de estrelas
Com negros cachos em flor
Amo-te! Tanto, tanto
Amo-te! Tanto, tanto
Amo-te! Tanto, tanto
Cada canto de seus encantos
Em todos os versos que são meus
Amo a paz que bela serena
Nos meus olhos a brilha.... ar
Os brilhantes que são seus
Letristas em Cena
117
OLHOS DE OURO
(musicada por Vuldembergue Farias)
Ouvi falar um dia, que a sorte não seria.
Um bem pra quem não tem - em si a alegria.
Jurei então deixar, o vento me levar,
Com as folhas do jardim.
Na linha do pensamento
A minha ousadia
Voltou para ficar.
Mudei a cor da LUA, nas luzes do ALECRIM.
As folhas secas soltei
Saudando o verde sem fim
Onde caíram, não sei.
Sobre asas, num sonho bem distante.
Sorrindo me peguei
Voando os horizontes
Procurando alegrias perdidas a fins
Meus olhos eram de ouro
Um vaso feito de touro
Guardando as joias pra mim.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
O tempo que se foi
A ruína que ficou
O tempo, que se foi.
Não vou chorar. Não vou.
Coletânea de Letras Musicais
118
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
O tempo que se foi
A ruína que ficou
Não vou. Chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou. Chorar...
Não vou chorar, não vou.
Eu canto a minha liberdade
Eu danço com minha voz
Eu ando com minha coragem
Na veracidade do vento
No vento que corta o algoz
No vento que corta o algoz.
Letristas em Cena
119
PÁSSARO DA MADRUGADA
Canta, canta, passarinho, o terreiro está molhado.
Molha o bico, bate as asas, voa sobre meu telhado.
Não vá embora, não é hora de partir.
Nunca pense em desistir, nem deixar o seu reinado.
Quando a chuva for embora, vou sair pelas estradas.
Levando minha viola, pra cantar pra minha amada.
Todo dia ela pergunta, para um belo beija-flor.
Onde anda o meu amor, pássaro da madrugada.
Canta, canta passarinho. Vem treinar comigo agora
Ensaiar pra serenata, mais uma canção de amor.
Vamos juntos nesta estrada, desafiar a escuridão.
Cantar para o meu amor, vestida em linho bordado.
Canta, canta passarinho. Testemunha bem pertinho.
Um casal apaixonado. Construindo o seu ninho.
Vem cantar comigo agora, não demore já é hora.
O padre espera na capela, o casamento foi marcado.
Canta, canta passarinho, testemunha deste amor.
Vem viver no meu telhado, ver um casal enamorado.
Amar sem preconceito, e ser feliz sem sentir dor.
Coletânea de Letras Musicais
120
PIRADO
Chega de horário gratuito no Rádio e na TV
Ele quer fama, quer mina, quer grana.
Eu não preciso mais de tempo pra pensar
Já sou velho na cor dos cabelos
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Eu sou viajado, pirado, tatuado.
Livre do medo, de pesadelo, e ilusão.
Eu canto pra espantar a morte
E minha sorte é não viajar de avião
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Não tampo o sol com a peneira
Nem canto mentira de babão
Eu quero ver os ratos de esgoto
Na classe operária deste chão
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Não quero mais ouvir baboseira
Se o prato do dia é capitão
Não brinque com a cafeteira
Ela não faz bola de sabão
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
Letristas em Cena
121
E quero você, pra me escutar.
Não trance a trilha da sorte
Ratos de encruzilhada
Se eu cruzar teu caminho
Vão ficar sem estrada
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Afrouxa o cinto e requebra
Pare de torrar minha grana no ar
Devolva minha primeira idade
Que vou te ensinar a mamar
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Ele quer fama, quer mina, quer grana
Não preciso mais de tempo pra pensar
Já sou velho na cor dos cabelos
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Coletânea de Letras Musicais
122
PIRATARIA
Rock (reservada para Gustavo Godoy)
É onda, é fato, é rastro, trapaça.
Entregues ao léu, com admiração.
É o bolso que apoia, o corte é real.
Implica na fama, do bem e do mal.
Botam culpa no diabo
Mas fazem tudo igual.
Sem timidez, sem alma e razão.
Virou ponta de estoque
Do norte ao sul, abrindo barreiras.
Na cara do povo fazendo arrastão.
Pirataria real. Franquia sem autorização
Pirataria na boa, na rua, na praça.
Na bilheteria do metro.
Enquanto se ganha na raça
Se paga direitos, que viram fumaça.
Da arte, da voz, de um inventor.
Seu nome na boca do povo
Entregue na boca do lobo
Por qualquer malandro
Trapaceador.
Piratas. Acham que pirataria é legal
Não há justiça, pra ela não faz tanto mal.
A lei é minúscula, e ninguém se assusta.
Os homens da lei são fatais.
Piratas não são desiguais
Letristas em Cena
123
Pirataria real. Franquia sem autorização
Pirataria na boa, na rua, na praça.
Na bilheteria do metro.
Enquanto se ganha na raça
Se paga direitos, que viram fumaça.
Da arte, da voz, de um cantador.
Seu nome na boca do povo
Entregue na boca do lobo
Por qualquer malandro
Trapaceador.
Piratas. Acham que pirataria é legal
Não há justiça, pra ela não faz tanto mal.
A lei é minúscula, e ninguém se assusta.
Os homens da lei são fatais.
Piratas não são desiguais
Coletânea de Letras Musicais
124
POLICIAL DO FUTURO
Eu estava parado, desiludido.
Peguei os documentos e saí
Cruzei a esquina, policia me parou.
Mão na parede. Abre as pernas safado
Você tem o direito de permanecer calado.
Pegou minha carteira, leu meus documentos.
Carregou a foto da mina e levou meus trocados
E repetiu:
Você tem o direito de permanecer calado
Pegou meu celular, ligou pro chefão e falou:
Peguei um ladrão! Doutor.
O delegado respondeu: contrata ele. Senhor.
Vi-me obrigado seguir seus conselhos
E agora no espelho eu brinco
Não sou mais desempregado
Emprestam-me uma farda
Sou policial do futuro
E me deixam liberado.
Mãos na cabeça! Safado!
(Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos.
Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079
515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não
constar na ficha técnica artistas da grande mídia)
Letristas em Cena
125
Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos
aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à
Cultura
(CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e
pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os
benefícios concedidos do Imposto de Renda devido.
(Esta história precisa ser mudada. Justiça Social.
Direitos iguais para todos).
Coletânea de Letras Musicais
126
PREPARE O ANZOL
É hora de samba, chega mais cá.
Escolha seu par, ou sambe sozinho.
Reúna os amigos, pra comemorar.
A dança, e a música, vão começar.
É na avenida, em ruas ou becos.
Pode ser na laje, com chuva ou sol.
Pode ser ao luar, pela madrugada.
É hora de pesca, prepare o anzol.
Refrão:
Somos a força, a luta e o protesto.
Contra todos os ditos inconsequentes.
Ditadores, que atacam sem nexo.
A dignidade, e a honra da gente.
É hora do grito, pela liberdade.
Chegou o momento da revolução
Não deixe ninguém pensar que és tolo
Toda raça e cor, toda classe, senhores!
São filhos da terra, desta Nação
Letristas em Cena
127
QUE MAL QUE TEM
Menina quando chega pra quebrar
Joga a trança sobre o ombro e
Começa a rebolar
Envolve seus cabelos cacheados
No seu jeito rebolado
Vem me tirar pra dançar
Ai que chamego, falando no seu ouvido.
Abraço meu violão
E ela vem me abraçar
É desse jeito, eu não tenho mais conserto.
Envolvido em tantos cachos
Eu não penso em me casar
Eu sei que é loucura de pião
Que um par de coxas mexe
Com meu pobre coração
Imagine uma menina em cada canto
Jogando os seus encantos
Trançando-me no salão.
Ai, ai, é muito bom.
Ui, ui, que mal que tem?
Enrolado de meninas
E não ser de ninguém.
Que mal que tem?
Ai, ai, é muito bom.
Ui, ui, que mal que tem?
Coletânea de Letras Musicais
128
REFÚGIO
Sou apenas uma pena
Que sobrevoa serena
Que leve pousa sob pena
A encenar a minha própria cena
Sou a situação do dia encenado
Da hora da escrita
Da fonte calculada
Dos minutos contados
Dos segundos perdidos do nada
Sou a voz que grita submissa,
presa às palavras.
No eco dos gritos
A sombra que revela os meios
e compõe os fins
Sou a leve pena que sobrepõe o infinito
A esmagar assim meu Ser
Sem aplausos.
Letristas em Cena
129
REVOLUÇÃO 2014
Brasil, o país das maravilhas.
Maior extensão de água e tanto mar
Cerrados, rios, riachos e matas.
Berço de beleza natural
Povo, que teme a depredação.
Desta beleza cheia de encantos mil
Entramos nessa luta pra vencer
A hipocrisia que devasta o Brasil
Avante, avante vamos reagir.
A mobilização já começou
Não tente desistir, não vamos renunciar.
A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar.
Saúde, educação e moradia.
O direito de ajudar a governar
Com planilhas de custos publicadas
Pra que possa o cidadão fiscalizar.
Fora, fora, governantes que trilharam.
No caminho da maior corrupção
Sem direitos de ao Palácio retornarem
E ditarem o que fazer com a nação
Queremos baixar nossos impostos
Passe livre para o trabalhador
Mesa farta para todo cidadão
Com justiça, liberdade e amor.
Bis
Coletânea de Letras Musicais
130
Avante, avante vamos reagir.
A mobilização já começou
Não tente desistir, não vamos renunciar.
A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar.
Letristas em Cena
131
RUA BRASIL
( musicada por Luciane Casaretto)
Aqui passam bicicletas velhas, carros importados.
Homens descalços, crianças amedrontadas.
Palhaços, gente chorando, cantando.
Gente mentindo. Mulheres sinceras
Mulheres guerreiras, sofridas.
Também as trapaceiras
Passam pipoqueiros, festas juninas, lua cheia.
Lampião. Sol ardente, tempo quente.
Inverno e solidão. Passam mendigos
Papagaios, andorinhas, gaviões.
Passam também as desilusões
Passam nuvens de fumaça, aviões, mares.
Navios estrangeiros, diplomatas, cidades.
E capitais. De tudo passa um pouco
Nocivos, perigosos e loucos.
Passam crianças pedintes, mauricinhos.
Prostitutas, ventania, temporais, lixeiros.
Padeiros, vendedores, bicheiros.
Folias dos carnavais
Passa os anos, a coragem e a dor.
O medo o terror. Passam rios
Balas perdidas, o sono.
Pessoas corrompidas
Passam riquezas, ladrões, drogas.
Coletânea de Letras Musicais
132
Até disco voador e astronautas
Passam vidas passadas
Águas poluídas, magoadas.
Passam governos, juízes, paixões.
Dissabores, almas penadas.
Vagões. Passa o tempo
E os reis desatentos
Deixando que passe
E atravesse o mar
Amazônia
Letristas em Cena
133
O SABOR DA AMIZADE
Tudo começou da ousadia
Talvez um sonho, nada mais.
Havia pedras no caminho, havia.
Mas a coragem não ficou pra traz.
Quando um amigo escreveu:
A palidez da noite não importa
A lua se esconde e logo volta
A brilhar...
E o vento dança no mesmo lugar
Leva teu escudo e enfrenta
Conhece a ti e isso é o que interessa
Comece a voar...
Voei... Voei... Voei.
As minhas mãos cansadas, ávidas.
Suguei... Suguei... Suguei.
As pedras rolaram, a porta se abriu.
E a bonança logo surgiu
Voei... Voei... Voei.
As minhas mãos cansadas, ávidas.
Suguei... Suguei... Suguei.
As pedras rolaram, a porta se abriu.
E a bonança logo surgiu
Amigos, mais amigos e muitos mais amigos.
De repente uma cidade, um rio.
Uma canção, mais mil canções,
Um novo continente,
Palavras, versos, rimas,
Coletânea de Letras Musicais
134
Das cantigas e fadigas.
Um livro se abriu.
Voei... Voei... Voei.
As minhas mãos cansadas, ávidas.
Suguei... Suguei... Suguei.
Voei... Voei... Voei.
As minhas mãos cansadas, ávidas.
Letristas em Cena
135
SAMBA DO POVO
O povo sambou, a noite inteira.
Quem não sambou jogou capoeira.
Quem não fez nada, dormiu.
A noite inteira
O dia inteiro
O ano inteiro
O povo sambou, na madrugada.
E durante o dia, saiu na avenida.
Sambou, o povo sambou.
E do samba fez nascer um novo dia
Quem quiser entrar na roda de samba
Não deixe o vizinho te incomodar
Faça reza forte pra ele acalmar
Mas vá ao samba, sambar.
Vá acordar a dona consciência
Que dormiu o dia inteiro
A noite inteira
O ano inteiro
Chama pra sambar, o povo brasileiro.
Bota pra acordar, governante desordeiro.
Chama pra sambar, o povo brasileiro.
Bota pra acordar, governante desordeiro.
Coletânea de Letras Musicais
136
SAUDADE TUA
( musicada por Luciane Casaretto)
Vou sair por ai
Sufocar minha dor, noite adentro.
Arrancar esta dor que consome
Ah! Se Avisar sem demora
Cortando o abismo da minha alma
Que cala por amor, Esta dor tão amarga.
Vou voar com a voz
Alcançar o infinito
Deixar recados, através dos meus gritos.
Sonhar feito anjo
Fazer as promessas que fiz
Colorir nosso leito
Rimar meus versos
Na saudade tua
Vou sair por ai
Sufocar minha dor, noite adentro.
Arrancar esta dor que consome
Ah! Se Avisar sem demora
Cortando o abismo da minha alma
Que cala por amor, esta dor tão amarga.
Vem brincar comigo
Neste sonho de grandes amantes
Transformar meus medos
Em desejos tão louco por ti
Mover o infinito
O eco das vozes, meu corpo.
Letristas em Cena
137
Acordar um poema
Dos versos em dor
Da saudade tua
Da saudade tua
Da saudade tua
Coletânea de Letras Musicais
138
SEU AMOR É UMA ILUSÃO DE ÓTICA
Quando eu olho para o alto
Disfarçando uma saudade
Vejo a lua bem depressa deslizando
Entre as nuvens que no céu se vão
Uma ilusão, de ótica.
São as nuvens movidas pelo vento
Na imensidão.
Assim, é o seu amor.
Parece tão perfeito, mas é dor.
Enquanto você passa como as nuvens
O vento sopra forte em meu coração.
E a saudade, tem seu fim.
Eu sei que se eu tentar
As nuvens alcançar...
Não vou conseguir
E a tempestade vai continuar
Eu disfarço esta saudade
Por que as nuvens são reais
E olhando para o céu
A lua me consola
Assim como eu, está sempre.
No mesmo lugar
O seu amor
É uma ilusão de ótica.
Letristas em Cena
139
SOMENTE POR AMOR
Não me olhe simplesmente
Tão somente por prazer
Sou ser humano carente
Posso me envaidecer
Quero mais que a cor dos olhos
Mais que um traje a rigor
Quero alem da amizade
Alem da paixão, quero amor.
Cansei-me das aventuras
Céu e mar estão pequenos
Não abrigam mais palavras
Nem suportam mais venenos
Não exiba os teus olhos
Que o olhar já não importa
Conheci todos os olhares
Nas minhas idas e voltas
Nas minhas idas e voltas
Não sufoque a minha taça
Desse vinho que embriaga
Nem me leve pra uma dança
Nesta alta madrugada
Quando você for embora
Se o acaso acontecer
Volte na segunda feira
Com o amor que eu quero ter.
Coletânea de Letras Musicais
140
TELHADOS DE VIDRO
Menino de rua, sozinho em meio à multidão.
Jogando olhares pidonhos
Sufocam olhares, medonhos.
Fazendo tremer a cidade confusa
Indiscretamente hipócrita!
Trancafiada na sua indiscrição.
Golpes fatais, indignação!
Cidadão!
Ele só quer descansar na rua ao lado
Observar os palácios da cidade
E seus telhados de vidro
Adormecer num papelão
Acordar sorrindo
Com duas simples moedas.
Ser, ser, ser, Cidadão!
Telhados de vidro, assistidos.
Já não confundem menino
Golpes fatais, indignação!
Com duas moedas apenas
Entra um sorriso em cena
Sobre qualquer papelão
Cidadão! Cidadão!
Letristas em Cena
141
VAI, VAI BRASIL!
(musicada por Vuldembergue Farias)
Nasceu um poeta que se dava o respeito
Era amigo do peito, de um escravo sofredor.
O tempo passou, e o poeta encantou.
Descreveu sua história, pra tirar a dor, do peito.
A Princesa já havia passado
Pra sempre libertado
O escravo sofredor
Mas, de Lei em Lei, eis o pecado.
De senador em senador, nasce.
O escravo remunerado
Entrou na dança, toda raça, toda cor
Criaram pontes, ao criarem tantas Leis.
E para esconder a grande explosão
Inventaram: bolsa família e cesta básica
Cobrando imposto dobrado
Trocaram a fome pela desilusão
Fizeram amigos e abriram fronteiras
Onde passam drogas e armas pesadas
Por onde se faz política intensamente
Fazendo o povo perder a estribeira
A democracia é muito disputada
A lei se confunde em seus mil e um artigos
Vai pra cadeia o bom cidadão
Pode crer os bandidos se passam de amigos.
Coletânea de Letras Musicais
142
Vai, vai, vai
Brasil de mil e uma cores
De ódio e amores
De soberanos infiéis
Vai, vai, vai,...
Levar pra eles o meu recado
Diga que já me cansei
De ser. Escravo remunerado.
Letristas em Cena
143
VEGETAÇÃO
Hoje acordei com um nó na garganta
Nada está no lugar, tudo virou arrogância.
Eu já não sei se o tempo vai curar
Este domínio de mercado furado
País das maravilhas que virou babado
Todo mundo grita, todo mundo quer.
Não tem pra homem, nem tem pra mulher.
Eu olho a minha cara no espelho
E me pergunto se ainda quero viver
Pagando limousine, carro importado.
Pra quem deveria cuidar do meu Ser
Pra conseguir um emprego melhor
Falam que preciso me especializar
Enquanto vejo sentado no trono
Dando ordens, sorrindo a falar.
Um homem qualquer
De qualquer lugar
Eu quero mudar meu país
Mas não me deixam.
Ratos doentes,
Inconsequentes
Bolinhas de sabão
Que se vão
Baratas espertas
Infectadas
Na minha mesa, não!
Coletânea de Letras Musicais
144
É uma roubada
Partidos quebrados
Ninhos de cobras
Painel de recados
Sem cara na cara
Sanduiche a moda de nada
Eu quero cuidar do que é meu
E não me deixam
Não quero matar os judeus
Disso não se queixam
Não quero lavar meu dinheiro
Nem ao povo dizer: Meu Deus!
Me deixem.
Todo mundo grita, todo mundo quer.
Não tem pra homem, nem tem pra mulher
Eu quero mudar meu país
Mas não me deixam
Letristas em Cena
145
CARLOS ALBERTO COLLIER FILHO
(CHARLOT COLLIER)
Busca 0146
Céu encarnado 0147
Menina Rosa dor 0148
Meu velho pai 0150
Coletânea de Letras Musicais
146
BUSCA
Vou
Já nem sei onde encontrar
Busco a mim dentro dos outros
Pelas coias a procurar
Busco
Busco a DEUS não sei por quê
Um amigo particular
Busco terra meu lugar
Busco
Chão vermelho para pisar
Céu azul para sonhar
Ora o que é que há
Teu teclado enferrujou
Soluções não vais me dar mais
Confessor.
Letristas em Cena
147
CÉU ENCARNADO
Homenagem a meu filho
Carlos Alberto Collier Neto (Beto).
Quero mais não te ordeno
Calmo e sereno
Sempre a predizer
Que algo a se transformar
Muda de lugar
Com os temporais
Carlinhos criança
Que não dança a dança
Dizendo sonhar
Carlos que renova, retira, renova
Com medo de errar
Carlinhos crescido
No sonho encantado
No certo ou errado
No céu encarnado.
Coletânea de Letras Musicais
148
MENINA ROSA DOR
Resolvi não sei por que
Dar um ponto de parada
Pra tentar rememorar
O que eu sempre quis guardar
Procurando pelo sonho
Pela estrada percorrida
Cheguei enfim a infância
Esplendor de minha vida
Aí encontrei três rosas
Cada uma de uma cor
Uma rosa outra vermelha
E por fim rosa da dor
Perguntando a primeira
Onde era o meu caminho
Recebi como resposta
Um não sei fiquei sozinho
Perguntando a vermelha
A mesma decepção
