2. 1| Apostila –Como Entender o Cronograma Profético
COMO ENTENDER O CRONOGRAMA PROFETICO
A história da Reforma nos ensina que a igreja de Cristo não deve nunca
chegar a paralisar-se e cessar a reforma. Deus está na dianteira, dizendo como
o fez a Moisés: "Marchem". "Dize aos filhos de Israel que marchem." Êxo.
14:15. A obra de Deus vai avante; passo a passo o Seu povo avança em meio a
conflitos e provas, até à vitória final. A história da igreja nos ensina que o
povo de Deus não deve ficar estereotipado em suas teorias da fé, mas
preparar-se para nova luz, para abrir a verdade revelada em Sua Palavra.
(MM, CT, 316)
Ao acompanharmos a cadeia de profecias, a verdade revelada para o nosso
tempo tem sido claramente vista e explicada. Somos responsáveis pelos
privilégios que desfrutamos, e pela luz que incide em nosso caminho. Os que
viveram nas gerações passadas foram responsáveis pela luz que lhes foi
concedida. Sua mente foi despertada acerca de vários pontos da Escritura que
lhes serviram de prova. Não compreenderam, porém, as verdades que hoje
entendemos. Não foram responsáveis pela luz que não tiveram. Tinham a Bíblia,
como nós; mas o tempo para ser esclarecida a verdade especial quanto às
cenas finais da história terrestre, é o das últimas gerações que vivem na
Terra. Verdades especiais foram adaptadas às condições das gerações à medida
que existiram. A verdade presente, que é uma prova para o povo desta geração,
não era prova aos das gerações que longe ficaram. Caso a luz que hoje brilha
sobre nós relativamente ao sábado do quarto mandamento houvesse sido dada às
gerações do passado, Deus os teria considerado responsáveis por essa luz. (I TS,
286/287)
Os que vivem na Terra devem unir-se ao exército celestial em atribuir ao
Criador todo o louvor e glória. Homem algum tem a mínima razão para
orgulhar-se ou exaltar-se, mesmo fazendo o melhor que lhe é possível. ... (MM,
Nos Lugares Celestiais, 221)
Enoque, o sétimo depois de Adão, sempre estava profetizando a vinda do
Senhor. Este grande acontecimento lhe fora revelado em visão. Abel, embora
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morto, está sempre falando do sangue de Cristo que, unicamente, pode tornar
perfeitas nossas ofertas e dádivas. A Bíblia acumulou e juntou os seus
tesouros para esta última geração. Todos os grandes acontecimentos e solenes
realizações da história do Antigo Testamento estão se repetindo na Igreja nestes
últimos dias. Moisés ainda está falando ali, ensinando a renúncia de si mesmo ao
desejar ser riscado do Livro da Vida por causa de seus semelhantes, para que
pudessem salvar-se. Davi está dirigindo a intercessão da Igreja pela salvação de
almas até aos confins da Terra. Os profetas ainda estão testemunhando dos
sofrimentos de Cristo e da glória que se seguiria. Ali, todas as verdades
acumuladas nos são apresentadas vigorosamente, para que possamos tirar
proveito de seus ensinos Estamos sob a influência do todo. Que pessoas nos
convém ser, tendo-nos sido concedida como herança toda esta rica luz?
Concentrando toda a influência do passado com a nova e crescente luz do
presente, maior poder é dado a todos os que seguirem a luz. Sua fé
aumentará e será posta em ação no tempo presente, suscitando uma energia e um
fervor intensamente ampliado e, pela confiança em Deus e Seu poder de
reabastecer o mundo e enviar a luz do Sol da Justiça até os confins da Terra.
Deus enriquecerá o mundo nestes últimos dias proporcionalmente com o
aumento da impiedade, se o Seu povo tão-somente se apoderar do Seu dom
inestimável e ligar todos os seus interesses aos dEle. Não deve haver ídolos
acariciados, e não precisamos temer o que virá, mas entregar o cuidado de nossa
alma a Deus, como a nosso fiel Criador. Ele guardará aquilo que for entregue aos
Seus cuidados. Carta 74a, 1897. (III ME, 338/339). [Apoc 10: 7; Mat, 24:31;
Rom 16: 25-26; Amos 3: 7; Mat 11: 25; I Pe. 1: 5-12].
