SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Baixar para ler offline
Trabalho realizado po
Pedro Pires Nº24 10º
• Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, a 8 de
Dezembro de 1894, sendo baptizada, com o nome de
Flor Bela Lobo, como filha de Antónia da Conceição
Lobo e de pai incógnito.
• Aos sete anos de idade, Florbela escreve a sua primeira
poesia de que há conhecimento, «A Vida e a Morte», e o
primeiro soneto.
• Em 1906 Florbela aponta os primeiros sinais da sua
doença, a neurastenia (transtorno psicológico resultado
do enfraquecimento do sistema nervoso central,
culminando em desgaste físico e psicológico).
• Em 1917 Florbela acaba por se inscrever, em Outubro,
na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o
que a obriga a mudar-se para Lisboa, onde começa a
contactar com a vida boémia.
• Teve vários casamentos mal sucedidos, dada a sua
instabilidade.
• Suicida-se a 8 de Dezembro de 1930, com 36 anos.
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e
cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em
mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
(Florbela Espanca, «Charneca em
Flor», in «Poesia Completa»)
• O poema é composto por 2 quadras e 2 tercetos (soneto).
• Esquema rimático: ABBA/ABBA/CDC/EDE.
• Possui 10 sílabas métricas. (“Ser/poe/taé/ser/mais/al/toé/ser/mai/or”)
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior (A)
Do que os homens! Morder como quem beija! (B)
É ser mendigo e dar como quem seja (B)
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! (A)
É ter de mil desejos o esplendor (A)
E não saber sequer que se deseja! (B)
É ter cá dentro um astro que flameja, (B)
É ter garras e asas de condor! (A)
É ter fome, é ter sede de Infinito! (C)
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… (D)
É condensar o mundo num só grito! (C)
E é amar-te, assim, perdidamente… (E)
É seres alma e sangue e vida em mim (D)
E dizê-lo cantando a toda a gente! (E)
• Hipérbole: “É ser maior do que os homens”
• Comparação: ”Morder como quem beija”
• Metáfora: “É ter cá dentro um astro que flameja”
• Enumeração: “É seres alma e sangue e vida em mim”
• Anáfora: “É…É…É”
• A poetisa define o que é um poeta.
“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!”
Nesta estrofe, a poetisa eleva o poeta a uma figura superior à do
Homem comum (vv.1 e 2); Nos versos 3 e 4, esta transmite,
através da poesia, as experiências por que passou.
“É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!”
Nesta estrofe são exprimidos os sentimentos interiores do
Poeta – sendo estes intensos, irradiando luz própria (“É ter
cá dentro um astro que flameja”). Ao mesmo tempo,
quando é referida a figura de “condor” (uma ave de rapina),
concluímos que o Poeta não só é uma figura solitária,
como, ao mesmo tempo, tem o desejo de “voar mais alto”,
de buscar novas sensações.
“É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!”
Neste terceto é demonstrada a busca constante de
sensações e experiências, tendo o “poder” de as juntar
num só poema.
“E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!”
O Poeta conclui, nesta estrofe, o valor que a poesia tem
para si, e a vontade que tem de a partilhar com os outros.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Luís Vaz de Camões - Vida e obra
Luís Vaz de Camões - Vida e obraLuís Vaz de Camões - Vida e obra
Luís Vaz de Camões - Vida e obramariacosta
 
Vida e Obra de Gil Vicente
Vida e Obra de Gil VicenteVida e Obra de Gil Vicente
Vida e Obra de Gil VicenteTiago Barata
 
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptxO imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptxCecliaGomes25
 
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poemaNao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poemaJoão Teles
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lurdes Augusto
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
 
Trabalho sobre (Aquela triste e leda madrugada de Luís de camões ( análise ))
Trabalho sobre (Aquela triste e leda madrugada de Luís de camões ( análise ))Trabalho sobre (Aquela triste e leda madrugada de Luís de camões ( análise ))
Trabalho sobre (Aquela triste e leda madrugada de Luís de camões ( análise ))Hizqeel Majoka
 
Mar Português
Mar PortuguêsMar Português
Mar PortuguêsAna Cruz
 
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Ricardo Amaral
 
Luis Vaz de Camões
Luis Vaz de CamõesLuis Vaz de Camões
Luis Vaz de CamõesBruna Telles
 
MODERNISMO EM PORTUGAL
MODERNISMO EM PORTUGALMODERNISMO EM PORTUGAL
MODERNISMO EM PORTUGALluisant
 
Enquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesseEnquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesseHelena Coutinho
 
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando PessoaFilipaFonseca
 
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106nanasimao
 
Mensagem: Análise "Escrevo meu livro à beira-mágoa"
Mensagem: Análise "Escrevo meu livro à beira-mágoa"Mensagem: Análise "Escrevo meu livro à beira-mágoa"
Mensagem: Análise "Escrevo meu livro à beira-mágoa"InsdeCastro7
 
S. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da GalafuraS. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da GalafuraVitor Peixoto
 

Mais procurados (20)

Luís Vaz de Camões - Vida e obra
Luís Vaz de Camões - Vida e obraLuís Vaz de Camões - Vida e obra
Luís Vaz de Camões - Vida e obra
 
A mensagem
A mensagemA mensagem
A mensagem
 
Eugénio de Andrade
Eugénio de AndradeEugénio de Andrade
Eugénio de Andrade
 
Vida e Obra de Gil Vicente
Vida e Obra de Gil VicenteVida e Obra de Gil Vicente
Vida e Obra de Gil Vicente
 
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptxO imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
 
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poemaNao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
 
Trabalho sobre (Aquela triste e leda madrugada de Luís de camões ( análise ))
Trabalho sobre (Aquela triste e leda madrugada de Luís de camões ( análise ))Trabalho sobre (Aquela triste e leda madrugada de Luís de camões ( análise ))
Trabalho sobre (Aquela triste e leda madrugada de Luís de camões ( análise ))
 
Mar Português
Mar PortuguêsMar Português
Mar Português
 
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
 
Luis Vaz de Camões
Luis Vaz de CamõesLuis Vaz de Camões
Luis Vaz de Camões
 
MODERNISMO EM PORTUGAL
MODERNISMO EM PORTUGALMODERNISMO EM PORTUGAL
MODERNISMO EM PORTUGAL
 
Enquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesseEnquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesse
 
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
 
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Mensagem: Análise "Escrevo meu livro à beira-mágoa"
Mensagem: Análise "Escrevo meu livro à beira-mágoa"Mensagem: Análise "Escrevo meu livro à beira-mágoa"
Mensagem: Análise "Escrevo meu livro à beira-mágoa"
 
S. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da GalafuraS. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da Galafura
 

Destaque

Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaAna Tapadas
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaAna Tapadas
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaJosé Alves
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espancasin3stesia
 
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...Luis Borges Gouveia
 
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)Pibid-Letras Córdula
 
Poema i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
Poema   i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)Poema   i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
Poema i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)Gustavo Paz
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaGina Vidal
 
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de CastroEntre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de CastroRenata Bomfim
 
A poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzagaA poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzagama.no.el.ne.ves
 
History Of Portugal
History Of PortugalHistory Of Portugal
History Of PortugalKT12
 
Fanatismo - Florbela Espanca
Fanatismo - Florbela EspancaFanatismo - Florbela Espanca
Fanatismo - Florbela EspancaMima Badan
 

Destaque (20)

Florbela espanca 2
Florbela espanca 2Florbela espanca 2
Florbela espanca 2
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela Espanca Florbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela espanca
Florbela espancaFlorbela espanca
Florbela espanca
 
68ª cipm 07 07 - 2014
68ª cipm  07 07 - 201468ª cipm  07 07 - 2014
68ª cipm 07 07 - 2014
 
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
 
Pensamentos
PensamentosPensamentos
Pensamentos
 
8 de março
8 de março8 de março
8 de março
 
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)
 
Poema i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
Poema   i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)Poema   i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
Poema i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de CastroEntre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
 
Cláudio manuel da costa
Cláudio manuel da costaCláudio manuel da costa
Cláudio manuel da costa
 
A poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzagaA poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzaga
 
History Of Portugal
History Of PortugalHistory Of Portugal
History Of Portugal
 
Fanatismo - Florbela Espanca
Fanatismo - Florbela EspancaFanatismo - Florbela Espanca
Fanatismo - Florbela Espanca
 
I1 a07alcroeweylferna
I1 a07alcroeweylfernaI1 a07alcroeweylferna
I1 a07alcroeweylferna
 

Semelhante a Florbela Espanca

Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espancaanocas_rita
 
Introdução texto poético
Introdução texto poéticoIntrodução texto poético
Introdução texto poéticoarmindaalmeida
 
Vaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela EspancaVaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela EspancaMima Badan
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaMima Badan
 
Grandes pensadores
Grandes pensadoresGrandes pensadores
Grandes pensadorespatricia790
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMODiego
 
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxLUCELIOFERREIRADASIL
 
Ser Poeta
Ser PoetaSer Poeta
Ser PoetaJNR
 
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha spPdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha spRenata Bomfim
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptxslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptxGANHADODINHEIRO
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptMnicaOliveira567571
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptaldair55
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptWandersonBarros16
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptEdilmaBrando1
 
Gêneros literários 2
Gêneros literários 2Gêneros literários 2
Gêneros literários 2juliolimampu
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesiasklauddia
 

Semelhante a Florbela Espanca (20)

Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espanca
 
Introdução texto poético
Introdução texto poéticoIntrodução texto poético
Introdução texto poético
 