E por fim rosa da dor
Que me disse com emoção
Procurando mais a frente
Pela estrada percorrida
Encontrei uma menina
Que brincava com uma flor
Letristas em Cena
149
De beleza se confunde
Coma flor em suas mãos
Mais de alma desenganos
Aí perdi meu coração
Olhei pétalas tão brancas
De uma alvura infinita
Ri de mim de meu amor
Ri da rosa que era dor
Acordei olhei pra vida
Meu olhar então molhou.
Coletânea de Letras Musicais
150
MEU VELHO PAI
Homenagem a meu pai
Carlos Alberto Collier.
Nas cordas do violão
Vou compondo esta canção
Com auxilio do pandeiro
Vou falar para o mundo inteiro
O que vem do coração
Do amor mais profundo
Que eu trago em meu peito
Do amigo e companheiro
Você foi sempre o primeiro
A me dar esta lição
De como viver a vida
Você foi a inspiração
Pelo tempo e pela vida
Fui compondo esta canção
Meu velho pai
Eu te agradeço
Com todo apreço
Quero me lembrar de você.
Letristas em Cena
151
CHICO PIRES
Acreditar e mudar
Ai nasceu o amor
Amando você
Amanhecer e renascer
Amigos, alma e fé
Amor em ascensão
As razões de estar aqui
Assinte
Balada pra amar
Boa ação
Boas horas
Caminho de fé
Chance de vida
Chegando com luz
Conscientizando
Contrassensos
Convivendo com as críticas
Coração alerta
Desidério
Divagando
Escute o meu som
Filha
Forte amizade
Gente pequena
Imagens de paz
Inocência
Interrogações
Linda maranhense
Livre como o pássaro
Luz vinda da floresta
Mãe
0154
0155
0156
0157
0158
0159
0160
0161
0162
0163
0164
0165
0166
0167
0168
0169
0170
0171
0172
0173
0174
0175
0176
0177
0178
0179
0180
0181
0182
0183
0184
Coletânea de Letras Musicais
152
Magia do sol
A maternidade
Menina que mudou a vida
Meu canto
Meu coração insiste
Minhas dádivas
Moçada alegria
Momentos mágicos
Nada além
Naturalmente natureza
Natureza
Nos bares da vida (Sampa bares)
Olhar no caminho
Olhos lindos
Olhos pequenos
O sol chega com você
Pensando a vida
Povo de Jesus
Quando sobra o tempo
Querer é poder
Reacendeu o amor
Reencontro
Reflexão
Saudade
Sentimento menino
Serena e marcante
Sertão esquecido
Sétimas
Simples presença
Simplesmente saudade
Sol de todo dia
Sol é vida
Sonho, vida, vitória
0185
0186
0187
0188
0189
0190
0191
0192
0193
0194
0195
0196
0197
0198
0199
0200
0201
0202
0203
0204
0205
0206
0207
0208
0209
0210
0211
0212
0213
0214
0215
0216
0217
Letristas em Cena
153
Sua Santidade
Submergir
Tarde de domingo
Tempo de consertar
Tempo de mudar
Trem da vida
Tudo por seu sorriso
Tudo renascerá
Tudo tem seu tempo
Um olhar diferente
Um pedaço do Pantanal
Verso e reverso
A vida de cada um (Maravida)
Vida dolorida
Vida, momentos, memória
Vivendo pra crescer
0118
0219
0220
0221
0222
0223
0224
0225
0226
0227
0228
0229
0230
0231
0232
0233
Coletânea de Letras Musicais
154
ACREDITAR E MUDAR
Eu vou embora
Eu vou pra longe
Mas é fácil chegar
Um avião te leva lá
Acredito que você vai pelo coração
Só ele sabe de emoção
Só ele sabe de superação
Só ele sabe de gratidão
A vida da gente tem que mudar
E o jeito é sair do lugar
Toda estrada é sinuosa e longa
Com o primeiro passo vai ao longe
Tudo passa pelo acreditar
Fé na vida se transformar
Às vezes vem à bifurcação
Com esse sentimento sai à decisão
Nossos caminhos estão abertos
Só depende de nós torná-los completos
Para cada momento de fraqueza
Tem sempre outro de realeza
Letristas em Cena
155
AI NASCEU O AMOR
Foi num encontro casual
Fora da vida normal
Nele se deu a ligação
Que amansou meu coração
Nos dias que se seguiram
Dúvidas no ar pairaram
Meu telefone você não atendia
Sem saber o porquê da rebeldia
Mas a vida tem seu segredo
Deu um jeito de te trazer
Não sei se amor ou medo
Mas você veio me ver
Vi que uma lágrima rolou
Seu rosto inteiro molhou
Escorrendo pela tua face
E foi caindo o seu disfarce
Palavras já não dizem nada
O amor sempre fala mais alto
Vai por toda a madrugada
Sem briga nem sobressalto
Coletânea de Letras Musicais
156
AMANDO VOCÊ
Acordei de madrugada
Aquela saudade gostosa
O que faz você agora
Me segurar até que hora
Andei pela casa vazia
Imaginei você comigo
Como numa terapia
Sua presença eu sinto
Quando o dia clarear
O sol no seu quarto entrar
O raio de luz te despertar
De mim irá lembrar
Adormeci com sua foto do lado
Sua imagem na minha retina
Ao toque do telefone acordo
Sei que é você, minha menina
Recompensa da noite perdida
Seu carinho me refaz
Eu sei que sou capaz
De te amar por toda vida
Letristas em Cena
157
AMANHECER E RENASCER
Pra que correr dos sentimentos
Eles são os meus momentos
A alegria de uma chegada
A tristeza na hora da partida
Na vida sou livre pra decidir
Tenho meu caminho pra seguir
Não importa quantos foram os tropeços
Levantei e corri para os abraços
Acordar com o coração leve
Esquecer as peças que a vida pregue
Abrir a janela a cada amanhecer
O sol está lá pra me amadurecer
Bons sentimentos me levam adiante
Amigos são meu porto seguro
Então não tenho medo do escuro
Sou do mar da vida um navegante
Cada sopro desse vento no rosto
O pé preso na areia de solo pastoso
As pedras no caminho eu retiro
Os sorrisos na memória eu revivo
Coletânea de Letras Musicais
158
AMIGOS, ALMA E FÉ
Todo ano, sempre uma manifestação
Algumas palavras vão direto ao coração
Nessa hora a gente descobre
Quem nossa alma enobrece
Outras são simples comemorações
Que não mexem com nossas emoções
São ditos puramente sociais
Nossa alma sempre pede mais
Amizade é um sentimento nobre
Ela existe até do rico pelo pobre
Ela representa o nosso suporte
Ouro que não depende de aporte
Os amigos nos levam às lágrimas
Junto com eles sempre temos as rimas
Com eles temos sempre alegria
Que nossa vida ilumina e a alma contagia
Vivo sempre por eles, com eles
Estreitando nossas relações
Lapidando nossas emoções
Os sentimentos saindo de nossas peles
Junto deles nos sentimos fortes
Nada poderá nos destruir
Calmaria por todo o caminho
Pra eles todo o nosso carinho
Letristas em Cena
159
AMOR EM ASCENSÃO
No meio da madrugada
Afaguei seus cabelos
Olhei tua face tranquila
Vontade de te acordar
O tempo passou, eu adormeci
Quando despertei, você ainda dormia
Ao murmurar em seu ouvido
Nosso tempo havia terminado
Você acordou e me olhou
A emoção nos dominou
A razão clamou para sairmos
Mas o desejo falou mais forte
Daí pra frente nos entregamos
Beijos, abraços e carícias
Nessa hora não existem malícias
Só posso dizer que amamos
Você tão linda num abraço
Me realizei nesse amasso
O dia chegou pra clarear
E pra realidade a gente voltar
Coletânea de Letras Musicais
160
AS RAZÕES DE ESTAR AQUI
Nas voltas que a vida dá
Não notas do que é capaz
Quantas coisas já fizestes
Tantas saudades por ai deixastes
Se seguistes o caminho do amor
Se despistes das carrancas da dor
Completastes o legado da caridade
Contemplastes o fundado da verdade
Nos desvios incrustados na paixão
Os lírios cortados pelo facão
Nos sentimentos dependentes do coração
Os arrependimentos pendentes de solução
Nas realizações feitas com o coração
Nas sensações benditas da oração
Nos entremeios oriundos da palavra
Nos anseios dos mundos em luta brava
Como entender o homem que gera violência
Precisa ascender a esfera de outra existência
Se tudo passar longe da tua compreensão
Apressar e ver aonde dar tua colaboração
Letristas em Cena
161
ASSINTE
Você me viu natural
Num clima total
Nem pensa que eu sou
Um cara legal
A vida me deixa um tanto
Absorto, portanto
Não tente entender
Procure compreender
Vivo procurando uma razão
Mas nunca encontro
Pra mim a procura é o porto
Pra amansar meu coração
De papo em papo procuro
De beijo em beijo agarro
Abraço a saudade
Te amo de verdade
Meu tempo não tem limite
Sua ausência é um assínte
Caminho em sua direção
Me aperta a emoção
Coletânea de Letras Musicais
162
BALADA PRA AMAR
Veio tudo num estalo
Minha vida num segundo
E caiu o meu mundo
Depois daquele embalo
Fui na balada pra te ver
Não sabia o que ia acontecer
Quando fitei seus olhos negros
Você mexeu com meus sentimentos
Saia nas noites pra caçar
Ninguém fazia minha cabeça
Menina, você me fez por ti apaixonar
Agora só você na minha lembrança
Deixei de ser inconsequente
Descobri que era carente
Feliz naquela hora
Doente quando ia embora
Mudou o sentido da minha vida
Valorizo mais o amor
Companhia para a jornada
Que se dane o pudor
Você comigo joia rara
Vou lapidar meus sentimentos
Chutar pro alto os desalentos
Você é a minha cura
Letristas em Cena
163
BOA AÇÃO
Ter uma boa ação
Não é ter só boa intenção
O espírito precisa de renovação
Fazer tudo com o coração
As pessoas temos que ajudar
Muito amor a elas dedicar
Saúde não vai lhe faltar
Se você se dispuser a trabalhar
Um sorriso mexe com nossas emoções
O agradecimento traz luz aos rincões
Trocando forças aos montões
Fazendo bem a todos os corações
Levante, olhe em volta
Tira da alma essa revolta
Jesus por você está chamando
Para tua vida ir mudando
A certeza do dever cumprido
Agradeço por lá ter ido
Minha ajuda é pequena eu sei
Mas foi com amor que realizei
Coletânea de Letras Musicais
164
BOAS HORAS
Ouvindo os sons das ondas do mar
Não tem como não lembrar
Você comigo por aqui andou
Lembro que tudo aqui te encantou
A beleza dessas areias
Amor correndo em nossas veias
Um carinho, um afago, um beijo
Recordo tudo e não tem jeito
Ai o pensamento voa
Afinal estou aqui numa boa
E a serenidade me domina
A felicidade não me abomina
Voltar nesse paraíso
Andar por cada pedaço
Lembrar sempre do sorriso
E daquele lindo abraço
As lembranças são as propulsoras
De todas as nossas emoções
Recordar sempre das boas horas
Guardadas em nossos corações.
Letristas em Cena
165
CAMINHO DE FÉ
Um novo sol nascerá
Uma nova vida surgirá
Nos caminhos percorridos até aqui
São os alicerces do novo tempo
Na nova estrada não tem ilusão
Tudo vai passar pelo coração
Firmeza nas novas atitudes
Regradas nas responsabilidades
Nessa nova etapa de renovação
A vida agora por outra visão
Ficam pra traz as amarguras
Retiradas todas as armaduras
O amor como base de tudo
A caridade renovando a fé
Que cada passo tem seu sentido
Acreditar e esse caminho percorrer
Coletânea de Letras Musicais
166
CHANCE DE VIDA
Quando a vida te colocou no meu caminho
Acredite foi pra te fazer bem
Você é toda carinho
Estava precisando de alguém
Nunca sabemos quando encontrar
Nunca sabemos quando entregar
Nunca sabemos quando nos doar
Nunca sabemos quando ajudar
A vida é mesmo assim
Você chegou pra mim
Algo que disse te encantou
Fico feliz que você mudou
Nossos caminhos nós fazemos
Teremos tudo que construirmos
Não importa o trabalho
A dignidade tem que estar presente
Lutar sempre por um ideal
Viver bem é que é legal
Nossas coisas conseguir
Um irmão sempre instruir
Letristas em Cena
167
CHEGANDO COM LUZ
Você sempre chega de mansinho
Sua luz resplandece no ambiente
A todos distribui carinho
Com sua expressão caliente
Difícil de você não gostar
Seu sorriso nos faz ficar
Seu jeito a nos inebriar
Desejo de nunca terminar
Uma vida de princípios
Desprezando todos os vícios
Livre de todos os indícios
Linda com seus artifícios
Receber sempre uma mensagem
Participar da sua miragem
Ver tudo pela sua imagem
Emoldurada por uma linda ramagem
Partilhar sua amizade
Me enche de felicidade
Viver essa realidade
Aqui e na espiritualidade.
Coletânea de Letras Musicais
168
CONSCIENTIZANDO
Porque você me olha assim
Eu não represento essa horda
Que com tudo pouco se importa
Trabalho nesse ínterim
Prefiro esse trabalho sujo
Que teu dinheiro imundo
Dele sim eu fujo
Com ele chegaria no fundo
Minha alma pede razão pra viver
Nesse mundo de ilusão
A quem vou recorrer
Tenho que achar a solução
Investigando atos alheios
Deles e contra minha vontade
Entendo melhor meus anseios
Em busca de liberdade
Acha que estou divagando
Abra a janela ao seu lado
Veja o horror estampado
E uma mãe chorando
Esperarás até quando
Levante, caminhe, lute
Grite até que escute
E tudo ir mudando.
Letristas em Cena
169
CONTRASSENSOS
Limpar a mesa no fast-food americano
No bar do lado largar ao abandono
Criticar a filha da vizinha
Lá no bordel fazê-la rainha
Andar nas ruas no seu próprio carro
Mas pra isso sempre pagar caro
Políticos que emporcalham a cidade
Isso é falta de civilidade
Fumar durante o almoço
A refeição não é caroço
Todo homem tem sua mulher
Mas fora de casa é o que ele mais quer
Elogiar tudo que vem de fora
Temos os melhores profissionais
Excelentes produtos nacionais
Porque você não vai embora
Camisa da empresa ninguém usa
Em outra língua sempre veste
Às vezes até abusa
O preconceito, essa peste.
Coletânea de Letras Musicais
170
CONVIVENDO COM AS CRÍTICAS
Todo mundo gosta de criticar
Mas ninguém vem pra te apoiar
As pessoas sempre agem assim
Coisas ruins falam de mim
Se procuro pelo melhor
Porque quero ser superior
Se não gosto do que me mostram
Sou exigente demais é o que falam
O importante é estar consciente
Minha mente em ritmo atuante
Das mazelas do mundo não sou responsável
Apenas tenho que ser mais maleável
A certeza do melhor fazer
Outras pessoas não comprometer
Construir sem vangloriar
Sorrir pra vida melhorar
Otimismo é o caminho da vida
Nunca reclamar da lida
Sem ela você não vai prosperar
E dos teus amores poder cuidar
Letristas em Cena
171
CORAÇÃO ALERTA
Eu sei que vou vencer
Quem me quer, me quer
Quem não quer, vai embora
Pra isso não tem hora
Por você tranquei meu mundo
O tempo todo respirando fundo
Pensei, não vou aguentar
Mas o tempo me fez superar
Os amigos me diziam
Você vai se machucar
Mas eu não quis escutar
As emoções em mim batiam
Controlei minha ansiedade
Vou ficar em liberdade
Agora vou me valorizar
Se você quiser, vem me procurar
Vou estar sempre alerta
Com minha mente aberta
Tudo que você propuser
Meu coração vai entender.
Coletânea de Letras Musicais
172
DESIDÉRIO
Foi muito bom te conhecer
Assim dessa maneira
Mais parece brincadeira
Mas sei que é pra valer
Te encontrar é sorrir
È como sentir um novo porvir
Te ver é só agradecer
Minha vida enobrecer
Você é dona das minhas orações
Você faz parte das minhas canções
Quero te levar a todos os rincões
Vibrar nossos corações
Pra que sempre ser sério
Levar tudo no desidério
A vida não deve ser mistério
Senão explode o artério
Do fundo da nossa alma
Ver tudo com muita calma
Escutar a voz de quem chama
Cumprir o que ela conclama.
Letristas em Cena
173
DIVAGANDO
Eu não tenho vontade
Eu não tenho coragem
Eu não tenho amizade
Eu não tenho miragem
Vivo por aí resmungando
Vivo por aí amuado
Vivo por aí assustado
Vivo por aí sonhando
Que tudo um dia vá ser imutável
Que tudo um dia vá ser amável
Que tudo um dia vá ser irrevogável
Que tudo um dia vá ser inegociável
Quero ver as crianças brincando
Quero ver as crianças cantando
Quero ver as crianças pulando
Quero ver as crianças pintando.
Coletânea de Letras Musicais
174
ESCUTE O MEU SOM
Minha música ninguém quer escutar
O ritmo tenho que mudar
Mas um músico tenho que contatar
Para a melodia ele criar
Não faço música de consumo
Tenho sempre que mandar uma mensagem
Pra vida das pessoas ficar no prumo
O destino não ser uma miragem
Não fujo da minha responsabilidade
Procuro sempre passar a verdade
Pra que se encher de dinheiro
Prefiro ser um cara maneiro
Quando cantar uma canção
Faça sempre com o coração
Sentindo quem te escuta
Vibrando pelo que resulta
Pode ser que eu não tenha o dom
Mas por favor escute o meu som
O sentimento comanda as palavras
A melodia invoca as notas raras.
Letristas em Cena
175
FILHA
Quando você nasceu
Seus olhos negros diziam
Papai, cheguei
Meu coração de alegria se encheu
As noites em que você chorava
Apreensivos a gente ficava
Mas quando sua fome saciava
No sono você pegava
Me lembro das primeiras palavras
O primeiro passo não esqueço
Hoje orgulhoso confesso
Rolaram algumas lágrimas
Quando me lembrei do seu avô
Chorei com você no colo
Queria te ver no tapete com ele
Esse desejo na mente ficou
Pequena ainda aprendeu a ler
Sua dedicação nos deixava contente
Na formatura estava radiante
Hoje você é uma mulher
Estou esperando meu neto chegar
Pro meu legado completar
E dizer por isso a vida é boa
O amor no mundo ecoa.
Coletânea de Letras Musicais
176
FORTE AMIZADE
Tudo pode ser assim
Mesmo que precisar de mim
Pra fazer silêncio junto
Me escondo contigo fora desse mundo
Amizade não tem amarração
É união pelo coração
Dizem que não de homem pra mulher
Claro que não pode ser uma qualquer
Se os percalços da vida nos une
Não haverá aquele que nos pune
Uma palavra sempre pra dizer
A mão sempre pronta a estender
Alegria em cada chegada
De dia ou na alta madrugada
Não tem momento para se ver
O sentimento é que vai saber
Nada tem mais valor que amizade
Nada pode parar essa fraternidade
A certeza de alguém no nosso caminho
A ela dedicamos nosso carinho.
Letristas em Cena
177
GENTE PEQUENA
Acorda gente pequena
A vida te espera
O sol já apareceu
Acorda gente pequena
Você é muito mais importante
Que as coisas grandes do mundo
Acorda gente pequena
Tira a braveza do rosto
De aquele sorriso gostoso
Acorda gente pequena
Temos muito que fazer
Nos aguardam pra começar
Acorda gente pequena
Levante para a vida
Todos querem te ver
Você coloca beleza na vida
Seu jeito meigo de olhar
Sempre me faz lembrar
Das pequenas grandes coisas da vida.
Coletânea de Letras Musicais
178
IMAGENS DE PAZ
Fique em paz
Com as coisas boas
Fique em paz
O rio leva as canoas
Caminhando por um lugar
Que você nunca viu
Dizem que é secreto
Ele tem seu segredo
Descortinando as nuvens
Abrindo as florestas
Parecem miragens
As coisas que nos restam
Crianças brincando livres
Homens trabalhando unidos
Aqui as pessoas vivem
Nem sabem que estiveram brigados
Por isso eu sempre digo
Somos todos irmãos
Vibrando nossas emoções
Com os corações benditos.
Letristas em Cena
179
INOCÊNCIA
Da inocência em plena vida
Quem desse sorriso nos fez privar
Mas teu espírito vai se elevar
E mostrar sua beleza em outra vinda
Ao lado do mestre irá sentar
Junto com ele irá orar
Por todos esses homens malignos
Que de ti não foram dignos
Tua estada entre nós foi importante
Paramos pra refletir nesse instante
Quão necessária a solidariedade
No encontro com a triste realidade
Todos que aqui ficaram irão dimensionar
Suas ações com firmeza melhorar
Lembrando sempre do sorriso em seu rostinho
Como um pedido de carinho
O amor acima de qualquer coisa
Com Deus dentro do coração
Fazer sempre tudo com devoção
Pra em seu legado merecer uma poesia.
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição
Letristas em Cena 2ª Edição