Há ainda muita verdade preciosa a ser revelada ao povo neste tempo de
trevas e perigo, mas é o determinado propósito de Satanás impedir que a luz da
verdade brilhe no coração dos homens. Se queremos possuir a luz que nos foi
provida, devemos mostrar que a desejamos por meio de diligente estudo da
Palavra. Preciosas verdades, que há muito têm estado em obscuridade, hão
de ser reveladas numa luz que lhes manifestará o sagrado valor; pois Deus
glorificará Sua Palavra, fazendo-a aparecer numa luz em que nunca dantes
a contemplamos. Mas os que professam amar a verdade devem exercitar as
faculdades para compreender as coisas profundas da Palavra, a fim de que Deus
seja glorificado, e Seu povo, abençoado e iluminado. Com coração humilde,
subjugado pela graça de Deus, deveis empreender a tarefa de examinar as
Escrituras, preparados para aceitar todo raio de luz divina e andar no caminho da
santidade. (CSES, 25).
4. 3| Apostila –Como Entender o Cronograma Profético
Falando sobre o mistério "que desde o começo do mundo esteve oculto em
Deus", Paulo diz: "A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de
pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar
qual seja a dispensação do mistério..., para que, pela igreja, a multiforme
sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos
lugares celestiais." Efés. 3:8-10. Não somente aos que vivem neste mundo,
mas também aos principados e potestades nos lugares celestiais deve a Igreja
na Terra revelar a glória de Deus. (MM, Exaltai-o, 292)
Cada um dos diferentes períodos da historia da igreja se tem distinguido
pelo desenvolvimento de alguma verdade especial, adaptada ás necessidades do
povo de Deus naquele tempo. Toda nova verdade teve de enfrentar o ódio e a
oposição; os que foram beneficiados por sua luz, sofreram tentações e
provações. O Senhor dá ao povo uma verdade especial quando este encontra em
situação difícil. Quem ousa recusar-se a publicá-la? Ele ordena a Seus servos que
apresentem o ultimo convite de misericórdia ao mundo. Eles não podem
permanecer silenciosos, a não ser com perigo de sua alma. (GC, 609).
Em cada época há um novo desenvolvimento da verdade, uma mensagem de
Deus para essa geração. As velhas verdades são todas essenciais; a nova verdade
não é independente da antiga, mas desdobramento dela. Só compreendendo as
velhas verdades é que podemos entender as novas. Quando Cristo quis expor aos
discípulos a verdade de Sua ressurreição, começou “por Moises, e por todos os
profetas”, e “explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. Luc 24:
27. Mas a luz que brilha na nova ampliação da verdade, é que glorifica a velha..
O homem que rejeita ou despreza a nova, não possui realmente a velha. Para ele
perde seu poder vital e torna-se forma inanimada. (MM. Exaltai-o, 307).
Muitos hoje se apegam de modo idêntico aos costumes e tradições de seus
pais. Quando o Senhor lhes envia mais luz, recusam-se a aceitá-la porque, não
havendo ela sido concedida á seus pais, não foi por estes acolhida. Não estamos
colocados onde nossos pais se achavam; conseqüentemente nossos deveres e
responsabilidades não são os mesmos. Não seremos aprovados por Deus olhando
para o exemplo de nossos pais a fim de determinar nosso dever, em vez de
pesquisar por nós mesmos a Palavra da verdade. Nossa responsabilidade é maior
do que foi a de nossos antepassados. Somos responsáveis pela luz que receberam,
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e que nos foi entregue como herança; somos também responsáveis pela luz
adicional que hoje, da Palavra de Deus, está a brilhar sobre nós. (GC. 164).
Incide sobre nós maior luz do que brilhou sobre nossos pais. Não podemos
ser aceitos ou honrados por Deus prestando o mesmo serviço, ou fazendo as
mesmas obras que nossos pais. Afim de sermos aceitos e abençoados por Deus
como eles foram, cumpre-nos imitar sua fidelidade e seu zelo, aperfeiçoar nossa
luz como eles fizeram à sua e fazer como eles teriam feito caso vivessem em
nossos dias. Cumpre-nos viver segundo a luz que brilha sobre nós, do contrário,
essa luz tornar-se-á em trevas. Deus requer de nós que manifestemos ao mundo,
no caráter e nas obras a medida do espírito de união e unidade proporcional às
sagradas verdades que professamos, e ao espírito das profecias que se estão
cumprindo nesses últimos dias. A verdade que atingiu nosso entendimento e a
luz que nos incidiu sobre a mente nos julgará e condenará, caso dela nos
desviemos e recusemos ser por ela guiados. (TI 1, 262-263).