Modelo para análise dos poemas
Modelo para análise dos poemasModelo para análise dos poemas
Modelo para análise dos poemas
 
Af5 fernanda bandeira-2
Af5 fernanda bandeira-2Af5 fernanda bandeira-2
Af5 fernanda bandeira-2
 
Af5 fernanda bandeira-1
Af5 fernanda bandeira-1Af5 fernanda bandeira-1
Af5 fernanda bandeira-1
 
Vaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela EspancaVaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela Espanca
 
Generos literarios
Generos literariosGeneros literarios
Generos literarios
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espanca
 
Grandes pensadores
Grandes pensadoresGrandes pensadores
Grandes pensadores
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMO
 
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
 
Ser Poeta
Ser PoetaSer Poeta
Ser Poeta
 
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha spPdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptxslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
 
Gêneros literários 2
Gêneros literários 2Gêneros literários 2
Gêneros literários 2
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesias
 

Último

ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfItaloAtsoc
 
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaO-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaTeresaCosta92
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresEu Prefiro o Paraíso.
 
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxApresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxtaloAugusto8
 
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofiaaula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino FilosofiaLucliaResende1
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxLuzia Gabriele
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosAgrela Elvixeo
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -Mary Alvarenga
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Colaborar Educacional
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdfRitoneltonSouzaSanto
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024gilmaraoliveira0612
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegrafernando846621
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123JaineCarolaineLima
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxMarceloDosSantosSoar3
 
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptxRessonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptxPatriciaFarias81
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderLucliaResende1
 

Último (20)

(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
 
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
 
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaO-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
 
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxApresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
 
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofiaaula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024
 
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
 
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptxRessonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
 

Florbela Espanca

  • 1. Trabalho realizado po Pedro Pires Nº24 10º
  • 2. • Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894, sendo baptizada, com o nome de Flor Bela Lobo, como filha de Antónia da Conceição Lobo e de pai incógnito. • Aos sete anos de idade, Florbela escreve a sua primeira poesia de que há conhecimento, «A Vida e a Morte», e o primeiro soneto. • Em 1906 Florbela aponta os primeiros sinais da sua doença, a neurastenia (transtorno psicológico resultado do enfraquecimento do sistema nervoso central, culminando em desgaste físico e psicológico).
  • 3. • Em 1917 Florbela acaba por se inscrever, em Outubro, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o que a obriga a mudar-se para Lisboa, onde começa a contactar com a vida boémia. • Teve vários casamentos mal sucedidos, dada a sua instabilidade. • Suicida-se a 8 de Dezembro de 1930, com 36 anos.
  • 4. Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente… É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! (Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)
  • 5. • O poema é composto por 2 quadras e 2 tercetos (soneto). • Esquema rimático: ABBA/ABBA/CDC/EDE. • Possui 10 sílabas métricas. (“Ser/poe/taé/ser/mais/al/toé/ser/mai/or”) Ser poeta é ser mais alto, é ser maior (A) Do que os homens! Morder como quem beija! (B) É ser mendigo e dar como quem seja (B) Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! (A) É ter de mil desejos o esplendor (A) E não saber sequer que se deseja! (B) É ter cá dentro um astro que flameja, (B) É ter garras e asas de condor! (A) É ter fome, é ter sede de Infinito! (C) Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… (D) É condensar o mundo num só grito! (C) E é amar-te, assim, perdidamente… (E) É seres alma e sangue e vida em mim (D) E dizê-lo cantando a toda a gente! (E)
  • 6. • Hipérbole: “É ser maior do que os homens” • Comparação: ”Morder como quem beija” • Metáfora: “É ter cá dentro um astro que flameja” • Enumeração: “É seres alma e sangue e vida em mim” • Anáfora: “É…É…É”
  • 7. • A poetisa define o que é um poeta. “Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!” Nesta estrofe, a poetisa eleva o poeta a uma figura superior à do Homem comum (vv.1 e 2); Nos versos 3 e 4, esta transmite, através da poesia, as experiências por que passou.
  • 8. “É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor!” Nesta estrofe são exprimidos os sentimentos interiores do Poeta – sendo estes intensos, irradiando luz própria (“É ter cá dentro um astro que flameja”). Ao mesmo tempo, quando é referida a figura de “condor” (uma ave de rapina), concluímos que o Poeta não só é uma figura solitária, como, ao mesmo tempo, tem o desejo de “voar mais alto”, de buscar novas sensações.
  • 9. “É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito!” Neste terceto é demonstrada a busca constante de sensações e experiências, tendo o “poder” de as juntar num só poema.
  • 10. “E é amar-te, assim, perdidamente… É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente!” O Poeta conclui, nesta estrofe, o valor que a poesia tem para si, e a vontade que tem de a partilhar com os outros.