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Letristas em Cena 3ª edição
 Letristas em Cena 3ª edição Letristas em Cena 3ª edição
Letristas em Cena 3ª ediçãoProfª Pettine
 
Trabalho sobre a ideologia presente nas letras de musicas oitentistas dois
Trabalho sobre a ideologia presente nas letras de musicas oitentistas doisTrabalho sobre a ideologia presente nas letras de musicas oitentistas dois
Trabalho sobre a ideologia presente nas letras de musicas oitentistas doisfrederico194320
 
História do funk carioca para oficinas escolares
História do funk carioca para oficinas escolaresHistória do funk carioca para oficinas escolares
História do funk carioca para oficinas escolaresAlinnie Moreira
 
Interpretação fico assim sem você
Interpretação fico assim sem vocêInterpretação fico assim sem você
Interpretação fico assim sem vocêElisângela Trevellin
 

Destaque (7)

Letras musicas coral
Letras musicas coralLetras musicas coral
Letras musicas coral
 
Letristas em Cena 3ª edição
 Letristas em Cena 3ª edição Letristas em Cena 3ª edição
Letristas em Cena 3ª edição
 
Letristas em Cena
Letristas em CenaLetristas em Cena
Letristas em Cena
 
Trabalho sobre a ideologia presente nas letras de musicas oitentistas dois
Trabalho sobre a ideologia presente nas letras de musicas oitentistas doisTrabalho sobre a ideologia presente nas letras de musicas oitentistas dois
Trabalho sobre a ideologia presente nas letras de musicas oitentistas dois
 
História do funk carioca para oficinas escolares
História do funk carioca para oficinas escolaresHistória do funk carioca para oficinas escolares
História do funk carioca para oficinas escolares
 
Prova SME - Português - 9º ano
Prova  SME - Português - 9º anoProva  SME - Português - 9º ano
Prova SME - Português - 9º ano
 
Interpretação fico assim sem você
Interpretação fico assim sem vocêInterpretação fico assim sem você
Interpretação fico assim sem você
 

Semelhante a Letristas em Cena 2ª Edição

Restart
RestartRestart
Restartcibele
 
Restart
RestartRestart
Restartcibele
 
02 - Proposta de redação sobre o amor - Texto dissertativo-argumentativo
02 - Proposta de redação sobre o amor - Texto dissertativo-argumentativo02 - Proposta de redação sobre o amor - Texto dissertativo-argumentativo
02 - Proposta de redação sobre o amor - Texto dissertativo-argumentativoNAPNE
 
Livro Itinerância Poética
Livro Itinerância PoéticaLivro Itinerância Poética
Livro Itinerância Poéticaguieduca
 
02 - Proposta de redação sobre o amor - texto injuntivo
02 - Proposta de redação sobre o amor - texto injuntivo02 - Proposta de redação sobre o amor - texto injuntivo
02 - Proposta de redação sobre o amor - texto injuntivoNAPNE
 
Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do BartolomeuLivro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do BartolomeuPaulo Sérgio
 
Portfolio Português 2010.2011
Portfolio Português 2010.2011Portfolio Português 2010.2011
Portfolio Português 2010.2011Clara Santos
 
pp missa 7o dia marcio
pp missa 7o dia marciopp missa 7o dia marcio
pp missa 7o dia marcioMara Sturba
 
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende PerezApresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende PerezLuis Felipe Gouvea
 
Jornal Boca do Inferno edição 29
Jornal Boca do Inferno edição 29Jornal Boca do Inferno edição 29
Jornal Boca do Inferno edição 29jornalbocadoinferno
 
Slide Show
Slide ShowSlide Show
Slide ShowOrpheu
 
Pnaic 6º encontro 2 ano
Pnaic 6º encontro  2 anoPnaic 6º encontro  2 ano
Pnaic 6º encontro 2 anomichelly
 
Exercícios Poéticos - ano 2017
Exercícios Poéticos - ano 2017Exercícios Poéticos - ano 2017
Exercícios Poéticos - ano 2017Cazuza Virtual
 

Semelhante a Letristas em Cena 2ª Edição (20)

Restart
RestartRestart
Restart
 
Restart
RestartRestart
Restart
 
Restart
RestartRestart
Restart
 
Bgm 007
Bgm 007Bgm 007
Bgm 007
 
02 - Proposta de redação sobre o amor - Texto dissertativo-argumentativo
02 - Proposta de redação sobre o amor - Texto dissertativo-argumentativo02 - Proposta de redação sobre o amor - Texto dissertativo-argumentativo
02 - Proposta de redação sobre o amor - Texto dissertativo-argumentativo
 
Livro Itinerância Poética
Livro Itinerância PoéticaLivro Itinerância Poética
Livro Itinerância Poética
 
02 - Proposta de redação sobre o amor - texto injuntivo
02 - Proposta de redação sobre o amor - texto injuntivo02 - Proposta de redação sobre o amor - texto injuntivo
02 - Proposta de redação sobre o amor - texto injuntivo
 
Lá vem a luz-
Lá vem a luz-Lá vem a luz-
Lá vem a luz-
 
Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do BartolomeuLivro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
 
Portfolio Português 2010.2011
Portfolio Português 2010.2011Portfolio Português 2010.2011
Portfolio Português 2010.2011
 
Módulo Música
Módulo MúsicaMódulo Música
Módulo Música
 
pp missa 7o dia marcio
pp missa 7o dia marciopp missa 7o dia marcio
pp missa 7o dia marcio
 
Projeto curso proinfo
Projeto curso proinfoProjeto curso proinfo
Projeto curso proinfo
 
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende PerezApresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
 
Diamundialpoesia 100503060711-phpapp02
Diamundialpoesia 100503060711-phpapp02Diamundialpoesia 100503060711-phpapp02
Diamundialpoesia 100503060711-phpapp02
 
Jornal Boca do Inferno edição 29
Jornal Boca do Inferno edição 29Jornal Boca do Inferno edição 29
Jornal Boca do Inferno edição 29
 
Slide Show
Slide ShowSlide Show
Slide Show
 
Pnaic 6º encontro 2 ano
Pnaic 6º encontro  2 anoPnaic 6º encontro  2 ano
Pnaic 6º encontro 2 ano
 
Dinamica
DinamicaDinamica
Dinamica
 
Exercícios Poéticos - ano 2017
Exercícios Poéticos - ano 2017Exercícios Poéticos - ano 2017
Exercícios Poéticos - ano 2017
 

Último

A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaFernanda Ledesma
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxkarinasantiago54
 
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptxQUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptxAntonioVieira539017
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptxPOETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptxJMTCS
 
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptxEVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptxHenriqueLuciano2
 
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao  bullyingMini livro sanfona - Diga não ao  bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao bullyingMary Alvarenga
 
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptxSlides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Prova de Empreendedorismo com gabarito.pptx
Prova de Empreendedorismo com gabarito.pptxProva de Empreendedorismo com gabarito.pptx
Prova de Empreendedorismo com gabarito.pptxJosAurelioGoesChaves
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfmarialuciadasilva17
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terraBiblioteca UCS
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLaseVasconcelos1
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdfCarlosRodrigues832670
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREVACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREIVONETETAVARESRAMOS
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptxRevolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptxHlioMachado1
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 

Último (20)

A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
 
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptxQUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptxPOETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
 
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptxEVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
 
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao  bullyingMini livro sanfona - Diga não ao  bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
 
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptxSlides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
 
Prova de Empreendedorismo com gabarito.pptx
Prova de Empreendedorismo com gabarito.pptxProva de Empreendedorismo com gabarito.pptx
Prova de Empreendedorismo com gabarito.pptx
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREVACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptxRevolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 