Deus permitiu que grande luz resplandecesse no espírito daqueles homens
escolhidos, revelando-lhes muitos dos erros de Roma; mas eles não receberam
toda a luz que devia ser dada ao mundo. Por meio destes Seus servos, Deus
estava guiando o povo para fora das trevas do catolicismo; havia, porém, muitos
e grandes obstáculos a serem por eles enfrentados, e Ele os guiou, passo a
passo, conforme o podiam suportar. Não estavam preparados para receber
toda a luz de uma vez. Como o completo fulgor do Sol do meio-dia para os que
durante muito tempo permaneceram em trevas, fosse ela apresentada, tê-los-ia
feito desviarem-se. Portanto Ele a revelou aos dirigentes pouco a pouco, à
medida que podia ser recebida pelo povo. De século em século, outros fiéis
obreiros deveriam seguir-se para guiar o povo cada vez mais longe no
caminho da Reforma. (GC, 103)
Os limpos de coração percebem o Criador nas obras de Sua poderosa mão, nas
belas coisas que enchem o Universo. Em Sua palavra escrita, lêem em mais
distintos traços a revelação de Sua misericórdia, Sua bondade e Sua graça. As
verdades ocultas aos sábios e entendidos, são reveladas às criancinhas. A beleza
e preciosidade da verdade... estão sendo constantemente desdobradas aos que
experimentam um confiante e infantil desejo de conhecer e cumprir a
vontade de Deus. ... (Filhos e Filhas de Deus, 103)
6. 5| Apostila –Como Entender o Cronograma Profético
Cristo usou a figura de comer e beber para representar a intimidade com
Ele que precisam ter todos os que finalmente participarão com Ele em Sua
glória. O alimento temporal que ingerimos é assimilado, dando força e
consistência ao corpo. De modo semelhante, quando cremos nas palavras do
Senhor Jesus e as aceitamos, elas passam a fazer parte de nossa vida espiritual,
trazendo luz e paz, esperança e alegria, e fortalecendo a vida como o alimento
material fortalece o corpo. (MM, Exaltai-o 106) (Apoc 10: 9, 10; Ez 3: 1-3)
Na profecia da mensagem do primeiro anjo, no capítulo 14 de Apocalipse, é
predito um grande despertamento religioso sob a proclamação da breve vinda de
Jesus. É visto um anjo a voar "pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para
o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e
povo". "Com grande voz" ele proclama a mensagem: "Temei a Deus, e dai-Lhe
glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a
Terra, e o mar, e as fontes das águas." Apoc. 14:6 e 7.
É significativo o fato de afirmar-se ser um anjo o arauto desta advertência. Pela
pureza, glória e poder do mensageiro celestial, a sabedoria divina foi servida de
representar o caráter exaltado da obra a cumprir-se pela mensagem, e o poder e
glória que a deveriam acompanhar. E o vôo do anjo "pelo meio do céu", "a
grande voz" com que é proferida a advertência, e sua proclamação a todos os
"que habitam sobre a Terra", "a toda a nação, e tribo, e língua, e povo",
evidenciam a rapidez e extensão mundial do movimento.
A própria mensagem derrama luz sobre o tempo em que este movimento
deve ocorrer. Declara-se que faz parte do "evangelho eterno", e anuncia a
abertura do juízo. A mensagem da salvação tem sido pregada em todos os
séculos; mas esta mensagem é uma parte do evangelho que só poderia ser
pregada nos últimos dias, pois somente então seria verdade que a hora do juízo
havia chegado. As profecias apresentam uma sucessão de acontecimentos que
nos levam ao início do juízo. Isto se observa especialmente no livro de Daniel.
Entretanto, a parte de sua profecia que se refere aos últimos dias, Daniel teve
ordem de fechar e selar, até "o tempo do fim". Não poderia, antes que
alcançássemos o tempo do juízo, ser proclamada uma mensagem relativa ao
mesmo juízo e baseada no cumprimento daquelas profecias. Mas, no tempo do
fim, diz o profeta, "muitos correrão de uma parte para outra, e a Ciência se
multiplicará". Dan. 12:4.