Letristas em Cena 2ª Edição

  • 1. LETRISTAS EM CENA Coletânea de Letras Musicais Poetas brasileiros Autores Tirollo Branca et al 2ª Edição Piracicaba/SP Sotaques/Editora 18/03/2014
  • 2. Coletânea de Letras Musicais 2
  • 3. Letristas em Cena 3 PROJETO: LETRISTAS EM CENA 2ª EDIÇÃO Copyright ©2014 Projetista: Branca Tirollo Obra – Letristas em Cena Coletânea de Letras musicais 2ª Edição ISBN: 978-85-67263-03-8 Fotografia: Colaboração Editor: Branca Tirollo Sotaques/Editora www.sotaques.com.br Contato: falex@sotaques.com.br Piracicaba/SP/Brasil Todos os direitos reservados aos autores: Ananias Domiciano Gomes, Ayrton Mugnaini Jr., A. Singulares, Beto Clep, Branca Tirollo, Carlos Alberto Collier Filho, Chico Pires, Dhiogo José Caetano, Etel Frota, Gilbertto Costta, Iso Fischer, I. Malforea, Julio César Nascimento, Kátya Chamma, Luiz Antônio Bergonso, Luiz Menestrel, Marcelo Salvo, Marcelo Secco, Marcos Antonio Passarelli, Neila Bittencourt Pereira, Nertan Silva-Maia, Priscila Pettine, Renata Machado Gomide, Renato Brito, Rolan Crespo, Rosangela Calza, Rosi Lopes, Samuel Neri, Sonekka, Suzete Oliveira Camargo Dutra, Tato Fischer, Telma Sanchez, Thiago Augusto Arlindo Tomaz da Silva Crepaldi, Valéria Pisauro, Valdemir A. F. Barros, Vuldembergue Farias, Wander Porto, Xavier Peteó, Zezinho Nascimento, Zizen.
  • 4. Coletânea de Letras Musicais 4
  • 5. Letristas em Cena 5 APRESENTAÇÃO QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER... Os versos de Geraldo Vandré da canção “Pra não dizer que não falei das flores” retratam muito bem a tarefa a que Branca Tirollo se propôs, já no ano passado, continuando agora a saga: editar um livro que contenha o maior número de letras de música do Planeta Terra, coisa para o GuinessBook. Ano passado saiu a primeira edição virtual, em impressão real a todos os interessados, e agora, em 2014, ela se propõe a reeditar aquele, com novas letras de música acopladas. Participante do Clube Caiubi de Compositores, conclamou seus associados a participarem do feito, sendo atendida por vários, e alguns deles se achegam para esta segunda edição. Quando se vê o trabalho pronto, parece que a tarefa engendrada foi muito fácil; quem tem cabelos, sabe quanto cai; quem tinha, também. Parabéns, Branca Tirollo! Continue nessa pegada, hora dessas estaremos no Guiness Book. Quero ainda mais fortalecer seu empreendimento, usando da máxima que aprendi como sendo de Regina Brett, jornalista americana, com a qual compus uma canção, SER FELIZ, por entender que tais palavras não serviriam apenas para mim: O QUE PENSAM DE VOCÊ NÃO É DA SUA CONTA! Tato Fischer São Paulo, 23 de janeiro de 2014.
  • 6. Coletânea de Letras Musicais 6
  • 7. Letristas em Cena 7 AGRADECIMENTOS Ainda que saibamos o que as mazelas do orgulho podem causar em nós, não hão de obscurecer jamais a gratidão que reside em nossa alma, mesmo que muitos orgulhosos creiam merecer todos os elogios maniqueístas só para si. Eis aqui o resultado de uma coletividade de somadores de ideias; idealistas irrecuperáveis que debruçam agradecimentos aos deuses de todas as inspirações, às musas de todos os poetas e a todos os seres materializados que, servindo de instrumento mágico e divino, tornam tudo possível. Somos gratos por mantermos nossa sanidade em meio à loucura que é viver sonhando. Os Caiubistas vivem sonhando, cantando e contando sonhos. Aos nossos familiares queridos que sempre nos incentivaram e apoiaram ainda que em noites boêmias vão os nossos singelos agradecimentos. Agradecemos humildemente a Branca Tirollo por todo o esforço, dedicação e empenho que debruçou para tornar esse projeto possível. Projeto este que, de início sendo de um, tornou-se de todos como réplica de milagre divino que multiplica todas as unidades e cria a propagação. Somos gratos ao Pai Universal por permitir a nós todas as possibilidades de realizações. Sem a liberdade de agir, de
  • 8. Coletânea de Letras Musicais 8 se rebelar e manifestar que nos fora concedida, a arte não seria possível, então somos gratos. Por fim, não esgotamos aqui todas as possibilidades e muitos outros textos serão criados, frutos de mentes pensantes e de corações pulsantes. Portanto, agradecemos aos nossos parceiros e leitores por permanecer acreditando no trabalho de todos os Letristas que estão em cena e daqueles que ainda estarão. Priscila Pettine
  • 9. Letristas em Cena 9 ÍNDICE Autores Ananias Domiciano Gomes Ayrton Mugnaini Jr. A. Singulares Beto Clep Branca Tirollo Carlos Alberto Collier Filho Chico Pires Dhiogo José Caetano Etel Frota Gilbertto Costta Iso Fischer I. Malforea Julio César Nascimento Kátya Chamma Luiz Antônio Bergonso Luiz Menestrel Marcelo Salvo Marcelo Secco Marcos Antonio Passarelli Neila Bittencourt Pereira Nertan Silva-Maia Priscila Pettine Renata Machado Gomide Renato Brito Rolan Crespo Rosangela Calza Rosi Lopes Samuel Neri Sonekka Suzete Oliveira Camargo Dutra
  • 10. Coletânea de Letras Musicais 10 Tato Fischer Telma Sanchez Thiago Augusto S. Crepaldi Valdemir A. F. Barros Valéria Pisauro Vuldembergue Farias Wander Porto Xavier Peteó Zezinho Nascimento Zizen *************************** Epílogo Índice geral
  • 11. Letristas em Cena 11 ANANIAS DOMICIANO GOMES Banho de sol 0013 Cadê meu pandeiro 0014 Campeonato de preservação 0016 Coruja 0017 Demorou 0018 Funk dos manos 0019 Lele, lelo, lele, lela. 0021
  • 12. Coletânea de Letras Musicais 12
  • 13. Letristas em Cena 13 BANHO DE SOL Hoje e sexta feira O fim de semana esta inteiro Planejei tudo certo Para não dar o inverso Vou gastar meu dinheiro Vou pular na areia Vou jogar futebol Deixei tudo combinado Para que nada de errado Vou tomar banho de sol Vou pegar um voo Voar de avião Voar o Brasil Onde todos me viram Vou até o Japão Sou brasileiro Di coração Esse é o meu perfil Sou mais Brasil Pais dos campeões
  • 14. Coletânea de Letras Musicais 14 CADÊ MEU PANDEIRO Cadê meu pandeiro cadê, cadê Estou querendo achar Estou querendo achar Hoje é fim de semana Fim de semana Estou querendo sambar Vou chamar meus amigos Meus amigos, todo o cidadão Todo cidadão vai lá Convocar o mundo inteiro Pra festa da união Trabalhei a semana Inteira Semana inteira Quase que não deu pra procurar Eu senti uma dor no peito Quero achar meu pandeiro Pra fazer uma festa no jeito Cadê meu pandeiro cadê, cadê Estou querendo achar Estou querendo achar Hoje e fim de semana Fim de semana Estou querendo sambar Esta tudo bem certinho Bem certinho Pra festa começar Pra começar
  • 15. Letristas em Cena 15 E no meio da bagunça Perdi meu pandeiro E não consigo achar Cadê meu pandeiro cadê ,cadê Não consigo achar Não consigo achar Hoje é fim de semana Fim de semana Estou querendo sambar
  • 16. Coletânea de Letras Musicais 16 CAMPEONATO DE PRESERVAÇÃO Levantei pensando Que poderemos mudar Para no futuro Não passarmos sede. Cultivando nossas matas Limpando nossas nascentes Preservando nosso verde Nossa vida será mais bela Com o espelho da natureza Se trabalharmos todos juntos Venceremos com certeza Vamos convocar o mundo Nação por nação Para um grande campeonato De preservação Onde o premio e o verde E quem preserva é campeão
  • 17. Letristas em Cena 17 CORUJA Gavião que cume A coruja que esta No toco A bicha e feia que dói Mexe e corrói Vai pro toco Cantou a noite inteira E o gavião só de olho O bicho vai pega É asa que vai voar Mostrar quem somos Gavião acostumou Voltar lá no toco Coruja malvada Esta desconfiada Não quer mais sair do toco Gavião montou campana Armou sua barraca Quando ela sair O bicho vai subir Quebrar a estaca
  • 18. Coletânea de Letras Musicais 18 DEMOROU Demorou, demorou Inventaram um fuxico E ela me deixou Inventaram um fuxico Que eu tava traindo ela Que eu ia pro cabaré Invés de ir pra capela Demorou, demorou Inventaram um fuxico E ela me deixou Inventaram um fuxico, que Eu não gostava de trabalhar Que o meu negocio Era só beber e cantar Demorou, demorou Inventaram um fuxico E ela me deixou Inventaram um fuxico Que eu era meio bandido Só vivia atrás de mulher Largada do marido Demorou, demorou Inventaram um fuxico E ela me deixou
  • 19. Letristas em Cena 19 FUNK DOS MANOS Ola mulheres malucas que Andou no meu carrão Escutando funk ostentação Com as rodas prateadas Bancos de couros E o meu tesouro Nunca me deixa na mão Dando volta na cidade Em media velocidade Medalhão amarelo no peito Esse é meu jeito Fazendo minha vontade Cansei de andar de buzão Enfrentando lotação Então pensei E pensando planejei Entrei para funk ostentação Hoje estou por cima Só curtindo as meninas Fazendo o que eu quero Sem nem um mistério Curtindo minha vida Vou dar um conselho Para os manos Que só anda nos panos Agora estou na área Vou bater
  • 20. Coletânea de Letras Musicais 20 E não falha Mudei mudei minha aparência
  • 21. Letristas em Cena 21 LELE, LELO, LELE, LELA. Vamos brincar de esconde, esconde. Só eu e você. Sem ninguém, pra nos achar. Onde só você mim acha Eu acho você, só naquele escurinho. Onde ninguém pode ver Esse esconde, esconde. Está dando o que fala O povo já descobriu Que e só eu e você Que se encontra para brincar Lele, lelo, lele, lela. Vamos brincar de esconde, esconde. Só eu e você sem ninguém, pra nos achar. Esse esconde, esconde. Está ficando complicado Minha mãe quer ti conhecer Seu pai quer me achar Vamos dar um tempo Se não o bicho vai pegar lele, leo, lele, lea. Vamos brincar de esconde, esconde. Só eu e você sem ninguém, pra nos achar.
  • 22. Coletânea de Letras Musicais 22
  • 23. Letristas em Cena 23 AYRTON MUGNAINI JR. A primeira última vez Baianinha japonesa Eu acabei de reler a sua carta O homem da minha vida Um tiro no escuro Valsa para um sol medroso 0025 0026 0027 0028 0030 0032
  • 24. Coletânea de Letras Musicais 24
  • 25. Letristas em Cena 25 A PRIMEIRA ÚLTIMA VEZ Minha memória é como eu Deveria ser mais seletiva Cada momento que a gente viveu Pra mim é uma lembrança sempre viva Ainda lembro muito bem De tudo que a gente fez De cada primeira e de cada última vez Nosso primeiro beijo ao sol Primeira noite de luar Primeiro filme, depois primeiro jantar Primeira festa, último show A primeira flor que eu te dei Primeira chuva, último livro que eu ganhei Nossa primeira discussão Primeira vez que eu disse não Primeira vez que eu levei um bofetão Lembro muito bem de cada instante Até mesmo dos que eu não quero lembrar Eu só aprendi Após sofrer bastante Que todo mundo gosta bastante de ti Mas só mesmo tu pra te aguentar Tem uma última coisa, meu amor Que eu queria te dizer Sem medo de ser brega ou me contradizer Hoje eu queria te encontrar Pra festejarmos com prazer O meu primeiro ano longe de você
  • 26. Coletânea de Letras Musicais 26 BAIANINHA JAPONESA Baianinha japonesa Minha linda, meu amor Não vou ver maior beleza Nem em Tóquio ou Salvador Morou na Bahia E ela é sansei Vem pra minha cidade É bom demais, meu rei Que koibito Baianinha japonesa Meu tesouro, minha joia Não vou ver maior beleza Nem em Juazeiro ou Nagoya Ela tem um charme No olhar puxado Que ajuda a me puxar Pra ficar ao seu lado E eu sempre vou Não tem canto de alma Que ela não atinja Ama como gueixa E trabalha como ninja Que shigoto Baianinha japonesa Quanto love, sono crazy Não vou ver maior beleza Nem na Liberdade ou no Largo 13
  • 27. Letristas em Cena 27 EU ACABEI DE RELER A SUA CARTA Eu acabei de reler a sua carta Você me diz que me amar é coisa boa Eu reli letra por letra, até a data Já faz três anos, mas como o tempo voa De lá pra cá a gente foi brigar Uma bobagem tão pequena que cresceu Mas sei que se eu te perdoar Nessa hora quem não me perdoa sou eu A carta inclui uma foto, tu e o Nando Sorrindo e se abraçando Nem dá pra imaginar Que se a máquina pegasse pensamento Não só o filme, no momento Até ela ia queimar A resolução que a câmera não vê É a pior que eu já vi Não chega a 10 dpi Releio a carta e penso em você Vocês dois sempre brigaram Quem sabe até se mataram Ou pior, até se casaram
  • 28. Coletânea de Letras Musicais 28 O HOMEM DA MINHA VIDA Como é bom ser livre pra voar E conhecer o amor e seus mistérios Mas você não tinha que casar Teu único jeito agora é o adultério Não fui assistir seu casamento Porque o centro da atenção ia mudar Não quis estragar esse momento Não fui pra ninguém me ver chorar Hoje no meu título de eleitor Está escrito que eu sou solteiro Mas isso é mentira, meu amor Só penso em você o tempo inteiro A paixão e o desejo me consomem Você também se sente consumida Mulher de amigo meu pra mim é homem Por isso você é o homem da minha vida Você mudou seu título de eleitora Ganhou o sobrenome do marido Porém está me confessando agora Que tem um segredo escondido Foi tudo um fracasso, na verdade, Porque você com ele não se encaixam Ele exige alta fidelidade Porém a impedância dele é baixa Por isso eu fiquei maravilhado Quando você nessa vida deu um basta E hoje segue o velho ditado
  • 29. Letristas em Cena 29 “Burro amarrado também pasta” A paixão e o desejo me consomem Você também se sente consumida Mulher de amigo meu pra mim é homem Por isso você é o homem da minha vida
  • 30. Coletânea de Letras Musicais 30 UM TIRO NO ESCURO (NO AR MAIS UM CAMPEÃO DE VIOLÊNCIA) Você está tão diferente Você mudou tão de repente Ficou nervosa e totalmente irada É sorte minha que você não anda armada O teu olhar duro me inibe Parece a Lilian Witte Fibe Já sei o que está acontecendo São esses filmes que você anda vendo Eles fazem muito mais mal Que o Pernalonga e o Pica-Pau E me dão até cefaleia Tanta violência afligiu-me Se você diz que é só um filme Você pensa que é só plateia Filme com tanta paulada e tiro Me deixa aflito Parece o ar que eu respiro Sujo e gratuito O mundo hoje só tem vício Se puser cerca vira hospício Se cobrir vira circo e não do bom Se tirar foto vira anúncio da Benetton Baixaria e violência Dão cada vez mais audiência Não tem problema se tanta gente morrer
  • 31. Letristas em Cena 31 Porque sempre sobra mais alguém pra ver Eu também estou mudado E pra ninguém ficar chocado Eu me previno bastante Hoje só visto roupa rubra Pois caso eu morra e alguém descubra O sangue fica menos chocante Filme com tanta paulada e tiro Me deixa aflito Parece o ar que eu respiro Sujo e gratuito
  • 32. Coletânea de Letras Musicais 32 VALSA PARA UM SOL MEDROSO Hoje O sol tá fraco Brilhando opaco Quase mal se vê A causa Sei desde cedo Ele tem medo De encontrar você Que hoje Tá irritada Grita por nada Um bicho te mordeu Tá chata E rabugenta Quem é que aguenta? Ah, eu sei... só eu Te amo Também agora Não só nas horas Em que estás feliz E o choro Nunca foi gafe Pois desabafe Até ficar feliz Grite Se descabele Cubra minha pele Até me soterrar Mesmo
  • 33. Letristas em Cena 33 Soterrado e exangue Um beijo grande Inda vou te mandar Sabemos Que amanhã cedo Teu jeito azedo Já terá passado Não só Tua beleza, Tua fortaleza Me deixa abismado Se o Sol Estiver chocho Direi “seu frouxo, Tá pensando o quê? Esta Mulher-maravilha Todo dia brilha Mais do que você!”
  • 34. Coletânea de Letras Musicais 34
  • 35. Letristas em Cena 35 A. SINGULARES Do teu beijo Escala Sobre o dia e a noite A volta que não acontece 0037 0038 0039 0040
  • 36. Coletânea de Letras Musicais 36
  • 37. Letristas em Cena 37 DO TEU BEIJO Quero tua boca Tão minha, tão nua A minha, tua O instante do beijo encostado Beijo não calado, pintado, talhado Beijo gravado Aquele que fica na boca, segue a gente em cada passo beijo de artista, beijo de palhaço Beijo sem pecado, beijo na boa Roubado ou doado espero um beijo nunca acabado Como o vento, que - só de fazer um movimento - logo está ao seu lado Lábios que acolhem os meus Quero beijo sem adeus, nem até breve Beijo que sorri em mim faz o meu também sorrir (e beijar mais), sem fazer greve Quero teu beijo, sou sapo desfaz o meu estado e me faz nobre Quero teu beijo, sou fraco Depois me dá um abraço e me traz sorte Me dê outro beijo e quantos mais quiser Grudado, lambido, molhado - aceito o beijo que vier Selo do momento estado, perpetuado Beijo que salivo, me beije o quanto puder
  • 38. Coletânea de Letras Musicais 38 ESCALA Dança em mim, chacoalha Me batalha em sorte e suor Desperte, nessa toada o que me colore melhor Deita no meu azul vamos sumir em violetas A sua paz esquenta Nessa paleta perfeita Assim como faz o vento quando te beija e não pede licença farei o mesmo contigo noite adentro, cores intensas Dilui minha tinta no seu gosto Me desenhe em seu papel Azul embaixo, sou seu mar Em cima, um rascunho do céu Me escala em tua escala Pinta meus móveis, minha casa pinta meu corpo, meus sonhos Deixa seu quadro risonho decorando minha parede esquentando nossa amizade Seu vermelho me acende nele tem a sua imagem.
  • 39. Letristas em Cena 39 SOBRE O DIA E A NOITE O dia se você não sabe é a noite vestida de claro Quando se cansa tira sua bata cerúleo para esconder-se no escuro E veste uma camisola de estrelas para ser noite inteira
  • 40. Coletânea de Letras Musicais 40 A VOLTA QUE NÃO ACONTECE Piano que toca na noite que encosta Esperando alguém que partiu Saudade que encosta, a lágrima toca Escorrendo no rosto como um rio A Lua enquadrada, sozinha, amarela Estampada na janela aberta Espelho - me vejo e fecho a cortina Escureço sozinho em sentinela Espero de olhos vermelhos, fechados, a volta que não acontece É como andar na chuva molhado perdido, onde não se conhece É ser assaltado, agredido Não ter sábado ou domingo É como não ter feriado, descanso Sem sua voz me chamando no ouvido É como não ver as flores de Maio, de Junho e de pano É noite sem lua, a vida, um engano É praia sem mar, surfista sem onda, é ovelha sem rebanho É ter o copo vazio, não se sufocar em goles de vinho
  • 41. Letristas em Cena 41 Quintal sem criança, é vaso sem planta é céu sem o azul, é palco sem dança É sapo sem lago, Sapato molhado, é fita amarrada sem laço É quadro sem cor, dinheiro sem valor É sentir frio e não ter cobertor É dedo sem aliança É gol sem torcida vibrando É show de Rock sem banda pandeiro, sem samba, tocando É letra sem música, só ímpar, sem par Palavra jogada sem poesia É quadro sem tinta, é desabafar os versos com a parede fria É desaprender a andar De asas quebradas, não posso voar Lembranças dos beijos roubados Estalam na boca, mas não mais molhados É estar parado, apagado Viver sem sonho, no mundo jogado, ao meio-fio estirado Cachorro sem dono, maltratado Piano que toca, saudade que encosta Na noite que encosta, a lágrima toca Esperando alguém que partiu
  • 42. Coletânea de Letras Musicais 42
  • 43. Letristas em Cena 43 BETO CLEP Bem melhor do que sonhei Com você Dias de frio Folhas e flores O final vai ser feliz Por que não? (tentar ser feliz) Sem você Seus maiores segredos Tudo acabou Tudo que sei Vivemos? Vou acreditar 0045 0047 0049 0051 0053 0054 0056 0058 0059 0060 0062 0064
  • 44. Coletânea de Letras Musicais 44