O apóstolo Paulo advertiu a igreja a não esperar a vinda de Cristo em seu tempo.
"Porque não será assim", diz ele, "sem que antes venha a apostasia, e se
manifeste o homem do pecado." II Tess. 2:3. Não poderemos esperar pelo
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advento de nosso Senhor senão depois da grande apostasia e do longo período do
domínio do "homem do pecado". Este "homem do pecado", que também é
denominado "mistério da injustiça", "filho da perdição", e "o iníquo", representa
o papado, que, conforme foi anunciado pelos profetas, deveria manter sua
supremacia durante 1.260 anos. Este período terminou em 1798. A vinda de
Cristo não poderia ocorrer antes daquele tempo. Paulo, com a sua advertência,
abrange toda a dispensação cristã até ao ano de 1798. É depois dessa data que a
mensagem da segunda vinda de Cristo deve ser proclamada.
Semelhante mensagem jamais foi apresentada nos séculos passados. Paulo,
como vimos, não a pregou; indicara aos irmãos a vinda do Senhor num
futuro então muito distante. Os reformadores não a proclamaram.
Martinho Lutero admitiu o juízo para mais ou menos trezentos anos no
futuro, a partir de seu tempo. Desde 1798, porém, o livro de Daniel foi
descerrado, aumentou-se o conhecimento das profecias, e muitos têm
proclamado a mensagem solene do juízo próximo. (GC, 355 – 357)
Uma só passagem estudada até que seu sentido seja claro à mente, e seja
evidente sua relação com o plano da salvação, é de maior valor do que a
leitura de muitos capítulos sem ter em vista um propósito definido, e sem
alcançar uma instrução positiva. (MM, Nos Lugares Celestiais, 138)
Ao chegar, na providência de Deus, o tempo de o mundo ser provado
quanto à verdade para aquele tempo, mentes serão despertadas pelo Seu Espírito
para pesquisarem as Escrituras, mesmo com jejum e oração, até que se descubra
elo após elo, e estes sejam ligados em perfeita cadeia. (CSRA, 187)
Justamente antes de Sua crucifixão, disse o Salvador aos discípulos: "Não vos
deixarei órfãos." "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que
fique convosco para sempre." João 14:18 e 16. "Quando vier aquele Espírito
de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir."
João 16:13. "O Espírito Santo...vos ensinará todas as coisas, e vos fará
lembrar de tudo quanto vos tenho dito." João 14:26. (III TS, 208 / 209)
Há grandes verdades, por muito tempo ocultas sob o monturo do erro, que
devem ser reveladas ao povo. A doutrina da justificação pela fé tem sido perdida
de vista por muitos que têm professado crer na terceira mensagem angélica. (I
ME, 360); por favor confira no livro na pág 361, para ter maiores informações.
(João 21: 25; 20: 30;)
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A espezinhada lei de Deus tem de ser exaltada diante do povo; assim que eles se
volvam sincera e reverentemente para as Santas Escrituras, a luz do Céu lhes
revelará coisas extraordinárias da lei de Deus. Grandes verdades há muito
veladas pelas superstições e falsas doutrinas, irradiarão das iluminadas
páginas da Palavra Sagrada. As Sagradas Escrituras derramarão seus tesouros
novos e velhos, levando luz e júbilo a todos quantos os receberem. Muitos são
despertados de sua sonolência. Erguem-se como da morte, e recebem a luz da
vida que unicamente Cristo pode dar. Verdades que se demonstraram
insuperáveis para gigantescos intelectos, são compreendidas por criancinhas em
Cristo. A estes é plenamente revelado o que tem nublado a percepção espiritual
dos mais doutos expositores da Palavra, porque, como os saduceus de outrora,
eles eram ignorantes das Escrituras e do poder de Deus. (II TS, 130)
Muitos têm chegado a negar doutrinas que são, com efeito, as colunas da fé
cristã. Os grandes fatos da criação conforme são apresentados pelos
escritores inspirados, a queda do homem, a expiação, a perpetuidade da lei
de Deus, são praticamente rejeitados, quer no todo, quer em parte, por vasta
proporção do mundo que professa o cristianismo. Milhares que se orgulham de
sua sabedoria e independência, consideram como prova de fraqueza depositar
implícita confiança na Bíblia; acham que é prova de talento e saber superiores,
cavilar a respeito das Escrituras Sagradas, e espiritualizar e explicar
evasivamente suas mais importantes verdades. (GC, 583)
O Pastor E. J. Waggoner teve o privilégio de falar claramente, e de apresentar
seus pontos de vista sobre a justificação pela fé e a justiça de Cristo em relação
com a lei. Isso não era nova luz, mas velha luz colocada onde devia estar na
mensagem do terceiro anjo. ... Qual é o teor dessa mensagem? João vê um
povo. Ele diz: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os
mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apoc. 14:12. João contempla esse povo
um pouco antes de ver o Filho do homem "tendo na cabeça uma coroa de ouro, e
na mão uma foice afiada" Apoc. 14:14. (III, ME, 168)
As profecias do Apocalipse, não são sucessivas, mas
repetitivas; isto é, elas refluem, cobrindo de novo os
mesmo períodos de tempo. Os sete selos, por exemplo,
e as sete trombetas, cobrem o mesmo período das sete
igrejas.