  • 45. Letristas em Cena 45 BEM MELHOR DO QUE SONHEI Para Rose Farias Eu tive tenta sorte Em te conhecer Pra dar sentido em minha vida Razão do meu viver Agora estou tão feliz Você chegou, eu sei Pra preencher o vazio Que só crescia no meu coração Você é tão especial Diferente eu sei Algo tão bom pra mim Bem melhor do que sonhei Em poucas palavras Eu tento dizer O quanto te amo O quanto eu gosto de você Eu tenho tanto medo De um dia te perder Se isso acontecesse Não saberia o que fazer Pois a minha vida Só é completa com você E pra sempre do seu lado Eu quero viver.
  • 46. Coletânea de Letras Musicais 46 Eu te amo tanto Não sei nem como explicar Então eu fiz essa canção Pra me declarar Em poucas palavras Eu tento dizer O quanto te amo O quanto amo você
  • 47. Letristas em Cena 47 COM VOCÊ A tristeza que eu sentia antes Hoje eu não sinto, não Você trouxe de volta A paz no meu coração Não me diga que tudo é mentira Me diga que tenho razão Você faz tão bem pra mim Quero estar sempre assim Eu tenho muito que viver, Eu tenho tanto que aprender. O tempo todo quero estar, O tempo todo Eu quero estar com você. O tempo todo quero estar, O tempo todo Eu quero estar com você. Com você, com você, com você Com você, com você, com você. Eu lembro bem, você me disse A vida tem muitos segredos Eu não queria fingir, Então aprendi a sorrir, Só pra te agradar. Você faz tão bem pra mim Quero estar sempre assim
  • 48. Coletânea de Letras Musicais 48 Eu tenho muito que viver, Eu tenho tanto que aprender. O tempo todo quero estar, O tempo todo Eu quero estar com você. O tempo todo quero estar, O tempo todo Eu quero estar com você. Com você, com você, com você Com você, com você, com você.
  • 49. Letristas em Cena 49 DIAS DE FRIO A chuva que corroem A ferida que não dói O tempo que destrói O resto de sonhos A vergonha do espelho A imagem que me inibi Um barulho na esquina O medo eu sei que existe Dias de frio Noites de inverno Só o silêncio Ninguém por perto Dias de frio Noites de inverno Só o silêncio Ninguém por perto O medo é permanente Os dias não têm fim A segurança inexistente Minha vida é assim A solidão me incomoda E o sol quem me acorda Tudo que um dia foi perdido Tem certeza não tem volta
  • 50. Coletânea de Letras Musicais 50 Dias de frio Noites de inverno Só o silêncio Ninguém por perto Dias de frio Noites de inverno Só o silêncio Ninguém por perto
  • 51. Letristas em Cena 51 FOLHAS E FLORES Leve pra sempre contigo A lembrança de um sorriso Sem se esquecer de um grande amor Que nunca deixou de existir Lembre livros folhas e flores E paredes desenhadas Juras de amor não entendidas Lições de vida, não decoradas Nossa vida nossa casa Um retrato no portão A despedida a partida Não entendi qual a razão Eu tive medo eu tive insônia Eu não consegui dormir A minha vida indo embora Não consigo mais sorrir Se um dia perceber Que eu estou fazendo falta Pode vir pode voltar Mas por favor não faça hora Lembre só das coisas boas Esqueça as coisas ruins Tenha certeza de uma coisa Nosso amor não terá fim. Nossa vida nossa casa
  • 52. Coletânea de Letras Musicais 52 Um retrato no portão A despedida a partida Não entendi qual a razão Eu tive medo eu tive insônia Eu não consegui dormir A minha vida indo embora Não consigo mais sorrir
  • 53. Letristas em Cena 53 O FINAL VAI SER FELIZ Acorde cedo Para ver o sol raiar Respire fundo E não deixe de sonhar Eu sei que as coisas Não andam assim tão bem Mas ficar triste Nada vai adiantar A vida é um grande Quebra – cabeça Cheio de peças para montar As peças se encontram se encaixam Mesmo não sendo do mesmo lugar Quando parece O final vai ser feliz Você descobre A peça estava no lugar errado Hora de começar tudo de novo Ou quem sabe, talvez . Tentar outra vez Mas só se tem uma certeza O final vai ser feliz. Você merece Você precisa Você será Muito feliz
  • 54. Coletânea de Letras Musicais 54 POR QUE NÃO? (TENTAR SER FELIZ) Te fiz uma canção Com palavras doces Pra te trazer alivio Amenizar as suas dores Te fiz uma canção Com todo sentimento Pra te fazer sorrir E eternizar esse momento. Então, por que não? Tentar ser feliz Por que não? Então, por que não? Tentar ser feliz Por que não? Abra a janela, Olha lá fora, O dia está lindo, Levanta, acorda. Vamos lá fora Curtir e viver, Felicidade existe Só depende de você. Então, por que não? Tentar ser feliz Por que não?
  • 55. Letristas em Cena 55 Então, por que não? Tentar ser feliz Por que não?
  • 56. Coletânea de Letras Musicais 56 SEM VOCÊ Estrelas Rutilantes Sentidos sem razão Vontade de sumir Mudar de direção Pular de paraquedas Da asa de avião. Não sei por que me sinto assim Às vezes eu quero fugir E esquecer o que sofri E o que ainda vou sofrer Estou aprendendo a viver Estou aprendendo a viver sem você Estou aprendendo a viver Estou aprendendo a viver sem você Sem você, sem você, sem você Sem você, sem você, sem você Esqueço de viver os dias tristes Pensando em ir dormir mais cedo Quando penso em fugir Eu procuro dormir Quem sabe amanhã tudo irá mudar Não sei por que me sinto assim Às vezes eu quero fugir E esquecer o que sofri E o que ainda vou sofrer
  • 57. Letristas em Cena 57 Estou aprendendo a viver Estou aprendendo a viver sem você Estou aprendendo a viver Estou aprendendo a viver sem você Sem você, sem você, sem você Sem você, sem você, sem você.
  • 58. Coletânea de Letras Musicais 58 SEUS MAIORES SEGREDOS Não importa o dia , Não importa a hora, Não importa a intensidade O desejo e a vontade. Eu quero te dizer Eu quero estar só com você Mais do que isso eu preciso Ter você para sempre comigo. Eu quero estar com você O maior tempo possível Descobrir seus maiores segredos Ser muito mais que um amigo. É a mais pura verdade É a minha realidade Eu respiro fundo Me encho de coragem Só pra te dizer Eu quero estar só com você Mais do que isso eu preciso Ter você para sempre comigo. Eu quero estar com você O maior tempo possível Descobrir seus maiores segredos Ser muito mais que um amigo.
  • 59. Letristas em Cena 59 TUDO ACABOU Seus olhos não me dizem mais nada Apenas caminhos perdidos Lembranças doces e amargas Bocas dentes e sorrisos Todo tempo passado Não foi um tempo perdido As lembranças boas Guardo sempre comigo O que foi ... Um sorriso O que foi ... O paraíso Um sonho... Eu não queria acordar Aprender a recomeçar Não cometer mais os mesmos erros Saber escutar Ninguém é perfeito Como todo sonho bom Acabou ao amanhecer Tive grandes momentos Felizes com você O que foi ... Um sorriso O que foi ... O paraíso Um sonho... Eu não queria acordar Apague a luz desliga o rádio Tudo acabou
  • 60. Coletânea de Letras Musicais 60 TUDO QUE SEI Eu Aprendi coisas inúteis Já me esqueci de coisas fúteis Se viver já me ensinaram Aprendi tudo errado Perdi tanto o meu tempo Futuro e passado Melhor viver correndo Do que ficar parado Tudo Que sei Não serve pra nada E nada que sei e muito impreciso Tudo que sei não serve pra nada E o nada que sei e puro improviso Estudei mais de dez anos E mal sei escrever Quase tudo que me ensinaram Não precisava aprender A vida é um jogo Perder e ganhar E esse grande jogo Estou aprendendo a jogar Tudo que sei não serve pra nada E nada que sei e muito impreciso Tudo que sei não serve pra nada E o nada que sei e puro improviso Se o começo foi torto e desastroso
  • 61. Letristas em Cena 61 O fim pode ser melhor. E cada dia o mundo gira, O mundo gira ao meu redor E já que estou só Vou dormir mais meia hora Tudo Que sei não serve pra nada E nada que sei e muito impreciso Tudo que sei não serve pra nada E o nada que sei e puro improviso
  • 62. Coletânea de Letras Musicais 62 VIVEMOS? Vivemos no país do futuro Aonde o futuro nunca chega Vivemos uma vida turbulenta Recheada de incertezas Eu tenho medo do que pode acontecer O que será de mim ou de você Viver esta cada vez mais difícil Como vamos sobreviver Queremos um país melhor Sonhamos esperamos Mas não sabemos até quando Não sabemos até quando Só temos deveres Não temos direitos Aqui tudo se compra Aqui tudo tem seu preço Então continuamos Vivendo do avesso Um dia se vive mais No outro se vive menos Vivemos enjaulados Numa quase liberdade Se hoje estamos livres Não estamos de verdade Não existe segurança
  • 63. Letristas em Cena 63 Quem me da explicação Não saio mais de casa Tenho medo de ladrão Vivemos num país tão desigual Qualquer barbaridade já parece normal Vivemos no país da impunidade Onde não existe igualdade Mas perante a lei Somos todos iguais Será que isso é verdade? A verdade existe Mas nem sempre é real Queremos fazer o bem Mas quem manda nos falar
  • 64. Coletânea de Letras Musicais 64 VOU ACREDITAR . . . Hoje estou tão triste Nem eu mesmo sei por quê Deve ser passageiro Vou tentar esquecer Pensei em mudar Por alguns dias Mais atitudes impensadas Não levariam a nada Estou cheio de problemas Não adianta fugir Vou ficar e encarar de frente Vou acreditar . . . Essa vida é passageira Não tenho tempo a perder Eu não quero ficar mais triste Eu não quero mais sofrer Os anos se passaram Me deixaram bem mais forte Hoje eu traço meu destino Eu decido a minha sorte As marcas do tempo Não vão me incomodar Eu serei assim Eu vou lutar até o fim Estou cheio de problemas
  • 65. Letristas em Cena 65 Não adianta fugir Vou ficar e encarar de frente Vou acreditar . . . Essa vida é passageira Não tenho tempo a perder Eu não quero ficar mais triste Eu não quero mais sofrer
  • 66. Coletânea de Letras Musicais 66
  • 67. Letristas em Cena 67 BRANCA TIROLLO Acasalamento 0069 Amor à moda da casa 0071 Amor inocente 0072 Asas de poeta 0073 Ataques sem nexo 0074 Brasil 0076 Cadê o meu café 0077 Calçadas 0078 Choro bruto 0079 Coelhinho da Páscoa 0080 Coisa 0081 Cômodo demais 0083 Democracia obscura 0084 Desafiando limites 0085 Devastação 0087 Dondoca 0089 E assim desejo-te 0091 Fera racional 0092 O formidável do amor 0093 Fuga no mensalão 0094 Hino: Academia de Letras do Brasil 0096 Imposto macabro 0097 Inferno no inverno 0099
  • 68. Coletânea de Letras Musicais 68 Ladrão de galinha 0101 Malandro 0102 Memórias de um Caipiracicabano 0103 Mensagem das Caras pintadas 0105 Mistério 0108 Mudei a formalidade do amor 0109 Mutilação 0111 Não sou inventor do meu destino 0113 Noite 0116 Olhos de ouro 0117 Pássaro da madrugada 0119 Pirado 0120 Pirataria 0122 Policial do futuro 0124 Prepare o anzol 0126 Que mal que tem 0127 Refúgio 0128 Revolução 0129 Rua Brasil 0131 O sabor da amizade 0133 Samba do povo 0135 Saudade Tua 0136 Seu amor é ilusão de ótica 0138 Somente por amor 0139 Telhados de vidro 0140 Vai, vai, Brasil! 0141 Vegetação 0143
  • 69. Letristas em Cena 69 ACASALAMENTO Ser masculino ou feminino Não importa... Atitude compõe-se em versos Felinos... São exóticos Macho ou fêmea... Devoram-se... Em suas dimensões O poeta adormece Sobre a página alinhada O compositor desperta a canção Masculino ou feminino Seres se cruzam no tempo. Das mais variadas Paixões Filosofia de vida Que marca datas E contradições Enquanto a poesia se acalma Na doce missão Do toque sagrado De um violão. Leva-se a vida Na serenidade Da consolação. Desafios e contrastes
  • 70. Coletânea de Letras Musicais 70 Nos acordes, nas rimas. A métrica é eletrização Escrevo meu verso Você ao inverso Compõe a canção Felinos são exóticos Macho ou fêmea Devoram-se em suas dimensões Seres se cruzam no tempo Das mais variadas paixões Filosofia de vida Que marca datas E contradições
  • 71. Letristas em Cena 71 AMOR À MODA DA CASA Os tempos mudaram, e os amantes, também. Uns jogam com a sorte, outros vão e vem. Há quem viveu um amor de verão E outros sequer conseguiram amar... Na trilha do amor, muitos querem aconchego. Mas nem sempre acontece, a vida é um mistério. Tudo tem seu preço, nada vai mudar. Neste vai e vem, também aprendi. Que não vale a pena sofrer tanta dor Nas desilusões, que tanto insisti. Neste vai vem, trocando de amor. Hoje sou feliz, não sou inseguro. Meu amor é consciente, e vivo melhor. O amor, à moda da casa. É tudo que tenho, e que dou valor. Não me arrisco mais buscando estilhaços Pois tenho ao meu lado, a mais bela flor. Meu prato do dia, meu ar, minha luz. Minha alegria, meu cantar afinado. Não percebo se faltar o sal Tudo ao seu jeito é bem refinado.
  • 72. Coletânea de Letras Musicais 72 AMOR INOCENTE Espia a lua mais bela Sondando teus olhos azuis Pela fresta da janela O Arco Iris se vai Depois da chuva que cai Sobre teu pé de alecrim. Joga um beijo da janela Encena á luz de vela Que o vento traz Para mim... Mande um sorriso de lembrança Uma ponta do jardim Umas gotas perfumadas Com cheiro desse alecrim Faça um pacote de abraços Com muitos laços de amor Escreva um poema intenso Que me encante, por favor... Enlaça teus sonhos nos meus Deixa o amor propor um brinde Debaixo das asas do vento Até que a vida se finde
  • 73. Letristas em Cena 73 ASAS DE POETA Poeta é terra é mar Poesia é flor em botão Abrindo as asas da vida No ritmo e na canção Poesias são as ondas do mar Avançando as areias tão calmas Lavando a alma do homem Que vive a chorar suas magoas Poetas são as veias dos versos Jorrando no verso da sorte O clamor Lamúrias que fazem qualquer um. Chorar Na voz de qualquer cantador
  • 74. Coletânea de Letras Musicais 74 ATAQUES SEM NEXO Entrei na dança da onça pra ver Se ela ainda zombava do meu SER Notei uma fera insistente, mas nada valente. Areia movediça. Enquanto surtava ponto.com As loucuras da gente Ela se lembrou: -São artistas! Consegui enfim por um fim Sem deitar-me aos seus pés Conectei meu arsenal E consegui ver sorrindo No jornal Pra fera, Pro baixo astral Para os meus amigos Dediquei meu arsenal Que legal! Vou... Dar uma volta ao Mundo Num segundo de euforia Cantar, dançar, sem ataques. Comemorar a alegria E poder viver Pra fera me ver todo dia.
  • 75. Letristas em Cena 75 Para os meus amigos Dediquei meu arsenal Que legal! Comemorar a alegria E poder viver Que legal! Comemorar a alegria E poder viver
  • 76. Coletânea de Letras Musicais 76 BRASIL És Terra Gigante Um País Falante O Brasil Avante
  • 77. Letristas em Cena 77 CADÊ O MEU CAFÉ ( musicada por Luciane Casaretto) Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro Que sabor é esse? Que palha é essa? Canta meu Brasil: Isso não me interessa Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro Tá tirando onda, no capitalismo. Tá nos bancos das Ilhas fazendo turismo Tá na boca do lobo. Tá no estrangeiro Tá dentro da linha da corrupção Num pulo de gato, guardado em galpão. Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro? Tá na foto que a Nonna tirou no terreiro Na roda de samba, no tom do pandeiro. Devolvam o sabor do café. Do meu Café Brasileiro
  • 78. Coletânea de Letras Musicais 78 CALÇADAS Corta o vento, vento corta. Povo sofrido, temido. A procurar sensações Uns buscam casa, comida. Outros, festas, foliões. Há quem procura remédio Curador e orações Estes são os mais aflitos Sem pausa pras refeições. Pois enquanto vela a reza Esquecem as obrigações. Há quem trabalha e cavalga Dividindo tempo e questões Trocando em cada esquina Sábias informações. Mas há quem, tagarelando. Não consegue encontrar O mapa da sua vida E um lugar para ficar. Estes servem de tropeço Pra aqueles que irão chegar Ainda sem pensamento Se vão ou não, se juntar. Com o povo que cavalga Sempre no mesmo lugar.
  • 79. Letristas em Cena 79 CHORO BRUTO Oh! Quão grande é minha angústia Que de leve, venta e leva: Alegrias, pipas, gritos, Risos tensos, sem iguais. Das palavras ainda não ditas O pensamento é quem fica Sobrepondo pesos mais. Quão grande é minha angústia. Que de leve, aumenta os ais. Oh! Quão grande alegria que se esvai...
  • 80. Coletânea de Letras Musicais 80 COELHINHO DA PÁSCOA Coelhinho da Páscoa Que trouxe pra mim Uma música bela, Desafio sem fim Se há um amigo Não há pranto e dor Desafiando os limites do amor Nesse tempo de crise Em que tudo não são flores Preservar os amores É estar numa marquise Esperando em paz Pelas graças dos céus Recarregando de gás Enchendo-me de Deus Se essa passagem existir mesmo Não há como resistir Mesmo que eu fique a esmo O perdão vou LHE pedir
  • 81. Letristas em Cena 81 COISA Jogaram na lama o meu quintal Minha cozinha está na lua Enxugaram o Pantanal Molharam a mão da minha rua Toma cuidado vão molhar a sua Queimaram os meus neurônios E adulteram os livros principais Trocaram educação moral e cívica Por duas matérias que dão mais Sexo e Box, na escola são reais. Meu filho cursando a quarta B Está de olho no vídeo game Que está na vitrine da loja 3D Ainda me fala sem medo Papai: eu ganhei um E Jogaram a merda na TV Obrigam-me a ouvir mentiras E ainda falam mal de você Enquanto você pira Os ratos ficam na mira Eu quero fama, quero mina, quero minha grana. Não preciso mais de tempo pra pensar Já sou velho na cor dos cabelos Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar.
  • 82. Coletânea de Letras Musicais 82 Você! Você! Você! Você! Você! Você! Livra-se desta coisa Eu quero um país inteiro pra me ouvir Você! Você! Você! Leva pro facebook Tweeds pro mundo No e-mail da titia Pra aquela gata Que te deu mole Diga para o papai Que a sua mãe Já sabe Fale pro teu filho Se livrar desta coisa E não se esqueça de Avisar os jornais Que não estamos aqui Pra brincar.
  • 83. Letristas em Cena 83 CÔMODO DEMAIS Hoje acordei a mil por hora Tinha tantos afazeres E acabei por esquecer Do nosso amor. Tudo o que eu Tinha a fazer Era em torno De ti? Oh! Oh! Oh! Cômodo demais Eu só quero liberdade e Paz Oh! Oh! Oh! Cômodo demais...
  • 84. Coletânea de Letras Musicais 84 DEMOCRACIA OBSCURA Democracia. Parada, quebrada, estação sem luz. É feita de rombos, boicote, panela, insanidade total. Barreira na vida, beco sem saída, dinheiro, roubada. Malandragem, picaretas, escola do mau. Quem mandou virar o jogo fui eu Eu quero silêncio agora. Eu quero é ser feliz, acordar e dormir. Sem barulho, sem buzinas. Sem bolso que domine a Lei A lei que se aplica No que não se tem Eu quero viajar E fugir Quero ver O amanhecer Dormir. Sou Patriota brasileiro Quero ver a democracia Democraticamente, fluir.
  • 85. Letristas em Cena 85 DESAFIANDO LIMITES Caminhos incertos, dedos incertos, desertos. Sombras que desaparecem ao meio dia Quando o sol divide o céu em partes iguais. A lua flutua, não é prata nem cinza, nem preta. Nem branca, vaidade ou mentira, não é ilusão. É tão somente a lua em sua estação. Na vida há segredo há coragem e medo. Cada um do seu jeito sente sua emoção. Na minha parede não tem calendário Sou eu quem marca o dia do meu carnaval O natal que foi ontem comemoro amanhã Neste manjar de fé provo a minha avelã Rega meu seco jardim o pranto de outros Daqueles que nunca choraram por mim Não existem fronteiras é um desafio sem fim, Desafio sem fim Neste moçar peço que as pedras não rolem Mas devagar murmurando, uma a uma se vão. E vou passando meia face anjo meia face fera Desafiando a espada a enfrentar a guerra Às vezes penso que estou morta e voltei Terminar meu choro, pra quem. Ainda não me viu chorar São incertos os passos, que tento. Encenar neste compasso
  • 86. Coletânea de Letras Musicais 86 Sonho por razões desconhecidas, desconhecidas. Embora eu cante alto, no palco sombrio da vida. Tudo que exala do meu ser dizem ser vergonha Eu digo que apesar das barganhas Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas Moro num lago formado das águas, do meu pranto. Cada canto é um endereço. Ai, ai, a vida é essa. Se eu afundar neste chão aqui vai, o meu apreço. Meu pranto já virou tinta. Não será em absoluto Desconhecido da sorte, do mal, do bem, da morte. Serei sempre uma estrela viva, a colorir um luto. Rega meu seco jardim o pranto de outros Daqueles que nunca choraram por mim Não existem fronteiras é um desafio sem fim, Desafio sem fim
  • 87. Letristas em Cena 87 DEVASTAÇÃO Olho com tristeza, os campos e as matas. O rio que pingando não faz serenatas O asfalto que corta além dos sertões E os animais em extinções As aves no céu não cantam em festa. Os homens magoados não fazem canções Inspirados na lei da floresta Os filhos de outrora eram educados Pelas famílias e seus professores Hoje o governo quer ensiná-los Aplicando Leis com tais dissabores Não valorizam os Mestres e a escola Separam todos por classes sociais Crianças, os jovens e velhos. Aplicando sem piedade Golpes, e mais golpes fatais. Querem cobrar respeito e ordem Falam muito em preservação Mas vivem em plena desordem Destruindo os povos e a própria nação Vendem a alma do povo e da terra Queimam o verde, desbarrancam os morros. Colocam na mesa do trabalhador O pão da dor e a morte sem socorro. Sem terra, sem teto, sem dignidade.
  • 88. Coletânea de Letras Musicais 88 Sem ambição, o povo se isola. Caindo na cova que o governo cavou Pra matar o pobre, preso na gaiola. Não há outro jeito, o povo precisa. Lutar com a espada, e vencer o dragão. Para acalmar a fúria que sente Partindo pra guerra, defendendo a nação.
  • 89. Letristas em Cena 89 DONDOCA Dondoca... É isso o que você é Folgada, maliciosa Só pensa em raspar o pé Vive pintando os olhos E a sobrancelha, tá ué. Dondoca... Nada vai te consertar Você precisa de cafuné E eu... De um bom jantar Não me venha reclamar Que as unhas estão lascadas Que o fogão não é pra você Eu comprei pensando no nosso jantar... E o que me aguarda É o seu blasfemar! Dondoca... Você é o que é... Vive pra se embonecar Mas não serve nem Pra lavar os meus pés. Dondoca... Hoje você vai pagar O preço da sua vaidade Vou te botar na calçada Fechar a porta da entrada E assistir o seu penar
  • 90. Coletânea de Letras Musicais 90 Ver você na arte bancada Roendo as unhas e se lembrar de mim Vai aprender que a vida não se vive assim. Dondoca... É isso o que você é Vai sentir a barriga vazia E esquecer, de raspar os pés. Vai me pedir arrego E preparar o melhor jantar Aí quem sabe eu me apego Na hora do amor te farei cafuné. Dondoca... É isso, o que você é!
  • 91. Letristas em Cena 91 E ASSIM DESEJO-TE Não quero que seja meu deus Nem meu demônio nem ateu. Nem meu sonho nem meu eu. Seja apenas, meu. Seja meu homem, meu prazer. Mas não seja minha vida Eu quero desfrutar do que é bom Eu quero apenas uma ida À volta não me interessa Eu quero voltar só, sem pressa.
  • 92. Coletânea de Letras Musicais 92 FERA RACIONAL Eis que febril queima, este corpo meu. Num instante dócil - quando me toca o seu. Estes teus braços - em laços, em plumas. Teus encantos - espantos espumam. Teus olhos domados - em risos, em versos. Teus pecados meigos - de afagos, e beijos. Eis que a ti revelo - meus sonhos em gritos. Num súbito instante - de amores, e dores. Por teus insultos - deboches, rumores, Nestes negros olhos - de glória, delírios. De pegadas duras - desvairadas loucuras, Deste pranto falso - de torturas, castigos. Eis que tu tão farto - tão nítido e puro. No tapete enrola - teu corpo, tua face, Nestas melodias - sussurros, desgastes. Destas noites loucas - de pasmo contraste. Tuas fantasias de sonhos malucos, Tua frente fria - de tristes desastres. Eis que tu voltas sereno, calado. Num olhar carente - de intrigas e abraços: Destas peles rubras, de apertos, marcadas. No meu corpo sadio, e esgotado. Neste alívio fértil - que exala, espalha, Descansa-te nu, sereno e domado.
  • 93. Letristas em Cena 93 O FORMIDÁVEL DO AMOR Um consolo romântico me adormece No sonho eu me ponho a rezar O som da oração segue o vento Abrindo a janela do teu aposento A lua sonda-te e pousa No luar do teu sonhar O eco da minha prece te chama A essência do meu amor te perfuma É o formidável das loucuras de quem ama Se levantar e tocar na maçaneta Não te assuste. Acaricie meu sonhar Que pelas madrugadas vagueia, Tentando deliciar seus meigos olhos Para teus doces beijos roubar.
  • 94. Coletânea de Letras Musicais 94 FUGA NO MENSALÃO (reservada para Gustavo de Godoy) Contradição Omissão e obscuridade. Cacos estilhados, papéis picados. Engavetados, mofados O brasileiro Cobrou resultado Vergonha nacional E segue afora. Um fora da Lei. Mais uma vez Pega o ladrão Ele quer se safar Do camburão Pega o ladrão Vergonha nacional E segue afora. Um fora da Lei Mais uma vez Tenha certeza: o jornal sabia E a sua tia, também. O seu melhor amigo Com certeza acoitou O Brasileiro viveu a fantasia
  • 95. Letristas em Cena 95 Que o país poderia mudar Por um dia Vergonha nacional. E segue afora. Um fora da Lei Mais uma vez
  • 96. Coletânea de Letras Musicais 96 HINO DA ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL (Musicada por Vuldembergue Farias) Sobre um brado pensamento glorioso Na passagem do milênio então surgiu Agregando valores conquistamos Academia de Letras do Brasil Despertai-vos há tempo, vamos seguir. Escreva seu verso, para o universo servir. Tua tese, seu cântico, sua escrita, teu encanto. Pelo bem da humanidade, por um novo porvir. Avante, sempre vamos escrevendo. Tentando a humanidade, humanizar. Na Ordem de Platão, despertando talentos. Levante a Bandeira, vamos atuar. Pela paz, pelo amor, pela evolução. Abrace o livro, a informação. Desperte os talentos, e os pensamentos. Através da escrita, eis a revolução. Diga não a fome e a miséria Plante arvore frutífera, sementes de feijão. Projetando o futuro dos filhos da terra Que breve vem pra colher este quinhão.
  • 97. Letristas em Cena 97 IMPOSTO MACABRO (Reservada para Gustavo Godoy) Cortei a maioria dos gastos O orçamento aos pedaços. Não dá pra infringir a Lei Preciso pagar os credores Mas, não sei: Se eu pago os impostos, Ou se continuo a comer Eu gosto muito do meu Ser. Remédios! Remédios, mais remédios. Meu coração precisa bater. Nas minhas contas eu noto Remédios, remédios, remédios. Quarenta e oito por cento De impostos. Este é o meu dilema Não foi a TV Nem a geladeira Muito menos o carro Eu moro num beco E ando a pé Não dá pra infringir a Lei Preciso pagar os credores Mas, não sei: Se eu pago os impostos, Ou se continuo a comer Não há remédio pra se viver Não há remédio, pra esquecer.
  • 98. Coletânea de Letras Musicais 98 Não há remédio no SUS, vai ver. Vai ver e comprove, faça a prova dos nove. Se eu contar não vão acreditar Não passa na TV, nos jornais, nem na roda de samba. Mas vale a pena relembrar. Eu era apenas uma criança Que nem trança sabia fazer Tudo o que eu fazia era plantar e colher Na era do café, tudo era mandado. E quando o ano findava, o governo arrecadava. Cinquenta por cento de todo mingau Que eu tinha pra comer. De grão em grão, mesmo sem razão. No Palácio do governo pode conferir se quiser Cada tijolo assentado é parte do meu quinhão. Só não ouço falar de onde veio Só não leio nos jornais de onde veio Ninguém comenta a realidade Só não ouço falar de onde veio Só não leio nos jornais de onde veio Só não ouço falar de onde veio
  • 99. Letristas em Cena 99 INFERNO NO INVERNO Foi-se o verão Chegou o outono em sua palidez Ouve um gemido distante, o sol se apagou. Manhã agonizante, estranhos flutuantes. Não eram trovões, nem a chuva caia. Sobre a terra abrasada, houve grande motim. Crianças gritavam, por todo lugar. Grávidas morriam em plena agonia. O medo chegou bem perto de mim Olhei para os lados, não compreendia. Liguei a TV, não funcionava. Não tinha mais água, nem energia. Não eram bandidos, nem o fim do mundo. As prisões abriam-se as portas Os presos temidos voltavam às celas Num passo ligeiro entre idas e voltas. Tive sede procurei por água. Encontrei soldados da Força Armada Tentei falar com o governo do estado Mas Brasília já estava calada As prisões abriram as portas Para os homens de bem abrigar Seus filhos e netos ainda pequeninos Soldados estavam às beiras das fontes Guardando as águas que haviam roubado.
  • 100. Coletânea de Letras Musicais 100 Notei que a morte então se alastrava E sem esperança, com sede eu sofria. Não mais que dez dias, já sem força alguma. Velei meu enterro, enquanto eu morria.
  • 101. Letristas em Cena 101 LADRÃO DE GALINHA Você conhece o ladrão de galinha Que abriu um comércio na rua ao lado Ele passou quatro anos roubando De galinha em galinha, ele fez um sobrado. Adquiriu uma fazendo em Minas Na praia construiu sua mansão. Comprou uma gata de estilo invocado. De repente o povo resolveu acordar De prontidão a sondar o safado E todo mundo começou a gritar Pega o ladrão, mas tomem cuidado. O cabra tem capanga e cunha forte Bala de borracha e spray de pimenta Não é difícil conhecer o pau mandado Ele usa botina e farda cinzenta. Não sobrou cidadão sem ser lesado
  • 102. Coletânea de Letras Musicais 102 MALANDRO Malandro... É isso o que você é Não serve nem pra massagear os meus pés Cansados... Por tantos vai e vem na cozinha Preparando, seu café, seu jantar. Enquanto você... Dá em cima da vizinha Malandro... Você não serve pra nada Não trabalha, não estuda. Só pensa nas coxas das mocinhas E no jantar, come as coxas da minha galinha. Malandro... Vou botar você pra fora E aí, quero ver quem vai abrir. A porta da casa pra você dormir Vou assistir de camarote De olhar cabisbaixo, sentado em caixote. Aí... Vai me pedir arrego Tentar... Me convencer de que mudou... Mas eu... Não vou cair na armadilha Pois malandro igual a você Não passa mais na minha trilha. Malandro!
  • 103. Letristas em Cena 103 MEMÓRIAS DE UM CAIPIRACICABANO (Declamado) Este é um pequeno trecho - guardo e prezo - O verde lar dos bichos, borboletas coloridas. Beija-flor encantado, beijando a flor do capim. Bando de andorinhas riscando o céu nublado Garças tranquilamente, cruzando o véu prateado. A encantar querubins Paraíso que Deus criou, cheio de verso e canção. Descanso de nossos filhos, a nossa roça de pão. Recanto de enamorados, calçados com os pés no chão. Não se via aqui miséria, nenhuma reclamação. O céu estava na terra, e as estrelas sobre as mãos. Passaram por este trecho, homens de terras distantes. Não plantaram semente, mas espalharam corantes. Não criaram versos e rimas - sequer uma melodia Roubaram nossas canções, sufocando a poesia. Cantaram nossas canções - grande astúcia - Destruíram um paraíso pra provocar a angústia Hoje o Caipira chora, memorizando o passado. Belezas mui fulgurantes, que nada tinha de errado. Falo do verde das matas, que deitavam nas cascatas. Do tom que as pedras e as águas exibiam serenatas Reclamam por não ouvir, o barulho das correntezas. Que no velho engenho ecoava com muita delicadeza.
  • 104. Coletânea de Letras Musicais 104 Quando passam por estas bandas - frias e quebrantadas. Lagrimas velam o penoso chão – coagida é a boca- A confessar o que extravasa em cada coração. Onde os gringos navegaram, entre as colinas e os portos. Navegam na lama quente, milhares de peixes mortos. E neste trecho de pedras, caminha o triste Caipira. Em meio às impurezas, movido pela incerteza. Abandonado, o Caipira. Vive como alma penada Passando fome e sede, sentado a beira de um rio. Memorizando a paisagem. Do antigo Rio Piracicaba.
  • 105. Letristas em Cena 105 MENSAGEM DAS CARAS PINTADAS Gente! Somos gente. Nesta terra de Deus Brasil! Pátria amada. Terra sagrada. Somos gente implorando, os nossos quinhões. Entre os mais de cento, e noventa milhões. Se livre das drogas! Faça como eu Ame a si próprio corra atrás do que é seu. Se livre dos reis, que esta terra é de Deus. Raça de gente, gente valente. Cara pintada, cara amarrada. Cara de fome, cara drogada. Cara de raiva, cara forjada. É gente sofrida, buscando na vida. Pão e guarida, de cara pintada. Esconde o rosto, por que tem vergonha. A noite anda e de dia sonha. Esperando do céu socorro e perdão. Onde tudo é limpo não existe pão. E ainda deve pra sociedade. Uma vida de satisfação. Se bater na porta do rei ele grita: - Sai daqui malandro! Trabalhar é bom. Mas não dão emprego pro tal cidadão. Gente valente vira cara pintada. Busca socorro na maior perdição. Envolve-se nas drogas, e vira ladrão. Miséria que queima a mente e a alma.
  • 106. Coletânea de Letras Musicais 106 Seca o corpo e traz desespero. Vai cegando gente de cara pintada. Que é obrigado, assumir todo erro. Saia da roubada, isso é confusão. Ninguém te entende, o se ta na prisão. Caia na real, você, você, você é gente. Não faça cumprir a ordem do rei. Levanta a cabeça, e de sua mão. A favor da guerra contra a corrupção Não ouça o rei, ele é folgado. Ele não cheira, não injeta, não traga. Envolve-te no vicio, por uma migalha. Ele enche o bolso do seu rosto suado. O seu fica furado, funde sua mente. O rei vira passado, você o presente. Você vira culpado, o rei o inocente. Não tenha medo seja esperto Cheire uma flor e sinta o perfume. Erga para o rei, um sinal vermelho. Levanta tua cara, olhe no espelho. Fuja da dor, encontre o amor. Não seja tolo, o rei é seu pavor. Ele bebe teu sangue, te enterra. Vive mais que você, muitas primaveras. Usa gravata, carro importado, terno bom. E você drogado, ganha sete palmo de chão. Pra você não tem lei, ninguém tem pena. Quem te condena não tem coração.
  • 107. Letristas em Cena 107 É o próprio rei que te da à cama. Pra você dormir deitado na lama. O rei te ilude pra uma vida melhor. Muda de cara, te prega moral. E por baixo do pano te joga na pior. Gente! Livre-se da ilusão. Devolva o troco pro seu inimigo. Se livre do castigo dizendo não. Não se esconda na sombra do medo. Que a vida passa e você se acaba. Sem saber por que viveu. Ninguém se importa se ler no jornal. Na primeira, página que você morreu. O próprio rei tomando whisky Vai ironizar sorrir e dizer: -Quem é esse? Que bom! Não foi dessa vez. Este eu não o conheço! Graças a Deus Agora eu quero ver, você que ta assistindo. Abrir espaço na primeira página. Contar para mundo que me viu sorrindo Anuncie! Põe no seu jornal. Trate a gente de igual pra igual Não quero ler que alguém morreu. Aqui quem fala é um cara pintada Saindo da roubada. Graças a Deus (Peça Teatral ensaiada na periferia. Apoio negado pelos governantes). Um grupo de adolescentes envolvidos sofreram em questão. Na época atual é lamentável a situação dos jovens, na maioria)
  • 108. Coletânea de Letras Musicais 108 MISTÉRIO Do meu jeito doce acontece A todo vapor, em busca do amor. Que traga, escurece, amanhece E pro lado da cama se mexe Querendo falar. Tolices. Dos acordos, loucuras. Acordes, leituras: Bilhetes malvados Da sua insanidade Sou anjo da noite macabra Você me protege, no embalo. Me faz delirar. Me faz delirar (Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos, o palco da vida. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia) Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido. (Esta história precisa ser mudada. Justiça Social. Direitos iguais para todos).
  • 109. Letristas em Cena 109 MUDEI A FORMALIDADE DO AMOR (musicada por Vinne Decco) E o vento levou Meu único verbo! Amar! Amar! Antes era o amor, Nosso verbo predileto. Eu amava, ele amava, Amávamo-nos. Éramos dois em um. Um para o outro Dois sem terceiros. Depois começamos: Se der vamos! Hoje vou pensar, Se ainda te quero. Muitos verbos Aproximaram-se Invadiram Dominaram Hoje está assim: Eu amei, adorei, Louvei, me casei. Vivi ,sofri ,cansei. Pensei resolver. Larguei e sumi.
  • 110. Coletânea de Letras Musicais 110 Voltei! Acha! Pra que? Um time de futebol? Somente um artilheiro Meu amor! Sem verbo.
  • 111. Letristas em Cena 111 MUTILAÇÃO Noto que o tempo não se importa Vai passando pela minha porta Devagar. .. Eu corro e invento a minha vida Se para uma estrada sem saída Eu não sei... Prefiro ficar. Delirando... E sonhar... Não conheço mais a brisa mansa Nem o sorriso da roseira em flor Não tenho encontrado a primavera E o verão já se foi. Devagar... Passou a guerra e desconheço O que chamam de céu e de luar Não me lembro de mais estrelas Nem de mar. Devagar... Eu sonho ser aquela criança Balançando firme a sua trança Na esperança de encontrar. Seu par. Devagar... Abraço a meu brinquedo e choro. Quase sempre, eu sei não me engano. A fome é pontual e chega na hora do jantar
  • 112. Coletânea de Letras Musicais 112 Devagar... Olho o pão escasso sobre a mesa. Já não sei se quero mais rezar Num instante noto que a pobreza Paira sobre o ar. Devagar... Aguardo o momento Pra ver os aviões de guerra Retirando nossa água Da terra Devagar... Submundo profundo Nem seu quinhão conseguiu. Em troca da moeda forte Venderam a alma do Brasil. Devagar... Eu corro e invento a minha vida Se para uma estrada sem saída Eu não sei. Prefiro ficar delirando. E sonhar... Devagar. Cabeça maluca, a cuca explodiu. Em troca da moeda forte. Venderam a alma do Brasil. Devagar...devagar...devagar...
  • 113. Letristas em Cena 113 NÃO SOU INVENTOR DO MEU DESTINO Alo irmandade. Chegam aí irmãos. Na paz. Não sou do mal. Sou pau mandado. Menino desprezado. Que um dia sorriu Nesta terra de ninguém. Toda galera viu Ouvir a quem? Fuji da escola eu não tinha mochila, Lápis de cor. Nas cores do meu mundo Pintei o sete, manchei. Não conheço meu pai, minha mãe morreu. Minha tia me acolheu. E pra sobreviver Ela me mandava pedir nos bairros nobres Onde nunca a porta eu vi abrir Com muita sorte eu conseguia fugir do camburão Homens armados, atirando em todo lado. Sem ao menos perguntar: Quem é você? Cidadão. Mas eu falava: Sou da paz. Menino fujão. Segura essa irmão! Você ensina com perfeição. Como se mira uma arma pra um cidadão Agora eu cresci, sai nos jornais, na primeira página. Fiquei famoso. Pinto a cara pra ninguém saber Quando pego o jornal pra me ver. Hipocrisia! Eu não nasci assim. Eu levo a vida Que traçaram pra mim. Chumbo trocado não dói. Dizem que sou chapadão. Pera aí, meu irmão!