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NEM MESMO OS PROFETAS COMPREENDERAM TODA LUZ
Nenhuma verdade é mais claramente ensinada na Escritura do que aquela
segundo a qual Deus, pelo Seu Espírito Santo, dirige de maneira especial Seus
servos sobre a Terra, nos grandes movimentos que têm por objetivo promover a
obra da salvação. Os homens são instrumentos nas mãos de Deus, por Ele
empregados para cumprirem Seus propósitos de graça e misericórdia. Cada um
tem a sua parte a desempenhar; a cada qual é concedida uma porção de luz,
adaptada às necessidades de seu tempo, e suficiente para o habilitar a
efetuar a obra que Deus lhe deu a fazer. Nenhum homem, porém, ainda que
honrado pelo Céu, já chegou a compreender completamente o grande plano da
redenção, ou mesmo a aquilatar perfeitamente o propósito divino na obra para o
seu próprio tempo. Os homens não compreendem plenamente o que Deus deseja
cumprir pela missão que lhes confia: não abrangem, em todos os aspectos, a
mensagem que proclamam em Seu nome.
"Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-
poderoso?" "Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os
vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus
são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os
vossos caminhos e os Meus pensamentos mais altos do que os vossos
pensamentos." "Eu sou Deus, e não há outro deus, não há outro semelhante a
Mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que
ainda não aconteceram." Jó 11:7; Isa. 55:8 e 9; 46:9 e 10.
Mesmo os profetas que eram favorecidos com iluminação especial do
Espírito, não compreendiam plenamente a significação das revelações a eles
confiadas. O sentido deveria ser desvendado de século em século, à medida que
o povo de Deus necessitasse das instruções nelas contidas.
Pedro, escrevendo acerca da salvação trazida à luz pelo evangelho, diz: "Da
qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que
profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que
ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava,
anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a
glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si
mesmos, mas para nós, eles ministravam." I Ped. 1:10-12.
Entretanto, ao mesmo tempo em que não era dado aos profetas compreender
completamente as coisas que lhes eram reveladas, buscavam fervorosamente
obter toda a luz que Deus fora servido tornar manifesta. "Inquiriram e trataram
diligentemente", "indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de
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Cristo, que estava neles, indicava." Que lição para o povo de Deus na era cristã,
para o benefício do qual foram dadas aos Seus servos estas profecias! "Aos
quais foi revelado que não para si mesmos, mas para nós, eles
ministravam." Considerai como os santos homens de Deus "inquiriram e
trataram diligentemente", com respeito a revelações que lhes foram dadas
para as gerações ainda não nascidas. Comparai seu santo zelo com a
descuidada indiferença com que os favorecidos dos últimos séculos tratam este
dom do Céu. Que exprobração àquela indiferença comodista e mundana, que se
contenta em declarar que as profecias não podem ser compreendidas! Posto que
a mente finita do homem não seja apta a penetrar nos conselhos do Ser infinito,
ou compreender completamente a realização de Seus propósitos, muitas vezes é
por causa de algum erro ou negligência de sua parte que tão palidamente
entendem as mensagens do Céu. Com freqüência, a mente do povo, e mesmo
dos servos de Deus, se acha tão cegada pelas opiniões humanas, as tradições e
falsos ensinos, que apenas pode parcialmente apreender as grandes coisas que
Ele revelou em Sua Palavra. (GC, 343 – 345)