  • 114. Coletânea de Letras Musicais 114 Não quero matar. Mas, também não quero morrer. Eu sou da paz, pego pra comer. Vendo pra ganhar, Uso pra esquecer. Nesta área não falta patrão Há muito eu quero saber. Alguém pode informar? Fala ai sociedade! Onde arrumo um emprego legal E uma faculdade. Onde posso me curar? Procura-se um medico entendido Sobre abandono, corpo e alma feridos. Sobre hipocrisia, caligrafia fácil. Que um cérebro aguente Com fome e cansaço Fala aí doutor! Se há remédio pra esta dor? Dizem que sou chapadão. Pera aí, meu irmão! Não quero matar Mas também não quero morrer Eu sou da paz, pego pra comer. Vendo pra ganhar, uso pra esquecer. Nesta área não falta patrão Há muito eu quero saber. Alguém pode informar? Fala ai sociedade! Onde arrumo emprego E uma faculdade. Onde posso me curar Procura-se um medico entendido Sobre abandono, corpo e alma feridos. Sobre hipocrisia, caligrafia fácil.
  • 115. Letristas em Cena 115 Que um cérebro aguente Com fome e cansaço Fala aí doutor! Há remédio pra esta dor? (Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia) Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido. (Esta história precisa ser mudada. Justiça Social. Direitos iguais para todos).
  • 116. Coletânea de Letras Musicais 116 NOITE Noite! Poema e canção Rima de cólera e dor Divina noite de estrelas Com negros cachos em flor Amo-te! Tanto, tanto Amo-te! Tanto, tanto Amo-te! Tanto, tanto Cada canto de seus encantos Em todos os versos que são meus Amo a paz que bela serena Nos meus olhos a brilha.... ar Os brilhantes que são seus
  • 117. Letristas em Cena 117 OLHOS DE OURO (musicada por Vuldembergue Farias) Ouvi falar um dia, que a sorte não seria. Um bem pra quem não tem - em si a alegria. Jurei então deixar, o vento me levar, Com as folhas do jardim. Na linha do pensamento A minha ousadia Voltou para ficar. Mudei a cor da LUA, nas luzes do ALECRIM. As folhas secas soltei Saudando o verde sem fim Onde caíram, não sei. Sobre asas, num sonho bem distante. Sorrindo me peguei Voando os horizontes Procurando alegrias perdidas a fins Meus olhos eram de ouro Um vaso feito de touro Guardando as joias pra mim. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. O tempo que se foi A ruína que ficou O tempo, que se foi. Não vou chorar. Não vou.
  • 118. Coletânea de Letras Musicais 118 Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. O tempo que se foi A ruína que ficou Não vou. Chorar, não vou. Não vou chorar, não vou. Não vou. Chorar... Não vou chorar, não vou. Eu canto a minha liberdade Eu danço com minha voz Eu ando com minha coragem Na veracidade do vento No vento que corta o algoz No vento que corta o algoz.
  • 119. Letristas em Cena 119 PÁSSARO DA MADRUGADA Canta, canta, passarinho, o terreiro está molhado. Molha o bico, bate as asas, voa sobre meu telhado. Não vá embora, não é hora de partir. Nunca pense em desistir, nem deixar o seu reinado. Quando a chuva for embora, vou sair pelas estradas. Levando minha viola, pra cantar pra minha amada. Todo dia ela pergunta, para um belo beija-flor. Onde anda o meu amor, pássaro da madrugada. Canta, canta passarinho. Vem treinar comigo agora Ensaiar pra serenata, mais uma canção de amor. Vamos juntos nesta estrada, desafiar a escuridão. Cantar para o meu amor, vestida em linho bordado. Canta, canta passarinho. Testemunha bem pertinho. Um casal apaixonado. Construindo o seu ninho. Vem cantar comigo agora, não demore já é hora. O padre espera na capela, o casamento foi marcado. Canta, canta passarinho, testemunha deste amor. Vem viver no meu telhado, ver um casal enamorado. Amar sem preconceito, e ser feliz sem sentir dor.
  • 120. Coletânea de Letras Musicais 120 PIRADO Chega de horário gratuito no Rádio e na TV Ele quer fama, quer mina, quer grana. Eu não preciso mais de tempo pra pensar Já sou velho na cor dos cabelos Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Eu sou viajado, pirado, tatuado. Livre do medo, de pesadelo, e ilusão. Eu canto pra espantar a morte E minha sorte é não viajar de avião Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Não tampo o sol com a peneira Nem canto mentira de babão Eu quero ver os ratos de esgoto Na classe operária deste chão Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Não quero mais ouvir baboseira Se o prato do dia é capitão Não brinque com a cafeteira Ela não faz bola de sabão Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura.
  • 121. Letristas em Cena 121 E quero você, pra me escutar. Não trance a trilha da sorte Ratos de encruzilhada Se eu cruzar teu caminho Vão ficar sem estrada Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Afrouxa o cinto e requebra Pare de torrar minha grana no ar Devolva minha primeira idade Que vou te ensinar a mamar Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar. Ele quer fama, quer mina, quer grana Não preciso mais de tempo pra pensar Já sou velho na cor dos cabelos Eu quero um tempo pra falar Sou velho no rock, e na minha loucura. E quero você, pra me escutar.
  • 122. Coletânea de Letras Musicais 122 PIRATARIA Rock (reservada para Gustavo Godoy) É onda, é fato, é rastro, trapaça. Entregues ao léu, com admiração. É o bolso que apoia, o corte é real. Implica na fama, do bem e do mal. Botam culpa no diabo Mas fazem tudo igual. Sem timidez, sem alma e razão. Virou ponta de estoque Do norte ao sul, abrindo barreiras. Na cara do povo fazendo arrastão. Pirataria real. Franquia sem autorização Pirataria na boa, na rua, na praça. Na bilheteria do metro. Enquanto se ganha na raça Se paga direitos, que viram fumaça. Da arte, da voz, de um inventor. Seu nome na boca do povo Entregue na boca do lobo Por qualquer malandro Trapaceador. Piratas. Acham que pirataria é legal Não há justiça, pra ela não faz tanto mal. A lei é minúscula, e ninguém se assusta. Os homens da lei são fatais. Piratas não são desiguais
  • 123. Letristas em Cena 123 Pirataria real. Franquia sem autorização Pirataria na boa, na rua, na praça. Na bilheteria do metro. Enquanto se ganha na raça Se paga direitos, que viram fumaça. Da arte, da voz, de um cantador. Seu nome na boca do povo Entregue na boca do lobo Por qualquer malandro Trapaceador. Piratas. Acham que pirataria é legal Não há justiça, pra ela não faz tanto mal. A lei é minúscula, e ninguém se assusta. Os homens da lei são fatais. Piratas não são desiguais
  • 124. Coletânea de Letras Musicais 124 POLICIAL DO FUTURO Eu estava parado, desiludido. Peguei os documentos e saí Cruzei a esquina, policia me parou. Mão na parede. Abre as pernas safado Você tem o direito de permanecer calado. Pegou minha carteira, leu meus documentos. Carregou a foto da mina e levou meus trocados E repetiu: Você tem o direito de permanecer calado Pegou meu celular, ligou pro chefão e falou: Peguei um ladrão! Doutor. O delegado respondeu: contrata ele. Senhor. Vi-me obrigado seguir seus conselhos E agora no espelho eu brinco Não sou mais desempregado Emprestam-me uma farda Sou policial do futuro E me deixam liberado. Mãos na cabeça! Safado! (Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia)
  • 125. Letristas em Cena 125 Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido. (Esta história precisa ser mudada. Justiça Social. Direitos iguais para todos).
  • 126. Coletânea de Letras Musicais 126 PREPARE O ANZOL É hora de samba, chega mais cá. Escolha seu par, ou sambe sozinho. Reúna os amigos, pra comemorar. A dança, e a música, vão começar. É na avenida, em ruas ou becos. Pode ser na laje, com chuva ou sol. Pode ser ao luar, pela madrugada. É hora de pesca, prepare o anzol. Refrão: Somos a força, a luta e o protesto. Contra todos os ditos inconsequentes. Ditadores, que atacam sem nexo. A dignidade, e a honra da gente. É hora do grito, pela liberdade. Chegou o momento da revolução Não deixe ninguém pensar que és tolo Toda raça e cor, toda classe, senhores! São filhos da terra, desta Nação
  • 127. Letristas em Cena 127 QUE MAL QUE TEM Menina quando chega pra quebrar Joga a trança sobre o ombro e Começa a rebolar Envolve seus cabelos cacheados No seu jeito rebolado Vem me tirar pra dançar Ai que chamego, falando no seu ouvido. Abraço meu violão E ela vem me abraçar É desse jeito, eu não tenho mais conserto. Envolvido em tantos cachos Eu não penso em me casar Eu sei que é loucura de pião Que um par de coxas mexe Com meu pobre coração Imagine uma menina em cada canto Jogando os seus encantos Trançando-me no salão. Ai, ai, é muito bom. Ui, ui, que mal que tem? Enrolado de meninas E não ser de ninguém. Que mal que tem? Ai, ai, é muito bom. Ui, ui, que mal que tem?
  • 128. Coletânea de Letras Musicais 128 REFÚGIO Sou apenas uma pena Que sobrevoa serena Que leve pousa sob pena A encenar a minha própria cena Sou a situação do dia encenado Da hora da escrita Da fonte calculada Dos minutos contados Dos segundos perdidos do nada Sou a voz que grita submissa, presa às palavras. No eco dos gritos A sombra que revela os meios e compõe os fins Sou a leve pena que sobrepõe o infinito A esmagar assim meu Ser Sem aplausos.
  • 129. Letristas em Cena 129 REVOLUÇÃO 2014 Brasil, o país das maravilhas. Maior extensão de água e tanto mar Cerrados, rios, riachos e matas. Berço de beleza natural Povo, que teme a depredação. Desta beleza cheia de encantos mil Entramos nessa luta pra vencer A hipocrisia que devasta o Brasil Avante, avante vamos reagir. A mobilização já começou Não tente desistir, não vamos renunciar. A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar. Saúde, educação e moradia. O direito de ajudar a governar Com planilhas de custos publicadas Pra que possa o cidadão fiscalizar. Fora, fora, governantes que trilharam. No caminho da maior corrupção Sem direitos de ao Palácio retornarem E ditarem o que fazer com a nação Queremos baixar nossos impostos Passe livre para o trabalhador Mesa farta para todo cidadão Com justiça, liberdade e amor. Bis
  • 130. Coletânea de Letras Musicais 130 Avante, avante vamos reagir. A mobilização já começou Não tente desistir, não vamos renunciar. A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar.
  • 131. Letristas em Cena 131 RUA BRASIL ( musicada por Luciane Casaretto) Aqui passam bicicletas velhas, carros importados. Homens descalços, crianças amedrontadas. Palhaços, gente chorando, cantando. Gente mentindo. Mulheres sinceras Mulheres guerreiras, sofridas. Também as trapaceiras Passam pipoqueiros, festas juninas, lua cheia. Lampião. Sol ardente, tempo quente. Inverno e solidão. Passam mendigos Papagaios, andorinhas, gaviões. Passam também as desilusões Passam nuvens de fumaça, aviões, mares. Navios estrangeiros, diplomatas, cidades. E capitais. De tudo passa um pouco Nocivos, perigosos e loucos. Passam crianças pedintes, mauricinhos. Prostitutas, ventania, temporais, lixeiros. Padeiros, vendedores, bicheiros. Folias dos carnavais Passa os anos, a coragem e a dor. O medo o terror. Passam rios Balas perdidas, o sono. Pessoas corrompidas Passam riquezas, ladrões, drogas.
  • 132. Coletânea de Letras Musicais 132 Até disco voador e astronautas Passam vidas passadas Águas poluídas, magoadas. Passam governos, juízes, paixões. Dissabores, almas penadas. Vagões. Passa o tempo E os reis desatentos Deixando que passe E atravesse o mar Amazônia
  • 133. Letristas em Cena 133 O SABOR DA AMIZADE Tudo começou da ousadia Talvez um sonho, nada mais. Havia pedras no caminho, havia. Mas a coragem não ficou pra traz. Quando um amigo escreveu: A palidez da noite não importa A lua se esconde e logo volta A brilhar... E o vento dança no mesmo lugar Leva teu escudo e enfrenta Conhece a ti e isso é o que interessa Comece a voar... Voei... Voei... Voei. As minhas mãos cansadas, ávidas. Suguei... Suguei... Suguei. As pedras rolaram, a porta se abriu. E a bonança logo surgiu Voei... Voei... Voei. As minhas mãos cansadas, ávidas. Suguei... Suguei... Suguei. As pedras rolaram, a porta se abriu. E a bonança logo surgiu Amigos, mais amigos e muitos mais amigos. De repente uma cidade, um rio. Uma canção, mais mil canções, Um novo continente, Palavras, versos, rimas,
  • 134. Coletânea de Letras Musicais 134 Das cantigas e fadigas. Um livro se abriu. Voei... Voei... Voei. As minhas mãos cansadas, ávidas. Suguei... Suguei... Suguei. Voei... Voei... Voei. As minhas mãos cansadas, ávidas.
  • 135. Letristas em Cena 135 SAMBA DO POVO O povo sambou, a noite inteira. Quem não sambou jogou capoeira. Quem não fez nada, dormiu. A noite inteira O dia inteiro O ano inteiro O povo sambou, na madrugada. E durante o dia, saiu na avenida. Sambou, o povo sambou. E do samba fez nascer um novo dia Quem quiser entrar na roda de samba Não deixe o vizinho te incomodar Faça reza forte pra ele acalmar Mas vá ao samba, sambar. Vá acordar a dona consciência Que dormiu o dia inteiro A noite inteira O ano inteiro Chama pra sambar, o povo brasileiro. Bota pra acordar, governante desordeiro. Chama pra sambar, o povo brasileiro. Bota pra acordar, governante desordeiro.
  • 136. Coletânea de Letras Musicais 136 SAUDADE TUA ( musicada por Luciane Casaretto) Vou sair por ai Sufocar minha dor, noite adentro. Arrancar esta dor que consome Ah! Se Avisar sem demora Cortando o abismo da minha alma Que cala por amor, Esta dor tão amarga. Vou voar com a voz Alcançar o infinito Deixar recados, através dos meus gritos. Sonhar feito anjo Fazer as promessas que fiz Colorir nosso leito Rimar meus versos Na saudade tua Vou sair por ai Sufocar minha dor, noite adentro. Arrancar esta dor que consome Ah! Se Avisar sem demora Cortando o abismo da minha alma Que cala por amor, esta dor tão amarga. Vem brincar comigo Neste sonho de grandes amantes Transformar meus medos Em desejos tão louco por ti Mover o infinito O eco das vozes, meu corpo.
  • 137. Letristas em Cena 137 Acordar um poema Dos versos em dor Da saudade tua Da saudade tua Da saudade tua
  • 138. Coletânea de Letras Musicais 138 SEU AMOR É UMA ILUSÃO DE ÓTICA Quando eu olho para o alto Disfarçando uma saudade Vejo a lua bem depressa deslizando Entre as nuvens que no céu se vão Uma ilusão, de ótica. São as nuvens movidas pelo vento Na imensidão. Assim, é o seu amor. Parece tão perfeito, mas é dor. Enquanto você passa como as nuvens O vento sopra forte em meu coração. E a saudade, tem seu fim. Eu sei que se eu tentar As nuvens alcançar... Não vou conseguir E a tempestade vai continuar Eu disfarço esta saudade Por que as nuvens são reais E olhando para o céu A lua me consola Assim como eu, está sempre. No mesmo lugar O seu amor É uma ilusão de ótica.
  • 139. Letristas em Cena 139 SOMENTE POR AMOR Não me olhe simplesmente Tão somente por prazer Sou ser humano carente Posso me envaidecer Quero mais que a cor dos olhos Mais que um traje a rigor Quero alem da amizade Alem da paixão, quero amor. Cansei-me das aventuras Céu e mar estão pequenos Não abrigam mais palavras Nem suportam mais venenos Não exiba os teus olhos Que o olhar já não importa Conheci todos os olhares Nas minhas idas e voltas Nas minhas idas e voltas Não sufoque a minha taça Desse vinho que embriaga Nem me leve pra uma dança Nesta alta madrugada Quando você for embora Se o acaso acontecer Volte na segunda feira Com o amor que eu quero ter.
  • 140. Coletânea de Letras Musicais 140 TELHADOS DE VIDRO Menino de rua, sozinho em meio à multidão. Jogando olhares pidonhos Sufocam olhares, medonhos. Fazendo tremer a cidade confusa Indiscretamente hipócrita! Trancafiada na sua indiscrição. Golpes fatais, indignação! Cidadão! Ele só quer descansar na rua ao lado Observar os palácios da cidade E seus telhados de vidro Adormecer num papelão Acordar sorrindo Com duas simples moedas. Ser, ser, ser, Cidadão! Telhados de vidro, assistidos. Já não confundem menino Golpes fatais, indignação! Com duas moedas apenas Entra um sorriso em cena Sobre qualquer papelão Cidadão! Cidadão!
  • 141. Letristas em Cena 141 VAI, VAI BRASIL! (musicada por Vuldembergue Farias) Nasceu um poeta que se dava o respeito Era amigo do peito, de um escravo sofredor. O tempo passou, e o poeta encantou. Descreveu sua história, pra tirar a dor, do peito. A Princesa já havia passado Pra sempre libertado O escravo sofredor Mas, de Lei em Lei, eis o pecado. De senador em senador, nasce. O escravo remunerado Entrou na dança, toda raça, toda cor Criaram pontes, ao criarem tantas Leis. E para esconder a grande explosão Inventaram: bolsa família e cesta básica Cobrando imposto dobrado Trocaram a fome pela desilusão Fizeram amigos e abriram fronteiras Onde passam drogas e armas pesadas Por onde se faz política intensamente Fazendo o povo perder a estribeira A democracia é muito disputada A lei se confunde em seus mil e um artigos Vai pra cadeia o bom cidadão Pode crer os bandidos se passam de amigos.
  • 142. Coletânea de Letras Musicais 142 Vai, vai, vai Brasil de mil e uma cores De ódio e amores De soberanos infiéis Vai, vai, vai,... Levar pra eles o meu recado Diga que já me cansei De ser. Escravo remunerado.
  • 143. Letristas em Cena 143 VEGETAÇÃO Hoje acordei com um nó na garganta Nada está no lugar, tudo virou arrogância. Eu já não sei se o tempo vai curar Este domínio de mercado furado País das maravilhas que virou babado Todo mundo grita, todo mundo quer. Não tem pra homem, nem tem pra mulher. Eu olho a minha cara no espelho E me pergunto se ainda quero viver Pagando limousine, carro importado. Pra quem deveria cuidar do meu Ser Pra conseguir um emprego melhor Falam que preciso me especializar Enquanto vejo sentado no trono Dando ordens, sorrindo a falar. Um homem qualquer De qualquer lugar Eu quero mudar meu país Mas não me deixam. Ratos doentes, Inconsequentes Bolinhas de sabão Que se vão Baratas espertas Infectadas Na minha mesa, não!
  • 144. Coletânea de Letras Musicais 144 É uma roubada Partidos quebrados Ninhos de cobras Painel de recados Sem cara na cara Sanduiche a moda de nada Eu quero cuidar do que é meu E não me deixam Não quero matar os judeus Disso não se queixam Não quero lavar meu dinheiro Nem ao povo dizer: Meu Deus! Me deixem. Todo mundo grita, todo mundo quer. Não tem pra homem, nem tem pra mulher Eu quero mudar meu país Mas não me deixam
  • 145. Letristas em Cena 145 CARLOS ALBERTO COLLIER FILHO (CHARLOT COLLIER) Busca 0146 Céu encarnado 0147 Menina Rosa dor 0148 Meu velho pai 0150
  • 146. Coletânea de Letras Musicais 146 BUSCA Vou Já nem sei onde encontrar Busco a mim dentro dos outros Pelas coias a procurar Busco Busco a DEUS não sei por quê Um amigo particular Busco terra meu lugar Busco Chão vermelho para pisar Céu azul para sonhar Ora o que é que há Teu teclado enferrujou Soluções não vais me dar mais Confessor.
  • 147. Letristas em Cena 147 CÉU ENCARNADO Homenagem a meu filho Carlos Alberto Collier Neto (Beto). Quero mais não te ordeno Calmo e sereno Sempre a predizer Que algo a se transformar Muda de lugar Com os temporais Carlinhos criança Que não dança a dança Dizendo sonhar Carlos que renova, retira, renova Com medo de errar Carlinhos crescido No sonho encantado No certo ou errado No céu encarnado.
  • 148. Coletânea de Letras Musicais 148 MENINA ROSA DOR Resolvi não sei por que Dar um ponto de parada Pra tentar rememorar O que eu sempre quis guardar Procurando pelo sonho Pela estrada percorrida Cheguei enfim a infância Esplendor de minha vida Aí encontrei três rosas Cada uma de uma cor Uma rosa outra vermelha E por fim rosa da dor Perguntando a primeira Onde era o meu caminho Recebi como resposta Um não sei fiquei sozinho Perguntando a vermelha A mesma decepção E por fim rosa da dor Que me disse com emoção Procurando mais a frente Pela estrada percorrida Encontrei uma menina Que brincava com uma flor
  • 149. Letristas em Cena 149 De beleza se confunde Coma flor em suas mãos Mais de alma desenganos Aí perdi meu coração Olhei pétalas tão brancas De uma alvura infinita Ri de mim de meu amor Ri da rosa que era dor Acordei olhei pra vida Meu olhar então molhou.
  • 150. Coletânea de Letras Musicais 150 MEU VELHO PAI Homenagem a meu pai Carlos Alberto Collier. Nas cordas do violão Vou compondo esta canção Com auxilio do pandeiro Vou falar para o mundo inteiro O que vem do coração Do amor mais profundo Que eu trago em meu peito Do amigo e companheiro Você foi sempre o primeiro A me dar esta lição De como viver a vida Você foi a inspiração Pelo tempo e pela vida Fui compondo esta canção Meu velho pai Eu te agradeço Com todo apreço Quero me lembrar de você.
  • 151. Letristas em Cena 151 CHICO PIRES Acreditar e mudar Ai nasceu o amor Amando você Amanhecer e renascer Amigos, alma e fé Amor em ascensão As razões de estar aqui Assinte Balada pra amar Boa ação Boas horas Caminho de fé Chance de vida Chegando com luz Conscientizando Contrassensos Convivendo com as críticas Coração alerta Desidério Divagando Escute o meu som Filha Forte amizade Gente pequena Imagens de paz Inocência Interrogações Linda maranhense Livre como o pássaro Luz vinda da floresta Mãe 0154 0155 0156 0157 0158 0159 0160 0161 0162 0163 0164 0165 0166 0167 0168 0169 0170 0171 0172 0173 0174 0175 0176 0177 0178 0179 0180 0181 0182 0183 0184
  • 152. Coletânea de Letras Musicais 152 Magia do sol A maternidade Menina que mudou a vida Meu canto Meu coração insiste Minhas dádivas Moçada alegria Momentos mágicos Nada além Naturalmente natureza Natureza Nos bares da vida (Sampa bares) Olhar no caminho Olhos lindos Olhos pequenos O sol chega com você Pensando a vida Povo de Jesus Quando sobra o tempo Querer é poder Reacendeu o amor Reencontro Reflexão Saudade Sentimento menino Serena e marcante Sertão esquecido Sétimas Simples presença Simplesmente saudade Sol de todo dia Sol é vida Sonho, vida, vitória 0185 0186 0187 0188 0189 0190 0191 0192 0193 0194 0195 0196 0197 0198 0199 0200 0201 0202 0203 0204 0205 0206 0207 0208 0209 0210 0211 0212 0213 0214 0215 0216 0217
  • 153. Letristas em Cena 153 Sua Santidade Submergir Tarde de domingo Tempo de consertar Tempo de mudar Trem da vida Tudo por seu sorriso Tudo renascerá Tudo tem seu tempo Um olhar diferente Um pedaço do Pantanal Verso e reverso A vida de cada um (Maravida) Vida dolorida Vida, momentos, memória Vivendo pra crescer 0118 0219 0220 0221 0222 0223 0224 0225 0226 0227 0228 0229 0230 0231 0232 0233
  • 154. Coletânea de Letras Musicais 154 ACREDITAR E MUDAR Eu vou embora Eu vou pra longe Mas é fácil chegar Um avião te leva lá Acredito que você vai pelo coração Só ele sabe de emoção Só ele sabe de superação Só ele sabe de gratidão A vida da gente tem que mudar E o jeito é sair do lugar Toda estrada é sinuosa e longa Com o primeiro passo vai ao longe Tudo passa pelo acreditar Fé na vida se transformar Às vezes vem à bifurcação Com esse sentimento sai à decisão Nossos caminhos estão abertos Só depende de nós torná-los completos Para cada momento de fraqueza Tem sempre outro de realeza
  • 155. Letristas em Cena 155 AI NASCEU O AMOR Foi num encontro casual Fora da vida normal Nele se deu a ligação Que amansou meu coração Nos dias que se seguiram Dúvidas no ar pairaram Meu telefone você não atendia Sem saber o porquê da rebeldia Mas a vida tem seu segredo Deu um jeito de te trazer Não sei se amor ou medo Mas você veio me ver Vi que uma lágrima rolou Seu rosto inteiro molhou Escorrendo pela tua face E foi caindo o seu disfarce Palavras já não dizem nada O amor sempre fala mais alto Vai por toda a madrugada Sem briga nem sobressalto
  • 156. Coletânea de Letras Musicais 156 AMANDO VOCÊ Acordei de madrugada Aquela saudade gostosa O que faz você agora Me segurar até que hora Andei pela casa vazia Imaginei você comigo Como numa terapia Sua presença eu sinto Quando o dia clarear O sol no seu quarto entrar O raio de luz te despertar De mim irá lembrar Adormeci com sua foto do lado Sua imagem na minha retina Ao toque do telefone acordo Sei que é você, minha menina Recompensa da noite perdida Seu carinho me refaz Eu sei que sou capaz De te amar por toda vida
  • 157. Letristas em Cena 157 AMANHECER E RENASCER Pra que correr dos sentimentos Eles são os meus momentos A alegria de uma chegada A tristeza na hora da partida Na vida sou livre pra decidir Tenho meu caminho pra seguir Não importa quantos foram os tropeços Levantei e corri para os abraços Acordar com o coração leve Esquecer as peças que a vida pregue Abrir a janela a cada amanhecer O sol está lá pra me amadurecer Bons sentimentos me levam adiante Amigos são meu porto seguro Então não tenho medo do escuro Sou do mar da vida um navegante Cada sopro desse vento no rosto O pé preso na areia de solo pastoso As pedras no caminho eu retiro Os sorrisos na memória eu revivo
  • 158. Coletânea de Letras Musicais 158 AMIGOS, ALMA E FÉ Todo ano, sempre uma manifestação Algumas palavras vão direto ao coração Nessa hora a gente descobre Quem nossa alma enobrece Outras são simples comemorações Que não mexem com nossas emoções São ditos puramente sociais Nossa alma sempre pede mais Amizade é um sentimento nobre Ela existe até do rico pelo pobre Ela representa o nosso suporte Ouro que não depende de aporte Os amigos nos levam às lágrimas Junto com eles sempre temos as rimas Com eles temos sempre alegria Que nossa vida ilumina e a alma contagia Vivo sempre por eles, com eles Estreitando nossas relações Lapidando nossas emoções Os sentimentos saindo de nossas peles Junto deles nos sentimos fortes Nada poderá nos destruir Calmaria por todo o caminho Pra eles todo o nosso carinho
  • 159. Letristas em Cena 159 AMOR EM ASCENSÃO No meio da madrugada Afaguei seus cabelos Olhei tua face tranquila Vontade de te acordar O tempo passou, eu adormeci Quando despertei, você ainda dormia Ao murmurar em seu ouvido Nosso tempo havia terminado Você acordou e me olhou A emoção nos dominou A razão clamou para sairmos Mas o desejo falou mais forte Daí pra frente nos entregamos Beijos, abraços e carícias Nessa hora não existem malícias Só posso dizer que amamos Você tão linda num abraço Me realizei nesse amasso O dia chegou pra clarear E pra realidade a gente voltar
  • 160. Coletânea de Letras Musicais 160 AS RAZÕES DE ESTAR AQUI Nas voltas que a vida dá Não notas do que é capaz Quantas coisas já fizestes Tantas saudades por ai deixastes Se seguistes o caminho do amor Se despistes das carrancas da dor Completastes o legado da caridade Contemplastes o fundado da verdade Nos desvios incrustados na paixão Os lírios cortados pelo facão Nos sentimentos dependentes do coração Os arrependimentos pendentes de solução Nas realizações feitas com o coração Nas sensações benditas da oração Nos entremeios oriundos da palavra Nos anseios dos mundos em luta brava Como entender o homem que gera violência Precisa ascender a esfera de outra existência Se tudo passar longe da tua compreensão Apressar e ver aonde dar tua colaboração
  • 161. Letristas em Cena 161 ASSINTE Você me viu natural Num clima total Nem pensa que eu sou Um cara legal A vida me deixa um tanto Absorto, portanto Não tente entender Procure compreender Vivo procurando uma razão Mas nunca encontro Pra mim a procura é o porto Pra amansar meu coração De papo em papo procuro De beijo em beijo agarro Abraço a saudade Te amo de verdade Meu tempo não tem limite Sua ausência é um assínte Caminho em sua direção Me aperta a emoção
  • 162. Coletânea de Letras Musicais 162 BALADA PRA AMAR Veio tudo num estalo Minha vida num segundo E caiu o meu mundo Depois daquele embalo Fui na balada pra te ver Não sabia o que ia acontecer Quando fitei seus olhos negros Você mexeu com meus sentimentos Saia nas noites pra caçar Ninguém fazia minha cabeça Menina, você me fez por ti apaixonar Agora só você na minha lembrança Deixei de ser inconsequente Descobri que era carente Feliz naquela hora Doente quando ia embora Mudou o sentido da minha vida Valorizo mais o amor Companhia para a jornada Que se dane o pudor Você comigo joia rara Vou lapidar meus sentimentos Chutar pro alto os desalentos Você é a minha cura
  • 163. Letristas em Cena 163 BOA AÇÃO Ter uma boa ação Não é ter só boa intenção O espírito precisa de renovação Fazer tudo com o coração As pessoas temos que ajudar Muito amor a elas dedicar Saúde não vai lhe faltar Se você se dispuser a trabalhar Um sorriso mexe com nossas emoções O agradecimento traz luz aos rincões Trocando forças aos montões Fazendo bem a todos os corações Levante, olhe em volta Tira da alma essa revolta Jesus por você está chamando Para tua vida ir mudando A certeza do dever cumprido Agradeço por lá ter ido Minha ajuda é pequena eu sei Mas foi com amor que realizei
  • 164. Coletânea de Letras Musicais 164 BOAS HORAS Ouvindo os sons das ondas do mar Não tem como não lembrar Você comigo por aqui andou Lembro que tudo aqui te encantou A beleza dessas areias Amor correndo em nossas veias Um carinho, um afago, um beijo Recordo tudo e não tem jeito Ai o pensamento voa Afinal estou aqui numa boa E a serenidade me domina A felicidade não me abomina Voltar nesse paraíso Andar por cada pedaço Lembrar sempre do sorriso E daquele lindo abraço As lembranças são as propulsoras De todas as nossas emoções Recordar sempre das boas horas Guardadas em nossos corações.
  • 165. Letristas em Cena 165 CAMINHO DE FÉ Um novo sol nascerá Uma nova vida surgirá Nos caminhos percorridos até aqui São os alicerces do novo tempo Na nova estrada não tem ilusão Tudo vai passar pelo coração Firmeza nas novas atitudes Regradas nas responsabilidades Nessa nova etapa de renovação A vida agora por outra visão Ficam pra traz as amarguras Retiradas todas as armaduras O amor como base de tudo A caridade renovando a fé Que cada passo tem seu sentido Acreditar e esse caminho percorrer
  • 166. Coletânea de Letras Musicais 166 CHANCE DE VIDA Quando a vida te colocou no meu caminho Acredite foi pra te fazer bem Você é toda carinho Estava precisando de alguém Nunca sabemos quando encontrar Nunca sabemos quando entregar Nunca sabemos quando nos doar Nunca sabemos quando ajudar A vida é mesmo assim Você chegou pra mim Algo que disse te encantou Fico feliz que você mudou Nossos caminhos nós fazemos Teremos tudo que construirmos Não importa o trabalho A dignidade tem que estar presente Lutar sempre por um ideal Viver bem é que é legal Nossas coisas conseguir Um irmão sempre instruir
  • 167. Letristas em Cena 167 CHEGANDO COM LUZ Você sempre chega de mansinho Sua luz resplandece no ambiente A todos distribui carinho Com sua expressão caliente Difícil de você não gostar Seu sorriso nos faz ficar Seu jeito a nos inebriar Desejo de nunca terminar Uma vida de princípios Desprezando todos os vícios Livre de todos os indícios Linda com seus artifícios Receber sempre uma mensagem Participar da sua miragem Ver tudo pela sua imagem Emoldurada por uma linda ramagem Partilhar sua amizade Me enche de felicidade Viver essa realidade Aqui e na espiritualidade.
  • 168. Coletânea de Letras Musicais 168 CONSCIENTIZANDO Porque você me olha assim Eu não represento essa horda Que com tudo pouco se importa Trabalho nesse ínterim Prefiro esse trabalho sujo Que teu dinheiro imundo Dele sim eu fujo Com ele chegaria no fundo Minha alma pede razão pra viver Nesse mundo de ilusão A quem vou recorrer Tenho que achar a solução Investigando atos alheios Deles e contra minha vontade Entendo melhor meus anseios Em busca de liberdade Acha que estou divagando Abra a janela ao seu lado Veja o horror estampado E uma mãe chorando Esperarás até quando Levante, caminhe, lute Grite até que escute E tudo ir mudando.
  • 169. Letristas em Cena 169 CONTRASSENSOS Limpar a mesa no fast-food americano No bar do lado largar ao abandono Criticar a filha da vizinha Lá no bordel fazê-la rainha Andar nas ruas no seu próprio carro Mas pra isso sempre pagar caro Políticos que emporcalham a cidade Isso é falta de civilidade Fumar durante o almoço A refeição não é caroço Todo homem tem sua mulher Mas fora de casa é o que ele mais quer Elogiar tudo que vem de fora Temos os melhores profissionais Excelentes produtos nacionais Porque você não vai embora Camisa da empresa ninguém usa Em outra língua sempre veste Às vezes até abusa O preconceito, essa peste.
  • 170. Coletânea de Letras Musicais 170 CONVIVENDO COM AS CRÍTICAS Todo mundo gosta de criticar Mas ninguém vem pra te apoiar As pessoas sempre agem assim Coisas ruins falam de mim Se procuro pelo melhor Porque quero ser superior Se não gosto do que me mostram Sou exigente demais é o que falam O importante é estar consciente Minha mente em ritmo atuante Das mazelas do mundo não sou responsável Apenas tenho que ser mais maleável A certeza do melhor fazer Outras pessoas não comprometer Construir sem vangloriar Sorrir pra vida melhorar Otimismo é o caminho da vida Nunca reclamar da lida Sem ela você não vai prosperar E dos teus amores poder cuidar
  • 171. Letristas em Cena 171 CORAÇÃO ALERTA Eu sei que vou vencer Quem me quer, me quer Quem não quer, vai embora Pra isso não tem hora Por você tranquei meu mundo O tempo todo respirando fundo Pensei, não vou aguentar Mas o tempo me fez superar Os amigos me diziam Você vai se machucar Mas eu não quis escutar As emoções em mim batiam Controlei minha ansiedade Vou ficar em liberdade Agora vou me valorizar Se você quiser, vem me procurar Vou estar sempre alerta Com minha mente aberta Tudo que você propuser Meu coração vai entender.
  • 172. Coletânea de Letras Musicais 172 DESIDÉRIO Foi muito bom te conhecer Assim dessa maneira Mais parece brincadeira Mas sei que é pra valer Te encontrar é sorrir È como sentir um novo porvir Te ver é só agradecer Minha vida enobrecer Você é dona das minhas orações Você faz parte das minhas canções Quero te levar a todos os rincões Vibrar nossos corações Pra que sempre ser sério Levar tudo no desidério A vida não deve ser mistério Senão explode o artério Do fundo da nossa alma Ver tudo com muita calma Escutar a voz de quem chama Cumprir o que ela conclama.
  • 173. Letristas em Cena 173 DIVAGANDO Eu não tenho vontade Eu não tenho coragem Eu não tenho amizade Eu não tenho miragem Vivo por aí resmungando Vivo por aí amuado Vivo por aí assustado Vivo por aí sonhando Que tudo um dia vá ser imutável Que tudo um dia vá ser amável Que tudo um dia vá ser irrevogável Que tudo um dia vá ser inegociável Quero ver as crianças brincando Quero ver as crianças cantando Quero ver as crianças pulando Quero ver as crianças pintando.
  • 174. Coletânea de Letras Musicais 174 ESCUTE O MEU SOM Minha música ninguém quer escutar O ritmo tenho que mudar Mas um músico tenho que contatar Para a melodia ele criar Não faço música de consumo Tenho sempre que mandar uma mensagem Pra vida das pessoas ficar no prumo O destino não ser uma miragem Não fujo da minha responsabilidade Procuro sempre passar a verdade Pra que se encher de dinheiro Prefiro ser um cara maneiro Quando cantar uma canção Faça sempre com o coração Sentindo quem te escuta Vibrando pelo que resulta Pode ser que eu não tenha o dom Mas por favor escute o meu som O sentimento comanda as palavras A melodia invoca as notas raras.
  • 175. Letristas em Cena 175 FILHA Quando você nasceu Seus olhos negros diziam Papai, cheguei Meu coração de alegria se encheu As noites em que você chorava Apreensivos a gente ficava Mas quando sua fome saciava No sono você pegava Me lembro das primeiras palavras O primeiro passo não esqueço Hoje orgulhoso confesso Rolaram algumas lágrimas Quando me lembrei do seu avô Chorei com você no colo Queria te ver no tapete com ele Esse desejo na mente ficou Pequena ainda aprendeu a ler Sua dedicação nos deixava contente Na formatura estava radiante Hoje você é uma mulher Estou esperando meu neto chegar Pro meu legado completar E dizer por isso a vida é boa O amor no mundo ecoa.
  • 176. Coletânea de Letras Musicais 176 FORTE AMIZADE Tudo pode ser assim Mesmo que precisar de mim Pra fazer silêncio junto Me escondo contigo fora desse mundo Amizade não tem amarração É união pelo coração Dizem que não de homem pra mulher Claro que não pode ser uma qualquer Se os percalços da vida nos une Não haverá aquele que nos pune Uma palavra sempre pra dizer A mão sempre pronta a estender Alegria em cada chegada De dia ou na alta madrugada Não tem momento para se ver O sentimento é que vai saber Nada tem mais valor que amizade Nada pode parar essa fraternidade A certeza de alguém no nosso caminho A ela dedicamos nosso carinho.
  • 177. Letristas em Cena 177 GENTE PEQUENA Acorda gente pequena A vida te espera O sol já apareceu Acorda gente pequena Você é muito mais importante Que as coisas grandes do mundo Acorda gente pequena Tira a braveza do rosto De aquele sorriso gostoso Acorda gente pequena Temos muito que fazer Nos aguardam pra começar Acorda gente pequena Levante para a vida Todos querem te ver Você coloca beleza na vida Seu jeito meigo de olhar Sempre me faz lembrar Das pequenas grandes coisas da vida.
  • 178. Coletânea de Letras Musicais 178 IMAGENS DE PAZ Fique em paz Com as coisas boas Fique em paz O rio leva as canoas Caminhando por um lugar Que você nunca viu Dizem que é secreto Ele tem seu segredo Descortinando as nuvens Abrindo as florestas Parecem miragens As coisas que nos restam Crianças brincando livres Homens trabalhando unidos Aqui as pessoas vivem Nem sabem que estiveram brigados Por isso eu sempre digo Somos todos irmãos Vibrando nossas emoções Com os corações benditos.
  • 179. Letristas em Cena 179 INOCÊNCIA Da inocência em plena vida Quem desse sorriso nos fez privar Mas teu espírito vai se elevar E mostrar sua beleza em outra vinda Ao lado do mestre irá sentar Junto com ele irá orar Por todos esses homens malignos Que de ti não foram dignos Tua estada entre nós foi importante Paramos pra refletir nesse instante Quão necessária a solidariedade No encontro com a triste realidade Todos que aqui ficaram irão dimensionar Suas ações com firmeza melhorar Lembrando sempre do sorriso em seu rostinho Como um pedido de carinho O amor acima de qualquer coisa Com Deus dentro do coração Fazer sempre tudo com devoção Pra em seu legado merecer uma poesia.